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Curso

TÉCNICO SUPERIOR DE SEGURANÇA E HIGIENE DO


TRABALHO

MÓDULO

Segurança no trabalho

Formador: João Pedro Marques


Apresentação

• Chamo-me......
• Sou natural de.....
• Tenho .....anos (facultativo para senhoras)
• Habilitações literárias.....
• Vivo em ......
• Trabalhei nas empresas.....
• E aí fui….. desempenhei a profissão de.........
• Tenho.....anos de experiência profissional
• Estou neste curso, porque . . .
• Para além de trabalhar, gosto, ainda, de.........
Conteúdo programático

• Princípios e domínios da segurança do trabalho;


• Causas e consequências dos acidentes de trabalho;
• Avaliação e controlo de riscos associados a:

– Locais e postos de trabalho


– Transporte manual de cargas: riscos, medidas preventivas e
de protecção e legislação aplicável.
Avaliação do módulo

• A avaliação será efectuada com base num trabalho


de grupo:

– Caracterização da sinistralidade laboral através de


participações de acidentes de trabalho à companhia de
seguros e respectiva apresentação.

– Prazo de entrega: uma semana após a conclusão do módulo.


Princípios e domínios da segurança no trabalho

• A segurança consiste num conjunto de dispositivos e


disposições que actuam sobre os sistemas de
trabalho – máquinas, procedimentos e organização –
por forma a torná-los mais fiáveis para as pessoas.

• Define acções e actuações que sejam o mais


incompatíveis com os acontecimentos que queremos
evitar: os acidentes de trabalho.
Conceito de segurança no trabalho

• O conceito de segurança no trabalho está muito


relacionado com a prevenção. A evolução da
segurança, antigamente feita a partir dos acidentes
ocorridos, progrediu no sentido prevencionista, isto
é, antes do acidente ocorrer. É neste sentido que
actualmente se caminha.
Conceito de segurança no trabalho (cont)

• Conjunto de metodologias adequadas à prevenção


de acidentes. O objectivo é a identificação e o
controlo (eliminar/minimizar) dos riscos do local de
trabalho e do processo produtivo.
Princípios e domínios da ST

• Para prevenir acidentes de trabalho, a segurança dedica-


se à identificação, avaliação e controlo de riscos de
operação.
• Neste sentido, a segurança estuda:
– Locais e postos de trabalho;
– Equipamentos de trabalho;
– Substâncias químicas;
– Transporte manual e mecânico de cargas;
– Armazenagem;
– Riscos eléctricos, de incêndio e explosão, emissão e dispersão de
produtos tóxicos;
– Actividades e operações particularmente perigosas.
Princípios e domínios em ST

• Avaliação de riscos em segurança no trabalho – o


processo de avaliação de riscos consiste nas
seguintes fases:
– Identificação dos perigos;
– Avaliação do risco;
– Controlo do risco.
• Ferramentas de avaliação dos riscos – recolha de
informação através de questionários, os quais
assumem uma forma de listas de verificação.
Princípios e domínios da ST

• 1.ª parte - Organização e gestão da prevenção

– Esta primeira parte tem por objectivo avaliar o modelo de


gestão preventiva da empresa efectuando-se um
questionário abrangendo a globalidade da empresa.
Princípios e domínios da ST

• 2.ª parte – Factores de risco por área/secção/sector da


empresa.
– Nesta fase pretende-se avaliar o controlo existente sobre os
diferentes factores de risco operativos que podem existir na
empresa:
– Construção e lay-out
– Risco de circulação
– Risco horizontal
– Risco vertical
– Movimentação mecânica de cargas
– Segurança de máquinas
– Substâncias químicas
– Movimentação manual de cargas
– Equipamentos de protecção individual
Causas e consequências dos acidentes de
trabalho
Acidente de trabalho

• Acontecimento não esperado no local e no tempo de


trabalho de que provoca uma lesão corporal ou
perturbação funcional e resulta em redução da
capacidade de trabalho, redução da capacidade de
ganho ou morte (Art.º 8 da Lei n.º 98/2009).
São provocados
por:

Actos Condições
inseguros perigosas
Causas dos acidentes de trabalho

• Existência de condições perigosas - circunstância


física perigosa que pode permitir que se verifique
directa ou indirectamente um acidente

