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NR - 12

PRINCIPIOS BÁSICOS DE
PROTEÇÃO DE MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS

FELIPE BARBOSA
ENGENHEIRO MECÂNICO
ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
FONTE DE RISCO . . .
PROTEÇÕES MECÂNICAS
NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO
EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

12.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR e seus anexos definem


referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção
para resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores e
estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças
do trabalho em todas as fases de utilização de máquinas e
equipamentos.
12.1.8 São consideradas medidas de proteção, a ser adotadas
nessa ordem de prioridade:
a) medidas de proteção coletiva;
b) medidas administrativas ou de organização do trabalho; e
c) medidas de proteção individual.
 Máquina

“Máquina é um dispositivo
que utiliza energia e
trabalho para atingir um
objetivo predeterminado.”
Equipamento destinado a
produzir, dirigir ou
transformar uma forma de
energia em outra, ou
aproveitar essa mesma
energia para a produção de
determinado efeito.
 Dispositivos de travamento
“Dispositivo de proteção mecânica,
elétrica ou de uma outra
tecnologia, destinado a impedir
certos elementos da máquina
funcionarem em certas condições
(geralmente quando um protetor
não está fechado).”
 Risco mecânico
 Denominamos riscos
mecânico ao conjunto de
fatores físicos que podem dar
lugar a uma lesão pela ação
mecânica de componentes
da máquina ou equipamento,
ferramentas, peças a serem
trabalhadas ou até materiais
projetados contra o operador,
na forma sólida ou líquida.
IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS

 O objetivo é eliminar/neutralizar, na medida do


possível, por meios técnicos, todos os fenômenos
perigosos de origem mecânica via meios de
proteção mais adequados . .
 O perigo mecânico gerado por partes, ou
componentes da máquina, está condicionada
principalmente pela: forma (arestas, rebarbas,
partes pontiagudas); posição relativa (zonas
de contato iminente); a massa e a estabilidade
(energia potencial); a massa e a velocidade
(energia cinética); resistência mecânica a
ruptura ou deformação e acumulação de
energia, etc.
EXEMPLOS ILUSTRATIVOS DOS DIFERENTES
RISCOS DE ORIGEM MECÂNICA
Esquema Risco Considerar Ocorrência
Arrastamento Conexão; Diversos tipos de
Diâmetro; mecanismos de
Inércia (massa); máquinas.
Forma, estado da
superfície
Acessibilidade

Impacto, Conexão; Polias;


Diâmetro;
Esmagamento, Volantes;
Inércia (massa);
Impacto, Forma, dimensão das Ventiladores . . .
Arrastamento, aberturas e das
saliências,
Seccionamento, Distância entre parte
Cisalhamento. rotativa e fixa
Acessibilidade.
Esquema Risco Considerar Ocorrência
Arrastamento, Conexão; Tupias;
Diâmetro;
Corte, Serra Circular;
Inércia (massa);
Esmagamento, Forma, dimensão das Fresas . . .
Seccionamento, aberturas e das
saliências,
Cisalhamento. Distância entre parte
rotativa e fixa
Acessibilidade.

Arrastamento, Conexão; Retificadoras;


Inércia (massa);
Seccionamento, Moinhos . . .
Excentricidade;
Queimadura, Distância entre parte
Projeção. rotativa e fixa
Acessibilidade.
Esquema Risco Considerar Ocorrência
Arrastamento; Conexões, Centrífugas;
Cisalhamento Inércia; Câmaras rotativas
Dimensões; de secagem . . .
Giro.

Impacto; Conexões; Trituradores;


Arrastamento; Inércia; Moedores;
Seccionamento. Dimensões; Misturadores . . .
Giro;
Acessibilidade.
Esquema Risco Considerar Ocorrência
Esmagamento; Conexões; Engrenagens;
Inércia;
Arrastamento; Cremalheiras;
Material;
Queimadura. Forma da superfície; Laminadoras;
Temperatura; Máquinas de
Dimensões; impressão . . .
Acessibilidade.

Esmagamento; Inércia; Máquinas para


Força; madeira;
Cisalhamento;
Afastamentos;
Impacto. Prensas;
Máquinas de
moer;
Unidade de
avanço . . .
Esquema Risco Considerar Ocorrência
Cisalhamento; Inércia; Dobradeiras;
Seccionamento; Força; Unidades de
Arrastamento; Avanço min./máx. avanço . . .
Esmagamento; Acessibilidade.
Impacto.

Corte; Forma da peça; Serra fita . . .


Seccionamento. Gravidade do
dano.
Esquema Risco Considerar Ocorrência
Impacto; Força; Máquina costura;
Perfuração. Freqüência; Máquina
pregadora;
Grampeadeira . . .

Arrastamento; Força; Transporte por


Queimadura; Forma, estado da banda;
Corte. superfície, Deslocamentos
Emendas. por correias . . .
Esquema Risco Considerar Ocorrência
Arrastamento; Conexões; Mandril;
Inércia;
Impacto; Retíficas;
Diâmetro;
Forma, estado da Furadeiras
superfície; verticais e
Acessibilidade. horizontais;

Impacto; Disposição relativa; Árvore de cames;


Freqüência do
Esmagamento; movimento; Excêntricos . . .
Arrastamento. Força;
Amplitude;
Dimensões das
aberturas e ou da parte
que gira.
Esquema Risco Considerar Ocorrência
Esmagamento; Conexões; Transportadores
Arrastamento; Tensão; de banda;
Seccionamento; Dimensões; Polias e correias;
Impacto; Força; Correntes de
Queimaduras. Forma. transmissão . . .

