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Auxiliar em

Saúde Bucal

Dra. Natália Imna de Araújo


Noções Básicas de Primeiros
Socorros
Definição
Toda intervenção imediata e provisória, ainda no local do fato, ás vitimas de
acidentes, mal súbito, enfermidades agudas e imprevistas, até a chegada de
recurso especializado ou remoção da vitima para um serviço de atendimento
especializado

 Tem por finalidade :


o Realizar manobras simples que podem salvar uma vida
o Prevenir lesões adicionais
o Promover conforto e aliviar o sofrimento da vitima
o Promover a recuperação
o Transportar a vitima com segurança ao hospital, desde que isso não a
prejudique
Cadeia de Sobrevivência

 Prevenção
 Reconhecimento Precoce
 Acionamento do serviço de emergência
 Primeiros Socorros
 Atendimento Médico Precoce
Urgência e Emergência
Qual a diferença?
 Urgência: Necessidades inadiáveis que requerem assistência no menor tempo possível a fim de
evitar complicações e sofrimento.
o Lipotimia
o Síncope
o Hipoglicemia

 Emergência: Implicam risco imediato de morte, sofrimento intenso ou lesão permanente, havendo
necessidade de tratamento médico imediato.
o Infarto
o AVC
o Hemorragia Intensa
o Parada Cardiorrespiratória
Reconhecer e Classificar

Avaliar o quadro do paciente e reconhecer qual o seu potencial risco pode ser a
diferença entre a vida e a morte.

 Tipos de Situações na Prática Odontológica

o Estresse Cirúrgico
 Lipotimia
 Síncope
 Hiperventilação
 Alterações Cardiovasculares, Pulmonares e Metabólicas
• Aspiração de Objeto (Podendo ocorrer
obstrução das vias aéreas)

• Anestesia da Garganta
Atendimento Pré-hospitalar

Momento do inicio dos sintomas até a chegada ao hospital

 A rapidez nesse atendimento reduz os índices de morte

 Para um atendimento eficaz você precisa compreender os métodos para


avaliação do paciente

 Devem ser adotados procedimentos para avaliação do estado geral, da


responsividade e dos sinais vitais
Avaliação do Paciente
 Anamnese
 Interrogatório para estabelecer o perfil de saúde do paciente (Realizado pelo CD)

 Avaliação do estado geral


 Avaliar orientação temporal e espacial, nível de consciência, sinais vitais e outros sintomas
– o tipo de situação irá determinar a sequência de procedimentos

 Avaliação da Responsividade
 Utilizar de estímulos verbais e táteis, chamando o paciente e tocando-o polos ombro

 Avaliação dos sinais vitais


 Verificação do pulso, pressão arterial, frequência respiratória e temperatura
Avaliação do Estado Geral

 Manter a calma e transmitir segurança ao paciente

 Iniciar avaliação da responsividade – Paciente consciente ou inconsciente?

 Determinar se o paciente encontra-se:


 Estável
 Instável – apresenta alterações lentas ou súbitas?

 Sinais e Sintomas
 Sinais – alterações do organismo percebidas através de avaliação ou exame
 Sintomas – alterações relatadas pelo paciente e apenas o paciente consegue identifica-las
Avaliação de Responsividade

 Estímulo verbal e tátil


 Chamar por ajuda

 Avaliar a resposta do paciente


 Avaliar orientação e sinais vitais
Avaliação dos sinais vitais
Orientar o diagnostico inicial e o acompanhamento da evolução do quadro clínico do
paciente

 Respiração e frequência respiratória


 Eupneia – Ritmo e frequência normal
 Apneia – Ausência periódica da respiração
 Bradipneia – Respiração lenta e regular de igual profundidade
 Taquipneia – Respirações rápidas, trabalhosas e sem pausa

 Frequência respiratória
 Mulheres – 18 a 20 ipm
 Homens – 16 a 18 ipm
 Crianças (1 a 10 anos) – 20 a 25 ipm
 Lactentes (0 a 1 ano) – 30 a 40 ipm
Avaliação dos sinais vitais