• Comportamentos/actos inseguros - desvio de uma


acção, considerada correcta em termos de
segurança, por parte do trabalhador e que pode ter
como causa imediata o acidente de trabalho.
CUSTOS DE ACIDENTES

• Prémio do seguro
– salários pagos
– assistência médica e medicamentos
– Indemnizações

Aumento prémio do seguro • Socorro das vítimas


• Quebra produtividade
• Custos administrativos
• Reparação de equipamentos e colocação
Reintegração do acidentado de protecções adequadas
• Perda de competitividade
– atraso de encomendas
Sofrimento da família – redução de capacidade de resposta
Sofrimento do acidentado • Aquisição produtos a outras empresas
• Degradação da imagem da empresa
• Despesas com substitutos ou trabalho
Peritagem, advogados extra
Custos dos acidentes

Custo Indirecto = (5 a 8) x Custo Directo

Custo Total = Custo Indirecto + Custo Directo =


= (6 a 9) x Custo Directo
Índices de sinistralidade – índice de frequência

N.º de acidentes com baixa x 106


Índice de frequência =
N.º total de horas trabalhadas

• quantidade de acidentes ocorridos na empresa, independentemente da


sua gravidade;
• exclui acidentes “in-itenere”;
• São incluídas horas reais de exposição ao risco, sendo excluídas as férias;
Índices de sinistralidade – índice de frequência

• Um operário, em termos gerais trabalha cerca de


2000 horas por ano. Um milhão de horas/homem
representa o trabalho de um ano para cerca de 500
trabalhadores. Um índice de 20,0 pode ser
interpretado como 20 lesões incapacitantes no ano,
por cada grupo de 500 trabalhadores, o que também
representa uma lesão incapacitante por cada grupo
de 25 trabalhadores.
Índice de frequência (continuação)

Pode avaliar-se o valor do índice de frequência pela


seguinte tabela (fonte OMS):

Muito
Bom Médio Mau
mau

< 20 20 - 40 40 - 60 > 60
Índices de sinistralidade - Índice de gravidade

• Fonte: 16.ª conferência da OIT


Índices de sinistralidade - Índice de gravidade

N.º de dias úteis perdidos x 103


Índice de gravidade =
N.º total de horas trabalhadas

• Gravidade dos acidentes ocorridos; indica-nos a proporção entre o


número de dias perdidos por milhão ou por mil horas de trabalho.
• Os casos de morte ou incapacidade permanente total, devem ser
contados como tendo causado uma perda de 7500 dias de trabalho.
Índices de sinistralidade - Índice de gravidade

• Para se avaliar o valor do índice de gravidade,


podemos atender aos intervalos apresentados na
tabela (fonte OMS) seguinte:

Muito
Bom Médio Mau
mau

< 0,5 0,5 - 1 1-2 >2


Índice de duração média das baixas

N.º de dias úteis perdidos


Duração média das baixas =
N.º de acidentes com baixa

• caracteriza o tipo de acidentes ocorridos em termos


de gravidade média.
Índice de incidência

N.º de acidentes com baixa

Índice de incidência = X 103

N.º de trabalhadores
Este índice representa o número de acidentes com baixa, que em
média ocorrem numa população de 1000 trabalhadores.
Índice de avaliação da gravidade

Índice de gravidade

Índice de avaliação da gravidade = X 103

Índice de frequência

Com este índice pode-se estabelecer prioridades quanto às acções


de controlo através dos seus valores decrescentes, calculados para
cada departamento ou secção.
Horas trabalhadas

Nº total de h-h trabalhadas = Te x Hd x Dt

• Te = Nº de trabalhadores expostos ao risco

• Hd = Horas trabalhadas por dia

• Dt = Dias de trabalho ou dias trabalhados


Caracterização global da sinistralidade laboral

• Os acidentes de trabalho devem ser classificados de


acordo com os seguintes critérios de classificação,
definidos na 10.ª Conferência Internacional do
Trabalho:
– Segundo as respectivas consequências
– Segundo a forma do acidente
– Segundo o agente material
– Segundo a natureza da lesão
– Segundo a localização da lesão
De acordo com as respectivas consequências

