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CURSO DE
ESPECIALIZAÇÃO EM
PSICANÁLISE CLÍNICA
MÓDULO
PSICITEOLOGIA II
1
SOCIEDADE DE ANÁLISES PSICANALÍTICA E DESENVOLVIMENTO HUMANO
INSTITUTO DE FORMAÇÃO FATEB
www.sociedadepsicanalitica.org.br / www.fatebead.com.br
SUMÁRIO
Capa -----------------------------------------------------------------1
Apresentação ---------------------------------------------------2 a 3
Plano de unidade didático -----------------------------------------4
Sumário -------------------------------------------------------------4
Introdução -----------------------------------------------------6 a 8
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
INTRODUÇÃO
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Há alguns anos atrás um Pastor de uma igreja nos Estados Unidos escreveu um artigo
provocante sob o titulo. “O aconselhamento é uma perda de tempo”. Frustrado pelo
seu pouco êxito em cuidar das pessoas, o escritor queixou-se de gastar horas e mais
horas falando em infinito com grande número de pessoas que simplesmente não
seguiam seus ensinos e conselhos.
O Pastor da igreja foi suficientemente sincero para reconhecer que seu insucesso
talvez resultasse do fato dele não ter as qualificações necessárias para desempenhar
o seu papel de conselheiro e terapeuta com eficácia.
Isto acontece também no Brasil e poderá encontra-se neste momento acontecendo
em seu Ministério local em um líder de uma igreja, pois acredito que a falta de
conhecimento sobre o ser humano e sua estrutura imaterial (alma e espírito) por
parte dos que são chamados para liderar a igreja de Deus na terra é de proporções
alarmantes. Muitas vidas que foram confiadas por Deus a lideres da igreja local
encontram-se neste momento sofrendo sob a liderança de pessoas despreparadas e
de até psicopatas espirituais (pessoas obsessivas por poder que tem
personalidade autocrata e que matam espiritualmente com palavras e ações,
algumas vezes conscientes e outras vezes inconscientes – conceito do
autor.), pois os mesmos (lideres eclesiásticos) encontram-se na frente de Ministérios
Evangélicos etc.
A falta de conhecimento sobre a Psicanálise por parte de lideres eclesiásticos é
enorme, o mesmo não somente pode comprometer o bom andamento de uma
Congregação local, como também poderá contaminar uma geração através de
estudos contra a mesma (Psicanálise) em salas de aulas de Seminários Teológicos e
Escolas Bíblicas Dominicais de variadas denominações religiosas.
Antes de me decidir a estudar “a Psicanálise Clínica” para assim ter uma melhor
preparação para o “Ministério Pastoral” eu procurei informações com alguns irmãos
(até pastores e presbitérios) e que eu geralmente ouvia era: “não faça, pois você vai
se desviar, no curso ensina muitas heresias”. Mas Deus me direcionou para a pessoa
correta, procurei meu Pastor que na época (ano de 2004) era o Pr. Isac Carvalho de
Jesus Presidente da Assembléia de Deus em Itapoã (nos dias atuais é Presidente da
Igreja Assembléia de Deus em Alagoinhas-BA da Convenção CEADEB/CGADB) que se
encontrava concluindo o Curso de Psicanálise Clínica no IMAHP o mesmo relatoume
que: “Membros que comete pecados eu disciplino e trato com a Bíblia, mas
os traumas da alma eu hoje trato com a Psicanálise com ajuda do Senhor
Espírito Santo, então faça, pois ajudará a muitos no seu Ministério Pastoral.
Há pouco tempo eu coloquei em disciplina um obreiro e tratei seu trauma
com apenas algumas sessões psicanalíticas”.
Quando eu terminava a minha graduação em Teologia com a convalidação pelo MEC
no ano de 2005 em uma Instituição de ensino Teológico de referência na Bahia (o
autor a indica) tivemos uma disciplina de “aconselhamento bíblico” pelo um Professor
Pastor líder de um grande Ministério Evangélico Batista na Bahia. O mesmo durante
a aula destacou que: “a “Psicanálise” seria uma ciência do diabo e citou até
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mesmo um livro de um autor teólogo conhecido pelos livros que até nos dias
atuais são temas de filmes e que também era contra pastores evangélicos
usar a psicanálise em seus gabinetes para aconselhar e tratar o pecado”.
Mostrando assim o docente aos discentes concluintes que não tinha nenhum
conhecimento de causa, pois a Psicanálise não aconselha e nem trata pecados
(pecado no singular na Bíblia retrata o que somos (pecado original) e encontra-se
diante de nós e pecados no plural a Bíblia fala das ações pecaminosas que fazemos
através dos nossos membros e estão diante de Deus).
Em outra oportunidade presenciei no ano de 2006 uma grande polêmica com relação
há um artigo da Escola Bíblica Dominical da CPAD que a mesma fazia relação que a
Psicanálise era de procedência inconfiável devido que a mesma fazia regressão de
vidas, mostrando assim os comentaristas da EBD que não tinham nenhum
conhecimento de causa sobre a Psicanálise.
Lembro-me que na época muitos pastores da Assembléia de Deus da ADESAL da
Convenção CEADEB na época tinham terminado o curso de Psicanálise Clínica e
outros se encontravam em processo de conclusão do curso, inclusive eu o autor
desta tese. Mas Deus está no controle de tudo e um dos diretores de umas das
escolas de referências de estudos da Psicanálise o “IMAHP” (www.imahp.cpm.br)
Pr. Dr. Israel Alves Ferreira Presidente da ADESAL que também é nos dias atuais
Presidente da Convenção CONFRAMADEB ligada a CGADB liderou a EBD na sede da
Instituição no bairro da Liberdade explicando o que é realmente a “Psicanálise”.
