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TRANSTORNOS DO HUMOR
TRANSTORNOS DE HUMOR
• A maioria destes transtornos tendem a ser recorrentes e a ocorrência dos episódios individuais
pode frequentemente estar relacionada com situações ou fatos estressantes.
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ESTADOS
DO HUMOR
ESTADOS DO HUMOR
Humor basal
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• Transtorno de humor
✓ Pouco afeto positivo e muito afeto negativo
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CLASSIFICAÇÃO
NOSOLÓGICA
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Transtornos Depressivos:
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TRANSTORNOS DE HUMOR
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TRANSTORNOS
DEPRESSIVOS
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Transtornos Depressivos
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APA (2013)
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• Em episódios depressivos típicos, de todas as três variedades descritas pela CID-10 (leve
(F32.0), moderado (F32.1) e grave (F32.2 e F32.3), o indivíduo usualmente sofre de humor
deprimido, perda de interesse e prazer e energia reduzida levando a uma fatigabilidade
aumentada e atividade diminuída.
• Cansaço marcante após esforços apenas leves é comum. Outros sintomas comuns são:
(a) concentração e atenção reduzidas;
(b) autoestima e autoconfiança reduzidas;
(c) ideias de culpa e inutilidade (mesmo em um tipo leve de episódio);
(d) visões desoladas e pessimistas do futuro;
(e) ideias ou atos autolesivos ou suicídio;
(f) sono perturbado;
(g) apetite diminuído.
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• O humor rebaixado varia pouco de dia para dia e, frequentemente, não é responsivo às
circunstâncias, mas pode ainda mostrar uma variação diurna característica.
• A apresentação clínica mostra marcantes variações individuais, e apresentações atípicas são
particularmente comuns na adolescência.
• Em alguns casos, ansiedade, angústia e agitação motora podem ser mais proeminentes em
alguns momentos do que a depressão;
• A mudança do humor pode também ser mascarada por aspectos adicionais tais como
irritabilidade, consumo excessivo de álcool, comportamento histriônico, exacerbação de sintomas
fóbicos ou obsessivos preexistentes ou por preocupações hipocondríacas.
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ATENÇÃO
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5. evidência objetiva de
3. acordar pela manhã 2 retardo ou agitação
ou mais horas antes do 4. depressão pior pela psicomotora definitiva 6. marcante perda de
manhã; apetite;
horário habitual; (percebida ou relatada
por outras pessoas);
7. perda de peso
(frequentemente definida
como 5% ou mais do 8. Marcante perda da
libido.
peso corporal no mês
anterior);
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CASO ILUSTRATIVO
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Características clínicas:
episódio depressivo
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OBS.: os sintomas devem estar presentes por pelo menos duas semanas e devem
representar uma mudança com relação ao funcionamento prévio do sujeito.
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Especificadores de gravidade
• F32.0 Episódio depressivo leve + pelo menos dois (a) dos sintomas abaixo:
Pelo menos dois dos sintomas abaixo: • concentração e atenção reduzidas;
• Humor deprimido, • autoestima e autoconfiança reduzidas;
• ideias de culpa e inutilidade/
• perda de interesse e prazer e
• visões desoladas e pessimistas do futuro;
• fadigabilidade aumentada • ideias ou atos autolesivos ou suicídio;
• sono perturbado;
• apetite diminuído.
• Um indivíduo com um episódio depressivo leve está usualmente angustiado pelos sintomas e tem alguma
dificuldade em continuar com o trabalho do dia a dia e atividades sociais, mas provavelmente não irá parar
suas funções completamente.
FONTE: CID 10
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Especificadores de gravidade
• F32.1 Episódio depressivo moderado
• Pelo menos dois dos três sintomas mais típicos anotados para episódio depressivo leve
(F32.0) devem estar presentes, pelo menos três (e preferencialmente quatro) dos
outros sintomas.
• Vários sintomas provavelmente estão presentes em um grau marcante, mas isto não é
essencial se uma variedade particularmente ampla de sintomas está globalmente presente.
• A duração mínima do episódio completo é de cerca de duas semanas.
• Um indivíduo com episódio depressivo, moderadamente grave, usualmente terá dificuldade
considerável em continuar com atividades sociais, laborativas ou domésticas.
