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Édipo Rei: o conflito na tragédia

Estudo remoto. Filosofia/Estética. Semana 20


(postagem em 16.08.2020)

Profª. Mª. Leila Rosa – 4ª Série Ensino Técnico


Integrado
Metodologia desenvolvida para atender as
especificidades das aulas remotas em Seed/PR - Guarapuava
virtude da pandemia do COVID 19.
Édipo Rei: o conflito na tragédia | Semana 20

Édipo Rei:
 Tragédia escrita por Sófocles;
 Um dos mitos mais revisitados;
 Na peça, Édipo – protagonista – é condenado a morte a morte
ainda bebê;
 Laio (pai) decide mata-lo logo após seu nascimento (tarefa não
cumprida por seu criado);
 Adotado por Polóbio, rei de Corinto, só tem conhecimento de
sua condição já adulto;
 Decide abandonar Corinto.
 No caminho Édipo encontra seu destino: Matando seu pai
biológico (em um encontro infortuno); desafia a Esfinge
(protetora de Tebas); casa com Jocasta (sua mãe).
Édipo Rei: o conflito na tragédia | Semana 20

Édipo: complexo
Designa o fenômeno psicológico resultante do
comportamento emocional do triângulo filho-mãe-pai. A
inter-relação desses três constantes deu origem a uma série
de fenômenos variáveis que foram agrupados sob o nome
genérico “complexo de édipo”. FREUD - 1900

 Qual a relação entre a obra de Sófocles e as observações de


Freud com 25 intervalo de 2500 anos ?
 Freud não teve interesse em debruçar sobre as especificidades
para se chegar a uma possível resposta, se é que tem;
 Para VERNANT a marca do mito é por verossimilhança entre o
herói e nós.
Édipo Rei: o conflito na tragédia | Semana 20

Édipo: complexo
Se o Rei-Édipo nos comove, tanto quanto perturbava os
cidadãos de Atenas, não é, como se acreditava até então,
 porque ele encarna uma tragédia da fatalidade, opondo a
onipotência divina `a pobre dos homens; é que o destino
de Édipo é, de certa forma, o nosso, é que carregamos em
nós a mesma maldição que o oráculo pronunciou contra
ele. VERNANT VIDAL-NAQUET

 A interpretação do mito tem como fundamento os sonhos;


 Freud toma a narrativa de modo não concreto; Não histórico;
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Édipo: complexo
 A psicologia histórica compreende o mito em seu contexto –
histórico, social, mental;
 Freud parte EFEITO do texto no público;
 A narrativa traz sentimento como “culpa”; “repulsa”, “terror”
“autopunição”

Édipo: Mito Édipo: Tragédia


Nas primeiras Édipo arranca seus
versões Édipo morre próprios olhos,
tranquilamente em Jocasta se suicida e
Tebas, sem qualquer seus filhos são
autopunição. prejulgados pela
cidade.
Édipo Rei: o conflito na tragédia | Semana 20

 A tragédia é mais que um sonho, é revela a contradição


humana; “Uma espécie de monstro incompreensível e
desconcertante”;

 Na tragédia o indivíduo é posto sob a encruzilhada da ação;

 Porém “uma justiça luta contra outra justiça” – homens e


deuses;

 A tragédia atua em uma zona fronteiriça, a responsabilidade


atua como reflexão e não ação;
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 VERNANT alerta que a alusão psicanalítica de FREUD a ÉDIPO


não é pelo mesmo método dos helenista;
 Freud passa insensível a aspectos histórico, social e religioso
das tragédias;
Em “TOTEM E TABU” freud vai abordar a origem da família,
estrutura familiar, a partir do mito de Urano que foi castrado,
morto e devorado por seus filhos.
• O conflito na interpretação da tragédia ascende sob a
diferença de método e de orientação. De um modo ou de
outro a matéria da tragédia é capaz de marcar e desnudar as
condições do homem, seja no século VI a.C seja no séc. XXI.

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