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REVISÃO: CONSTITUCIONAL II – MONITORIA EXTRACLASSE

Monitor: Danilo Fini

- PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: ARTIGOS 1º E


3º, CF/88
- INTRODUÇÃO AOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
• 1) Fundamentos da República Federativa do Brasil

• Os fundamentos da República Federativa do Brasil (RFB) estão arrolados no art. 1º da


Constituição Federal. São os pilares do nosso ordenamento jurídico.

• Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

• I – a soberania;
• II – a cidadania;
• III – a dignidade da pessoa humana;
• IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
• V – o pluralismo político.

• Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição.
• A soberania é um atributo do Estado brasileiro, que significa que ele não se subordina a nenhum
outro, tanto na ordem internacional quanto na ordem interna.

• A cidadania, por sua vez, demonstra o compromisso do legislador constituinte com o povo. Por meio
desse fundamento, busca-se que a participação popular nas decisões políticas do Estado seja
crescente, o que é garantido ao longo do texto constitucional por meio do voto, da iniciativa popular
das leis e de outros instrumentos.

• O terceiro fundamento da República Federativa do Brasil é a dignidade da pessoa humana, base de


todos os direitos fundamentais. Por meio desse fundamento, o constituinte assegura ao ser humano
um lugar central para o Estado brasileiro. A proteção às pessoas passa a ser um fim para o Estado.

• Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa ocupam a quarta posição no rol de fundamentos


da República Federativa do Brasil. Por meio desses fundamentos, o constituinte reforça que o Estado
é capitalista e que o trabalho é um valor de nossa sociedade, merecendo até mesmo a posição de
direito social (art. 6º, CF). A título de curiosidade, a palavra trabalho aparece 139 (cento e trinta e
nove) vezes no texto constitucional.

• Por fim, é fundamento da nossa República o pluralismo político. Esse princípio garante a inclusão dos
diferentes grupos sociais no processo político nacional, outorgando aos cidadãos liberdade de
convicção filosófica e política. É uma proteção contra o autoritarismo de qualquer  grupo que tente se
valer da posição dominante para reprimir aqueles que com ele discordarem.
Objetivos Fundamentais da República Federativa do Brasil:

• Os objetivos fundamentais traduzem fins a serem perseguidos pelo Estado


brasileiro. Estão previstos no art. 3º da Carta Magna:

• Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

• I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;


• II – garantir o desenvolvimento nacional;
• III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais
e regionais;
• IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.
• I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária
• Estado tem de propiciar todos os meios para que a democracia seja exercida. Esse preceito foi estabelecido
para os brasileiros no intuito de proporcionar bem estar, qualidade de vida e harmonia social. Contudo, ainda
não é uma realidade vista na prática, existem mecanismos constitucionais de garantia, porém muitos
indivíduos ainda não sabem como usá-los.

• II - Garantir o desenvolvimento nacional


• O Desenvolvimento Nacional dá-se pelo aperfeiçoamento do ser humano, das propriedades e das Instituições.
Que esse desenvolvimento seja estendido à política, a economia, a vida social e a todas as áreas que
contribuam para o aperfeiçoamento da nação.

• III - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais


• Por esse enunciado podemos entender que é objetivo da nossa República tomar medidas de governo que
possibilite uma igualdade de condições para todos os cidadãos. Medidas essas que tragam melhorias para
áreas como educação, saúde e emprego, dando às classes mais pobres maiores possibilidades a esses direitos.

• IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas
de discriminação
• Que o nosso país seja o país do respeito. Todo direito e todo dever tem de ser estendido a qualquer indivíduo,
respeitando-se as normas da constituição e até aonde for o direito do próximo.

• Como o nome já diz esses preceitos são objetivos, metas a serem alcançadas. Têm se visto um progresso lento
em relação ao alcance desses objetivos.
INTRODUÇÃO AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

•A Constituição Federal de 1988, trouxe em seu Título II, os Direitos e Garantias


Fundamentais, subdivididos em cinco capítulos.