Em Maio de 2012 juntamente com o meu vizinho da igreja Batista em
Vila de Abrantes – Camaçari – BA, fomos participar de um curso de “aconselhamento
bíblico” em Salvador de outra igreja Batista, no qual o Professor Conferencista
ensinou o perigo de usar a “Psicologia em geral” dentro das igrejas e cita até livros
de autores pastores de renome que também são contra a ciência da psicologia.
Outros exemplos eu poderia relatar sobre também lideres eclesiásticos ensinando
que “Psicanálise” é ensino maligno, mas infelizmente talvez não houvesse papel
suficiente para escrever essa lamentável verdade que muitos se encontram na
liderança de Ministérios sem nenhuma preparação Teológica e nenhum
conhecimento de causa sobre a Psicanálise (a ciência do inconsciente que trata da
alma doente – conceito do autor.).
Como professor dedicado em Teologia Bíblica e em Psicanálise e por ser um
apaixonado pelas essas duas “ciências”, após pesquisas resolvi escrever uma tese:
“É possível usar a Psicanálise na igreja”, com a intenção de contribuir que
lideres da igreja venham a ter uma compreensão maior da responsabilidade de
não somente estudar a Bíblia por que crer que é “A Palavra de Deus”, mas
também examinar e estudar a Psicanálise. Para assim somar em seus Ministérios
conhecimento no tratamento das doenças da alma (neurose, traumas, recalques,
fobias etc.) em seus gabinetes pastorais.
Gostaria de enfatizar que muitos concluem o Curso de Psicanálise Clínica para o
seu conhecimento pessoal e também para melhorar seu relacionamento familiar e
social.
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No início (Gn 2.7) quando Deus criou o homem, Ele o formou do pó da terra e depois
soprou “O fôlego de vida” em suas narinas, tão logo o fôlego de vida, que se tornou
o espírito do homem, entrou em contacto com o corpo do homem, a alma foi
produzida. Assim, a alma é a combinação do corpo e do espírito do homem. Por isso
a Bíblia chama o homem de alma vivente. Todavia, não devemos confundir o espírito
do homem com o Espírito Santo de Deus. A Palavra de Deus é bem explicita em
diferenciar:
“O Espírito mesmo testifica o nosso espírito que somos filhos de Deus”.
(Rm 8.16)
Quando o Senhor nos fez e colocou espírito dentro do corpo (Barro), o corpo morto
produziu a alma, passou a viver e o homem tornou-se alma vivente. È através do
corpo físico que o homem entra em contacto com o mundo material, que nos da
consciência do mundo. A alma inclui o intelecto, que através dele sabemos da nossa
existência, ajuda nos estados de emoções, sentidos, a alma pertence ao ego e que
essa revela sua personalidade. O espírito é a parte que temos comunhão com Deus
e somente por ele podemos compreendê-LO e adorá-LO. O nosso espírito é o
elemento da consciência de Deus e quando cremos verdadeiramente no Senhor
Jesus, Deus vem habitar no nosso espírito. O nosso “Eu” habita na alma e os sentidos
habitam no corpo.
Vamos agora para o principal, amado leitor preste agora o máximo de atenção, pois
a sua verdadeira adoração a Deus poderá depender também desse ensinamento.
Então como já mencionei, a alma é o ponto de encontro do espírito e corpo. Por meio
do nosso espírito nos pode manter comunicação com mundo espiritual e através do
Espírito de Deus habitando, dominando, todo o nosso ser, recebe então poder,
revestimento na esfera espiritual. Através do corpo temos o contato com o mundo
exterior e sensual, afetando e sendo afetada por ele, a nossa alma permanece entre
esses dois mundos. Ela (alma) esta ligada ao mundo espiritual, através de nosso
espírito, e ao mundo material através do corpo. A alma possui o livre arbítrio e o
nosso espírito não pode atuar diretamente sobre o corpo, ele precisa de um
intermediário, e este é a alma, produzida pelo contacto do espírito com o corpo. O
espírito pode subjugar o corpo através da mediação da alma, para que ele obedeça
a Deus; Da mesma forma o corpo, através da alma, pode atrair o espírito para amar
o mundo. Amado leitor para que venhamos a reinar com Cristo no milênio, a próxima
dispensação; para que venhamos verdadeiramente sermos revestidos do poder do
alto Plesso (verbo grego - revestimento do alto momentâneo do Espírito Santo – tem
haver com o realizar uma tarefa para Deus.) para dentro de nós; Para que venhamos
andar no Espírito e termos um comportamento adequado normal, dentro e fora das
reuniões de adoração ao Deus Triúno, o nosso corpo a parte mais inferior, pois está
em contato com o mundo caído, possa ser subordinado ao nosso espírito, que é mais
elevado por ter contacto com Deus, a nossa alma precisa ser conquistada pelo
Senhor. Para que então o nosso espírito venha a governar o corpo através da alma.
É ela (alma) que torna possível a comunicação e cooperação entre espírito e corpo.
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A alma é o elemento principal do homem, ela assiste ao espírito para dar-lhe o que
ele recebeu do Espírito Santo. E assim a alma aperfeiçoada começa transmitir ao
corpo o que recebeu do espírito que está ligado com o Espírito de Deus. Assim o
corpo participando da vontade do Senhor, torna-se um corpo espiritual. O poder da
alma é muito grande, pois ela é o centro da personalidade e influência do homem.