• Morte
• Acidente com incapacidade permanente
• Acidente com incapacidade permanente, In-itinere
• Acidente com incapacidade temporária absoluta
• Acidente com incapacidade temporária absoluta, In-
itinere
• Acidente sem incapacidade
• Acidente sem incapacidade, In-itinere
Segundo a forma do acidente

• Queda de pessoas ao mesmo nível


• Queda de pessoas a níveis diferentes-queda em altura
• Queda de objectos no decurso de manutenção manual,
movimentação manual e mecânica
• Desmoronamento (de edifícios, muros, andaimes, escadas,
mercadorias empilhadas)
• Desabamento (queda de massas de terra, rochedos, pedras,
neve)
• Pancada por objectos móveis (incluindo fragmentos volantes e
partículas), com excepção de queda de objectos
• Choque contra objectos móveis
• Choque contra objectos imóveis, com exclusão de choques
devidos a queda anterior
• Marcha sobre objectos
Forma do acidente (continuação)

• Entaladela entre dois objectos móveis (c/exclusão de objectos volantes ou


cadentes)
• Entaladela entre um objecto imóvel e outro móvel
• Entaladela num objecto
• Esforços físicos excessivos
• Movimentos em falso
• Contacto com substâncias ou objectos muito frios
• Contacto com substâncias ou objectos ignescentes
• Exposição ao frio (da atmosfera ou do ambiente de trabalho)
• Exposição ao calor (da atmosfera ou do ambiente de trabalho)
• Exposição a, ou contacto com a corrente eléctrica
• Exposição a radiações ionizantes
• Exposição a radiações não ionizantes
• Contacto por inalação, ingestão ou absorção, com substâncias nocivas
• Outras formas de acidentes não classificadas noutra parte
• Acidentes não classificados por falta de dados suficientes
Segundo o agente material

• Meios de transporte
• Tapetes de transporte
• Empilhadores
• Ascensores e monta-cargas
• Transportadores Aéreos
• Fornos
• Estufas
• Recipientes sob pressão
• Outros materiais - andaimes
• Outros materiais - escadas móveis, rampas móveis
• Radiações
• Fragmentos volantes
• Poeiras/gases/líquidos e produtos químicos, com eclosão de
explosivos
Agente material (continuação)

• Materiais Movimentados
• Ambiente interno (iluminação, ventilação, temperatura, ruído)
• Ambiente interno (aberturas nos pavimentos e paredes)
• Ambiente interno (Escadas)
• Ambiente interno (Espaços confinados)
• Ambiente interno (Pavimentos)
• Ambiente interno (Outras superfícies de trabalho e circulação)
• Ambiente interno (Outros)
• Ambiente externo (superfícies de trabalho e circulação)
• Ambiente externo (condições atmosféricas)
• Outros agentes não classificados noutra parte
• Agentes não classificados por falta de dados suficientes
Segundo a natureza da lesão
• Amputações
• Asfixias
• Comoções e outros traumatismos internos
• Contusões e esmagamentos
• Efeitos das intempéries e de outros factores exteriores
• Efeitos nocivos da electricidade
• Efeitos nocivos das radiações
• Entorses e distensões
• Envenenamentos e intoxicações agudas
• Fracturas
• Lesões múltiplas de naturezas diferentes
• Luxações
• Outras feridas
• Outros traumatismos ou traumatismos mal definidos
• Queimaduras
• Traumatismos superficiais
Segundo a localização da lesão

• Cabeça (excepto olhos)


• Olhos
• Pescoço
• Membros superiores
• Mãos
• Tronco
• Membros inferiores
• Pés
• Localizações múltiplas
• Lesões gerais
Legislação a consultar

• Decreto – Lei n.º 362/93 de 15 de Outubro -


estabelece as regras relativas à informação
estatística sobre acidentes de trabalho e doenças
profissionais.
• Portaria nº 137/94, de 8 de Março - aprova o modelo
de participação de acidente de trabalho e o mapa
de encerramento de processo de acidente de
trabalho.
• Decreto - Lei n.º 143/99 de 30 de Abril – reparação
dos danos emergentes dos acidentes de trabalho.
Trabalho de grupo

• Análise estatística de acidentes de trabalho com


base nas participações de acidentes de trabalho à
companhia de seguros numa determinada empresa
nos anos de 1999, 2000 e 2001
Formato de apresentação

