Você está na página 1de 11

Sobre o Regionalismo

Walnice Nogueira Galvão 


(Prof. David Lopes da Silva)
- A obra de Guimarães Rosa assinala, ao mesmo
tempo, o apogeu e o encerramento do
Regionalismo.
- Duas vertentes do panorama da ficção
brasileira, à época de GRosa:
- Regionalismo
- Romance espiritualista ou psicológico

Grosa representa uma síntese feliz e uma superação


das duas vertentes.
Primeiro Regionalismo: Romantismo (Sertanismo)
- Bernardo Guimarães. A Escrava Isaura (1875)
- Visconde de Taunay. Inocência (1872)
- Franklin Távora. O Cabeleira (1876)
- José de Alencar. O Gaúcho (1870), Til (1872), O
Sertanejo (1875)
Segundo Regionalismo (Naturalismo):
- reação ao Romantismo
- Inglês de Sousa. O Missionário (1888), Contos
Amazônicos (1893)
- Manuel de Oliveira Paiva. Dona Guidinha do
Poço (1897 / 1952)
- Afonso Arinos. Pelo Sertão (1898), Os
Jagunços (1898)
- Domingos Olímpio. Luzia-Homem (1903)
Segundo Regionalismo – traços comuns:
- Descrição desapaixonada dos fatos
- Preocupação com os determinismos e com a
ciência
- Pessimismo
- fatalismo
Ainda Segundo Regionalismo (Pré-Modernismo):
Paulistas focalizando a “cultura caipira”:
- Monteiro Lobato
- Valdomiro Silveira
Gaúcho:
- Simões Lopes Neto
“Foi assim que o caipira, o bandido, o jagunço, o
caboclo, o cangaceiro, o vaqueiro, o beato, o
tropeiro, o capanga, o garimpeiro, o retirante
entraram para a literatura.” (p.98)
1902: Os Sertões, de Euclides da Cunha
- “sistematizou a concepção de um abismo a
separar o país litorâneo e civilizado de um interior
atrasado e primitivo, denunciando que a relação
entre ambos só se dava quando o primeiro
chacinava o segundo.”
- Influenciou as nascentes Ciências Sociais
brasileiras, nas décadas de 1930 e 40, pois se
ocupou “do negro, do mestiço, do índio, dos
movimentos sociais, da desigualdade, da disputa
pela terra, das insurreições dos pobres, da cultura
popular, do messianismo e do milenarismo, do
subdesenvolvimento e da dependência.” (p.99)
Modernismo de 1922: renega o Regionalismo
- “Afã de desprovincianizar-se e alçar-se ao
patamar das vanguardas europeias, apesar de
todo o seu nacionalismo.”
- Decreta o Regionalismo como de “má
qualidade estética”
- Macunaíma (1928): “traça o panorama do
Brasil em sua totalidade, mas
deliberadamente confunde as diferentes
regiões e aquilo que as caracteriza, praticando
aquilo que chamava de ‘desgeograficação’.
Terceiro Regionalismo (Romance de 1930):
- Neonaturalismo
- Denunciar a injustiça
- Convicções socialistas
- Literatura mais fácil de ler do que a das
vanguardas
Terceiro Regionalismo:
- José Américo de Almeida (PB). A Bagaceira
(1928)
- Rachel de Queiroz (CE)
- Amando Fontes (SE)
- José Lins do Rego (PB)
- Graciliano Ramos (AL)
- Herberto Sales (BA)
- Jorge Amado (BA)
- Érico Verissimo (RS). O Tempo e o Vento (1949-
1962)
• João Guimarães Rosa. (Cordisburgo, 1908 –
Rio de Janeiro, 1967)

Médico / diplomata

Sagarana (1946)

Você também pode gostar