FONTE: CID 10
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Especificadores de gravidade
• F32.2 Episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos
FONTE: CID 10
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Especificadores de gravidade
F32.3 Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos
• Um episódio depressivo grave o qual satisfaz os critérios dados para F32.2, e no qual delírios,
alucinações ou estupor depressivo estão presentes.
• Essa categoria deve ser usada somente para episódios únicos de depressão grave com
sintomas psicóticos; para episódios posteriores, uma subcategoria do transtorno depressivo
recorrente.
FONTE: CID 10
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ATENÇÃO
• A presença de aspectos psicóticos no transtorno
depressivo maior reflete doença grave e é um indicador de
mau prognóstico.
• Os próprios sintomas psicóticos são, muitas vezes,
categorizados como congruentes com o humor, ou seja,
em harmonia com o transtorno do humor (“Eu mereço ser
punido porque sou muito mau”), ou incongruentes com o
humor, em desarmonia com o transtorno do humor.
• Pacientes com transtornos do humor com psicoses
congruentes com o humor têm um tipo de transtorno do
humor psicótico;
• Aqueles com transtorno do humor com sintomas psicóticos
incongruentes com o humor podem ter transtorno
esquizoafetivo ou esquizofrenia.
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Características atípicas
• Hipersonia;
• padrão permanente de hipersensibilidade à rejeição
nas relações interpessoais;
• sensação de peso nas pernas e braços;
• piora vespertina
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TRANSTORNO DEPRESSIVO
RECORRENTE
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TRANSTORNO DEPRESSIVO
RECORRENTE
FONTE: CID 10
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O DSM-5 exige que episódios distintos de depressão sejam separados por pelo
menos dois meses, durante os quais o paciente não tenha sintomas significativos
de depressão.
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• Considerando a frequência com que a depressão maior é queixa presente nos ambientes de
atendimento primário, uma mnemônica é útil para lembrar os critérios para um episódio de
depressão maior.
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CARACTERÍSTICAS do TDM
Pensamento: Sentimentos:
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CARACTERÍSTICAS do TDM
• Ideias: • Psicomotricidade:
• lentificada
• Conteúdo negativo • energia mental e física
• Pessimismo • Fadigabilidade
• Culpa • Sensação de sono ou torpor
• Falta de sentido • Necessidade de mais
• Ruína esforço para realizar
• Menos valia atividades
• Doença • Agitação ou inquietação
• Morte • Mais característicos de
• Suicídio estados mistos
• Preocupações exageradas
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CARACTERÍSTICAS do TDM
• Redução de energia • Crítica da doença geralmente está
preservada
• Volição
• vontade • Distorção da realidade para o
negativo
• ânimo
• Passado, presente, futuro
• Perda de iniciativa
• Delírios de ruína
• Alucinações auditivas, visuais,
sensoriais
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CARACTERÍSTICAS do TDM
• Sintomas vegetativos:
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1. Humor deprimido na maior parte 3. Perda ou ganho significativo de 6. Fadiga ou perda de energia quase todos os
do dia, quase todos os dias, peso sem estar fazendo dieta (p. ex., dias.
conforme indicado por relato uma alteração de mais de 5% do peso
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa
subjetivo (p. ex., sente-se triste, corporal em um mês), ou redução ou
excessiva ou inapropriada (que podem ser
vazio, sem esperança) ou por aumento do apetite quase todos os
delirantes) quase todos os dias (não
observação feita por outras pessoas dias. (Nota: Em crianças, considerar o
meramente autorrecriminação ou culpa por
(p. ex., parece choroso). (Nota: Em insucesso em obter o ganho de peso
estar doente).
crianças e adolescentes, pode ser esperado.)
humor irritável.) 8. Capacidade diminuída para pensar ou se
4. Insônia ou hipersonia quase todos concentrar, ou indecisão, quase todos os dias
2. Acentuada diminuição do os dias. (por relato subjetivo ou observação feita por
interesse ou prazer em todas ou outras pessoas).
5. Agitação ou retardo psicomotor
quase todas as atividades na maior
quase todos os dias (observáveis por 9. Pensamentos recorrentes de morte (não
parte do dia, quase todos os dias
outras pessoas, não meramente somente medo de morrer), ideação suicida
(indicada por relato subjetivo ou
sensações subjetivas de inquietação recorrente sem um plano específico, uma
observação feita por outras
ou de estar mais lento). tentativa de suicídio ou plano específico para
pessoas).
cometer suicídio.
