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BACILOSCOPIA

• DENISE TELES
• CÍNTIA NOVAIS Estágio II
• MAELE COELHO Discente: Islana Reis
BACTÉRIAS
CARACTERISTICAS
o São seres procariontes Unicelulares e
Microscópico
 Tamanho varia de 0,5 a 5um

 Maior bactéria conhecida 0,7 mm( Pérola de


enxofre Nambia)

o Material Genético: DNA Circular


ESTRUTURA

Membrana Plasmática
Citoplasma
DNA – apresenta de forma circular
Parede Celular – Pepitideoglicano
Cápsula - Aumento de Virulência
Ribossomos- Diferentes das eucariontes
Plasmídeo – DNA extra cromossomo –
responsável pela resistência bacteriana
Flagelo – Movimento
Fimbrias (PILI) – Troca de material genético
MORFOLOGIA
NUTRIÇÃO BACTERIANA
• HETERÓTROFAS
Parasitas X Decompositoras ( Salmonella)
• AUTOTROFAS
Bactérias fotossintetizantes – Obtêm energia na forma de luz para a
fotossíntese ( Cianobactérias)
Bactérias quimiossintetizantes – obtém energia pela oxidação de compostos
químicos ( Nitrosomonas)
RESPIRAÇÃO BACTERIANA
• RESPIRAÇÃO AERÓBIA - Necessita de Oxigênio para sobreviver
( Pseudomonas sp.)

• RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA – Realizam fermentação - Ausência de Oxigênio


( clostridium tetani)

• Existem bactérias que são chamadas de anaeróbias facultativas


( Escherichia coli)
REPRODUÇÃO DAS BACTÉRIAS
1 - ASSEXUADA
a) Binária – Duplica seu material
genético e se divide em duas,
ambas com a mesma quantidade de
DNA e com as mesmas
funções(clones)
b) Esporulação- Anaeróbia
obrigatória -Necessita de um
organismo para se multiplicar
REPRODUÇÃO DAS BACTÉRIAS
2 - SEXUADA
a) Transformação – Moléculas de DNA
dispersas no meio ( bactérias mortas)

b) Transdução – Vírus como vetor

c) Conjugação - Usa uma ponte


citoplasmática formada pelas fímbrias
PAREDE CELULAR

 PAREDE CECULAR
FORMADA DE
ESPESSA DE
PEPTIDEOGLICANO

 MEMBRANA
PLASMÁTICA
PAREDE CELULAR
 CAMADA LIPOPROTÉICA
ESTERNA e ESPESSA

 CAMADA DE
PEPTIDEOGLICANO

 MEMBRANA PLASMÁTICA

 PROTEINAS,
FOSFOLIPIDEO,LIPOPROTEI
NAS,
LIPOPOLISSACARIDEOS
IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS
• 1 - ECOLOGIA • Uso de bactérias anaeróbicas nos processos de
tratamento de esgoto, na degradação de produtos
orgânicos e usinas de reciclagem de lixo.
IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS
• 2 - ECONÔMICA

BACTÉRIAS
FERMENTADORAS
IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS
• 3 – MÉDICA E TECNOCIENTÍFICA

AGRICULTURA – bacillus
thuringiensis
Toxina: beta exotoxina
IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS
• Cirurgia plástica Produção de vacinas e antibióticos

 Clostridium botulinum
– produtor da toxina
• botulínica ( Botóx)

EX: DPT - BCG -etc


IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS
• Industria química
PATOGENICIDADE

90% SÃO BENÉFICAS E 10%


PATOGENICAS

O HOMEM NÃO PODE


VIVER SEM AS
BACTÉRIAS

AS BACTÉRIAS
VIVEM SEM O
HOMEM
PATOGENICIDADE
• Algumas doenças causas por bactérias

Tétano – Clostridium tetani


Cólera – Vibrio cholerae Sífilis – Triponema pallidum
Coqueluche – Bordetella pertussis Gonorréa – Nisseria gonorrheae
Pneumonia – Streptococos pneumoniae Leptospirose – Leptospira interrogans
Meningite bacteriana – Nisseria Tuberculose – Mycobacterium
meningitidis tuberculosis
Hanseníase – Mycobacterium leprae
INFECÇÕES POR BACILOS

Bacilos: Bactérias com formato cilíndrico ou em forma de


bastão, que pode ser curto ou longo. Exemplo: Escherichia,
Bacillus e Clostridium.

