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do mercado
As curvas típicas da demanda e oferta mostram a
sensibilidade às variações dos preços.
Todavia, nada nos autoriza a afirmar que o grau de
sensibilidade seja igual para todos os bens e serviços
disponíveis no mercado.
Na realidade, cada produto, ou pelo menos cada
classe de produtos, parece ter curvas diferentes
quanto à sua concavidade e/ou inclinação, indicando
que são diferentes suas sensibilidades às
modificações dos preços.
Para certos produtos, uma pequena alteração nos
preços pode provocar uma alteração muito acentuada nas
quantidades procurada.
Para outros, pode ocorrer o inverso: uma alteração
grande nos preços não é capaz de provocar representativas
mudanças nas quantidades procuradas.
Inclinação
Inicialmente podemos dizer que quanto
maior a inclinação ΔP/ΔQ da curva típica de
oferta maior será o aumento no preço
necessário para fazer que os produtores
aumentem sua oferta ou vice-versa.
Inclinação
Quanto à inclinação da curva da procura,
pode-se dizer que quanto mais inclinada,
ignorando-se o sinal negativo |ΔP/ΔQ|, maior
será a queda no preço necessária para que
uma determinada quantidade de demandada
aumente.
Elasticidade – preço: Єp
A inclinação das curvas depende das unidades de
medidas adotadas para aferir as quantidades e os preços.
9
8 B
7 C
6
A
Preço
5
4
3
2
1
0
N M
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000
Quantidade
Q A Q B P B 2000 7
dp ( )( ) 7 7
ba P P 2 1000
A B QB
d Q B Q A P A 2000 5
p ab ( )( ) 1, 67
P B P A Q A 2 3000
Obtemos diferentes valores se nos movemos de A para B ou se nos
movemos de B para A. Essa diferencia resulta do fato de se ter uma
base diferente na computação das variações percentuais em cada caso.
Elasticidade – arco
ou Elasticidade do Ponto Médio
Para evitar a obtenção
Gráfico 6. Elasticidade - preço da Demanda
desses diferentes resultados
é comum calcular-se a 9
8
7
B
C
elasticidade no arco AB, que 6
A
Preço
5
4
considera a média aritmética 3
2
das quantidades e preços. 1
0
N M
Aplicando a elasticidade – 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000
Quantidade
arco para A e B, obtemos:
Q (PB P A ) / 2 Q (PB P A ) 2000 12
E ( )( ) 3 3
P (Q B Q A ) / 2 P (Q B Q A ) 2 4000
Q Q0 Q P0 Q P0 dQ P0
dp lim
o P P0 P Q0 P 0 P Q0 dP Q0
Elasticidade no Ponto
A elasticidade no ponto, também,
pode ser encontrada
geometricamente tendo como Gráfico 6. Elasticidade - preço da Demanda
referencia o Gráfico.
9
Da expressão 8
7
B
C A
6
Єp=(Δq/q0)/(Δp/p0)=(Δq/Δp)(p0 /q0),
Preço
5
4
a relação marginal (Δq/ Δp) é 3
2
estimada pela inversa da 1
0
N M
inclinação da tangente da curva 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000
e Quantidade
P
3
como mostra o Gráfico, a 2
C
D
elasticidade é unitária em 1
N M L H
0
todo os pontos da curva. 0 100 200 300 400 500 600 700
Para o ponto B:
Єp= (Δq/Δp)(p /q)=-(NL/NB)(NB/ON)=-NL/ON=-200/200=-1.
Para o ponto C:
Єp= (Δq/Δp)(p/q)=-(MH/MC)(MC/OM)=-MH/ON=-300/300=-1.
Fatores que influenciam o grau da
elasticidade – preço da procura:
1. Disponibilidade de bens substitutos: A
existência de outros bens que satisfaçam as
mesmas necessidades permite aos
consumidores, perante aumentos de preços,
substituir o consumo do bem pelo do seu
substituto.
Os produtos que não têm substitutos tendem
a ter uma curva de procura mais inelástica,
como seria o caso do sal de cozinha.
Fatores que influenciam o grau da
elasticidade – preço da procura:
2. Essencialidade: O volume de consumo de bens essenciais
é pouco influenciado pelo preço. Por exemplo, alguns
remédios, tendem a ser mais inelásticos, principalmente se
não têm substitutos. Para bens supérfluo a demanda é mais
elástica.
