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1.2.

2 Espetros atómicos
Física e Química 10.º ano
Química
Espetros atómicos

O espetro eletromagnético da luz


visível é um registo igual ao da
radiação que resulta da decomposição
da luz branca emitida por lâmpadas de
incandescência.
Diz-se que o espetro de emissão da
lâmpada de incandescência é um
espetro contínuo.

1 Espetro de emissão contínuo.


Espetros atómicos

Substituindo a lâmpada de
incandescência por uma lâmpada
2 Espetro de emissão contínuo.
fluorescente obtém-se um espetro no qual
se observam riscas coloridas bem
definidas sobre um fundo negro,
correspondentes à emissão de luz visível.

Diz-se que o espetro de emissão da


lâmpada fluorescente é um espetro
3 Espetro de absorção descontínuo ou de riscas..
descontínuo, ou de riscas.
Espetros atómicos

É possível dizer que os fotões de luz visível emitidos pelas duas lâmpadas, a de
incandescência e a fluorescente, e os absorvidos pela matéria interposta no
percurso da luz branca são:
• mais energéticos do que fotões de radiação infravermelha, que e de menor
frequência do que a luz visível.
• menos energéticos do que fotões de radiação ultravioleta, que é de maior
frequência do que a luz visível.
Corpos incandescentes originam espetros contínuos.
Espetros atómicos

A localização das riscas presentes nos


espetros atómicos depende do elemento Espetro atómico de emissão (a) e de absorção (b) do
5 enxofre

químico: átomos de elementos


químicos diferentes originam espetros
atómicos diferentes, o que significa que
os espetros são característicos de cada
Espetro atómico de emissão (a) e de absorção (b) do
elemento. 5 cobre
Espetros atómicos

Por sua vez, os espetros de emissão e


absorção de um mesmo elemento revelam
que a frequência da luz absorvida é igual a
frequência da luz emitida, pois a posição
relativa de cada uma das riscas é a mesma Espetro atómico de emissão (a) e de absorção (b) do
6 enxofre

nos dois espetros.


Modelo de Bohr

O modelo atómico de Bohr, proposto em


1913 pelo cientista dinamarquês Niels Bohr.
Assenta em postulados – ideias que se
aceitam como verdadeiras, por serem
evidentes e de acordo com observações
experimentais mas que não se podem
provar.

1 Niels Bohr.
Modelo de Bohr

1. Existem estados fixos de energia para o


eletrão: os eletrões ocupam níveis de
energia. O eletrão não pode ter valores
de energia no intervalo entre dois níveis
de energia permitidos – ideia da
quantização de energia.
Modelo de Bohr

2. Os eletrões podem mudar de nível –


transições eletrónicas – por absorção
ou emissão de energia de valores
bem definidos:
• Se o átomo absorve energia , o eletrão
passa para o nível de energia
superior;
• Se o átomo emite energia, o eletrão
passa para um nível de energia.
Órbitas

De acordo com o modelo de Bohr, os eletrões movem-se em torno do núcleo


em órbitas circulares de raios bem definidos. Quanto maior for o raio da órbita,
maior é a energia do eletrão.
A energia do eletrão resulta da sua interação com o núcleo, é negativa e é
tanto maior quanto maior for a distância ao núcleo.
Modelo de Bohr

De acordo com o modelo de Bohr, os eletrões movem-se em torno do núcleo


em órbitas circulares de raios bem definidos. Quanto maior for o raio da órbita,
maior é a energia do eletrão.
A energia do eletrão resulta da sua interação com o núcleo, é negativa e é
tanto maior quanto maior for a distância ao núcleo.
Modelo de Bohr

A luz emitida por átomos de hidrogénio origina um espetro de riscas.

1 Espetro de emissão do hidrogénio na zona do visível.

• O que dará origem ao espetro de riscas do hidrogénio?


Modelo de Bohr

Este espetro de riscas está relacionado com a estrutura atómica do átomo de


hidrogénio e, por isso, se diz que é o espetro atómico do hidrogénio.

Embora o modelo atómico de Bohr tenha entretanto sido substituído por


modelos mais avançados, duas ideias fundamentais desse modelo
prevalecem no modelo atómico atual.
Modelo de Bohr

Essas duas ideias fundamentais do modelo de Bohr prevalecem no modelo


atómico atual e permitem explicar os espetros atómicos:

― a existência de níveis de energia bem definidos, devidos à quantização


da energia dos eletrões no átomo.

― a ocorrência de transições eletrónicas entre esses níveis por absorção


ou emissão de energia, energia essa também de valores bem definidos.
Modelo de Bohr

O modelo de Bohr permite interpretar o espetro de emissão:

― do átomo de hidrogénio, que tem só um eletrão;

― de átomos polieletrónicos, ou seja, com mais do que um eletrão.

Com base na quantização da energia dos eletrões nos átomos e na transição


dos eletrões entre níveis de energia podemos explicar os espetros atómicos,
que são de riscas.

O espetro atómico mais simples é o do átomo de hidrogénio, que é


monoeletrónico, ou seja, possui só um eletrão.
Modelo de Bohr

Quando os átomos de hidrogénio absorvem energia de valores bem


determinados, o eletrão passa para níveis de maior energia que o nível
n = 1.
Dizemos que ocorrem transições eletrónicas e, uma vez que a energia dos
átomos aumenta, diz-se que ocorre excitação eletrónica.
n=2
Átomo de hidrogénio:
n = 1 – estado fundamental Excitação

n = 2 – estados excitados eletrónica


n=1
Modelo de Bohr

Uma vez excitados, os eletrões libertam energia, passando para níveis de


menor energia.

A libertação da energia pelo átomo manifesta-se pela emissão de luz cuja


frequência depende dos níveis entre os quais ocorrem as transições
eletrónicas.

A cada transição corresponde uma radiação com frequência bem


determinada e, assim, uma risca no espetro atómico de emissão.

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