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Gênero

Leishmania
Organização celular
Ciclo de vida
Transmissão

• Vetores (Diptera, Phlebotomidae: Lutzomiya, Phlebotomus), no


território brasileiro: Lutzomiya longipalpis, L. wellcomei e outros
Os diferentes tipos de Leishmaniose na clínica
• Visceral ou Calazar (L. donovani, L. infantum, no Brasil
causada por L. chagasi ):
- Enfermidade crônica
- Caracterizada por:
• febre irregular e de longa duração
• hepatoesplenomegalia
• linfoadenopatia
• Anemia com leucopenia
• Hipergamaglobulinemia
• Emagrecimento
• Edema
• Caquexia e morte se não for tratado, dentro de 2
anos
- Formas clínicas calazar: assintomática, oligossintomática, aguda e crônica
• Leishmaniose cutânea (“oriental sore” “botão do
oriente”, “Úlcera de Bauru”
b) Muco-cutânea:
Tratamento Leishmaniose
Tegumentaria
Antimoniais
Tártaro emético
antimonial trivalente
Glucantime (antimoniato de N-metil-glucamina)
antimonial pentavalente
Pentostan (estibogluconato de sodio)
- antimonial pentavalente
- inibe glicolise e síntese
- administração intramuscular ou
intravenosa absorção rápida
- Excreção rápida e pela urina, vida media 24 horas
- Droga recomendada para os três tipos de
leishmaniose
Glucose

Glucose 6-phosphate
Pentose
Fructose 6-phosphate
Phosphate Pathway
Fructose 1,6-bisphosphate
Dihydroxyacetone
Glyceraldehyde 3-phosphate
Phosphate
1,3-Diphosphoglycerate

3-Phosphoglycerate

2- Phosphoglycerate

Phophoenolpyruvate
* PK
Pyruvate Antimoniais
Acetyl- CoA
Krebs
Cycle
Ecologia dos Phlebotomíneos:
Desenvolvimento e comportamento

• 40-70 ovos por desova, agrupados em


lugares humidos, eclodem depois 6-17
dias
• Larvas se nutrem de matéria orgânica
por mais 15-70 dias, depois pupa (7-14
dias)
• Adultos são ativos no crepúsculo ou a
noite, durante o dia permanecem em
lugares tranquilos: tocas, arvores ocas,
currais, moradias
• Não sobrevivem bem em ambientes que
não tenham pelo menos um mes T acima
de 20°C
“Mosquito palha”

fêmea macho
Medidas de prevenção
Med. oral patol. oral cir.bucal
(Internet) v.12 n.4  Madrid ago. 2007
Gênero
Trichomonas
Gênero Trichomonas
 Espécie: Trichomonas vaginalis
 Tricomoníase: doença venérea;
Habitat: vagina, uretra e próstata
 Não possui a forma cística, apenas a trofozoítica
 É transmitido durante o ato sexual e através de fômites
 O trofozoíto alimenta-se de açúcares em anaerobiose e
produz ácidos que irritam a mucosa vaginal
 Os sintomas aparecem entre 03 e 09 dias após o contato com
o parasito.
PATOGENIA E PREVENÇÃO
 Sinais:
- Mulheres: corrimento esbranquiçado espumoso, edema,
prurido, queimação, escoriações, ulcerações e sangramento após
relações sexuais
- Homens: geralmente é assintomática ou subclínica
 Diagnóstico: visualização direta de trofozoítos em amostra
de secreção vaginal, uretral e prostática. Entretanto, o
isolamento e cultivo do protozoário é o método mais sensível
para o diagnóstico da tricomoníase.
 Prevenção:
TROFOZOÍTA

Formas trifozoíta
CICLO
BIOLÓGICO
Gênero
Entamoeba
Gênero Entamoeba
 Espécie: Entamoeba coli
 Ameba comensal não patogênica e se locomove por
pseudópodes
 Habitat: intestino grosso humano
 Tanto os cistos quanto os trofozoítos podem ser encontrados
nas fezes
 Cistos: contêm de um a oito núcleos e, à medida que o
número de núcleos aumenta, o diâmetro nuclear e a
quantidade de cromatina do cisto reduzem
 Devido à semelhança existente entre os cistos de E. histolytica
e os de E. coli é preciso fazer o diagnóstico diferencial através
da morfologia e do número de núcleos do organismo
MORFOLOGIA