3. Participação do custo do produto no orçamento familiar.
Quando menor for o custo do bem mais inelástico sua curva
da oferta. Por exemplo, a demanda de fósforo.
4. Horizonte de tempo: Um intervalo de tempo maior permite
que os consumidores de determinada mercadoria encontrem
mais formas de substituí-la, quando seu preço aumenta.
A elasticidade - preço da oferta.
A elasticidade - preço da oferta é a relação
existente entre a variação percentual (ou
relativa) observada nas quantidades
ofertadas, decorrentes de alterações
percentuais (ou relativas) dos preços.
É medida pela seguinte expressão:
Єp=Δ% da quantidade/Δ% do preço
=(Δq/q0)/( Δp/p0)
Ela mede a reação dos produtores às
mudanças no preço.
As diferentes situações
1. Oferta Elástica, quando a expansão relativa da quantidade é
mais que proporcional ao aumento relativo dos preços;
2. Oferta Inelástica, quando a expansão relativa da quantidade é
menos que proporcional ao aumento relativo dos preços;
3. Oferta de elasticidade unitária, quando a expansão relativa da
quantidade é exatamente proporcional ao aumento relativo dos
preços.
4. Oferta perfeitamente elástica representada por uma reta paralela
ao eixo horizontal, com um coeficiente de elasticidade que tende
para o infinito.
5. Oferta plenamente inelástica. É a representação da oferta por uma
curva perpendicular ao eixo horizontal com um coeficiente de
elasticidade tendendo para zero
Oferta Elástica (EPo>1)
Preço
Oferta
1. Um $5
aumento no
Preço
em 25%…
4
1. Um $5
aumento no
preço
em 25%…
4
Oferta
1. Um $5
aumento no
Preço
em 25%… 4
4
Oferta
2. A $4,00 vendedores irão
suprir qualquer quantidade
1. Um $5
aumento
no preço... 4
100 Quantidade
2. …deixa a quantidade ofertada inalterada.
Determinantes da Elasticidade
da Oferta
Habilidade dos produtores de mudar a
quantidade produzida de um determinado bem
Livros, automóveis ou outros bens manufaturados
possuem oferta elástica
Terrenos à beira de uma praia têm oferta inelástica
Tempo
A oferta é mais elástica no longo prazo
Elasticidade de curto prazo
versus
Elasticidade de longo prazo
No caso de muitas mercadorias, a demanda é muito
mais elástica ao preço a logo prazo, já que as pessoas
demoram para modificar seus hábitos de consumo.
A oferta, também, é mais elástica no longo prazo. As
empresas gostariam de produzir mais, no entanto,
estão limitadas pelas restrições de capacidade
produtiva no curto prazo.
Tal fenômeno é explicado pelo fato de que a variação na quantidade relativa será
maior que a variação relativa nos preços. O que as empresas ganham com o
aumento das quantidades vendidas supera o que perdem com a redução dos
preços. Sendo a demanda elástica Єd>/-1/
No Gráfico e Tabela, calculou-se a elasticidade nos pontos A, B,
C, D, E, F, G, H e L para a curva de demanda (P=8-0,001Q) e
observa-se o que acontece nos gastos totais (receita) quando o
preço cai.
4 e <1
F
G
2 D 5 3000 15000 5/3
H
L
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000
E 4 4000 16000 1
Q
F 3 5000 15000 3/5
L 0 8000 0
Elasticidade – preço e receita
Aumento no preço Queda da receita
Procura elástica
Queda no preço Aumento da receita
Os resultados indicaram:
• a elasticidade-renda entre 1,1 e 1,5 (Bem
superior);
• a elasticidade-preço, entre -0,6 e -0,7
(demanda inelástica);
• a elasticidade cruzada da demanda de
automóveis nacionais, em relação ao preço
dos carros importados, foi 0,2 (Bens
substitutos).
Exercício
Admitindo-se que no Brasil haja um estoque de café de
20 milhões de sacas, espera-se que ele se eleve, com
a próxima safra, para 35 milhões. Por outro lado, o país
exporta anualmente15 milhões de sacas ao preço
médio de R$ 4000,00.
Abstraindo-se dos custos, verificar até que ponto seria
interessante para o Brasil baixar o preço da saca com o
objetivo de incrementar sua venda, sabendo-se que a
procura de café no mercado internacional é
representada pela equação P=7000-0,0002Q.