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DEFINIÇÃO DE SUICÍDIO

O suicídio pode ser definido como um ato deliberado


executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja
a morte, de forma consciente e intencional,
utilizando um meio que ele acredita ser letal.
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DEFINIÇÃO DE SUICÍDIO

O suicídio não tem uma causa única, resultam de uma complexa interação de fatores
biológicos, genéticos, psicológicos, sociológicos, culturais, e ambientais. Sempre
envolve diversos fatores, é multideterminado.

As pessoas que pensam ou tentam tirar a própria vida estão passando por  um grande
sofrimento e a dor emocional se torna tão grande que o desejo de interrompê-la é
maior do que qualquer dor física que uma tentativa de suicídio possa causar.
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PRINCIPAIS INFORMAÇÕES

A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no mundo.

Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos.

Para cada suicídio, há muito mais pessoas que tentam o suicídio a cada ano. A tentativa
prévia é o fator de risco mais importante para o suicídio na população em geral.

O suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29
anos, ficando somente atrás das mortes no transito.

Dados da Organização Mundial da Saúde no ano de 2018.


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QUEM FOI KARDEC ?

Allan Kardec é o pseudônimo de um educador (pedagogo) francês


chamado Léon-Hipollyte Denizard Rivail. Rivail nasceu em Lyon,
França, em 3 de outubro de 1804. Ele foi batizado na religião católica e
começou a usar o pseudônimo de Allan Kardec, anos depois, quando ele
entrou em contato com os fenômenos espíritas.

Allan Kardec foi o codificador do Espiritismo. Com os ensinamentos que


recebeu de espíritos superiores através de vários médiuns, ele escreveu
cinco livros que se tornariam a base da Doutrina Espírita: O Livro dos
Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O
Céu e o Inferno e A Gênese. Ele também deixou escritos inéditos, que
foram recolhidos 21 anos após sua morte no livro Obras Póstumas.
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O QUE FALA KARDEC ?

Livro dos Espíritos

Pergunta 944 - O homem tem o direito de dispor de sua própria


vida?

Não, somente deus tem esse direito. O suicídio voluntário é uma


transgressão dessa lei.
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O QUE FALA KARDEC ?

Evangelho Segundo Espiritismo – Capítulo V – Bem-Aventurados os Aflitos

O suicídio e a loucura

A calma e a resignação, obtidas pela maneira de encarar a vida terrestre e pela fé no


futuro, dão ao espírito uma serenidade que é a melhor proteção contra a loucura e o
suicídio. Com efeito, a maior parte dos casos de loucura é devida à comoção produzida
pelas vicissitudes que o homem não tem força de suportar. [...]
Ocorre o mesmo com o suicídio, [...] é certo que, sejam quais forem os motivos
particulares, sempre há por causa geral algum descontentamento. [...] Só sê desespera se
não vê termo a seus sofrimentos.
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O QUE FALA KARDEC ?

Livro dos Espíritos

Pergunta 957 - Quais são, em geral, as consequências do suicídio com relação ao estado
do espírito?

As consequências do suicido são as mais diversas: não há penas fixas e, em todos os


casos, são sempre relativas às causas que o produziram. Más há uma consequência a
que o suicida não pode escapar: é o desapontamento. Além disso, o destino não é o
mesmo para todos: depende das circunstancias. Alguns expiam o erro imediatamente,
outros numa nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam.
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O QUE FALA KARDEC ?

Evangelho Segundo Espiritismo – Capítulo V – Bem-Aventurados os Aflitos

O suicídio e a loucura

[...] O Espiritismo também tem, sob esse aspecto, um outro resultado igualmente
positivo, e talvez mais determinante. Mostra-nos os próprios suicidas revelando a sua
situação infeliz, e prova que ninguém viola impunimente a lei de Deus, que proíbe ao
homem abreviar a sua vida. Dentre os suicidas, há alguns cujo sofrimento, mesmo sendo
apenas temporário e não eterno, não deixa de ser menos terrível, de tal natureza que faz
refletir todo aquele que tente partir da Terra antes da ordem de Deus.
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RELATO DE UM ESPÍRITO SUICIDA NO LIVRO
O CÉU E O INFERNO

Um ateu
O Sr. J. B. D. era um homem instruído, mas em extremo saturado de ideias materialistas, não
acreditando em Deus nem na existência da alma. A pedido de um parente, foi evocado dois anos
depois de desencarnado, na Sociedade Espírita de Paris.
1. Evocação. — R. Sofro. Sou um réprobo (que foi condenado, sujeito que foi banido da
sociedade).
2. Fomos levados a evocar-vos em nome de parentes que, como tais, desejam conhecer da vossa
sorte. Podereis dizer-nos se esta nossa evocação vos é penosa ou agradável? — R. Penosa.
3. A vossa morte foi voluntária? — R. Sim.
4. Tende calma, que nós todos pediremos a Deus por vós. — R. Sou forçado a crer nesse Deus.
5. Que motivo poderia ter-vos levado ao suicídio? — R. O tédio de uma vida sem esperança.
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Concebe-se o suicídio quando a vida é sem esperança; procura-se então fugir-lhe a qualquer
preço. Com o Espiritismo, ao contrário, a esperança se fortalece porque o futuro se nos
desdobra. O suicídio deixa de ser objetivo, uma vez reconhecido que apenas se isenta a gente do
mal para arrostar com um mal cem vezes pior. Eis por que o Espiritismo tem sequestrado muita
gente a uma morte voluntária. [...] Esses serão responsáveis não só pelos próprios erros, como
igualmente por todos os males a que os mesmos derem causa.