•Os direitos e garantias fundamentais, como o próprio nome já revela, são direitos
garantidos, hoje, a todos os seres humanos, enquanto indivíduos de direito.
Tratam-se, assim, de garantias formalizadas ao longo do tempo, inerentes aos
indivíduos. E, em razão disso, costumam andar atrelados às concepções de direitos
humanos.

•Os direitos e garantias fundamentais, são entendidos como o conjunto de preceitos


conquistados com o avanço das sociedades jurídicas e hoje positivados. A
Constituição Federal de 1988, desse modo, refletiu o que fora estabelecido na Carta
de Direitos Humanos de 1948. E trouxe um rol de direitos e garantias considerados
fundamentais para a manutenção do ordenamento jurídico.
• Qual a diferença entre direitos humanos e direitos fundamentais?

• Em face dessa estrita relação, é preciso discutir se os direitos e garantias


fundamentais são sinônimos de direitos humanos. De fato, pode ser difícil vislumbrar
a diferença exata entre eles. E, do mesmo modo, é difícil separá-los enquanto
proteções inerentes aos seres humanos. Talvez a grande diferenciação esteja na
amplitude deles.

• Os direitos humanos, em geral, fazem referência ao conjunto de direitos e garantias


inerentes aos seres humanos, mas estabelecidos em nível internacional. São aqueles
direitos, então, previstos na Declaração de Direitos Humanos da ONU. E assimilados,
portanto, por todas as nações que assinaram e reconhecem a Declaração. Tratam-se,
enfim, de valores essenciais à persecução da dignidade humana.

• Já os direitos e garantias fundamentais, inspirados nos pactos e acordos de direitos


humanos, são aqueles consolidados dentro do ordenamento jurídico brasileiro, com
base, sobretudo, no princípio da dignidade humana. São, além de garantias
materiais, garantias formais. E, como se verá, previstos na Constituição Federal de
1988.
QUEM SÃO OS DESTINATÁRIOS?
• a) Brasileiros natos;
• b) Brasileiros naturalizados;
• c) Estrangeiros residentes no Brasil;
• d) Estrangeiros em trânsito pelo território nacional;
• e) Qualquer pessoa que seja alcançada pela lei brasileira (por exemplo: um
estrangeiro que mora em outro país, mas que está sendo processado no Brasil,
terá direito a se defender. Se a lei brasileira o alcança para acusar, tem de alcançá-
lo também para dar meios de defesa -Caso “Boris Berezowski”);
https://www.conjur.com.br/2013-mar-23/boris-berezovsky-acusado-lavar-dinheiro-corinthians-achado-mo
rto
• f) Pessoas jurídicas tem a proteção de alguns direitos fundamentais, uma vez que o
direito em si é inerente a pessoa humana;

• Observação* Existem determinados direitos fundamentais cuja titularidade é restringida pelo próprio
Poder Constituinte. Por exemplo: existem direitos que se direcionam apenas a quem esteja pelo menos em
trânsito pelo território nacional (garantias contra a prisão arbitrária); outros direcionamse apenas aos
brasileiros, sejam natos ou naturalizados (direito à nacionalidade, direitos políticos); e, por sua vez, outros
são destinados apenas aos brasileiros natos (direito à não-extradição, direito de ocupar determinados
cargos públicos). Pode-se dizer que existe, então, uma verdadeira gradação na ordem enumerada
anteriormente: os brasileiros natos possuem mais direitos que os brasileiros naturalizados que possuem
mais direitos que os estrangeiros residentes, etc.
• ANIMAIS? Existe a norma constitucional constante no art. 225, §1º, VII, da CRFB, o direito
dos animais a não serem submetidos a crueldade.

• EC 96 (07/06/2017) Que acrescenta o § 7º ao art. 225 da CF/88 “para determinar


que práticas desportivas que utilizem animais não são consideradas cruéis”.

• Superação da decisão do STF proferida em 2016 na qual o Tribunal declarou que a


atividade conhecida como “vaquejada” era inconstitucional em virtude de gerar
tratamento cruel aos bovinos. (Plenário. ADI 4983/CE, Rel. Min. Marco Aurélio,
julgado em 06/10/2016 (Info 842).)

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