Cistos de Entamoeba coli


Gênero Entamoeba
 Espécie: Entamoeba histolytica
 Apresenta uma fase de vida comensal (90% dos casos são
assintomáticos), entretanto o parasito pode ser tornar
patogênico, provocando quadros disentéricos de gravidade
variável
 Locomoção: pseudópodes
 Habitat: intestino grosso humano
Contaminação: o homem infecta-se ao ingerir cistos presentes
na água ou em alimentos contaminados
PATOGENIA E PREVENÇÃO
 O desencistamento ocorre na porção final do intestino
delgado, liberando os trofozoítos que passam a viver como
comensais e a reproduzir-se por divisão binária
 Os trofozoítos tornam-se patogênicos e invadem a parede
intestinal, alimentando-se de células da mucosa e de hemácias
 Em casos de infecção crônica podem invadir outros órgãos
através da circulação sangüínea, especialmente ao fígado
 Os trofozoítos que permanecem no intestino sob a forma
comensal reduzem o seu metabolismo, armazenam reservas
energéticas e secretam uma parede cística ao seu redor,
formando os cistos, que são eliminados através das fezes
PATOGENIA E PREVENÇÃO
 Dentro do cisto o parasito realiza divisão binária formando
quatro novos indivíduos que desencistam quando chegam ao
intestino de um novo hospedeiro
 Os cistos podem permanecer viáveis fora do hospedeiro por
cerca de 20 dias
 O ciclo não-patogênico: na luz do intestino grosso; e o ciclo
patogênico: realiza-se na parede intestinal, no fígado e em
outros órgãos
 Sinais e sintomas: febre, dor abdominal prolongada, diarréia
com posterior disenteria (fezes com muco, pus e sangue),
distensão abdominal e flatulência
PATOGENIA E PREVENÇÃO
 Em casos mais graves, pode ocorrer anemia, necroses
extensas da mucosa, colite ulcerativa, apendicite, perfuração
intestinal e peritonite
 Os trofozoítos podem chegar a outros órgãos através da
circulação, especialmente ao fígado, onde provocam a
formação de abscessos e o desenvolvimento de um quadro
freqüentemente fatal.
 Diagnóstico: visualização de trofozoítos com hemácias
fagocitadas, presentes com maior freqüência em fezes
diarréicas
 Prevenção:
MORFOLOGIA

Formas de trofozoítos de Entamoeba histolytica


MORFOLOGIA

Formas de cistos de Entamoeba histolytica


CICLO
BIOLÓGICO
Gênero
Plasmodium
Gênero Plasmodium
 Espécie: P. vivax; P. falciparum; P. malarie; P. ovale.
 Malária, maleita, impaludismo.
Habitat: fígado e hemácias
 Trofozoíto, merozoíto, gametócitos e esporozoítos.
 É transmitido pela picada da fêmea do mosquito-prego
(Anopheles ).
 Ampla distribuição mundial;
 Mais de 300 milhões de casos no mundo;
Epidemiologia

Figura 1. Distribuição geográfica da Malária pelo mundo de acordo com o CDC


Agentes etiológicos:
Reino: Protista
Filo: Apicomplexa
Gênero: Plasmodium

Plasmodium vivax (1890) –terçã benigna


Plasmodium falciparum (1897) -terçã maligna
Plasmodium malariae (1881) –quartã benigna
Plasmodium ovale (1922) –terçã benigna
Malária
 Plasmodium vivax  agente da febre terçã benigna
com ciclo febril que retorna a cada 48 horas.

 Plasmodium falciparum  agente da febre terçã


maligna com acessos febris que se repetem
clinicamente com intervalos de 36 a 48 horas.

 Plasmodium malariae  causa da febre quartã, que


se caracteriza pela ocorrência de acessos febris a
cada 72 horas.
Vetor
Mosquitos fêmea do gênero Anopheles conhecidos
também como mosquito prego ou carapanã

Reservatório

Humanos portadores de gametócitos

Fêmea de
Anopheles darlingi
Formas sangüíneas dentro das
hemácias
Ciclo da malária
Transmissão

• Vetorial - Picada pelo mosquito


Anopheles  pernilongo, mosquito prego
• Congênita
• Transfusional
• Transplante de órgãos
Período de Incubação

• P. falciparum – 8 a 12 dias
• P. vivax – 13 a 17 dias
• P. ovale – 7 a 14 dias
• P. malariae – 18 a 30 dias
Sintomatologia

• Período de incubação -7 a 21 dias


• Carga parasitária x espécie de parasita
• Esquizogonias sanguíneas – destruição das hemácias
e liberação do pigmento malárico Hemozoína
(depósito baço, fígado, cérebro, medula óssea)
• Acesso malárico
1) calafrios e tremores, temperatura em elevação
2) febre alta, sensação de calor e cefaléia intensa
3) queda da temperatura, sudorese
Patogenia
• Dependente da carga parasitária e espécie de parasita
• Anemia – destruição das hemácias parasitadas, após a
esquizogonia, destruição de hemácias parsitadas no
Baço, destruição de hemácias sadias no Baço – auto-
Ac)
• Alteração da permeabilidade vascular
• Marginação eritrocitária
• Imunocomplexos- deposição nos capilares do cérebro,
pulmão, rins...processos inflamatórios letais
• Lesão renal – Sindrome Nefrótica - Ag do parasito –
membrana dos glomérulos
• Coma
CRITÉRIOS DE DOENÇA GRAVE

- Alteração do nível de consciência


- Insuficiência renal
- Anemia grave
- Disfunção hepática
- Distúrbios da coagulação
- Dificuldade respiratória
- Alterações metabólicas ou desequilíbrio Hidro-
eletrolítico
- Choque ou colapso circulatório
- Hiperparasitemia
• Diagnóstico Clínico
– Anamnese
– Sinais e sintomas (presuntivo)

• Diagnóstico Laboratorial
– Esfregaço delgado e gota espessa
Tratamento
Fármacos antimaláricos utilizados na clínica:

• (Artemeter-Lumefantrina) – P. falciparum
• Cloroquina + Primaquina - P. vivax.
Profilaxia e Controle

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