 Avaliação da respiração em situação de emergência

 Observe se há elevação do tórax dentro de 10 segundos


 Caso o paciente tenha respiração, fique ao seu lado e monitore sua evolução,
chame ajuda se necessário
 Se o paciente não estiver respirando ou estiver em gasping chame ajuda
imediata
 Gasping – Respiração agônica, padrão de movimentos não efetivos – deve ser
considerada como ausência de respiração
Ritmos Respiratórios
Avaliação dos sinais vitais

 Pulso e Frequência Cardíaca


 O pulso reflete o ritmo dos batimentos cardíacos
 A frequência cardíaca refere-se ao número de batimentos por minuto (bpm)
Avaliação dos sinais vitais

 Pulso e Frequência Cardíaca


Avaliação dos sinais vitais

 Pulso e Frequência Cardíaca


Avaliação dos sinais vitais

 Pulso e Frequência Cardíaca


Avaliação dos sinais vitais

 Pressão Arterial
 A avaliação da pressão arterial pode ser realizada utilizando esfigmomanômetros
manuais, semiautomáticos ou automáticos
Avaliação dos sinais vitais

 Pressão Arterial
Avaliação dos sinais vitais
 Pressão Arterial
 Explicar o procedimento ao paciente, o mesmo deve permanecer em repouso de 3 a 5
minutos. O paciente não pode conversar durante a medição;
 O paciente deve estar sentado com pernas descruzadas, dorso recostado na cadeira e
relaxado;
 O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para
cima e as roupas não devem garrotear o membro.
 O manguito deve ser colocado, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;
 Você deve centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria
braquial;
 O nível da PAS deve ser estimado pela palpação do pulso radial;
Avaliação dos sinais vitais
 Pressão Arterial
 A campânula ou o diafragma do estetoscópio não devem promover compressão
excessiva;
 Você deve inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da
PAS obtido pela palpação;
 A deflação deve ser lenta (velocidade de 2 mmHg por segundo);
Se houver hipotensão, recomenda-se que seja feita a
 A PAS será determinada pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e,
medição em pé, após 3 minutos.
após, deve aumentar ligeiramente a velocidade de deflação;
 Determinar a PA diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff);
 Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu
desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa;
Aferindo Pressão Arterial
Situações que poderá presenciar durante a
prática clínica
Hipertensão Arterial

 O paciente pode apresentar alterações na pressão arterial sem necessariamente apresentar uma
doença crônica. O estresse emocional e ansiedade podem causar essa alteração.
 Considera-se hipertensão sistólica isolada quando se obtém até PAS ≥ 140 mm Hg e PAD < 90
mmHg.

Segundo a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2010, p. 1):


A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis
elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se frequentemente à alterações funcionais
e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e à alterações
metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais.
Sintomas da Hipertensão Arterial

 Estudos revelaram que a hipertensão arterial não causa sintomas na maioria dos indivíduos.

 Há coincidência do surgimento de determinados sintomas - que muitas vezes, de maneira


errônea são associados à HAS - como rubor facial, dores de cabeça, tontura, sangramento
pelo nariz e cansaço.

 Quando um indivíduo apresenta uma hipertensão arterial grave ou prolongada e não


tratada, pode apresentar dores de cabeça, vômito, dispneia ou falta de ar, agitação e
visão borrada, decorrência de lesões que afetam o cérebro, os olhos, o coração e os
rins
Como Proceder?
 Caso o paciente com HA apresente dores de cabeça, vômito, dispneia ou falta de ar,
agitação e visão borrada, interrompa o tratamento. Posicione o paciente de maneira
confortável, semissentado. Monitore os sinais vitais e, se necessário, chame o serviço
de emergência.
Hipotensão Arterial
 É caracterizada por níveis pressóricos abaixo do normal. Pode ocorrer devido a:
 desidratação;
 jejum prolongado;
 hipovolemia;
 problemas cardíacos;
 uso excessivo de medicações contra a hipertensão,
 diuréticos;
 vasodilatação secundária a quadros inflamatórios;
 distúrbios neurológicos.