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Respostas a uma perda significativa (p. ex., luto, ruína financeira, perdas
por um desastre natural, uma doença médica grave ou incapacidade)
podem incluir os sentimentos de tristeza intensos, ruminação acerca da
perda, insônia, falta de apetite e perda de peso observados no Critério A,
que podem se assemelhar a um episódio depressivo.
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LUTO EDM
• O afeto predominante inclui • Há humor deprimido persistente e
sentimentos de vazio e perda. incapacidade de antecipar felicidade
• Pode diminuir de intensidade ao ou prazer.
longo de dias a semanas, ocorrendo • O humor deprimido de um EDM é
em ondas, conhecidas como "dores mais persistente e não está ligado a
do luto". pensamentos ou preocupações
• Essas ondas tendem a estar específicos.
associadas a pensamentos ou • Infelicidade e angústia generalizadas
lembranças do falecido.
• A dor do luto pode vir acompanhada
de emoções e humor positivos.
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Tristeza: inerente à experiencia humana, e esses períodos não devem ser diagnosticados como um EDM, a
menos que sejam satisfeitos os critérios de gravidade (i.e., cinco dos nove sintomas), duração (i.e., na maior
parte do dia, quase todos os dias, por pelo menos duas semanas) e sofrimento ou prejuízo clinicamente
significativos.
• Transtorno do humor devido à outra condição médica: Ex. esclerose múltipla, AVC e hipotireoidismo.
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Fatores de risco
FONTE: DSM-5
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ALGUNS DADOS
• Dados da International Stress Management Association (Isma-Brasil) apontam que 42% dos
profissionais brasileiros vivenciaram algum episódio de depressão durante sua vida profissional,
sendo que em 10% são recorrentes;
• Até 60% dos casos não são detectados pelo médico clínico;
• A morbi-mortalidade associada à depressão pode ser, em boa parte, prevenida (em torno de
70%) com o tratamento correto.
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FONTE: DSM-5
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TRATAMENTOS
O tratamento de pacientes com transtornos do humor deve ser direcionado para vários objetivos:
1) a segurança do paciente deve ser garantida.
2) uma avaliação diagnóstica completa do paciente é necessária.
3) deve ser iniciado um plano de tratamento que trate não apenas os sintomas imediatos, mas também
vise ao bem-estar futuro do paciente.
• O tratamento atual enfatiza a farmacoterapia e a psicoterapia orientadas ao paciente individual, mas
acontecimentos estressantes da vida também estão associados com aumentos nas taxas de recaída.
• Portanto, o tratamento deve ser voltado também ao fortalecimento dos recursos internos do paciente
para lidar com os eventuais estressores.
• Estudos mostram que o tratamento combinado (farmacoterapia e psicoterapia) é mais eficaz que
somente a monoterapia.
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TRATAMENTOS
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TRATAMENTOS
• O objetivo da terapia cognitiva é aliviar os episódios depressivos e prevenir sua reincidência ajudando-o a
identificar e testar as cognições negativas; desenvolver formas de pensar alternativas, flexíveis e positivas; e
ensaiar novas respostas cognitivas e comportamentais.
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TRATAMENTOS
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FONTE: DSM 5
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Se distingue-se do TDM
pelo fato de os pacientes
O aspecto mais Existem sentimentos se queixarem de que
característico do associados de sempre estiveram
transtorno depressivo inadequação, culpa, deprimidos. Portanto, a
persistente é a presença irritabilidade e raiva; maioria dos casos é de
de um humor deprimido afastamento da início precoce,
que dura a maior parte sociedade; perda de começando na infância
do dia e está presente interesse; e inatividade e ou na adolescência em
quase continuamente. falta de produtividade. geral por volta dos dos
20 anos.
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Transtorno Depressivo
Persistente (Distimia)
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• O transtorno depressivo persistente com frequência apresenta um início precoce e insidioso (i.e.,
na infância, na adolescência ou no início da idade adulta) e, por definição, um curso crônico.
• O início precoce (i.e., antes dos 21 anos) está associado a uma probabilidade maior de
transtornos da personalidade e de transtornos por uso de substâncias comórbidos.