Antes da queda a alma estava sobre domínio do espírito, sua força era, portanto a
força do espírito, após a queda os papéis se inverteram. Por isso precisamos crer no
Senhor Jesus para termos novamente um espírito vivo para Deus, um espírito
regenerado que vai receber o Espírito Santo todo inclusivo nele e próximo passo que
Deus dá é conquistar a nossa alma, o nosso eu, temos leitor que negar sempre o
nosso “Eu”, a vida da alma. Na verdade a alma é quem manda, tem um livre arbítrio,
a vontade do homem pertence a ela. Só quando a alma conquistada pelo Senhor se
dispõe a assumir uma posição humilde é que o espírito pode dirigir todo o homem.
Se a alma se rebela contra a vontade de Deus, o espírito ficara sem poder para
governar.
Freud ensina que a mente (Psique) é constituída pela percepção, idéias, lembranças,
sentimentos e atos volitivos. Para Jung, a personalidade como um todo é dominado
mente, e esta abrange todos os pensamentos, sentimentos e comportamentos,
conscientes ou não.
Assim compreendemos que o elemento principal do ser humano é a alma, pelo motivo
que ela está ligada ao mundo material e ao espiritual; E a sede da personalidade; È
a fonte da vida; Comanda todo o corpo; È a sede da vontade, isto é, uma vez
conquistada pelo Espírito Santo, ela escolherá seguir a vontade de Deus, vai negar-
se a si mesmo.
Quanto mais nós cristãos unimo-nos ao Senhor em espírito, tanto mais a vida do
Espírito Santo e o Seu Plero (verbo grego - transbordamento de dentro para fora –
tem haver com o testemunho diário.) fluirão para dentro de nossos espíritos e a cruz
operará mais profundamente e, assim, a alma ficará mais submissa ao espírito e
seremos libertados progressivamente da velha natureza e concederemos menos
terreno a Satanás para suas operações. Todos os esforços de Satanás sejam pelo
engano ou pelo ataque, são praticados em nossa velha criação; natureza adâmica
devido ao pecado original; o “eu” carnal.
Pensamento
O nosso pensamento faz com que reflitamos sobre nos mesmos, descobrindo os
nossos potencias e limitações. E a maneira como o administramos está intimamente
relacionado com o nosso estado de saúde ou doença.
Uma das maneiras plausíveis para que os nossos pensamentos possam fluir, e não
nos causar transtorno mental e transtorno do comportamento, consiste em nos
esforçamos para praticar o conselho do apóstolo Paulo:
“Finalmente, irmãos, tudo que for verdadeiro, tudo que for nobre, tudo que for
correto, tudo que for puro, tudo o que for amável, tudo que for de boa fama, se
houver algo de excelente ou digno de louvor, pense nessas coisas”.
(Fp 4.8)
Gostaria amado leitor de salientar que somos os únicos responsáveis pelos nossos
relacionamentos a partir das nossas palavras. Podemos construir relacionamentos
saudáveis falando palavras de ânimo, como também podemos construir
relacionamentos doentios falando palavras amargas.
“Com muita paciência pode-se convencer a autoridade, e a língua branda quebra
até ossos”.
(Pv 25.15)
Vontade
È a faculdade que temos de representar mentalmente um ato que pode ser praticado
de duas maneiras distintas: Em obediência a razão – Tem o próprio Senhor Jesus
como exemplo; Jesus Cristo sabia que ia ser preso no Getsêmani, e conscientemente
permitiu que o prendessem. E em obediência ao impulso, também chamado de
estado emocional ou pulsão – È um estado interno caracterizado pelo desejo
irresistível, e refletido, sem previa deliberação, que surge nas pessoas como
resultados de necessidades biológicas e fisiológicas, podendo levá-la a cometer atos
irresponsáveis, brutais ou perigosos. São atos desprovidos de finalidade consciente.
Exemplo disso tem o apóstolo Pedro no momento que o Senhor Jesus estava sendo
preso, em obediência ao impulso desembainhou a espada, cortando a orelha direita
de Malco e após Pedro ter praticado o ato de obediência ao impulso, Jesus Cristo, em
obediência à razão, disse:
“Jesus, porém, ordenou a Pedro: guarde a espada!” Acaso não haverei de beber o
cálice que o Pai me deu?
(Jo 18.11)
A vontade é um dos processos mentais é o livre arbítrio do homem. O homem tem
pleno e soberano poder de decidir por si mesmo. A alma tem que está totalmente
submissa ao espírito, que esse por vez dará um comando, ordens que recebeu do
Espírito Santo, e o corpo fará a ação que a alma submissa o permitir.
Consciência
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Na psicologia cientifica
Isaías Paim ensina que a consciência dos objetos, em psicologia, significa tudo o que
é aprendido ou se encontra em dado momento no campo da consciência, seja uma
concepção, uma representação ou um conceito.
Com relação ao termo inconsciente, Paim concebe como sendo adjetivo para
qualificar determinado fato psicológico que escapa ao conhecimento da pessoa.
Exemplo: o Senhor Jesus ensina em Mt. 5.23,24 que só podemos levar nossas ofertas
ao altar se não tivermos contendas com nossos irmãos e se houver precisamos
reconciliar com ele. Mais é da natureza humana a pessoa esquecer o relacionamento
hostil que está tendo com seu irmão e deixar no altar a oferta.
J.H.Van Den Berg ensina que a camada profunda é inconsciente, isto é: o sujeito não
está a par das situações e acontecimentos que nela ocorre. Ele ou ela não sabe de
nada. Tem caráter próprio, é regida por leis próprias, isto quer dizer que o caráter e
as leis da camada profunda não são iguais aos da camada consciente, conhecida,
superficial.