 O paciente pode apresentar também hipotensão ortostática devido ao déficit momentâneo na irrigação do
cérebro por causa do retorno venoso mais lento e do subsequente débito cardíaco no momento em que se
levanta rapidamente após algum tempo deitado, agachado ou sentado
 Comum em pacientes que passam por procedimentos mais longos, como extração do 3º molar, endodontias mais
demoradas e cirurgias de implantes
Como proceder?

 Prevenir a hipotensão ortostática pedindo ao paciente que se movimente devagar após


procedimentos longos.
 Aferir a PA do paciente antes e depois do procedimento
 Havendo Hipotensão manter o paciente em posição semissentado até que haja melhora
 Buscar a causa da Hipotensão
 Pedir para que o paciente se levante e após 3 min aferir a pressão de pé
 Se necessário acione o serviço de emergência
Lipotimia e Síncope
Dentre os eventos que podem ocorrer na prática odontológica
tanto a lipotimia quanto a síncope são os mais frequentes.
Geralmente causados por fatores emocionais (estresse e
ansiedade).

 A Lipotimia (“pré-desmaio”) é uma situação na qual o paciente relata mal-estar e sensação de


desmaio, sem que esse, efetivamente ocorra.
 Apresenta alteração da consciência (mas não perda total), palidez, sudorese e visão turva

 A síncope (“desmaio”) é caracterizada pela perda transitória da consciência, geralmente por queda
temporária súbita da PA, associada à incapacidade de manter-se na posição de pé com recuperação
espontânea e completa.
 Apresenta bradicardia, palidez, sudorese, fraqueza, respiração superficial, hipotensão e visão turva
 As síncopes podem ser classificadas em cardíacas ou não-cardíacas sendo que grande parte dos casos não
apresenta uma causa definida.
Como Proceder?
-Lipotimia-
 Interrompa o tratamento e remova todo o material
da boca do paciente
 Monitore a respiração e o pulso

Se o paciente começar a desfalecer


 Ajude-o a sentar-se e a colocar a cabeça entre os
joelhos; pressione levemente a cabeça para baixo e
peça que o paciente faça força para cima
 Peça que inspire e expire profundamente até que o
mal estar passar;
 Não permita que se levante sozinho;
Como Proceder? -Síncope-
 Posicione o paciente o mais confortavelmente possível, com a cabeça e ombros em posição
mais baixa que o restante do corpo;
 Vire a cabeça do paciente de lado para evitar que aspire secreções;
 Quando recobrar a consciência, solicite para ficar alguns minutos sentado para readaptar-se
à posição vertical
Obstrução Das Vias Aéreas (OVA)
 Evento súbito, repentino, no qual um corpo estranho provoca a OVA, resultando em uma
asfixia.
 OVA é toda situação que impede total ou parcialmente o trânsito de ar ambiente
 Na prática odontológica há risco de objetos caírem na cavidade oral ou na orofaringe e,
consequentemente, provocar a ingestão ou aspiração do corpo estranho.
Como Proceder?

Se há passagem de ar, o paciente é capaz de tossir e emite sons vocais, a asfixia é leve/parcial,
é recomendado:

 Permanecer ao lado do paciente, solicite para ele tossir para tentar eliminar o corpo
estranho;
 Se o objeto for visível tente retirar;
 Deve-se ter calma para não estressar o paciente, o que poderá resultar piora da obstrução
das vias aéreas.
Como Proceder?
Se o paciente não conseguir tossir, nem emitir sons e respirar, apresenta asfixia grave/ total, é
recomendado realizar compressões abdominais em pé, manobra de Heimlich. Esta manobra eleva
o diafragma e aumenta a pressão na via aérea e serve para criar uma tosse artificial e expelir um
corpo estranho da via aérea.