• A ansiedade não é um componente necessário de seu quadro clínico; contudo, o transtorno é com
frequência diagnosticado em pacientes com transtornos de ansiedade e fóbicos.
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CASO ILUSTRATIVO
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• Caso exista um humor depressivo e dois ou mais sintomas que satisfaçam os critérios para um episódio
depressivo persistente por dois anos ou mais, é feito o diagnóstico de TDP. O diagnóstico depende da
duração de dois anos, o que o distingue dos episódios de depressão, que não duram dois anos.
• Se os critérios dos sintomas são suficientes para o diagnóstico de um EDM em qualquer momento durante
esse período, então o diagnóstico de depressão maior deve ser anotado, mas é codificado não como um
diagnóstico separado, e sim como um especificador com o diagnóstico de transtorno depressivo Persistente
(“com episódios depressivos maiores intermitentes, com episódio atual”).
• Se o EDM persistiu por pelo menos dois anos e continua presente, então é usado o especificador “com
episódio depressivo maior persistente”.
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FONTE: Toy, Eugene C. Casos clínicos em psiquiatria - 4. ed. – Porto Alegre : AMGH, 2014.
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VAMOS
EXERCITAR?
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CASO 1
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Os transtornos do humor constituem uma categoria importante de doença psiquiátrica, consistindo em transtorno
depressivo, transtorno bipolar e outros transtornos. Sobre o Transtorno Depressivo Maior, marque a alternativa correta:
A. Apesar de o diagnóstico ser baseado na anamnese realizada pelo profissional, a dosagem de neurotransmissores é
fundamental para o diagnóstico e definição de prognóstico do transtorno depressivo maior.
B. A depressão afeta a qualidade de vida dos pacientes de maneira significativa, e está associada à incapacidade, como
ocorre em doenças como a esquizofrenia, e, diferentemente de outros transtornos psiquiátricos, história familiar
positiva não é fator de risco para depressão.
C. Os transtornos do humor são comuns. Nos levantamentos mais recentes, o transtorno depressivo maior tem a
prevalência mais alta ao longo da vida (quase 17%) de todos os transtornos psiquiátricos. Indivíduos com transtornos
depressivos maiores têm menor risco de apresentar um ou mais transtornos associados, sendo a presença de
comorbidade bastante rara nesses indivíduos.
D. O episódio depressivo maior deve durar pelo menos duas semanas, e normalmente uma pessoa com esse diagnóstico
também experimenta pelo menos quatro sintomas de uma lista que inclui alterações no apetite e peso, alterações no
sono e na atividade, falta de energia, sentimentos de culpa, problemas para pensar e tomar decisões e pensamentos
recorrentes de morte ou suicídio.
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Qual dos seguintes sintomas deve estar presente para se fazer o diagnóstico de transtorno
depressivo maior?
A. Humor deprimido.
B. Apetite diminuído.
C. Culpa excessiva.
D. Fadiga.
E. Ideação suicida.
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Uma mulher de 22 anos é encaminhada a seu consultório pelo médico da família para avaliação de
depressão. O clínico não tem certeza se ela sofre de transtorno distímico ou de transtorno depressivo
maior. Qual das seguintes características é mais compatível com transtorno distímico do que com
depressão maior?
A. Curso episódico.
B. Grande quantidade de sintomas neurovegetativos.
C. Presença de sintomas psicóticos.
D. Prejuízo grave no funcionamento.
E. Baixa intensidade dos sintomas.
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EPISÓDIOS
MANÍACOS E
TRANSTORNOS
BIPOLARES
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MANIA
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EPISÓDIO
MANÍACO
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• Hipertimia;
• labilidade afetiva;
• aumento de energia;
• taquipsiquismo,
• fuga de ideias,
• logorréia;
• diminuição da necessidade de sono;
• desinibição,
• aumento da libido;
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Hipomania
• Forma atenuada da mania;
• Sem psicose ou delírios;
• Humor anormal
• Sintomas leves a moderados de mania
• Duração de dias a meses
• Duração de pelo menos 4 dias;
• Difere do normal da pessoa;
• Sem prejuízo marcado no funcionamento.