6. Quisestes escapar às vicissitudes da vida... Adiantastes alguma coisa? Sois agora mais feliz?
— R. Por que não existe o nada?

7. Tende a bondade de nos descrever do melhor modo possível a vossa atual situação. — R.
Sofro pelo constrangimento em que estou de crer em tudo quanto negava. Meu Espírito está
como num braseiro (em brasas, queimando), horrivelmente atormentado. [...]

10. Estais bem convencido agora da existência de Deus, da alma e da vida futura? — R. Ah!
Tudo isso muito me atormenta! [...]

16. Tendes algum recado para os vossos parentes? — R. QUE OREM POR MIM. [...]
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EXPRESSÕES DE IDEIAS OU DE
INTENÇÕES SUICIDAS

Fiquem atentos para os comentários abaixo. Pode parecer óbvio, mas muitas vezes são
ignorados: 

“Vou desaparecer.”
“Vou deixar vocês em paz.”
“Eu não aguento mais.”
“A vida não vale a pena.”
“Eu preferiria estar morto.”
“Os outros vão ser mais felizes sem mim.”
“Eu queria poder dormir e nunca mais acordar.”
“É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar.”
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QUAL A MAIOR DIFICULDADE QUE UMA PESSOA QUE
SOFRE DE IDEAÇÃO SUICIDA TEM PARA PROCURAR
AJUDA ESPECIALIZADA?

O PRECONCEITO, ele têm MEDO e VERGONHA de


ser visto como fraco, fracassado, louco, doido, dramático
(só está chamando a atenção), que é falta de DEUS, de
que é frescura, preguiça, é dinheiro jogado fora, está
pagando apenas para conversar e etc.

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DIANTE DE UMA PESSOA SOB RISCO DE
SUICÍDIO, O QUE PODEMOS FAZER?

Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para OUVIR e conversar com essa pessoa.
Deixe-a saber que você está lá para ouvi-la com a mente aberta, sem julgamentos e sem críticas,
ofereça apenas seu apoio.

Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde mental (psicólogos,


psiquiatras), de apoio em algum serviço público (CVV - Centro de Valorização da Vida, 188), o
atendimento fraterno na casa espírita, entre outros. Ofereça-se para acompanhá-la a um
atendimento se caso for necessário.

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Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Tente distrai-la e entre
em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa, se a ela permitir procure com
ela a ajuda de profissionais de serviços de saúde (psicólogo, psiquiatra, assistente social,
enfermeira etc.) e de emergência.

Se a pessoa com quem você está preocupado(a) vive com você, assegure-se de que ele(a) não tenha
acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou
medicamentos) em casa.

Fique em contato/alerta para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.
Acolha e tente acalmá-la, dentro de suas possibilidades.

Faça preces por ela e pela família, coloque seu nome no caderno de preces da casa espírita e no
estudo do evangelho no lar sempre solicite auxílio dos espíritos benfeitores a essa pessoa.

A MAIOR PREVENÇÃO E A DIVULGAÇÃO E O ESCLARECIMENTO SOBRE O TEMA!

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SUGESTÕES DE LIVROS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 KARDEC, Allan; Livro dos Espíritos; Tradução de Matheus Rodrigues de Camargo – 16º Reimpressão. Novem. 2013 –
Capivari, SP; Editora EME.
 KARDEC, Allan; Evangelho Segundo Espiritismo; Tradução de Matheus Rodrigues de Camargo – 31º Reimpressão. Mar.
2013 – Capivari, SP; Editora EME.
 KARDEC, Allan; O Céu e o Inferno; Tradução de Manuel Justiniano Quintão – 46º Edição. Rio de Janeiro. Federação
Espírita Brasileira, 2001.
 FOLHA INFORMATIVA – SUICÍDIO. OPAS/OMS(ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE/ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DA SAÚDE) BRASIL. Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.php?
option=com_content&view=article&id=5671:folha-informativa-suicidio&Itemid=839>.Acesso em 16 de Dezembro de
2019.
 PREVENÇÃO DO SUICÍDIO: SINAIS PARA SABER E AGIR. Ministério da Saúde. Disponível em:
<http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/suicídio>. Acesso em 16 de Dezembro de 2019.
 QUEM É ALLAN KARDEC. Kardec Spiritist Society of Houston. Disponível em: <https://spiritisthouston.org/pt/quem-
somos/quem-e-allan-kardec/>. Acesso em 16 de Dezembro de 2019.
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