• O trabalho deverá ser apresentado em formato


digital: word e Power Point.
Trabalho: conteúdos a abordar

• Cálculo dos índices de sinistralidade e respectiva


interpretação;
• Caracterização da sinistralidade laboral e respectiva
interpretação:
– Consequências
– Forma do acidente
– Agente material
– Natureza da lesão
– Localização da lesão
Caracterização da sinistralidade laboral

• Podem-se acrescentar outros aspectos, os quais serão


valorizados. A título de exemplo, salientam-se:
– Horário dos acidentes;
– Dia da semana;
– Género;
– Antiguidade;
– Escalão etário;
– Habilitações;
– Formação profissional em HST;
• Proposta de medidas correctivas.
Estrutura

• Introdução
• Objectivo(s)
• Metodologia
• Caracterização da empresa
• Índices de sinistralidade nos anos de 1999, 2000 e
2001
• Caracterização da sinistralidade no ano X
• Medidas correctivas
• Conclusão
Formato de apresentação

• O trabalho deverá ser apresentado em formato


digital: word e powerpoint.
Trabalho: conteúdos a abordar

• Cálculo dos índices de sinistralidade e respectiva


interpretação;
• Caracterização da sinistralidade laboral e respectiva
interpretação:
– Consequências
– Forma do acidente
– Agente material
– Natureza da lesão
– Localização da lesão
Caracterização da sinistralidade laboral

• Pode-se acrescentar outros aspectos, os quais serão


valorizados. A título de exemplo, salientam-se:

– Horário dos acidentes


– Dia da semana
– Género
– Antiguidade
– Escalão etário
– Habilitações
– Formação profissional em HST
Estrutura do trabalho

• Introdução
• Objectivo
• Metodologia
• Desenvolvimento
• Conclusão
Locais e postos de trabalho – principal
legislação aplicável

• Decreto-Lei 347/93, de 1 de Outubro: transpõe a


directiva 89/654/CEE, relativa às prescrições
mínimas de Segurança e Saúde nos locais de
trabalho;

• Portaria 987/93, de 6 de Outubro: estabelece as


normas técnicas de execução do Decreto-Lei
347/93.
Locais e postos de trabalho – principal
legislação aplicável

• Portaria n.º 53/71, de 3 de Fevereiro alterada pela


Portaria n.º 702/80, de 22 de Setembro –
regulamento geral de segurança e higiene do
trabalho nos estabelecimentos industriais.

• Decreto-Lei 243/86 de 20 de Agosto – Regulamento


geral de higiene e segurança do trabalho nos
estabelecimentos comerciais, de escritório e
serviços.
Medidas mínimas do posto de trabalho

• Área útil por trabalhador: 2 m2 com uma tolerância


de 0,2 m.

• Cubagem de ar útil por trabalhador: 11,5 m3; em


casos particulares pode haver uma tolerância de 1
m3, desde que se renove o ar suficientemente.
Medidas mínimas do posto de trabalho

• O pé-direito livre mínimo dos pisos destinados a


locais de trabalho é de 3 m.

– Para estabelecimentos industriais já em laboração admite-


se, excepcionalmente, uma tolerância de 0,2 m.

– Em edifícios adaptados (comércio, escritórios e serviços)


admite-se uma tolerância de 0,3 m.
Espaço entre máquinas ou postos de trabalho

• Nos locais de trabalho, os intervalos entre as


máquinas, instalações ou materiais devem ter uma
largura de, pelo menos, 0,6 m.

• O espaço entre postos de trabalho não deve ser


inferior a 80 cm (no caso de estabelecimentos
comerciais, escritórios e serviços).
Aberturas no pavimento

• As aberturas existentes nos


pavimentos dos locais de
trabalho ou de passagem
devem ser resguardadas com
coberturas resistentes, ou com
guarda-corpos colocados à
altura de 0,9 m e rodapés com
a altura mínima de 0,14 m.

– Quando os referidos
resguardos não foram
aplicáveis, as aberturas devem
ser devidamente sinalizadas.
Locais elevados

• Todos os lados das plataformas fixas por onde haja


risco de queda livre devem ser protegidos por um
guarda-corpos colocado à altura do 0,90 m e por um
rodapé; com altura não inferior a 0,14 m.
Locais elevados - continuação
Vias de acesso

• A sua largura não deve ser inferior a 1,20 m quando


o número de utilizadores não ultrapasse cinquenta.
– Em larguras superiores é recomendado múltiplos de 0,6 m.