•Diplobacilos: Bacilos dispostos aos pares;

•Estreptobacilos: Bacilos unidos formando uma cadeia.


BACILOS

HANCENÍA
TUBERCULO SE
SE BACILO DE HANCEN

BACILO DE KOCH

Mycobacterium tuberculosis Mycobacterium leprae


Hanseníase

• Antigamente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa


causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou
bacilo de Hansen, tendo sido identificada no ano de 1873 pelo
cientista Armauer Hansen. É uma das doenças mais antigas, com
registro de casos há mais de 4000 anos, na China, Egito e Índia. A
doença tem cura, mas, se não tratada, pode deixar sequelas.
Hanseníase
• Atualmente, os países com maior detecção de casos são os
menos desenvolvidos ou com superpopulação. Em 2016, o
Ministério da Saúde registrou no Brasil mais de 28.000 casos
novos da doença.
• No ano de 2016, o coeficiente de prevalência do país foi de
1,10/10.000 habitantes, muito próximo de atingir a meta proposta.
Hanseníase
• A hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo
território nacional e de investigação obrigatória. Os casos
diagnosticados devem ser notificados, utilizando-se a ficha de
notificação e investigação do Sistema de Informação de
Notificação de Agravos – Sinan.
Prevenção
• A prevenção da hanseníase baseia-se em em medidas básicas de
higiene (lavagem de mãos) e aplicação da vacina BCGem todas as
pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da
doença.
Hanseníase e Tuberculose

• Embora sejam doenças distintas, a tuberculose e a hanseníase


são causadas por bactérias do gênero mycobacterium. No caso da
tuberculose, o Mycobcterium tuberculosis, e na hanseníase,
o Mycobacterium leprae.Portanto, a vacina BCG, usada para
prevenir a tuberculose, pode oferecer proteção contra a
hanseníase.
Sintomas

• Os principais troncos nervosos periféricos acometidos na hanseníase são:


 Face – Trigêmeo e Facial: podem causar alterações na face, nos olhos e
no nariz
 Braços – Radial, Ulnar e Mediano: podem causar alterações nos braços e
nas mãos
 Pernas – Fibular e Tibial: podem causar alterações nas pernas e nos pés.
Classificação

• Paucibacilar
Hanseníase indeterminada: estágio inicial da doença, com um número
de até cinco manchas de contornos mal definidos e sem
comprometimento neural. 
Hanseníase tuberculoide: manchas ou placas de até cinco lesões, bem
definidas, com um nervo comprometido. Podendo ocorrer neurite
(inflamação do nervo).
Classificação

• Multibacilar
 Hanseníase borderline ou dimorfa: manchas e placas, acima de cinco
lesões, com bordos às vezes bem ou pouco definidos, com
comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência de quadros
reacionais com maior frequência. 
 Hanseníase virchowiana: forma mais disseminada da doença. Há
dificuldade para separar a pele normal da danificada, podendo
comprometer nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos. Pode haver a
ocorrência de neurite e eritema nodoso (nódulos dolorosos) na pele.
Diagnóstico Clínico

• Anamnese - obtenção da história clínica e epidemiológica;


• Avaliação dermatológica - identificação de lesões de pele com alteração de
sensibilidade;
• Avaliação neurológica - identificação de neurites, incapacidades e
deformidades;
• Diagnóstico dos estados reacionais;
• Diagnóstico diferencial;
• Classificação do grau de incapacidade física.
Diagnóstico Laboratorial

• Baciloscopia
Exame microscópico onde se observa o Mycobacterium leprae, diretamente
nos esfregaços de raspados intradérmicos das lesões hansênicas ou de
outros locais de coleta selecionados: lóbulos auriculares e/ou cotovelos.
Diagnóstico Diferencial Dermato