A camada profunda (inconsciente) e a camada superficial (consciente) relacionam-se
tensivamente. A camada profunda é a camada propriamente dita à verdadeira em
nossa vida, e carrega a camada superficial, apesar da inimizade existente entre
ambas. A camada profunda explica a camada superficial, isto é, nela se inclui o todo
dos impulsos propriamente ditos da existência individual dos homens. Esta tese vem
de um estudioso da psique humana. Estou á vontade em discorrer que para termos
um comportamento adequado para adorar o Senhor, seja nas reuniões ou não. O
Espírito Santo mostra sua preocupação com relação à alma doente, pois se a pessoa
teve alguma frustração ou trauma no passado, dependendo do diagnóstico pode
implicar no relacionamento com os irmãos em Cristo e até com o Pai celestial, sem
falar as dificuldades de se relacionar com a própria família. As Escrituras nos falam:
“Estes são os que causam divisões entre vocês, os quais seguem a tendência da sua
própria alma e não tem o Espírito”.
(Jd 19)
Por outro lado o Espírito de Deus testifica de um servo com sua alma sadia e submissa
a tudo a Ele.
“Amado, oro para que você tenha boa saúde (corpo, ênfase minha) e tudo lhe corra
bem, assim como vai bem a sua alma”.
(3 Jo 2)
Amado leitor o Espírito Santo não colocou nada na Bíblia por acaso, nem a posição
das palavras, observe esse versículo.
“... os santifique inteiramente. Que todo o espírito, a alma e o corpo...”.
(1 Ts 5.23)
Notemos que a alma está no meio, isso significa que ela precisa está equilibrada para
que venhamos ser sadios no corpo, e assim o nosso espírito regenerado possa ter o
total controle do nosso “eu” (alma) e as ações do corpo.
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Amado leitor se o Senhor colocou um encargo que você precisa conversar desabafar
o que está lhe afligindo, que você sente que algo está atrapalhando seu
relacionamento com sua família e com seus irmãos em Cristo procure um profissional.
Nos dias atuais o Senhor Jesus tem formado muitos psicanalistas clínicos tementes
a Ele, procure falar com seu pastor responsável pela igreja local (espero que ele
tenha conhecimento não somente teológico, mais também sobre a Psicanálise). O
que nós precisamos nunca esquecer é que servimos ao Deus vivo – Senhor Jesus
Cristo, Ele encontra-se sempre pronto para ouvir a todos os que O aceitaram como
Senhor e Salvador de suas vidas e, é o melhor psicanalista que eu conheço. Gostaria
de salientar, e repetir quantas vezes for necessário para que tenhamos a consciência
que precisamos de ajuda para que nossa alma vá bem, principalmente os lideres
eclesiástico, pois, já pensou um pastor com uma psique doente que está na frente
de uma igreja local cuidando de pessoas. Vai passar toda sua frustração, para os
demais membros. Tenho observado nesses oito anos, há nos púlpitos muito obreiros
psicopatas espirituais, que são aqueles que matam com palavras, pessoas que não
lhes pertence, mais a Jesus, que lhes entrega aos seus cuidados. Então como já foi
mencionado anteriormente que o objetivo da técnica psicanalítica criada por Freud
consiste em trazer os conteúdos inconscientes para o consciente, para ser trabalhado
de maneira mais racional e realista. E que os pacientes indicados para psicanálise
são os que possuem antigos traumas que continuam no presente de forma ativa,
mais inconsciente.
Ralph R. Greenson psiquiatra e psicanalista ensina que o paciente tem a tendência
de repetir o passado, no campo das relações humanas, para obter satisfação que não
havia vivenciado ou, ainda que com atraso, para dominar alguma ansiedade ou culpa.
Hoje amado leitor a muitos irmãos e irmãs, crentes cristãos que são psicanalistas.
Devemos nos lembrar sempre, que Deus usa pessoas para tratar, curar pessoas.
Precisamos ser humildes e reconhecer que necessitamos nos relacionar com Deus
para sermos espiritualmente completo. Essa mesma humildade nos permite
compreender que também necessitamos das outras pessoas para sermos
emocionalmente completos, deixamos de ser humildes e fingimos que somos
superiores aos outros quando sentimos medos de admitir que possuímos
necessidades deles, as dependências saudáveis nos relacionamentos produzem
pessoas saudáveis, precisar dos outros nos torna mais fortes e não carentes. Ao
contrário dos fariseus, temos que agradecer a Deus por sermos como as outras
pessoas, porque isso nos coloca no caminho da plenitude do Plero (revestimento do
Espírito Santo de dentro para fora – tem haver com a vida diária – a negação do eu;
Cristo vivendo Sua vida através da de seu seguidor (a)), e do emocional.
Precisamos de outra pessoa que nos revele coisas ao nosso respeito que não
conseguimos ver, as pessoas acham que podem mudar por si mesmas e que não
precisa de outras pessoas, está atitude tem influência maligna e impede o
crescimento espiritual e emocional. Necessitamos de Deus e das pessoas, e isso não
é sinal de fraqueza, e sim, de força espiritual e emocional.
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Desde novo convertido tenho aprendido algo a respeito de Deus e Sua Palavra,
através de mestres da Palavra e de muitos livros de irmãos que verdadeiramente
tem intimidade com o Senhor.