• Devem estar sinalizadas com linhas brancas ou


amarelas.
• Quando as vias de passagem se destinem ao trânsito
simultâneo de pessoas e veículos, a sua largura deve
ser suficiente para garantir a segurança na
circulação de uns e de outros.
Circuitos de circulação

– A largura das vias de


circulação não deve ser
inferior à largura do veículo
ou à da carga, acrescida em 1
metro, quando a circulação
ocorrer em sentido único.
– A largura das vias de
circulação, para o caso de
haver circulação nos 2
sentidos de forma
permanente não deve ser
inferior a duas vezes a
largura dos veículos ou
cargas, acrescidas em cerca
de 1,40 m.
Pavimento

• Regular, fácil
limpeza,
impermeável e
antiderrapante.
Revestimento das paredes

• Liso, lavável, de cor clara sem brilho.


Escadas fixas

• A largura das escadas deve


ser proporcionada ao número
provável de utilizadores, com
um mínimo de 1,2 m.

• As escadas de mão fixas de


altura superior a 9 m devem
dispor de plataforma de
descanso por cada 9 m ou
fracção e estarem providas
de resguardo de protecção
dorsal (guarda-costas) a
partir de 2,5 m.
Ordem e limpeza

• Os postos de trabalho,
locais de passagem e todos
os outros locais de serviço
devem ser mantidos em
boas condições de limpeza.

• A segurança no trabalho
depende em grande parte
das condições de ordem e
arrumação.
Caso prático

• Lista verificação, tendo como base os requisitos da


Portaria n.º 53/71 alterada pela Portaria n.º 702/80
relacionados com os locais e postos de trabalho.

• Apenas deverão constar da lista de verificação os


requisitos no âmbito da segurança do trabalho.
Movimentação manual de cargas
Principal legislação

• Decreto-Lei n.º 330/93 de 25 de Setembro –


Prescrições mínimas de segurança e de saúde na
movimentação manual de cargas.
Obrigações do empregador

• Utilizar os meios apropriados de modo a evitar a


necessidade de movimentação manual de cargas
pelos trabalhadores;
– Por exemplo: utilização de meios mecânicos

• Quando não se possa evitar a necessidade de


movimentação manual de cargas pelos trabalhadores,
a entidade patronal tomará as medidas de
organização apropriadas, a fim de reduzir o risco.
Medidas gerais de prevenção

• 1. Evitar a movimentação manual através de meios


de movimentação mecânica de cargas;

• 2. Reduzir os riscos da movimentação manual de


cargas:
– Utilizar equipamentos de apoio às tarefas de
movimentação.;
Medidas gerais de prevenção

• 2. Reduzir os riscos da movimentação manual:


– Adequação dos postos de trabalho aos operadores;
– Medidas organizacionais:

– rotatividade entre postos de trabalho com exigências físicas


diferentes (períodos máximos de 2 horas);

– Pausas de 5 minutos em cada hora de trabalho (o trabalhador


realiza outras tarefas).

– Formação e treino;

– Vigilância da saúde.
O que é isso de movimentação manual de
cargas?
• Qualquer operação de transporte e sustentação de uma carga por um
ou mais trabalhadores, incluindo levantar, colocar, empurrar, puxar,
transportar e deslocar e que comporte riscos para estes.
Riscos – características da carga

• Carga demasiado pesada


– Superior a 30 kg em operações ocasionais
– Superior a 20 kg em operações frequentes
• Carga muito volumosa ou difícil de agarrar
• Carga em equilíbrio instável ou difícil de
agarrar
• Carga colocada de modo a que tenha de ser
mantida ou manipulada à distância do tronco,
ou com flexão ou torção
• Carga susceptível de causar lesões no
trabalhador
Riscos

• Queda de objectos sobre os pés


• Sobre esforços ou movimentos incorrectos:

– Hérnia discal
– Rotura de ligamentos
– Lesões musculares

• Choque com objectos


• Entalamento
Prevenção

• Utilizar de preferência empilhadores (meios mecânicos)

• Manter as zonas de movimentação arrumadas

• Sinalizar as zonas de passagem perigosas

• Tomar precauções na movimentação de cargas longas.