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TRANSTORNOS
BIPOLARES
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Causas:
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Depressão x Bipolar
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Subtipos: Bipolar
• Transtorno Bipolar Tipo I: representa toda amplitude de variação do humor, do pico mais alto (mania
plena), que pode durar várias semanas, até depressões graves. Em geral começa entre os 15 e 30
anos, mas há casos de início mais tardio. Não é raro apresentar sintomas psicóticos como delírios ou
mesmo alucinações.
• Transtorno Bipolar Tipo II: a fase maníaca é mais suave e curta, (hipomania). Os sintomas são
semelhantes, mas não prejudica a pessoa de modo tão significativo, pois não são tão intensos. As
depressões por outro lado, podem ser profundas. Também pode iniciar-se na adolescência, com
oscilações do humor, mas uma parte dos pacientes só expressa a fase depressiva ao redor dos 40
anos.
• Ciclotimia
• Não Especificado
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Bipolar tipo I -
mania
TDM
Distimia
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OS SINTOMAS DE DEPRESSÃO E
DE MANIA NO TB
• No início da fase depressiva, o humor pode alterar de
eutímico para triste, entediado, melancólico, vazio,
ansioso, desanimado ou irritado.
• Os pacientes descrevem que se sentem impacientes,
irritadiços, nervosos, perdidos, incompreendidos,
desinteressados, sensíveis, zangados, estagnados ou
vazios.
• Com frequência, descobrem que já não se importam mais
com suas atividades, com as pessoas a sua volta, com a
realização de tarefas na hora certa, ou com sua
aparência pessoal.
• As mudanças de atitude na depressão também podem
incluir uma excessiva negatividade. Os pacientes estão
convencidos de que não adianta tentar fazer algo porque
o resultado negativo é inevitável. As contrariedades
podem parecer insuperáveis.
FONTE: Basco, 2009.
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OS SINTOMAS DE DEPRESSÃO E
DE MANIA NO TAB
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DE MANIA NO TAB
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OS SINTOMAS DE DEPRESSÃO E
DE MANIA NO TAB
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Episódio de hipomania
SEMELHANTES, PORÉM MAIS LEVES:
• Euforia ou humor elevado;
• Maior criatividade;
• Redução da necessidade de sono;
• Falar mais que o normal, pensamento acelerado e fácil distração;
• Agitação ou aumento da energia para realizar atividades.
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OS SINTOMAS DE DEPRESSÃO E DE
MANIA NO TAB
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Classificação Diagnóstica
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Critérios Diagnósticos - TB
• Episódios maníacos usualmente começam abruptamente e duram
entre duas semanas e 4-5 meses (média de 4 meses).
• Depressões tendem a durar mais tempo (média de 6 meses),
embora raramente por mais de um ano, exceto em idosos.
• Episódios de ambos os tipos frequentemente se seguem a
eventos da vida estressantes ou outros traumas mentais, mas a
presença de tal estresse não é essencial para o diagnóstico.
• O primeiro episódio pode ocorrer em qualquer idade, da infância à
velhice.
• A frequência de episódios e o padrão de remissões e recaídas
são ambos muito variáveis;
• As remissões tendem a tomar-se mais breves com o passar do
tempo e as depressões a tomarem-se cada vez mais comuns e a
ter maior duração depois da meia-idade.
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• Episódio Maníaco
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e
persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de uma semana e presente na
maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se a hospitalização se fizer necessária).
B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou mais) dos seguintes
sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma
mudança notável do comportamento habitual:
• 1. Autoestima inflada ou grandiosidade.
• 2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas de sono).
• 3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
• 4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
• 5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou
irrelevantes), conforme relatado ou observado.
• 6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja sexualmente) ou
agitação psicomotora (i.e., atividade sem propósito não dirigida a objetivos).
• 7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas (p. ex.,
envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros
insensatos).
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• Episódio Hipomaníaco
Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e
persistente da atividade ou energia, com duração mínima de quatro dias consecutivos e presente na maior
parte do dia, quase todos os dias.
O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou
profissional ou para necessitar de hospitalização.
→ Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco.
O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, outro
tratamento).
• Nota: Um episódio hipomaníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo (p. ex., medicamento,
eletroconvulsoterapia), mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse
tratamento, é evidência suficiente para um diagnóstico de episódio hipomaníaco.
• Recomenda-se, porém, cautela para que 1 ou 2 sintomas (principalmente aumento da irritabilidade, nervosismo
ou agitação após uso de antidepressivo) não sejam considerados suficientes para o diagnóstico de episódio
hipomaníaco.