O “ego” é regido pelo principio da realidade não é autônomo, como o superego e o
id, mais deve entender-se com instâncias autônomas, usando de habilidade: Com o
id, que apresenta exigências fisiológicas; com o superego, possuidor de novas éticas,
estando assim em continua guerra com o id. O ego deve além do mais e
principalmente entrar em acordo, com o mundo visível, audível, palpável, perceptivo;
Com a realidade, onde há outras pessoas, em vista dos qual o ego não pode fazer o
que bem entende. Para o ego, essa realidade tem a última palavra, isto é, o ego é
regido pelo princípio da realidade. Daí a importância da psicanálise, a única ciência
capaz de investigar o inconsciente do individuo disposto a curar-se dos males da alma
que afetam o corpo.
Para que o “ego”, o nosso “Eu”, possa vir a tomar excelentes decisões diante de Deus
e dos homens como a Bíblia nos ordena, precisamos ter uma personalidade (Eu;
alma) equilibrada. O doutor Jan Hendrik Van Den Berg, neurologista, psiquiatra e
psicanalista escreveu uma maravilhosa ilustração sobre a tríplice de visão de
superego, ego e id. Tenha amado leitor na sua mente uma imagem de uma
locomotiva ao longo de uma ferrovia (Ênfase minha).
O fogo e a água fervente no caldeirão representam o id. Os habitantes ao longo da
ferrovia com a sua compreensível sensibilidade pelo vapor, fumaça e fuligem, formam
o superego. O maquinista é o ego. De vez quando, e até regulamente, ele deve deixar
escapar o vapor, se não o caldeirão estoura. Também cumpre em dizer que o
maquinista gosta de saltar vez por outra, uma boa baforada; Isso lhe dá prazer.
Sabe, no entanto, que os de espírito crítico, ao longo da estrada de ferro, têm pouca
paciência. A final de contas cabe-lhe dirigir á locomotiva; Essa é sua tarefa real, sua
realidade. O maquinista nunca procede bem.
Acontece, porém, que o maquinista desse exemplo está menos equipado do que o
ego que obtém êxito. O que o maquinista não consegue, e o ego sim, é aplicar um
artifício com que logra diminuir, de modo drástico e ate permanente, atenção no
caldeirão – No id – sem que nenhum habitante crítico – o Superego – tenha vontade
de apresentar alguma queixa. Ao contrário, os habitantes o aplaudirão.
Freqüentemente ouvimos que a igreja atual precisa de homens como o apóstolo
Paulo. Na verdade se me permitem, as igrejas locais necessitam de obreiros que
tenham seu superego espiritualmente, verdadeiramente formado pelo Espírito Santo,
que liderem o povo de Deus com maestria, equilíbrio e principalmente cheios do
Logos
(Palavra escrita) para que o Senhor a transforme em Rhema (expressão concreta de
Logos; Palavra Viva divina, que conduz a salvação e procede ao batismo) sem a vida
de Cristo crescendo dentro de nós o id (Principio do prazer) vai está sempre em
conflito com o ego (Principio da realidade) e o resultado: não faremos um bom
trabalho para o Senhor assim sem o equilíbrio do ego tornamonos pessoas doentes
e inconscientemente fazemos as pessoas próximas a nós sofrer (no caso de igreja
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Quanto a Freud gostaria que você amado leitor examinasse mais sobre sua vida e
historia, e tirasse suas conclusões, com relação o porquê dele ter se afastado de
Deus.
Saliento que Freud era judeu, circuncidado pela lei e que seu primeiro nome
“Sigmund”, significa salvação.
Oskar Pfister, pastor, doutor e filosofia e doutor Honorís causa em teologia, tornou-
se um dos primeiros psicanalistas a não serem médicos. Pastoreou a igreja reformada
na
Suíça em Zurique. Durante 30 anos manteve correspondência com Freud, sendo seu
principal interlocutor sobre questões de psicanálise e religião.
Vou citar umas de suas cartas do Dr. Sigmund Freud, endereçou ao psicanalista e
pastor Pfister:
“A psicanálise em si não é religiosa nem anti-religiosa, mais um instrumento
partidário do qual tanto o religioso como o laico poderá servi-se, desde que acontece
tão somente a serviço da libertação dos sofredores. Estou admirado de que eu não
tenha me lembrado de quão grande auxilio o método psicanalítico pode fornecer a
cura das almas, porém isso deve ter acontecido porque um mau herege como eu
estou diante dessa esfera de idéias”.
Ao lermos está carta me sinto à vontade em analisar na parte que Freud escreve “a
cura das almas” e “mau herege”. O Dr. Israel Alves Ferreira, em uma de minhas
análises didatas (O Pr.Dr. Israel A. Ferreira Presidente da Convenção Estadual
CONFRAMADEB da CGADB, ADESAL e Diretor do IMAHP foi analista do autor Pr. Dr.
Ricardo L. Castro) nos ensinou: “que Freud em uma de suas análises teve um
paciente de comportamento inexplicável relatou que se tratava de uma neurose
demoníaca” e, juntando-se com a declaração de Freud sobre a cura das almas, e de
que ele era um mau herege, é quase explícito que Freud cria no sobrenatural (no
diabo) e em Deus, pois a palavra “herege” que deriva da palavra grega hàiresis que
significa: escolha, seleção, preferência; é o ato de um individuo ou de um grupo
afastar-se do ensino da Bíblia e adotar e divulgar suas próprias idéias ou de outrem,
em matéria de religião, em resumo, é o abandono das verdades bíblicas.
