Entidades Públicas… LEI 67/2007 DE 31 DEZEMBRO… Aspectos Relevantes da Responsabilidade Civil… COMENTÁRIO: A responsabilidade civil pode ser subdividida de acordo com seu fato gerador, podendo ser contratual ou extracontratual. 1-A responsabilidade contratual está estritamente ligada a uma obrigação jurídica preexistente firmada entre o autor e a vítima do dano, esta obrigação pode ser derivada da lei, de um contrato ou mesmo um preceito geral de Direito. Dessa forma, o autor de um dano será responsável quando violar norma contratual, ou seja, a responsabilidade será gerada pelo inadimplemento da obrigação estabelecida em um contrato, lembrando que o ônus da prova caberá ao devedor que deverá provar se houve alguma excludente de ilicitude ou se agiu ou não com culpa. 2-Responsabilidade extracontratual: De outra forma, quando ocorre lesão a direito subjetivo sem que haja a existência de vínculo contratual ou qualquer outra relação jurídica entre vítima e autor do dano, surge a responsabilidade extracontratual ou aquiliana. “Haverá por seu turno, responsabilidade extracontratual se o dever jurídico violado não estiver previsto no contrato, mas sim na lei ou na ordem jurídica.” A Lei 67/2007.
Da responsabilidade Extracontratual do Estado e
outras pessoas Coletivas de direito Público: “A responsabilidade civil extracontratual do Estado e das demais pessoas coletivas de direito público por danos resultantes do exercício da função legislativa, jurisdicional e administrativa rege-se pelo disposto na presente lei, em tudo o que não esteja previsto em lei especial”. (artigo 1º numero 1 da Lei 67/2007) Definição de Exercício da Função Administrativa... Para os efeitos do disposto no número anterior, correspondem ao exercício da função administrativa as ações e omissões adotadas no exercício de prerrogativas de poder público ou reguladas por disposições ou princípios de direito administrativo. (artigo 1º numero 2 da lei 67/2007) Jurisprudência….
Acordão. STJ de 16-10-2012 .
“também aplicáveis á responsabilidade civil de pessoas coletivas de direito privado e respetivos trabalhadores, titulares de órgãos sociais, representantes legais ou auxiliares, por ações ou omissões que adotem no exercício de prerrogativas de poder público ou que sejam regulados por disposições ou princípios de direito administrativo…” Da obrigação de indemnizar nos termos da lei… “Quem esteja obrigado a reparar um dano, segundo o disposto na presente lei, deve reconstituir a situação que existiria se não se tivesse verificado o evento que obriga à reparação.” FORMAS DE INDMNIZAÇÃO: “A indemnização é fixada em dinheiro quando a reconstituição natural não seja possível, não repare integralmente os danos ou seja excessivamente onerosa”. (artigo 3º números 1 e 2 da Lei 67/2007) Da possibilidade de Indemnização dos danos futuros causados pela Administração Pública…
“A responsabilidade prevista na presente lei
compreende os danos patrimoniais e não patrimoniais, bem como os danos já produzidos e os danos futuros, nos termos gerais de direito”. (artigo 3º numero 3 da lei67/2007) A Culpa do Lesado…
“Quando o comportamento culposo do lesado tenha concorrido
para a produção ou agravamento dos danos causados, designadamente por não ter utilizado a via processual adequada à eliminação do ato jurídico lesivo, cabe ao tribunal determinar, com base na gravidade das culpas de ambas as partes e nas consequências que delas tenham resultado, se a indemnização deve ser totalmente concedida, reduzida ou mesmo excluída.” (artigo 4º da Lei 67/2007) Da possibilidade do direito de regresso…
O exercício do direito de regresso, nos casos em que este se encontra previsto na
presente lei, é obrigatório, sem prejuízo do procedimento disciplinar a que haja lugar. Para os efeitos do disposto no número anterior, a secretaria do tribunal que tenha condenado a pessoa coletiva remete certidão da sentença, logo após o trânsito em julgado, à entidade ou às entidades competentes para o exercício do direito de regresso. (artigo 6º da lei 67/2007) Direito Administrativo I Caso Prático Exercício 18/04/2018. HO XIM, cidadão Coreano residente em Vila Moura Portugal, dirigiu-se a uma repartição Pública para pagar umas taxas relativo ao funcionamento de um comercio de sua propriedade. No referido órgão público foi atendido por JÚLIO IGLESIAS agente do Estado Português. O agente JÚLIO IGLESIAS, informou a HO XIM, que naquele Conselho, os cidadãos coreanos estão dispensados de pagamento das tais taxas de comércio. Passado 6 meses HO XIM, recebeu notificação para pagar em 48 horas as referidas taxas acrescidas de juros de mora, sob pena de ter as atividades de comércio suspensas. HO XIM, dirigiu-se a outra repartição pública e efetuou o pagamento. Porém, passados 3 meses teve as atividades de comércio suspensas pela administração sob o fundamento de que HO XIM efetuou o pagamento fora da jurisdição. HO XIM, ingressa com ação de reparação de danos, e justifica o hipotético erro de jurisdição fundamentado na sua condição de cidadão estrangeiro.