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CARACTERÍSTICAS SUGESTIVAS
DE BIPOLARIDADE NA
DEPRESSÃO.
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CASO ILUSTRATIVO
Um homem de 27 anos é levado ao setor de emergência pelos amigos e pelo colega de quarto. Eles relatam que
o paciente não tem dormido nas últimas 3 ou 4 semanas e que perceberam que ele fica acordado à noite,
limpando o apartamento. Adquiriu um novo computador e um aparelho de DVD, embora o colega de quarto
afirme que ele não tem dinheiro para comprar esse tipo de coisa. O paciente também tem se vangloriado para os
amigos de que dormiu com três mulheres diferentes na última semana, mas esse não é seu comportamento
habitual, e tem estado muito irritável e explosivo. Tem bebido "um monte de álcool“ nas duas últimas semanas, o
que não é característico.
Os amigos referem não tê-lo visto usar drogas e acreditam que não tenha problema de saúde nem tome qualquer
medicamento que precise de receita. Não estão a par de história familiar de distúrbios clínicos nem de
transtornos psiquiátricos. Informam que ele é estudante de serviço social.
Em um exame do estado mental, o paciente se mostra alternadamente irritável e exaltado. Está usando uma
camisa laranja forte e uma calça vermelha, e suas meias não formam par. Fica caminhando pela sala e recusa-se
a sentar quando convidado pelo examinador. Sua fala é rápida e alta, e é difícil interrompê-lo. Diz que seu humor
está "ótimo" e está muito zangado com os amigos por tê-lo obrigado a vir ao setor de emergência. Fala que eles
provavelmente tenham insistido porque "estão com inveja do meu sucesso com as mulheres". Afirma que está
destinado a algo grandioso. Seus processos de pensamento são tangenciais. Nega qualquer ideação suicida ou
homicida, alucinações ou delírios .
Retirado de: Toy, Eugene C. Casos clínicos em psiquiatria - 4. ed. – Porto Alegre : AMGH, 2014.
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TRANSTORNO CICLOTÍMICO
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A. Por pelo menos dois anos (um ano em crianças e adolescentes), presença de vários períodos com sintomas
hipomaníacos que não satisfazem os critérios para episódio hipomaníaco e vários períodos com sintomas depressivos que
não satisfazem os critérios para episódio depressivo maior.
B. Durante o período antes citado de dois anos (um ano em crianças e adolescentes), os períodos hipomaníaco e
depressivo estiveram presentes por pelo menos metade do tempo, e o indivíduo não permaneceu sem os sintomas por
mais que dois meses consecutivos.
C. Os critérios para um episódio depressivo maior, maníaco ou hipomaníaco nunca foram satisfeitos.
D. Os sintomas do Critério A não são mais bem explicados por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno
esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico
especificado ou outro transtorno fisiológico não especificado.
E. Os sintomas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex;, droga de abuso, medicamento) ou a
outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo).
F Os sintomas causam sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou em outras
áreas importantes da vida do indivíduo.
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O Sr. B., um homem solteiro de 25 anos, veio para avaliação devido a irritabilidade, insônia,
nervosismo e excesso de energia.
Ele relatou que esses episódios duravam de alguns dias a algumas semanas e se alternavam
com períodos mais longos de se sentir desanimado, abatido e desgastado com pensamentos de
suicídio.
Relatou ter estado desse jeito por tanto tempo quanto pode lembrar e nunca foi tratado para
seus sintomas. Negou uso de drogas e disse que “apenas ocasionalmente tomava uma bebida para
relaxar”.
Na infância, o Sr. B. passou de uma família adotiva para outra e era uma criança
irresponsável e encrenqueira. Com frequência fugia de casa, faltava à escola e cometia crimes
menores.
Ele fugiu de sua última família adotiva aos 16 anos e vagou pela cidade desde então, fazendo
biscates ocasionais. Quando ficava inquieto em um local ou emprego, rapidamente mudava para o
seguinte.
Não tinha amigos próximos porque iniciava e terminava amizades com rapidez.
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• Avaliação:
• Exame do Estado Mental: analisar estado de afeto (quantidade, apropriação e curso) e humor;
pensamento (curso e conteúdo), juízo crítico (superestimado), atenção (distratibilidade,
hipervigilância e hipotenacidade), memória, conduta e linguagem (curso).