O Dr. Pfister foi pioneiro em aplicar a psicanálise ao tratamento das almas, através
das análises, procurava trazer ao consciente os conflitos recalcados e reprimidos dos
irmãos. Pfister escreveu:
“Tão logo procurei aplicar os novos conhecimentos na cura das almas, provei a alegria
do descobridor e do auxiliador, sempre de novo experimentada. Principalmente o
estudo das neuroses fóbicas e reprimidas, como também sua seqüelas na vida
religiosa e moral, abriram meus olhos para as principais conexões e suas leis. Até os
insensatos religiosos, como as interessantes neoformações, aprendi a compreender
em sua dimensão causal. Experimentei como a neurose altera a prática cristã do
devoto, de modo que adquire traços neuróticos. Os dogmas são monstruosamente
ressaltados, transformando-se por vezes em fetichismo dogmático. Desta forma, de
uma religião de amor, o cristianismo transformou-se, talvez na maioria das vezes,
em uma religião de angústia perante os dogmas. Deus, de um Pai celestial amoroso,
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“O Senhor o protegerá e preservará a sua vida (alma – original hebraico); ele o fará
feliz na terra e não o entregará ao desejo de seus inimigos”.
(Sl 41.2)
A faculdade mental ou intelectual:
“Lembro-me bem disso tudo, e a minha alma desfalece dentro de mim”.
(Lm 3.20)
“Pois a sabedoria entrará em seu coração, e o conhecimento será agradável a sua
alma”.
(Pv 2.10)
A parte emotiva, a alma tem muitas emoções: a) Afeição:
“Depois dessa conversa de Davi com Saul, surgiu tão grande amizade entre Jônatas
e Davi que Jônatas tornou-se o seu melhor amigo”.
(1 Sm 18.1)
b) Desejo:
“A minha alma anela, e até desfalece, pelos átrios do Senhor...”.
(Sl
84.12)
c) Emoções do sentimento e percepção:
“Porque você esta assim tão triste, ó minha alma? Porque esta assim tão perturbada
dentro de mim?...”.
(Sl 42.5)
O comportamento humano
Tal questão acima, por sua importância, constitui um aspecto básico do trabalho
psicológico. Jung a considerava inerente a saúde psíquica do indivíduo, a ponto de
alegar, em um de seus casos, a falta de consciência moral como a causa de neurose
compulsiva que acometia seu paciente (JUNG, 1954). Ele afirma que “a atitude
moral é um fator real que o psicólogo deve levar em consideração, se não quiser
cometer os mais graves erros” (JUNG apud BARRETOS, 2009, p.92). A
responsabilidade ética deve sempre ser considerada, segundo ele, para que o
indivíduo mantenha-se equilibrado, pois a não observância desse fator priva “a
existência de sua totalidade e conferem a muitas vidas individuais um cunho de
penosa fragmentação” (JUNG, 1964, p.171).
Freud também leva em consideração esse tema, como base da causa de patologias
mentais, chegando a afirmar que “sucumbem ao destino do recalque patogênico, as
crenças e desejos que entram em conflito com as representações culturais e éticas
do indivíduo” (FREUD, 1914, p.90). Não é por acaso que, para Sócrates “a psyché
revestia a conotação de um “pathos valorativo”, que, em última análise, fundamenta
o valor espiritual e ético do homem ocidental” (ROCHA, 2001, p.80).
Apreende-se de tais fatores, que a vivência plena de uma adequada conduta, gera
saúde psíquica e qualidade de vida ao ser humano, enquanto experiências que são
contrárias a ela, ou moralmente negativas, ampliam a possibilidade de
desenvolvimento de enfermidades tanto mentais como fisiológicas, gerando dor,
angústia e sofrimento.
O sofrimento, por sua dimensão, também se encontra no campo onde a Psicologia
permeia amplamente os domínios do sagrado. Ambas vertentes procuram encontrar
significado e superação dos estados de sofrimento, na tentativa de trazer bem-estar
e saúde ao homem em geral. Os estudos de F. Walsh sobre resiliência assinalam
esta ligação. Ele considera o sistema de crenças o coração e a alma da resiliência
familiar, estando divididas em três processos básicos: a) atribuir sentido a
diversidade, reconhecendo-as como algo constitutivo a vida; b) olhar positivo, que
trabalha a aceitação ao que não pode ser mudado e o enfrentamento otimista
daquilo que é passível de mudança; c) a transcendência e espiritualidade, que trata
da fé, propósito, objetivo de vida e a transformação através das crises (YUNES,
2003).
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O cristianismo, por exemplo, através dos textos bíblicos a muito contribuiu para
levar aos homens a mensagem da superação do sofrimento, nos três pontos
combinados demonstrados acima por Walsh, evidenciando em diversos trechos a
aflição como produtora da construção de virtudes e ligação com o divino:
“... e nos orgulhamos na esperança da glória de Deus. E não só isso. Até nos
sofrimentos nos orgulhamos, pois sabemos que o sofrimento produz perseverança,
a perseverança prova a fidelidade e a fidelidade comprovada produz a esperança. E
a esperança não engana...”. (Bíblia, Rm 5.2-5).
