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Síndromes Depressivas

DEIVISSON VIANNA DANTAS DOS SANTOS


Sofrimento é comum na Atenção Básica

• Os sintomas que não configuram nenhum transtorno representam


23% da clientela atendida na atenção primária européia
(Garcia-Campayo 1996, 1999) e 30% a 56%, atendida pelo programa de
saúde da família brasileiro (Ludermir e Melo Filho, 2002, Fortes, 2004,
Gonçalves, 2008)

• A relação entre os fatores socioeconômicos e o aparecimento da


sintomatologia “considerada da área da saúde mental” é explicita.
(Maragno, 2006, Roberts F, 1998 Robins e Regier, 1991)

• Fragilidade na abordagem deste problema como integrante das


práticas de saúde básicas e não como uma especialidade. (Sivalli et al,
2003)
O Transtorno Depressivo
CASO

• Roberta 42 anos, advogada, setor jurídico


• O procura chorosa, muito chorosa, falando que há 6
meses não dorme direto, não se alimenta bem e esta
muito ansiosa com a situação do pai que foi
diagnosticado com metástase pulmonar, não
consegue se concentrar no trabalho.
• Após 4 meses de afastamento retorna, e apesar do
tratamento do psiquiatra, não vê muita melhora e se
sente culpada por dar tanto prejuízo a empresa.
Principais sinais
• Incapacidade de sentir prazer (anedonia)
• Humor deprimido ou irritado
• Fadiga
• Lentificação dos processos psíquicos
• Insônia e Inapetência
• Dificuldade de concentração
• Idéias de culpa, de ser um peso, auto-recriminação,
ruminação de idéias
• Isolamento, insegurança, medo
• Futuro: ausência de perspectiva (desesperança)
• Ruína, auto-imagem negativa, inutilidade
• Ideação suicida
O Transtorno Depressivo
O Transtorno Depressivo
Transtorno Depressivo Maior

Para o diagnóstico da depressão maior ≥ 5 dos seguintes devem estar presentes quase todos os dias
durante o mesmo período de 2 semanas, e um deles deve ser humor deprimido ou perda de interesse
ou prazer:
•Humor deprimido durante a maior parte do dia
•Diminuição acentuada do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades durante a maior
parte do dia
•Ganho ou perda ponderal significativo (> 5%) ou diminuição ou aumento do apetite
•Insônia (muitas vezes insônia de manutenção do sono) ou hipersonia
•Agitação ou atraso psicomotor observado por outros (não autorrelatado)
•Fadiga ou perda de energia
•Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada
•Capacidade diminuída de pensar, concentrar-se ou indecisão
•Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, tentativa de suicídio ou um plano específico para
cometer suicídio
O diagnóstico de depressão sempre é de exclusão
Exame do estado Mental

Dificuldade de concentração

Pensamentos e falas lentificadas

Pensamentos de ruina e negativos


Exame do estado Mental

Humor deprimido

Alterações do sono, apetite

Negligencia nos cuidados pessoais

Perda de vontade no cotidiano


Identificar o sofrimento alheio é o primeiro passo
para o cuidado

• O acolhimento do sofrimento por si já possui ação terapêutica.

• Não menosprezar o sofrimento do usuário é um sinal de


reconhecimento

• Nomear o sofrimento (não necessariamente diagnosticá-lo) é


importante para o percurso terapêutico de cada um
Outras síndromes depressivas

• Transtorno depressivo persistente

• Sintomas depressivos que persistem por ≥ 2 anos sem remissão são classificados como
transtorno depressivo persistente (TDP), uma categoria que consolida os transtornos
anteriormente denominados transtorno depressivo maior crônico e transtorno distímico.

• Os sintomas tipicamente começam insidiosamente durante a adolescência e podem


persistir por muito anos ou décadas. O número de sintomas muitas vezes oscila acima e
abaixo do limiar para episódio depressivo maior.

• Os pacientes afetados podem estar habitualmente melancólicos, pessimistas, sem senso


de humor, passivos, letárgicos, introvertidos, hipercríticos de si mesmos e dos outros e
queixosos. 
Obrigado

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