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Arquitetura de Computadores

ECO015
Engenharia de Computação
Aula 6

MEMÓRIA EXTERNA

AUla 6 - Memória externa 2


Tipos de memória externa
 Disco magnético
 RAID
 Removível
 Óptico
 CD-ROM
 CD-Recordable (CD-R)
 CD-R/W
 DVD
 Fita magnética

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Disco magnético
 Substrato em disco coberto com material
magnetizável (óxido de ferro - ferrugem)
 Substrato nos primeiros discos era de alumínio
 Nos discos atuais é de vidro
 Melhora a uniformidade da superfície
 Aumenta a confiabilidade
 Reduz os defeitos na superfície
 Reduz os erros de leitura/escrita
 Capacidade de aceitar alturas de vôo mais baixas
 Melhor rigidez para reduzir a dinâmica do disco
 Melhor resistência a impactos/danos
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Mecanismos de leitura e escrita
 Gravação e leitura é feita por uma bobina condutora
chamada de cabeça
 Leitura/Escrita pode ser realizada por diferentes
cabeças
 Durante leitura/escrita, a cabeça permanece
estacionária, as placas que giram

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Mecanismos de leitura e escrita

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Mecanismos de leitura e escrita
 Escrita
 Corrente atravessa a bobina e produz um campo magnético
 Pulsos são enviados para a cabeça
 Padrão magnético é gravado na superfície abaixo da cabeça
 Leitura (tradicional)
 Campo magnético relativo ao movimento da bobina produz uma
corrente
 A bobina é a mesma para leitura e escrita

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Sensor MR para Leitura/Escrita

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Mecanismos de leitura e escrita
 Leitura (atualmente)
 Cabeças de leitura e escrita são separadas, porém muito próximas
 Sensor magnetorresistivo (MR) parcialmente blindado
 Resistência elétrica depende da direção do meio magnético que
se move por baixo dele
 Passando a corrente pelo MR, as mudanças de resistência são
detectadas como sinais de voltagem.
 Permite a operação em alta frequência
 Maiores densidades de armazenamento e velocidade de operação

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Sensor MR para Leitura/Escrita

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Organização dos dados e formatação
 Anéis concêntricos ou trilhas
 Lacunas entre as trilhas
 Redução das lacunas aumentam a capacidade
 Mesmo número de bits por trilha (variando o
espaçamento entre os bits)
 Velocidade angular constante
 Trilhas são dividas em setores
 Tamanho mínimo de um bloco é um setor
 Pode-se encontrar mais de um setor por bloco

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Layout de um disco de dados

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Velocidade do disco
 Bits próximos ao centro do disco passam por um ponto fixo mais
lentamente que um bit mais externo do disco
 O espaçamento entre os bits vai aumentando nas diferentes trilhas
 Disco gira a uma velocidade angular constante (CAV)
 Disco dividido em setores em forma de fatia de torta em uma série de linhas
concêntricas
 Blocos individuais são endereçados por trilhas e setores
 Cabeça é movida para uma dada trilha e aguarda a passagem de um
determinado setor
 Desvantagem: desperdício de espaço nas faixas mais externas
 Menor densidade dos dados
 Gravação em múltiplas zonas aumentam a capacidade
 Cada zona possui uma quantidade de bits fixos por faixa
 Circuito um pouco mais complexo
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Diagrama dos métodos de layout de disco

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Localização de setores
 Deve-se possuir um mecanismo capaz de identificar
um ponto de partida na trilha e o início de um setor
 Formatação do disco
 Dados de controle armazenados entre os campos de
dados
 Não é acessado pelo usuário
 Fornece uma marcação para trilhas e setores

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Formatação do Seagate ST506 (antigo!)
 Setor: 512 bytes de dados + controle
 ID: endereço exclusivo do setor
 Byte Synch: delimita o início do campo
 Número da trilha
 Número da cabeça (cabeças múltiplas)
 Número do setor
 Cyclic Redundancy Check - Código de detecção de erro
Características físicas
 Cabeça pode ser fixa (raro) ou móvel
 Disco pode ser removível ou fixo
 Face única ou dupla face (mais comum)
 Placa única ou múltiplas
 Mecanismo de leitura
 Contato (Disquete)
 Lacuna fixa
 Lacuna aerodinâmica
(Winchester)

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Cabeça fixa ou móvel
 Cabeça fixa
 Uma cabeça de leitura/escrita por trilha
 Cabeças são montadas em um braço rígido fixo
 Cabeça móvel
 Uma cabeça de leitura/escrita por trilha em cada lado
 Cabeças são montadas em um braço móvel

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Fixo ou removível
 Disco removível
 Pode ser removido da unidade e substituído por outro
disco
 Disponibiliza capacidade de armazenamento ilimitada
 Transferência de dados fácil entre sistemas
 Disco não-removível
 Montado permanentemente na unidade

