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A mentalidade moderna e a

mestiçagem
Textos de Sérgio Buarque de Holanda
Capítulo I – “Fronteiras da Europa”
Capítulo II – “Trabalho e Aventura”
Sérgio Buarque de Holanda
• 1902 – Nascimento

• 1925 – Formatura em Direito

• 1948 – Assume o magistério na Escola de Sociologia e Política da USP.

• 1953 - 1955 – Leciona na Universidade de Roma.

• 1957 – Torna-se professor de Historia Brasileira na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP.

• 1936 – Assume o cargo de professor assistente da Universidade do Distrito Federal. Casa-se com Maria Amélia de

Carvalho Cesário Alvim, com quem teve sete filhos, entre eles o cantor e compositor Chico Buarque. Publica a obra

ensaística Raízes do Brasil.

• 1958 – Entrada para a Academia Brasileira de Letras

• 1960 – Coordenação do projeto da Historia Geral da Civilização Brasileira

• 1982 Falecimento
• A obra Raízes do Brasil

• Busca de uma visão do futuro mediante um olhar para nosso passado

• Características da formação da sociedade brasileira, com base em contribuições dos países europeus
à nossa cultura

• Tentativa de captar a essência do ser brasileiro

• A obra apresenta um panorama histórico a partir da colonização portuguesa, com base em uma

estrutura política, econômica e social completamente instável de famílias patriarcais e

escravocratas.

• O mito do homem cordial



Capítulo I – “Fronteiras da Europa”

• Portugal e Espanha fazia fronteira entre Europa e o Novo Mundo pelo mar

• Portugal e Espanha ficavam meio à margem do restante da Europa

• Flexibilidade da nobreza portuguesa / Igualdade entre os seres humanos – mentalidade


moderna

• Ibéricos desprezavam o trabalho manual – desejo de ser senhores

• Anarquia ibérica mais justa que a hierarquia feudal

• Brasil possui características ibéricas, advindas da mentalidade colonizadora portuguesa



Capítulo I – “Fronteiras da Europa”

“À frouxidão da estrutura social, à falta de hierarquia organizada devem-se


alguns dos episódios mais singulares da história das nações hispânicas,
incluindo-se nelas Portugal e o Brasil. Os elementos anárquicos sempre
frutificaram aqui facilmente, com a cumplicidade ou a indolência displicente
das instituições e costumes. As iniciativas, mesmo quando se quiseram
construtivas, foram continuamente no sentido de separar os homens, não de
os unir. Os decretos dos governos nasceram em primeiro lugar da necessidade
de se conterem e de se refrearem as paixões particulares momentâneas, só
raras vezes da pretensão de se associarem permanentemente as forças ativas”.
• Capítulo II – “Trabalho e Aventura”

•Aptidão dos portugueses para desbravar o Novo Mundo


•Dois princípios encarnados nos tipos humanos: aventureiro (coletores ou
caçadores, visão mais ampla) X trabalhador (lavradores, visão mais restrita)
•O aventureiro colonizou o Novo Mundo.
•Adaptação portuguesa ao Brasil
•Economia europeia abastecida pela economia escravagista das colônias
•Dificuldade de adaptação do indígena à escravidão
• Capítulo II – “Trabalho e Aventura”

•Mão de obra escrava foi essencial para a economia braisleira


•Indolência do português / desejo de enriquecer sem esforço / indisposição para o
trabalho agrícola
• Descuido com a terra (“métodos predatórios e dissipadores”)
• Portugueses conheciam a escravidão, pois havia escravos africanos em Portugal
• A mestiçagem já era presente nos portugueses antes do Descobrimento do
Brasil
• Tendência da população para abandono de barreiras sociais, políticas,
econômicas entre homens brancos e de cor, entre livres e escravos
• Capítulo II – “Trabalho e Aventura”

• Falta de solidariedade entre os brasileiros


• Características comuns a indígenas e nobres: ociosidade, aversão ao
esforço disciplinado, imprevidência, intemperança
• Descuido com a terra (“métodos predatórios e dissipadores”)
• Portugueses conheciam a escravidão, pois havia escravos africanos em
Portugal
• A mestiçagem já era presente nos portugueses antes do Descobrimento do
Brasil
• Capítulo II – “Trabalho e Aventura”

•Tendência da população para abandono de barreiras sociais,


políticas, econômicas entre homens brancos e de cor, entre livres e
escravos
•Falta de solidariedade entre os brasileiros
•Características comuns a indígenas e nobres: ociosidade, aversão ao
esforço disciplinado, imprevidência, intemperança
•Portugueses usavam técnicas indígenas de produção
Capítulo II – “Trabalho e Aventura”

• Holandeses não se adaptaram às condições locais de clima, costumes.


Possuíam caráter urbano, enquanto aqui existia um modo de vida rural, na
fazenda, onde havia autossuficiência
• Maior facilidade de comunicação com o indígena e com o negro na língua
portuguesa
• Simpatia transigente e comunicativa da Igreja Catolica, em oposição ao
Protestantismo
• A mestiçagem resultante do processo de colonização deu origem a uma nova
pátria
Referências

• HOLANDA, Sérgio Buarque. Capítulos I – “Fronteiras


da Europa”; II – “Trabalho e Aventura”. In: Raízes do
Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
p. 25-70.
Muito obrigada!

Agosto/2021

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