 Posicionar-se atrás do paciente, na altura do mesmo (em crianças pode ficar ajoelhado);
 Abraçar o paciente de modo que suas mãos fiquem na frente de seu corpo;
 Fechar uma das mãos e colocar o lado do polegar da mão fechada contra o abdômen do
paciente, na linha média, ligeiramente acima do umbigo e bem abaixo do esterno;
 Agarrar a mão fechada com a outra mão e pressionar a mão fechada contra o abdômen do
paciente, realizando compressão rápida e forte para cima;
 As compressões devem ser repetidas até que o objeto seja expelido da via aérea ou o paciente
pare de responder.
Manobra de Heimlich
Como Proceder?

Se o paciente parar de responder, não estiver consciente e responsivo:


 Coloque-o no chão imediatamente;
 Aplique compressões abdominais;
 Verifique respiração e pulso, na ausência destes ligue para o SAMU(192);
 Inicie o protocolo para ressuscitação cardiopulmonar.
Como Proceder?

 Em gestantes, aplique compressões torácicas ao invés de compressões abdominais;

 Nas crianças, você deve posicionar-se atrás do paciente, na altura do mesmo e ficar
ajoelhado.

 Nos bebês, coloque a vítima em decúbito ventral, com a cabeça mais baixa do que o do
corpo, suportando a cabeça com uma mão e apoiando o tórax sobre o seu antebraço.
Aplique 5 golpes na região entre as escápulas (com a mão em forma de concha). Se o bebê
não expelir o objeto, inicie as compressões torácicas e monitore os sinais vitais.
Manobra de Heimlich em Gestantes
Manobra de Heimlich em Crianças
Manobra de Heimlich em Bebês
Ventilação e abertura de vias aéreas

 As ventilações podem ser aplicadas por meio de ventilação boca a boca, com
lenço facial com válvula antirrefluxo, máscara de bolso ou bolsa-válvula-máscara.

 É indicado que o socorrista utilize mecanismos de barreira para aplicar as ventilações


devido ao risco de contaminação na ventilação boca a boca
Ventilação e abertura de vias aéreas

 Realizar a abertura de via aérea, para isso pode ser utilizada a manobra da inclinação da
cabeça
Ventilação e abertura de vias aéreas

Ventilação com máscara facial com válvula unidirecional


 O lenço facial é descartável e comtempla uma válvula unidirecional a qual impede o
retorno do ar pela boca do paciente, protegendo o socorrista.

 Verifique o lado correto que deve ser voltado para o paciente e qual deve ser voltado para
você.

 Procedimento: você deve realizar a abertura da via aérea, estabilizar a mandíbula vedando
o lenço facial o máximo possível na boca do paciente, pince o nariz do mesmo e realize as
ventilações.
Ventilação e abertura de vias aéreas

Ventilação com a máscara de bolso


 Esta máscara contém uma válvula unidirecional, pode ser redonda ou ter uma parte mais
estreita a qual fica voltada para o nariz do paciente.

 A máscara deve envolver a boca e o nariz do paciente.

 Procedimento: após posicionar a faça uma letra “C” com os dedos indicador e polegar de
uma das mãos e posicione na parte superior da máscara; com a outra mão, posicione o
polegar na parte inferior da máscara e os outros dedos na mandíbula do paciente,
certificando de não pressionar as partes moles abaixo do queixo
Ventilação e abertura de vias aéreas

Ventilação com bolsa-válvula-máscara - Ambu


 A bolsa-válvula-máscara é um dispositivo / ventilador manual caracterizado por uma bolsa
e uma válvula sem refluxo, pode ser utilizada com uma máscara facial ou com uma via
aérea avançada

 Procedimentos: com uma das mãos, faça uma letra “C” com os dedos polegar e indicador e
posicione-os acima da máscara e realize pressão contra a face do paciente a fim de vedá-la.
Posicione os outros três dedos na mandíbula para estabilizá-la e abra a via aérea do
paciente, pressione a bolsa durante 1 segundo para cada ventilação (suficiente elevar o
tórax e manter oxigenação). Se você tiver disponível oxigênio complementar, conecte-o na
bolsa para oferecer maior porcentagem de oxigênio
Síndrome De Hiperventilação
 A Síndrome da Hiperventilação é comum no consultório odontológico e é
causada frequentemente por ansiedade.