Técnica correcta de movimentação de cargas
• Para levantamento de uma carga a técnica correcta é a seguinte:
A. Colocar os pés dos lados da carga com as pernas ligeiramente separadas e
um pé ligeiramente à frente do outro. Ficar numa posição agachada,
equilibrada, com as costas direitas e tensionar os músculos dorsais e
abdominais.
B. Elevar a carga usando as pernas
C. Erguer a parte superior do corpo
Levantamento correcto de cargas
Posições e movimentos
perigosos I

• O levantamento e movimentação de cargas, puxar ou empurrar


carros ou caixotes e a subida de escadas com cargas devem fazer-se
evitando o arqueamento das costas com a concavidade na parte
posterior
Posições e movimentos perigosos II

• Durante o trabalho não deve deformar-se a coluna para trás, para diante,
ou em redor o seu eixo e nunca o levantar ou pousar de cargas é feito com
torção do tronco
Transporte de cargas
• Para o transporte de cargas ser feito com o mínimo de esforço devem ser
respeitadas as posições correctas
– Transportar a carga mantendo-se erguido
– Cargas simétricas
– Suportar a carga com o corpo
– Aproximar a carga do corpo
– Utilizar elementos auxiliares
Posição de trabalho em pé

• Altura do plano de trabalho


– Postura sem dobrar as costas
– Ombros relaxados
– Referência é a altura do cotovelo do operador
• Trabalho de precisão: 5 a 10 cm acima da
altura do cotovelo
• Trabalho leve: altura do plano de trabalho à
altura dos cotovelos
• Trabalho pesado: 5 a 10 cm abaixo da altura
do cotovelo
Posição de trabalho em pé

• Postura
– Evitar postura estática
– Objectos necessários à actividade devem estar a um
alcance fácil
– Altura da bancada de trabalho regulável
– Postura erecta, frontal e próxima do plano de trabalho
– Comandos num nível mais baixo que o ombro
– Calçado confortável
– Roupas largas que não dificultem a movimentação
Riscos

• Adoptar posturas incorrectas pode causar graves


lesões na coluna vertebral
Procedimentos

Apoiar Separar os pés


firmemente os
pés

Manter as costas
Dobrar as direitas
pernas e os
joelhos
Conselhos úteis

Não girar o corpo


enquanto se
sustenta uma carga
pesada

Nada é mais
perigoso para a
coluna do que
uma carga pesada
Conselhos úteis

Deve-se manter a
carga o mais
próximo possível do
corpo

Deve-se aproveitar o
peso do corpo para
empurrar os objectos
Conselhos úteis

Deve-se evitar o
levantamento de uma só vez
de uma carga pesada,
principalmente quando é
efectuada acima do nível dos
ombros

Deve-se Sempre que


manter os necessário,
braços pedir ajuda
tensos e
chegados
ao corpo
Conselhos úteis

Utilizar o peso do
corpo para empurrar
os objectos

Utilizar o próprio
impulso e o peso do
corpo para elevar
ou movimentar a
carga.
Movimentação de cargas - Manual
• Manter a carga junto ao corpo
e equilibrada
• Os músculos mais fortes do • Utilizar equipamento de apoio
corpo são os das pernas • Pedir ajuda para cargas
• Não forçar a coluna vertebral pesadas
• Evitar torções do tronco
Conselhos úteis
Conselhos úteis
Valores recomendados pela OIT

HOMENS MULHERES

Idade Peso até Idade Peso até

< 16 anos 15 Kg < 18 anos 08 Kg


> 16 a 18 anos 20 Kg > 18 a 21 anos 10 Kg
> 18 a 40 anos 32 Kg > 21 anos 23 Kg
> 40 anos 20 Kg > 40 anos 10 Kg
Métodos específicos de avaliação

• Método OWAS - Ovako Working Posture Analysis


System;

• KIM - Key Item Method (formulário breve: KIM)-


Método dos Indicadores Chave;

• NIOSH.
Caso prático - KIM
Tarefas

• Colocação de lastras na palete;

• Transporte manual da palete através de um porta-


paletes manual.
Alguns dados

• Aproximadamente 4 horas diárias;


• Lastras pesam aproximadamente 15 Kg;
• Coloca uma lastra na palete em cada 10 segundos;
• Cada palete é composta por 40 lastras;

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