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INTERPRETAÇÃO

DOS DH
Direitos Humanos
Prof. Davi Niemann Ottoni
INTERPRETAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

• A interpretação dos Direitos Humanos Internacionais será estudada sobre 4


vertentes/métodos interpretativos. Para se interpretar as normas que preveem os
direitos humanos, deve-se recorrer as normas de interpretação jurídica clássicas,
hermenêutica usuais. Já para interpretação dos tratados, é necessário que se
analise as normas previstas na Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados
de 1969. Porém, existem algumas peculiaridades que somente os direitos
humanos têm e que são muito citadas pelas cortes internacionais.
• O primeiro método, ou princípio, é o da interpretação pro homine, que
significa que quando há conflito entre duas normas ou interpretações da norma,
deve ser aplicada aquela mais protetiva ao direito do homem (direitos humanos),
que garanta mais seu direito a dignidade, a vida, etc.
• Esse princípio é muito referido pela jurisprudência da Corte Interamericana e a
Europeia. Por isso, pode ser que se invoque a interpretação pro homine em
alguma questão discursiva e, inclusive, pode ser objeto de cobrança em provas
de concurso do MPF.
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INTERPRETAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

• Outro método interpretativo é o da interpretação Autônoma, que significa que


o direito internacional dos Direitos Humanos possui conceitos e institutos
próprios que não se confundem com os do direito interno. Então, quando uma
Corte Internacional analisa o conceito, por exemplo, de propriedade, não pode se
limitar ao conceito próprio de um Estado ou outro, deve ser construído um
conceito próprio, um conceito internacional para interpretação da norma, que
será uma interpretação autentica.
• A interpretação autônoma significa que as cortes não devem se limitar ao que os
Estados dizem, mas devem observar seus próprios conceitos, institutos.

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INTERPRETAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

• A interpretação Evolutiva, progressiva ou dinâmica parte do pressuposto de


que os tratados internacionais de direitos humanos são instrumentos vivos
(Living instruments). As Cortes afirmam que as convenções internacionais
adquirem vida própria e não se vinculam as vontades iniciais dos Estados
signatários. Então, ainda que os Estados quando adotaram/aprovaram aquela
convenção internacional tivessem algo em mente, essa convenção ganha vida
própria e não se vincula a vontade original. A interpretação dos direitos humanos
vai sempre evoluindo. Os tratados internacionais dos direitos humanos são
instrumentos vivos.

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INTERPRETAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

• Por fim, tem-se o princípio da Efetividade ou effect utile, que dispõe que os
direitos humanos devem ser interpretados da forma que lhe dê maior efetividade,
de modo a alcançar plenitude. Se houver conflito entre normas ou interpretações
deve-se escolher aquele que dê maior efetividade aos direitos humanos.

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INTERPRETAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

• MPF (28º CONCURSO)


• (18) De acordo com o princípio da interpretação autônoma, os tratados de
direitos humanos podem possuir sentidos próprios, distintos dos sentidos a eles
atribuídos pelo direito interno, para dotar de maior efetividade as normas
internacionais de direitos humanos.

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INTERPRETAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

• MPF (28º CONCURSO)


• (18) De acordo com o princípio da interpretação autônoma, os tratados de
direitos humanos podem possuir sentidos próprios, distintos dos sentidos a eles
atribuídos pelo direito interno, para dotar de maior efetividade as normas
internacionais de direitos humanos.
• Assertiva Correta

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FIM

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