 A hiperventilação pode ocasionar um excesso na captação de oxigênio e


eliminação excessiva de dióxido de carbono (CO2) pelos pulmões promovendo
diminuição da pressão parcial de CO2 no sangue arterial

 Os sinais e sintomas são: sensação de sufocamento; aumento da profundidade dos


movimentos respiratórios; xerostomia; distúrbios visuais; dor torácica;
tonteira; vertigem; taquicardia; dor abdominal; espasmos musculares;
tremor; perda da consciência; formigamento nos dedos das mãos e pés e na
região perioral
Como Proceder?

 Interromper o tratamento;
 Retirar qualquer material da boca do paciente;
 Posicionar o paciente de maneira confortável (sentado);
 Peça para o paciente respirar com auxílio de um saco de papel ou máscara com
bolsa para corrigir a alcalose respiratória (vide figura abaixo);
 Essa manobra deve ser repetida até melhora do quadro;
 Caso não observe melhora pode ser utilizado Diazepam 10 mg, via oral ou
intravenosa
Crise Asmática

 A Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas.


 Está associada à hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao
fluxo aéreo.
 Ocasiona episódios recorrentes de dispneia, opressão torácica e tosse decorrentes da
obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar

Os sintomas mais frequentes são:


• sibilos, • desconforto torácico,
• dispneia, • dificuldade/ impossibilidade de falar,
• cianose, • uso da musculatura acessória da respiração e
• aumento da frequência respiratória • tosse
• episódios recorrentes de ofegar
Como Proceder?

 Interrompa o tratamento;
 Tranquilize o paciente;
 Deixe o paciente em posição de ancoragem (sentado com os braços para frente apoiados na
cadeira/mesa);
 Solicitar ao paciente que auto administre o broncodilatador aerossol
 Você pode ofertar oxigênio (5 a 7 L/min).
 Se os sintomas não regredirem administrar 0,3ml, via subcutânea, de adrenalina 1:1000
(ampolas de 1ml) e solicitar assistência médica
Edema Agudo De Pulmão

É caracterizado por congestão pulmonar, ou seja, um acúmulo anormal de líquidos no pulmão.


 Os sinais e sintomas são
 tosse seca ou com expectoração,
 dispneia súbita e intensa,
 aumento da frequência respiratória,
 cianose,
 sudorese,
 eventualmente dor torácica.

 A PA e a frequência cardíaca podem estar elevadas ou baixas, dependendo da causa do edema


agudo de pulmão
Como Proceder?

 Interrompa o tratamento;

 Deixe o paciente em posição de ancoragem,

 Solicite o serviço de emergência;

 Avalie os sinais vitais e se necessário inicie o protocolo de RCP


Diabetes Mellitus

 Caracterizada por hiperglicemia devido a defeitos na secreção e/ou na ação da insulina

 Pacientes diabéticos podem apresentar episódios de hiperglicemia ou hipoglicemia durante


o atendimento odontológico

 Nas situações extremas a hipoglicemia pode levar à perda de consciência ou crises


convulsivas.
Diabetes Mellitus
Os sinais e sintomas podem ser:
• sudorese fria;
• calafrios; • irritabilidade;

• confusão mental, • impaciência;


• delírio;
• taquicardia,
• tremor;
• nervosismo; • tontura ou vertigem;

• ansiedade; • fome; náusea; sonolência;

• cefaleia; • visão turva;

• fraqueza • sensação de formigamento nos lábios e na língua;