• A principal diferença entre a hanseníase e outras doenças


dermatológicas é que as lesões de pele da hanseníase sempre
apresentam alteração de sensibilidade. As demais doenças não
apresentam essa alteração.
• Vitiligo e Pitiríase Versicolor.
Diagnóstico Diferencial Neuro

• Existem doenças que provocam lesões neurológicas semelhantes


e que podem ser confundidas com as da hanseníase.
• Síndrome do túnel do carpo
Tratamento

• O tratamento específico da pessoa com hanseníase, indicado pelo


Ministério da Saúde, é a poliquimioterapia padronizada pela
Organização Mundial de Saúde, conhecida como PQT, devendo
ser realizado nas unidades de saúde.
• A poliquimioterapia é constituída pelo conjunto dos seguintes
medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina, com
administração associada.
Duração e Critério de Alta

• O esquema de administração da dose supervisionada deve ser o mais


regular possível de 28 em 28 dias.
Considera-se uma pessoa de alta, por cura, aquela que completa o esquema
de tratamento PQT, nos seguintes prazos:
Esquema Paucibacilar (PB) - 6 doses mensais supervisionadas de
rifampicina, em até 9 meses; mais a sulfona auto-administrada.
Esquema Multibacilar (MB) - 12 doses mensais supervisionadas de
rifampicina, em até 18 meses, mais a sulfona auto-administrada e a
clofazimina auto-administrada e supervisionada.
Caso Clínico • G tem 29 anos, é diarista, residente em Planaltina
de Goiás/GO há sete anos. Há três meses, G
percebeu que tinha com uma mancha na região
posterior da coxa direita. Na época, não procurou
atendimento de saúde porque acreditou tratar-se de
uma mancha comum devido à exposição ao sol. No
entanto, nas últimas semanas observou que está
com um pouco de dormência no local da mancha.
Viu um cartaz sobre hanseníase na escola de sua
filha e resolveu procurar a unidade básica de saúde
para uma avaliação.
• Ao exame, observada lesão de aproximadamente
7X4 cm com centro discretamente hipocrômico,
localizada no terço intermédio da região posterior
da coxa direita. Sem queixa de prurido.
• Com base na queixa da paciente e no aspecto da lesão, qual seria a
conduta inicial mais adequada?

a. Consideraria o diagnóstico de hanseníase e avaliaria melhor a lesão,


verificando se há alterações de sensibilidade.
b. Considerar o diagnóstico de dermatofitose e prescrever antifúngico oral.
c. Considerar o diagnóstico de farmacodermia e prescreveria
corticosteroide oral.
• Com base na queixa da paciente e no aspecto da lesão, qual seria a
conduta inicial mais adequada?

a. Consideraria o diagnóstico de hanseníase e avaliaria melhor a lesão,


verificando se há alterações de sensibilidade.
b. Considerar o diagnóstico de dermatofitose e prescrever antifúngico oral.
c. Considerar o diagnóstico de farmacodermia e prescreveria
corticosteroide oral.
• No exame dermatoneurológico foram observadas outras cinco lesões de pele
com alteração de sensibilidade tátil , além de espessamento de nervos fibulares
e tibiais posteriores. O médico observou também que no membro inferior
direito, tais nervos estavam muito dolorosos à palpação.

• Com base nas alterações observadas no exame, qual das seguintes opções
seria a mais adequada?
a. Não definir como um caso de hanseníase, pois não foi detectada nenhuma
área ou lesão com anestesia.
b. Definir como um caso de hanseníase apenas pela constatação de
áreas/lesões neste caso.
c. Não definir como um caso de hanseníase, pois não foram constatados os três
tipos de alteração de sensibilidade (térmica, tátil e dolorosa).
• No exame dermatoneurológico foram observadas outras cinco lesões de pele
com alteração de sensibilidade tátil , além de espessamento de nervos fibulares
e tibiais posteriores. O médico observou também que no membro inferior
direito, tais nervos estavam muito dolorosos à palpação.

