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História Clínica
Durante a consulta do André, a D. Luísa foi aconselhada pela enfermeira de família a recorrer a uma consulta
de enfermagem de especialidade em Saúde Mental devido à sua dificuldade em lidar com o bebé e desânimo;
3 dias depois recorre acompanhada do seu marido ao S.U. O marido refere: “começou a tremer toda, com uma
respiração esquisita, não me respondia quando lhe perguntava o que sentia”;
Na admissão ao S.U. encontrava-se normotensa, apirética, com hiperventilação, queixando-se de falta de ar,
taquicardia, dor no peito referindo ser tipo “pressão”, tremores generalizados, suores frios, náuseas, sensação
de desmaio. Apresenta tensão muscular, refere parestesias nos braços e pernas. Mencionava repetidamente
que não queria morrer;
Durante a observação psiquiátrica foi medicada com diazepam;
Após a estabilização da crise foi novamente consultada pelo psiquiatra e enfermeiro especialista de saúde
mental;
Durante entrevista adotou uma postura cabisbaixa e atitude indiferente apresentando alguns desabafos,
demonstrando a sua forte tristeza e desesperança;
Referiu sentir desânimo, falta de energia para realizar as tarefas de casa, ondas de tristeza e dificuldade em
dormir;
Após nascimento do filho ( André), no regresso a casa passou grande parte do tempo a chorar, com
sentimentos de angústia, pânico, incapacidade de tratar adequadamente do seu filho;
Refere não conseguir cuidar do bebé, pois tem vontade de largar tudo e sair a correr de casa porque não
consegue ficar sozinha com o filho. Quando ele chora, fica ansiosa, com dores abdominais e vómitos. Por isso,
sente tristeza, culpa, desânimo e falta de coragem. Mas ao ficar longe das crianças refere sentir alívio, pois
para ela, cuidar deles é um fardo. Queixa-se ainda de dificuldade de expressar afeto pelos filhos, agindo mais
racionalmente, de maneira fria, embora goste das crianças;
Na sua história familiar relata ter vindo de uma família com pai alcoólico e mãe algo dependente. Durante sua
infância sempre que o pai chegava em casa alcoolizado e agressivo, ela protegia os irmãos e ficava assustada
num canto da casa. Nunca referiu à mãe como se sentia, mas passou a vida a ouvir os desabafos da mãe pelo
sofrimento que tinha devido ao marido alcoólico;
Finaliza, dizendo que é um fardo para a família e não anda aqui a fazer nada.
Diagnóstico de enfermagem:
Ansiedade
Dados: O marido refere que em casa “a cliente começou a tremer toda, com uma respiração esquisita, não
me respondia quando lhe perguntava o que sentia”. No momento da admissão encontrava-se normotensa,
apirética, com hiperventilação, queixando-se de falta de ar, taquicardia, dor no peito referindo ser tipo
“pressão”, tremores generalizados, suores frios, náuseas, sensação de desmaio.
Apresenta tensão muscular, refere parestesias nos braços e pernas. Mencionando repetidamente “não
quero morrer!”. Após o regresso a casa depois do nascimento do filho, ela passava a maioria do tempo a
chorar, sentia angústia, pânico, sentimento de incapacidade, achava que não era capaz de cuidar dele. Diz,
ainda, que não consegue ficar sozinha com o filho, uma vez que quando ele chora, fica ansiosa, com dores
abdominais e vómitos. Por isso, sente tristeza, culpa, desânimo e falta de coragem.
Ansiedade
Intervenções de enfermagem:
Objetivo:
Objetivo:
Objetivo:
Promover capacidades da utente para interagir com outros indivíduos.
Diagnóstico de enfermagem:
Adesão ao regime medicamentoso comprometido
Dados: Deixou de tomar a medicação há semanas, tendo deixado de ir às consultas de psiquiatria
após engravidar do 2º filho. Entretanto deixou de tomar a medicação que fazia, por ter dúvidas se o uso
afetaria o bebé pela amamentação.
.
Intervenções de enfermagem:
Ensinar sobre medicação;
Encorajar à toma de medicação;
Promover adesão à medicação;
Promover apoio da família.
Objetivo:
Assegurar a adesão ao regime medicamentoso prescrito.
Diagnóstico de enfermagem:
Cooping comprometido
Dados: Cliente apesar da sua postura cabisbaixa e atitude indiferente durante a entrevista, foi apresentando alguns desabafos, demonstrando a sua
fonte de tristeza e desesperança. Desabafou sobre a sua história familiar relatando “ter vindo de uma família com pai alcoólico. Durante sua infância sempre
que o pai chegava a casa alcoolizado e agressivo, ela protegia os irmãos e ficava assustada num canto da casa. Nunca referiu à mãe como se sentia,
mas passou a vida a ouvir os desabafos da mãe pelo sofrimento que tinha devido ao marido alcoólico ”. Após o regresso a casa depois do nascimento do
2º filho, ela passava a maioria do tempo a chorar, sentia angústia, pânico, sentimento de incapacidade, achava que não era capaz de cuidar dele.
Finaliza, dizendo que é um fardo para a família e não anda aqui a fazer nada!
.
Intervenções de enfermagem:
Ensinar sobre estratégias adaptativas;
Promover apoio social;
Promover escuta ativa;
Promover cooping efetivo;
Reforçar comportamento positivo;
Promover apoio familiar.
Objetivo: Assistir cliente a alterar as formas de lidar com as ameaças percebidas, limitações que interferem
na satisfação das necessidades humanas básicas e desempenho de papéis.
Diagnóstico de enfermagem:
Processo Familiar comprometido.
Dados: A Cliente sente-se incapaz de cuidar dos filhos, afirma que passa a maioria do tempo a chorar,
sente angústia e pânico, tem vontade de largar tudo e sair de casa a correr. Tendo em conta que o pai
era alcoólico e agressivo, o único suporte que a cliente pode ter é da mãe e do marido.
Intervenções de enfermagem:
Aconselhar a família; .
Objetivo:
Melhorar o apoio dos familiares da cliente, no sentido da manutenção de comportamentos de saúde
satisfatório para todos. Facilitar e apoiar a familiar em manter comprometido de apoio à cliente de forma a
minimizar os riscos de rutura familiar.