• Entrevista Diagnóstica: com o próprio examinando, familiares e pessoas de sua convivência diária.
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TRATAMENTO DO TAB
• São necessários medicamentos e psicoterapia combinados para controlar os sintomas
do transtorno bipolar.
• Os objetivos do tratamento medicamentoso são, em primeiro lugar, controlar os sintomas e,
em segundo, manter o estado assintomático por períodos prolongados de tempo.
• O tratamento farmacológico dos transtornos bipolares é dividido em fases aguda e de
manutenção, e envolve a formulação de estratégias diferentes para o paciente que está
vivenciando mania ou hipomania ou depressão.
• O tratamento da fase aguda pode durar de 6 semanas (se a primeira medicação for eficaz e
bem tolerada) ou pode durar de 6 a 9 meses.
• No tratamento da fase aguda de duração mais longa, com frequência é necessário escolher
entre diversos medicamentos para encontrar um ou a combinação de medicamentos que
dará uma resposta efetiva.
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TRATAMENTO DO TAB
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TRATAMENTO DO TAB
A utilidade relativa de
Os ISRS (fluoxetina,
antidepressivos-padrão na
doença bipolar é sertralina, paroxetina, Algumas evidências
citalopram, escitalopram) sugerem que a bupropiona
controversa devido a sua
mostraram-se eficazes na é eficaz quando os ISRS
propensão a induzir
ciclagem, mania ou fase depressiva do não o são.
transtorno bipolar.
hipomania.
FONTE: BASCO, Mônica Ramirez. Terapia cognitivo-comportamental para transtorno bipolar: guia do terapeuta. 2. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2009.
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TRATAMENTO DO
TAB
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Em resumo
Transtorno Características
Transtorno Bipolar Tipo I Ao longo da vida, ao menos um episódio de mania com ou sem
episódio depressivo maior.
FONTE: DSM-5
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VAMOS
EXERCITAR?
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(E) Sensação de elevado poder e presença de postura arrogante frente às outras pessoas
(psicopatia).
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O transtorno psiquiátrico do adulto que é marcado pela presença de humor deprimido na maior
parte do dia, na maioria dos dias, pelo período mínimo de dois anos é:
A) ciclotimia.
B) transtorno bipolar.
C) Transtorno depressivo persistente.
D) depressão sazonal.
E) depressão maior.
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Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Santa Rosa - RS Prova: FUNDATEC - 2018 - Prefeitura de Santa
Rosa - RS - Psicólogo
De acordo com os critérios do DSM-5 (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014) para transtorno
ciclotímico, as alternativas abaixo são consideradas critérios diagnósticos para esse transtorno, EXCETO:
A) Por pelo menos dois anos, presença de vários períodos com sintomas hipomaníacos que não satisfazem os critérios
para episódio maníaco e vários períodos com sintomas depressivos que não satisfazem os critérios para episódio
depressivo maior.
B) Durante o período de dois anos, os períodos hipomaníaco e depressivo estiveram presentes por pelo menos metade
do tempo, e o indivíduo não permaneceu sem os sintomas por mais de dois meses consecutivos.
C) Os critérios para um episódio depressivo maior, maníaco ou hipomaníaco nunca foram satisfeitos.
D) O transtorno pode acontecer durante o curso de um transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante ou transtorno
esquizoafetivo.
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REFERÊNCIAS
• Basco, Mônica Ramirez. Terapia cognitivo-comportamental para transtorno bipolar: guia do terapeuta.
– 2. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2009.
• Cheniaux Junior, Elie. Manual de psicopatologia. - 5. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
• Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. – 3. ed. – Porto Alegre:
Artmed, 2019.
• Sadock, Benjamin J. ;Sadock, Virginia A.; Ruiz, Pedro. Compêndio de psiquiatria: ciência do
comportamento e psiquiatria clínica – 11. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2017.
• Toy, Eugene C. Casos clínicos em psiquiatria - 4. ed. – Porto Alegre : AMGH, 2014.
• Whitbourne, Susan Krauss; Halgin, Richard P. Psicopatologia: perspectivas clínicas dos transtornos
psicológicos. Artmed, 2015.
• DSM-5
• CID-10
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