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Múltiplas Placas
 Uma cabeça por face
 Cabeças são unidas e
alinhadas
 Trilhas alinhadas em cada
placa formam cilindros
 Dados são distribuídos
pelos cilindros
 Reduz o movimento das
cabeças
 Aumenta a velocidade (taxa
de transferência)

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Placas múltiplas
 Uma cabeça por lado
 Cabeças são unidas e
alinhadas
 Trilhas alinhadas em cada
placa formam cilindros
 Dados são distribuídos
pelos cilindros
 Reduz o movimento das
cabeças
 Aumenta a velocidade (taxa
de transferência)

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Floppy Disk
 8”, 5.25”, 3.5”
 Pequena capacidade
 Até 1.44 Mbyte
(2,88 MB nunca foi popular).
 Lento
 Universal
 Barato
 Obsoleto

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Disco rígido - Winchester (1)
 Desenvolvido pela IBM em Winchester (USA)
 Unidade selada
 Livre de contaminantes
 Uma ou mais placas (discos)
 Cabeças voam na camada de ar enquanto o disco
gira
 Cabeça muito pequena para lacuna do disco.
 Tornando-se mais robusto.

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Disco rígido – Winchester (2)
 Universal
 Barato
 Armazenamento externo mais rápido.
 Capacidade está cada vez maior
 Múltiplos Gigabytes (250GB pelo livro – SIC)
 Atualmente chega a Terabytes

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Velocidade
 Tempo de busca
 Movimento da cabeça até a trilha correta
 Latência (rotacional)
 Tempo que leva para o dados girarem sob a cabeça
 Tempo de acesso = Tempo de Busca + Latência
 Taxa de transferência
 Exemplo leitura de 1.28 MB
 Dados organizados sequencialmente = .064 segundos
 Dados organizados aleatoriamente = 4.008 segundos
 Desfragmentação periódica!
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Temporização de E/S na transferência do disco

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RAID
 Redundant Array of Independent Disks
 Redundant Array of Inexpensive Disks
 6 níveis de uso comum, não hierárquicos
 Diferentes desenhos de arquitetura com 3
características comuns:
 Conjunto de discos físicos vistos com um único disco
lógico pelo sistema operacional.
 Dados são distribuídos pelas unidades físicas.
 Pode usar capacidade redundante para armazenamento
das informações de paridade, garantindo a recuperação
de dados no caso de falha em disco (exceto RAID 0)
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RAID 0
 Sem redundância
 Dados distribuídos por todos os discos
 Mapeamento Round Robin
 Aumenta a velocidade
 Múltiplas solicitações de dados provavelmente não serão
no mesmo disco
 Discos buscados em paralelo
 Um conjunto de dados provavelmente será espalhado
por múltiplos discos.

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Striping
 Processo de combinar um conjunto de partições de discos
do mesmo tamanho em discos fisicamente separados
 Formando um “stripe” virtual que é visto pelo sistema
operacional como um único drive

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RAID 0 Striping (Intercalação)

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Disco lógico RAID 0

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RAID 1
 Espelhamento de discos
 Dados são intercalados nos discos
 2 cópias de cada stripe (faixa) em discos separados
 Leitura de ambos aumenta a velocidade de leitura
 Escrita em ambos ao mesmo tempo em paralelo

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RAID 1
 Recuperação é simples
 Troca do disco com falha e re-espelhamento
 Sem tempo de indisponibilidade
 Caro.

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RAID 2
 Discos são sincronizados
 Stripes muito pequenos
 Frequentemente um único byte/palavra
 Correção de erros calculado sobre os bits
correspondentes nos discos

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RAID 2
 Múltiplos discos de paridade armazenam o código
de Hamming nas posições correspondentes
 Muita redundância
 Caros
 Não é comercialmente viável

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RAID 3
 Similar ao RAID 2
 Apenas um disco de paridade redundante, não
importando o tamanho do array
 Simples bit de paridade para cada conjunto de bits
correspondentes

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RAID 3
 Dados em um disco que falha pode ser reconstruído
dos dados restantes e da informação de paridade
 Altas taxas de transferência

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RAID 4
 Cada disco opera independentemente
 Bom para altas taxas de requisição de E/S
 Stripes grandes
 Paridade bit por bit calculado através de cada stripe
em cada disco

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RAID 4
 Paridade armazenada em disco de paridade
 Não é viável comercialmente

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RAID 5
 Parecido com RAID 4
 Paridade é intercalada (striped) por todos os discos
 Alocação dos stripes de paridade utilizando Round Robin
 Evita o gargalo dos discos de paridade do RAID 4
 Comumente utilizado em servidores de rede

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RAID 6
 Dois cálculos de paridade
 Armazenado em blocos separados em discos
diferentes
 Requisito para um sistema com N disco é N + 2
discos