• déficit de coordenação motora


Procedimentos para medição do nível de glicose capilar

Existem diversos modelos de equipamentos para medição do nível de glicose, portanto,


podem diferir quanto a alguns procedimentos
 O paciente deve lavar e secar corretamente as mãos
 Você deve ligar o glicosímetro;
 Introduzir a ponta da lanceta descartável no dedo do paciente;
 Com a fita teste você irá absorver a gota de sangue;
 A fita teste deve ser colocada no glicosímetro;
 Você deve aguardar alguns segundos até que o valor de glicemia apareça no monitor do
glicosímetro;
 Ofereça um curativo ou algodão para o paciente cobrir o local perfurado;
 O material deve ser descartado de forma correta conforme as normas de biossegurança.
Uso do Glicosímetro
Como Proceder?
 No caso de hiperglicemia no paciente com DM usuário de insulina é recomendado aplicar uma
injeção de insulina para regularizar o nível de glicose e encaminhá-lo para atendimento
médico.

Procedimentos para paciente com hipoglicemia que está consciente: g Interrompa o atendimento;
 Ofereça comprimido de glicose via oral, caso não tenha comprimidos de glicose utilize
alimentos ou líquidos compostos por frutose ou sacarose
 Monitore os sinais vitais;

Procedimentos para paciente com hipoglicemia que está inconsciente: g Interrompa o


atendimento;
 Não administre glicose via oral;
 Solicite o serviço de emergência;
 Monitore os sinais vitais, se necessário inicie protocolo de RCP;
Aplicação da Insulina
Convulsão

 A Convulsão é um distúrbio caracterizado pelo aumento excessivo e desordenado da


atividade elétrica cerebral que causa contratura muscular involuntária.

 Pode ser classificada em dois tipos:


 Parcial (focal), na qual apenas uma parte do hemisfério cerebral é afetada
 Generalizada, na qual os dois hemisférios cerebrais são atingidos.

 As convulsões podem ser desencadeadas, por exemplo, por estresse emocional, ruídos,
odores ou luzes fortes
Convulsão

 Os sinais e sintomas das convulsões parciais são:


 Alterações do nível de consciência (podem não estar presente);
 Movimentos involuntários;
 Alteração das sensações de paladar, olfato, visão, audição e da fala;
 Alucinações e vertigens.
Convulsão
Os tipos mais comuns de convulsão generalizada são a crise de ausência (pequeno
mal) e a convulsão tônico-clônica (grande mal).

 Na primeira o paciente não responde quando chamado, pode manifestar


movimentos automáticos (como piscar de olhos e tremor dos lábios), essa crise é
breve.

 Nas convulsões tônico-clônicas há perda súbita da consciência e na fase tônica,


a musculatura dos membros superiores e inferiores e tronco ficam contraídos e
estendidos e a face cianótica. Na fase clônica há contrações simultâneas e
rítmicas, repetitivas e incontroláveis, a saliva pode ser abundante e ficar
espumosa
Como Proceder?
 Posicione o paciente em decúbito lateral para que não aspire a própria saliva ou vômito;
 Você deve remover os objetos ao redor que ofereçam risco de machucá-lo;
 Deve afrouxar as roupas;
 Tente fazer a abertura das vias aéreas;
 Não introduza nenhum objeto na cavidade oral nem tente puxar a língua para fora;
 Cronometre o tempo da convulsão;
 Coloque o paciente em posição de recuperação;
 Encaminhe o paciente um serviço de saúde tão logo a convulsão tenha passado.
Como Proceder?
Vídeo Posição de Recuperação
Ataque Isquêmico Transitório (AIT) E
Acidente Vascular Encefálico (AVE)