Capítulos como esse sugerem uma mudança de perspectiva em relação ao estado
de sofrimento, seja ele físico ou psíquico, propondo uma nova ótica: a de felicitar-
se mesmo nas situações críticas, pois elas produzirão “perseverança, fidelidade e
esperança”. O capítulo bíblico de Jó talvez seja o que retrata com mais clareza essa
persistência, de entender e lidar com a dor, bem como a restauração após os
momentos de provação e dificuldades. Hoch & Rocca et al (2007) sugerem que a
resiliência propõe uma mudança de percepção, apoiando uma “perspectiva de
esperança”, onde em lugar de priorizar os efeitos negativos, como a doença, a
fraqueza e a angústia, enfatiza-se a capacidade de reagir e superar os momentos
difíceis. Dessa maneira os cânones bíblicos recomendam a paciência e esperança,
apontando para o consolo que proverá em forma de auxílio divino “Ainda que eu
ande por um vale de espessas trevas, não temo mal algum, porque tu estás
comigo...” (Bíblia, Sl 23.4). Grunspun (apud HOCH & ROCCA, 2007) salienta que o
apoio espiritual permite suportar crises, superando-as com recuperação e que a
confiança em uma presença superior comporta um sentimento de crescimento nas
adversidades, já que não se conta somente com a força humana, mas também a
divina.
“... Pela esperança é que estamos salvos. Mas a esperança que se vê já não é
esperança. Como pode alguém esperar o que já se vê? Esperaram-se o que não
vemos, é com perseverança que esperamos. Também o Espírito vem em auxílio de
nossa fraqueza, porque não sabemos pedir o que nos convém. O próprio Espírito é
que intercede por nós com gemidos inefáveis”. (Bíblia, Rm 8.24-26).
O Novo Testamento, repleto de passagens onde seus personagens padecem das
mais variadas formas, tem algo a oferecer diante do multiforme sofrimento do
mundo, não só falando de maneira consoladora sobre o mal, mas combatendo-o.
Por essa razão a consternação nunca é tratada como algo em si nas passagens
bíblicas, mas sempre se acha ligada a sua possível superação (GERSTENBERGER;
SCHRAGE, 1979). Vêem se que essas concepções estão atreladas as atuais visões
acerca do aconselhamento psicológico nos momentos de crise e adversidade,
tratando basicamente da aceitação, re-significação e enfrentamento
(resiliência) das situações aflitivas.
Pode-se então corroborar que certos conhecimentos religiosos, embora relutando a
antigos períodos históricos encontrem paralelos também nas atuais teorias.
Gerstenberger e Schrage (1979) ressalvam que, o que só agora a medicina
psicossomática está elaborando como conhecimento, o Novo Testamento já o
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reconhecia amplamente, muito embora não esteja nem de longe sendo considerado
com seriedade pela teologia e pela Igreja. Para exemplificar, citam o trecho onde
Paulo de Tarso afirma “Se um membro sofre, todos sofrem com ele...” (Bíblia, 1 Co
12.26) em que o apostolo, ao falar em relação à comunidade, também se refere ao
indivíduo, pois no sofrimento o homem é envolvido como um todo, tanto física como
psiquicamente. Outros versículos ainda podem indicar a existência dessa noção (da
psicossomatização), por exemplo, quando Davi, sob o peso da angústia, proclama
em outro Salmo:
“Pois minhas iniqüidades cobriram minha cabeça como fardo pesado demais para
mim. Minhas chagas infectas supuram devido a minha insensatez. Ando encurvado
e todo abatido; triste, arrasto-me o dia inteiro, pois meus rins estão atacados de
febre, e não a parte ilesa na minha carne...”. (Bíblia, Sl 38.5-8).
Quando afirma que suas chagas infectas supuram devida sua insensatez, o salmista
pode estar referindo-se a sumarização de seus estados emocionais de culpa e
ansiedade: “Sinto-me esgotado e, ao extremo, aquebrantado; solto rugidos por
causa da mágoa do coração...” (Bíblia, Sl 38.8). É clara a alusão de que seu mal
estar psíquico reflete-se em seu estado de saúde corporal, a ponto de revelar que
“não há parte sã no meu corpo, por causa de meu pecado” (Bíblia, Sl 38.4).
A compreensão da experiência psicossomática, bem como seu tratamento, pode
espelhar-se nas doutrinas religiosas na forma de determinadas práticas e rituais que
adquirem caráter curativo. Estudos neurofisiológicos apontam que a meditação
produz efeitos cerebrais que proporcionam respostas benéficas para o corpo como
um todo, como a diminuição da pressão sanguínea, das freqüências cardíacas e
respiratórias. Também atestam modificação nos sistemas neuroendócrinos e
neuroquímicos que alteram a atividade em todo o metabolismo (Por exemplo:
aumento de serotonina, que está relacionado a aspectos positivos da
afetividade; diminuição dos níveis de cortisol, hormônio relacionado a
situações de estresse; aumento da melatonina, hormônio ao qual são
atribuídas funções como anticancerígenas, antiestresse e potente
antioxidante, que reduz o dano nas células provocado pelo tempo,
prolongando a vida), provocando também variações nas áreas do cérebro.
Citarei ainda a corrente psicológica que guardam estreita relação de convergência
com princípios místicos a Psicossíntese de Assagioli que busca um
direcionamento pautado nem pela metafísica teológica, nem pela posição científico-
filosófica, mas pela inclusão de fatores psicológicos que podem “relacionar-se com
os anseios superiores que, dentro do homem, tendem a fazê-lo crescer no sentido
de maiores realizações de sua essência espiritual” (ASSAGIOLI, 1997, p. 204).
A Análise Transacional Centrada na Pessoa (AT) de Eric Berne, que sustenta a
consideração cosmo-espiritual do homem como fator primordial na terapia. A
Logoterapia, de Viktor Frankl, que incluiu o Logos (sentido) na psicoterapia, partindo
da idéia de que o tratamento deve considerar o homem como um ser espiritual,
denunciando os prejuízos de uma “psicologia sem espírito” na abordagem
terapêutica.