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RAID 6
 Alta disponibilidade de dados
 Três discos precisam falhar para acontecer perda de
dados
 Perda grande de desempenho no processo de escrita

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Tabela resumo RAID

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Tabela resumo RAID

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Armazenamento Óptico CD-ROM
 Originalmente para áudio
 650Mbytes - 70 minutos de áudio
 Policarbonato coberto com uma camada de
material altamente reflexivo, usualmente alumínio
 Dados armazenados como sulcos
 Leitura pela reflexão de um laser
 Densidade constante de empacotamento – mesmo
número de bits por trilha
 Velocidade linear constante

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Operação do CD

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Velocidade dos drives de CD-ROM
 Áudio é uma única velocidade
 Velocidade linear constante
 1,2 m/s
 Única trilha (espiral) com 5.27km de comprimento
 4391 segundos = 73,2 minutos
 Outras velocidades são notadas como múltiplos do
original
 e.x. 24x
 O valor indicado é o máximo que a unidade pode
conseguir

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Formato do CD-ROM

 Sync: Identifica o início do bloco. Um byte contendo 0s, 10 contendo


1s e um contendo 0s.
 Cabeçalho: Contêm endereço do bloco e o byte de modo.
 Modo 0 = campos de dados em branco.
 Modo 1 = 2048 bytes de dados + correção de erro.
 Modo 2 = 2336 bytes de dados sem correção de erros.

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Acesso aleatório no CD-ROM
 Difícil
 Move a cabeça para uma posição aproximada
 Define a velocidade de rotação
 Lê o endereço
 Ajusta para o local solicitado.
 (Boceja!)

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CD-ROM Prós & Contras
 Grande capacidade (?)
 Fácil para a distribuição em massa
 Removível
 Robusto

 Muito caro para pequenas tiragens


 Lento
 Somente leitura

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Outros tipos de armazenamento
 CD-Recordable (CD-R)
 WORM (Write Once, Read many).
 Agora com preço acessível.
 Compatível com unidades CD-ROM
 CD-RW
 Apagável
 Barato
 Compatível com quase todos os dados do CD-ROM
 Mudança de fase
 Material tem duas refletividades diferentes em diferentes
estado de fase
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DVD (sigla do que?)
 Digital Video Disk
 Substituiu a fita cassete
 Nomenclatura indicada para drive de player de vídeo
 Apenas para discos de vídeo
 Digital Versatile Disk
 Nomenclatura indicada para drive de computador
 Lê discos com dados e vídeos
 Dogs Veritable Dinner (jantar verdaedeiro de cães)
 Oficialmente – nada!!!

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Tecnologia do DVD
 Multicamadas
 Grande capacidade (4.7G por camada)
 Todo o filme pode ser gravado em um único disco
 Usando compressão MPEG
 Padronizado
 Porta o código regional do filme
 Players tocam apenas os filmes da região correta
 Pode ser “reparado”.

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DVD – Gravável
 Grandes problemas com padronização (até o
momento de escrita do livro)
 Primeira geração dos drives de DVD não são
capazes de ler discos DVD-W
 Primeira geração dos drives de DVD podem não ler
discos CD-RW
 Hoje já está estabilizado.

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CD e DVD

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Discos ópticos de alta definição
 Densidade de bits mais alta que DVD
 Laser com comprimento mais curto
 Sulcos para 0 e 1 menores
 HD-DVD e Blu-ray
 HD-DVD
 15Gb em única camada em um único lado
 Blu-ray
 25Gb em única camada em uma única face
 Camada de dados mais próxima ao laser
 Disponível para apenas leitura (BD-ROM), regravável uma
vez (BR-R) e re-regravável (BR-RE)
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Discos ópticos de alta definição

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Fita magnética
 Acesso serial
 Lenta
 Muito barata
 Backup e arquivo

 Unidades de fita Linear Tape Open (LTO).


 Desenvolvida no final da década de 1990.
 Alternativa de fonte aberto para os diversos sistemas de
fita patenteados.
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Digital Audio Tape (DAT)
 Cabeça de leitura rotacional
 Alta capacidade em uma fita pequena
 4Gbyte descomprimido
 8Gbyte comprimido
 Backup de PC e servidores de rede

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Gravação em fita magnética

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Tabela resumo fita LTO

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Perguntas de Revisão
 6.2-Como os dados são gravados em disco
magnético?
 6.3
 6.7
 6.9
 Refazer exemplo das páginas 156 e 157 com
valores:
rotação de 10000 RPM; setores de 256 bytes, 1000
setores por trilha; arquivo constituído de 4500
setores; arquivo totalizando 1,152 MBytes
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Problemas
 6.3
 6.4
 6.6
 6.7
 6.8
 6.10

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Bibliografia
 William Stallings – Arquitetura e Organização de
Computadores; 8ª Edição. Pearson Education.
 Capítulo 6

AUla 6 - Memória externa 64

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