O Ataque Isquêmico Transitório


 É caracterizado por breves episódios de disfunção neurológica com déficit
neurológico, resultante de isquemia cerebral focal, de presumida origem vascular,
e localizado na área cerebral ou ocular.
 Os sintomas clínicos duram menos de 24 horas e a maioria resolve-se dentro de
10 a 60 minutos
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO -
AVE ou AVC
O Acidente Vascular Cerebral
 É definido como uma alteração súbita da função neurológica.
 No AVC isquêmico é ocasionada por obstrução de uma das artérias que irrigam o encéfalo.
 No AVC hemorrágico é ocasionada pela ruptura de um vaso ou aneurisma que provoca
extravasamento de sangue para o encéfalo.
 Os sinais e os sintomas são:
• Cefaleia,
• Alteração da consciência;
• Fraqueza em um dos lados do corpo;
• Assimetria facial; vertigens;
• Alteração da fala;
• Perda da visão;
• Náuseas e vômitos
Identificação do AVC

Para identificação do AVE você deve verificar a presença de três características:


 Desvio de rima labial,
 Fraqueza em um dos membros superiores e
 Distúrbios/alteração na fala.

Se qualquer um destes três sinais estiverem presentes, a probabilidade do paciente


apresentar um AVE é de 72%.
Identificação do AVC

Como Proceder? Após o reconhecimento do AVC


você deve chamar o serviço de emergência e
monitorar o sinais vitais
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)

É causado por isquemia miocárdica, com evidência de injúria ou necrose do miocárdio


Os sinais e sintomas de IAM são:
 Dor torácica opressiva (precordial ou angina),
 Geralmente em queimação e de início súbito que pode irradiar para o pescoço, membro
superior esquerdo, dorso ou região do abdômen superior;
 Formigamento no braço (geralmente esquerdo);
 Suor frio (sudorese);
 Náuseas;
 Falta de ar;
 Fraqueza
 Dor na região torácica posterior e na mandíbula
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)

 Na abordagem ao paciente com suspeita de IAM em ambiente extra-hospitalar é


importante:

 Verificar a história clínica,


 Características dos sintomas atuais (momento do início, tempo de duração, qualidade,
intensidade, relação com o esforço e repouso)
 Presença de doença coronária estabelecida

O IAM é a causa mais comum de parada cardíaca, no entanto, IAM e PCR não são
sinônimos, pois o IAM pode ocorrer na ausência de PCR.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR)

 A PCR causa a parada do funcionamento do coração e dos pulmões e resultará em morte


caso não seja realizado nenhum procedimento. Esta situação é caracterizada pela
ausência da responsividade, perda da consciência, perda da respiração e pulso

 As PCRs são mais frequentes em adultos, mas ocorrem também em crianças.

 Na PCR deve ser utilizado o protocolo para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). As


diretrizes de Ressuscitação Cardiopulmonar são destinadas tanto aos profissionais da saúde
quanto a leigos.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR)

 A PCR causa a parada do funcionamento do coração e dos pulmões e resultará em morte


caso não seja realizado nenhum procedimento. Esta situação é caracterizada pela
ausência da responsividade, perda da consciência, perda da respiração e pulso

 As PCRs são mais frequentes em adultos, mas ocorrem também em crianças.

 Na PCR deve ser utilizado o protocolo para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). As


diretrizes de Ressuscitação Cardiopulmonar são destinadas tanto aos profissionais da saúde
quanto a leigos.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

 O Suporte básico de vida (SBV) é caracterizado pelo conjunto de manobras que


podem promover oxigenação e perfusão dos órgãos vitais.

 O SBV inclui o reconhecimento imediato de parada cardíaca, o acionamento


precoce do serviço médico de urgência, a execução das manobras de
ressuscitação cardiopulmonar e a utilização de um Desfibrilador Externo
Automático (DEA)
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Sequência do SBV do adulto


 “CABD”
“C” = Checar responsividade e respiração da vítima, Chamar por ajuda, Checar
o pulso da vítima, Compressões (30 compressões)
“A” = Abertura das vias aéreas
“B” = Boa ventilação (2 ventilações)
“D” = Desfibrilação.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