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CAPÍTULO 3
Amado leitor, Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Ele sempre tem um
horário disponível no seu Divã para Seus servos. Então sugiro aos que crêem que
fiquemos a sós com Ele. Procure então um sofá, cama ou rede para relaxar a
musculatura, em seguida fale o que vem em mente, não devemos pensar ou
intelectualize o que devemos dizer, apenas relatamos ao Senhor Jesus que está nos
céus, à destra do Pai, e está nos ouvindo e contemplando-nos tudo que ocorrer na
mente (podemos até focar um assunto ou trauma etc.). Então relaxe no Seu Divã
particular no lugar somente seu e dEle e experimente você não se arrependerá.
Precisamos nos comportar dentro e fora das nossas igrejas locais de maneira digna
e que venha a exaltar o nome do Senhor para isso ser possível devemos ter a alma
equilibrada.
Temos que ter cuidado com pregadores que usam de sugestibilidade para alcançar
êxito no culto, levando muitos ao delírio, misturando assim o espiritual (do espírito
humano), com almífero (vem da alma). Devido isto os muitos líderes de igrejas
locais não têm entendimento da Psicanálise e assim não há como passar para os
membros a importância dos problemas da alma e da facilidade que ela tem de
absorver a chamada “sugestibilidade”. Quando não temos controle sobre os sentidos
da alma a porta fica aberta para demônios, não estou relatando que você não possa
se emocionar nas reuniões, sempre que me refiro às emoções da alma e demônios
– Refiro-me ao exagero. Deus não gosta de desordem, extremo, muito menos de
mistura em Sua casa, Ele está no equilíbrio.
Temos que tomar cuidado com alguns comportamentos que estão surgindo
freqüentemente nas reuniões das igrejas locais que não nos foi deixado como ensino
por Deus na Sua Palavra. Os apóstolos não nos deixam exageros de
comportamentos nas reuniões (sentidos físicos projetados pelo corpo através da
alma) como exemplo do ensino do Senhor Jesus, e o por quê? Porque faz mal ao
espírito, alma e corpo, e poderá trazer conseqüências irreversíveis.
Portanto, devemos ser como os irmãos bereanos dos tempos de Paulo, o apóstolo,
que examinavam tudo para saber se o que é dito está escrito nas Escrituras
Sagradas. Se não há respaldo bíblico, torno a repetir, por mais maravilhosa que for
a experiência, abandone, pois o diabo enganou uma boa parte dos anjos,
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1. Ansiedade
2. Problemas sexuais
3. Depressão leve
4. Recalque
5. Neuroses diversas
6. Escolha do companheiro
7. Problemas conjugais
8. Lutos
9. Traumas
10. Relacionamento inadequado com a família
11. Comportamento social inadequado
12. Toc
13. Fobias
14. Complexo de inferioridade 15. Rejeição
16. Etc.
Através da Psicanálise temos a cura do nosso ser imaterial – a alma – que é dada
através de técnicas e procedimentos psicanalíticos. Devemos nos preocupar, pois a
não cura de doenças da alma acarretará para doenças psicossomáticas e finalizará
em doenças físicas.
As Escrituras Sagradas nos diz: “E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente...”. (Rm 12.2). A cura interior é a
renovação de nossa mente.
O Senhor Jesus disse: “Eu estou deixando-lhes uma dádiva — paz de espírito e de
coração! E a paz que eu dou não é frágil como a paz que o mundo dá. Portanto, não
se aflijam nem tenham medo.” (Jo 14.27 — NIV.). Mas há inúmeras pessoas, hoje,
que não possuem essa paz interior. E muitas delas são salvas em Cristo, que, apesar
de tudo, acham-se emocionalmente enfermas (alma), embora estejam em boas
condições físicas.
CONCLUSÃO
Esta tese retrata que é necessário que o líder da igreja local de Cristo aqui na terra
tenha entendimento da utilidade da Psicanálise dentro do Ministério religioso, pois
é possível usar a Psicanálise no tratamento das doenças da alma dentro da
igreja. Há uma necessidade urgente que o líder precisa conhecer as pessoas como
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elas são: o seu comportamento familiar, social e espiritual. "Consciência sem ciência
e ciência sem consciência são radicalmente mutiladas e mutilantes" já apontava
Morin (2005, p.11) defendendo que a atividade científica deveria reatar-se
novamente a reflexão filosófica e ser pautada pela consciência moral.
Paloutzian disse: “... psicologia e religião são complementares. Isso é verdadeiro
em três sentidos: em primeiro lugar, nós não devemos mais pensar em termos
de psicologia versus religião, como explicações opostas do comportamento
humano. não se destrói a validade de uma área simplesmente porque se aceita a
validade da outra, porquanto elas não são reciprocamente excludentes como uma
explicação psicológica da vida das pessoas não elimina o possível valor de verdade
de uma visão religiosa (e vice-versa), os pesquisadores e os peritos de um campo
não precisam considerar os outros como uma ameaça. Ao contrário, eles são livres
para influenciar-se e ajudar-se mutuamente. Em segundo lugar, psicologia e
religião chegaram, em certos casos, a conclusões paralelas... Em terceiro lugar,
psicologia e religião são, na prática, complementares” (PALOUTZIAN; PRANDI,
1999, P.196).
E assim os líderes devem se esforçar para cumpri da maior excelência possível ao
ser humano a determinação de Deus em 1 Pedro 5.2,3 que diz: “Pastoreiem o
rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por
obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por
ganância, mas com desejo de servi. Não ajam como dominadores dos que
lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho”.
BIBLIOGRAFIA