Impacto; Conexões; Manivelas;


Cisalhamento; Tensão; Bielas . . .
Esmagamento; Dimensões;
Seccionamento; Força;
Forma.
Esquema Risco Considerar Ocorrência
Impacto; Material (coesão e Discos de corte;
Projeção. homogeneidade); Discos de amolar;
Inércia; Rebolos . . .
Excentricidade;
Pressão.

Queimaduras; Inércia; Rebolos;


Arrastamento; Volume; Lixadeiras;
Impacto; Temperatura; Retíficas . . .
Projeção; Material;
Perfuração. Pressão.
 A Probabilidade da ocorrência do dano
 A freqüência e duração da exposição das
pessoas ao fenômeno perigoso;
 A probabilidade da ocorrência de evento
perigoso;
 A possibilidade de evitar,o dano, com a
intervenção técnica ou humana.
 DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA
 “A neutralização das fontes de risco
pode ser dada pela adoção da
distância como forma de manter, as
pessoas, afastadas das fontes do
risco, impedindo a exposição do
corpo ou partes do corpo ao
fenômeno perigoso. Normalmente
estes elementos são conhecidos como
“barreiras de proteção”.
Zona de perigo
 A determinação da
distância de segurança
versus a altura da
“barreira de proteção” é
h
feita em função da
avaliação do risco e a
posição da fonte de
perigo.
Ponto de perigo
 a.- distância de
um ponto de
perigo até o
plano inferior
(chão) . . .
 b.- altura da
borda da
barreira . . .
 c.- distância
horizontal
desde o ponto
de perigo à
“barreira” . . .
 Dimensões de
segurança para
impedir o
contato, dos
membros
superiores, com o
ponto de perigo
através das
aberturas da
proteção . .
 (ds=distância segura)
 Dimensões de
segurança para
impedir o contato,
dos membros
inferiores, com o
ponto de perigo
através das
aberturas da
proteção . .
 (ds=distância segura)
 PROTEÇÕES MECÂNICAS
 “Parte da máquina especificamente utilizada para prover
proteção por meio de uma barreira física. Dependendo da sua
construção, uma proteção pode ser chamada de carenagem,
cobertura, tela, porta, enclausuramento, etc.”
 Proteção fixa:
 Proteção mantida em sua
posição (isto é fechada),
permanentemente (por
solda, etc) ou por meio de
fixadores (parafusos,
porcas, etc) tornando sua
remoção ou abertura
impossível, sem o uso de
ferramentas.
 Proteção Móvel:
 Geralmente vinculada à
estrutura da máquina ou
elemento de fixação
adjacente, por meios
mecânicos, (por exemplo,
basculantes ou
deslizantes) que pode ser
aberta sem o auxilio de
ferramentas.
 Proteção ajustável
 Proteção fixa ou móvel que é
totalmente ajustável ou que
incorpora parte(s) ajustável(is). O
ajuste permanece fixo durante
uma operação particular.
 Proteção com
intertravamento
 Define-se pelo conjunto de
passos ou laços que devem
existir para garantir a
segurança de um
equipamento, pessoa ou
processo. 
 Proteção associada a um
dispositivo de
intertravamento.
 Critérios para os Projetos de Proteções:
Deve ser dada consideração apropriada na fase de
projeto a todos os aspectos previsíveis de operação
de uma proteção, para assegurar que o projeto e a
sua construção, não criem, por si só, futuros
pontos de perigo.
 As proteções devem contemplar aspectos de:
 Distâncias de segurança;
 Controle de acesso à uma zona de perigo;
 Visibilidade;
 Ergonomia;
 Eficácia;
 Durabilidade;
 Higiene;
 Limpeza.
AMOSTRA DE PROTEÇÕES
FÍSICAS
DISPOSITIVOS ELETRO-
ELETRÔNICOS
 “Os dispositivos eletro-eletrônicos, são muito
importantes e podem atuar isoladamente ou
combinadamente com as proteções mecânicas de
maneira a garantir eficiência dos sistemas de
proteção . . .”
BOTOEIRAS ELETRÔNICAS

Botões eletrônicos que substituem os mecânicos


utilizados para acionamento de maquinas.
Por serem ergonômicos reduzem a ocorrência de
doenças profissionais.
CORTINA DE LUZ

Supervisiona a área útil


entre o Transmissor e
Receptor. Se esta área for
invadida, uma saída em
duplo canal comandará a
interrupção da operação
da máquina.
Existem modelos com
alturas de proteção entre
250 a 1600 mm.
COMANDO BIMANUAL

Utilizado no acionamento seguro de máquinas com o


intuito de aumentar a eficiência e garantir a segurança
do operador.
RELÉS DE SEGURANÇA

Dispositivos responsáveis pelo acionamento seguro de máquinas.


São dotados de sistema auto-check, supervisão de contatos e
sistema de duplo canal

Controle de simultaneidade Rele auxiliar Controle de parada


OBRIGADO!!!

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