A Sociedade Brasileira de Cardiologia instituiu a corrente de sobrevivência no Brasil


com o objetivo de organizar o atendimento da PCR de forma lógica e mais efetiva
possível.
 As principais ações foram dispostas na sequência conhecida como corrente da
sobrevivência.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Reconhecimento rápido e acionamento imediato do serviço de emergência
 Reconhecimento do colapso:
 Realizar a avaliação da responsividade;
 Realizar a avaliação da respiração;
 Se o paciente não estiver respirando ou estiver somente com gasping; - chame ajuda
imediatamente;
 Realizar a avaliação do pulso;
 Se o paciente apresentar pulso aplique uma ventilação a cada 5 a 6 segundos, mantendo
uma frequência de 10 a 12 ventilações por minuto, e cheque o pulso a cada dois minutos;
 Se não detectar pulso ou estiver em dúvida – acione o serviço de emergência, solicite o
DEA e inicie os ciclos de compressões e ventilações.
*A verificação da respiração e do pulso pode ser feita simultaneamente, em menos de 10
segundos.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Reconhecimento rápido e acionamento imediato do serviço de emergência
 Acionamento do serviço de emergência Em ambiente extra-hospitalar
 Você deve ligar para o número local de emergência Sistema de Atendimento
Móvel de Urgência - SAMU 192

 Você deve estar preparada para responder informações sobre local da ocorrência,
os sinais e sintomas do paciente etc.

 Caso tenha um DEA disponível no local, vá buscá-lo ou peça para uma pessoa
ligar e conseguir um DEA, enquanto atende ao paciente.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Ressuscitação imediata (ciclos de compressões e ventilações)
Após o reconhecimento, acionamento do serviço de emergência e utilização do DEA
assim que disponível, você deve imediatamente iniciar ciclos de 30 compressões e 2
ventilações.

 Coloque o paciente deitado em decúbito dorsal sobre uma superfície rígida;


 Você deve posicionar-se entre a cabeça e o corpo do paciente (ajoelhar ao lado
do paciente);
 Expor o tórax do paciente e colocar a base de uma das mãos
 Colocar a base da outra mão sobre a primeira;
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Ressuscitação imediata (ciclos de compressões e ventilações)

 Com os braços estendidos, posicione suas mãos sobrepostas com os dedos


entrelaçados na metade inferior do esterno;
Atenção! A compressão deve ser realizada SOBRE o esterno, fora do alcance das
costelas do paciente (os dedos devem permanecer abertos).
 Em seguida, exerça uma pressão, para deprimir o esterno 5 cm, comprimindo o
coração em direção à coluna vertebral;
 Descomprima em seguida, sem perder o contato da mão com o esterno do paciente;
 Os tempos de compressão e relaxamento devem ser iguais.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
O que não deve ser realizado:
 Comprimir a uma frequência inferior a 100/min ou superior a 120/min;
 Comprimir a uma profundidade inferior a 5 cm ou superior a 6 cm;
 Apoiar-se sobre o tórax entre as compressões;
 Interromper as compressões por mais de 10 segundos;
 Nunca comprimir e ventilar ao mesmo tempo;
 Aplicar ventilação excessiva (ou seja, uma quantidade excessiva de respirações ou
respirações com força excessiva) pois a hiperventilação pode aumentar a pressão
intratorácica causando diminuição do débito cardíaco e da sobrevida
adicionalmente pode aumentar o risco de insuflação gástrica causando regurgitação
e aspiração
RCP – Ressuscitação Cárdico Pulmonar
Atividade
MAL SÚBITO SINAIS E SINTOMAS COMO PROCEDER
Hipertensão Arterial Na maioria das vezes não Interromper o tratamento.
apresenta sintomas. Sintomas Posicionar o paciente de
leves: Rubor facial, dor de maneira confortável,
cabeça, tontura, sangramento semissentado. Monitorar os
pelo nariz e cansaço. sinais vitais e, se necessário,
Sintomas graves: Vômito, chamar o serviço de
dispneia ou falta de ar, visão emergência.
turva, agitação
Hipotensão Arterial

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