• Com base nas alterações observadas no exame, qual das seguintes opções
seria a mais adequada?
a. Não definir como um caso de hanseníase, pois não foi detectada nenhuma
área ou lesão com anestesia.
b. Definir como um caso de hanseníase apenas pela constatação de
áreas/lesões neste caso.
c. Não definir como um caso de hanseníase, pois não foram constatados os três
tipos de alteração de sensibilidade (térmica, tátil e dolorosa).
• Quanto aos exames complementares, quando disponíveis, como proceder?

a. Iniciar o tratamento sem solicitar a baciloscopia.


b. Iniciar o tratamento após receber o resultado da baciloscopia.
c. Solicitar baciloscopia e iniciar o tratamento, independente dos resultados
do exame.
• Quanto aos exames complementares, quando disponíveis, como proceder?

a. Iniciar o tratamento sem solicitar a baciloscopia.


b. Iniciar o tratamento após receber o resultado da baciloscopia.
c. Solicitar baciloscopia e iniciar o tratamento, independente dos resultados
do exame.
• Com base no quadro clínico de G, qual esquema terapêutico deveria ser
proposto?

a. Multibacilar adulto (12 cartelas) por 12 a 18 meses.


b. Multibacilar adulto (9 cartelas) por 9 a 12 meses.
c. Paucibacilar adulto (6 cartelas) por 6 a 9 meses.
• Com base quadro clínico de G, qual esquema terapêutico deveria ser
proposto?

a. Multibacilar adulto (12 cartelas) por 12 a 18 meses.


b. Multibacilar adulto (9 cartelas) por 9 a 12 meses.
c. Paucibacilar adulto (6 cartelas) por 6 a 9 meses.
• O médico notificou o caso na ficha do Sinan (Sistema de Informação em
Agravos de Notificação). Na ficha de notificação há uma variável chamada
“forma clínica”. Como preenchê-la neste caso?

a. Hanseníase Tuberculóide (HT)


b. Hanseníase Virchowiana (HV)
c. Hanseníase Dimorfa (HD)
• O médico notificou o caso na ficha do Sinan (Sistema de Informação em
Agravos de Notificação). Na ficha de notificação há uma variável chamada
“forma clínica”. Como preenchê-la neste caso?

a. Hanseníase Tuberculóide (HT)


b. Hanseníase Virchowiana (HV)
c. Hanseníase Dimorfa (HD)
• Na unidade de referência, o médico especialista confirmou o
quadro de reação hansênica tipo 1. Houve melhora do quadro, com
boa adesão ao tratamento e à corticoterapia sem complicações
maiores. G retornou à UBS mensalmente para as consultas de
retorno até o 12º mês de tratamento. Recebeu alta, em bom estado
geral, após completar a 12ª cartela de poliquimioterapia para
multibacilar.
Tuberculose
• A tuberculose (TB), antiga enfermidade descrita como tísica, foi
conhecida, no século XIX, como peste branca, ao dizimar centenas
de milhares de pessoas em todo o mundo.
• A TB é uma doença que pode ser prevenida e curada, mas ainda
prevalece em condições de pobreza e contribui para perpetuação
da desigualdade social.
Tuberculose Extrapulmonar

• Tuberculose pleural: atinge a pleura membrana que recobre o pulmão,


provocando sintomas como falta de ar e dor geralmente unilateral.
• Tuberculose ganglionar: pode ser periférica ou profunda e afeta
principalmente os linfonodos da região do pescoço, que podem inchar e
formar pus. É mais comum entre as pessoas que vivem com HIV.
• Tuberculose geniturinária: essa forma da doença pode atingir rins, bexiga,
ureteres e órgãos genitais. Ocorre quase que exclusivamente entre adultos.
Tuberculose Extrapulmonar
• Tuberculose óssea: comum na região da coluna vertebral, essa forma da
doença pode causar dores que aumentam progressivamente. Se não for
tratada corretamente pode afetar o sistema neurológico.
• Tuberculose laríngea: ao lado da TB pulmonar, o tipo laríngeo é o único que
transmite o bacilo para outras pessoas. Há, ainda, casos de tuberculose no
sistema nervoso central, tuberculose meningoencefálica, tuberculose
gastrointestinal, tuberculose linfática, tuberculose pericárdica, tuberculose
osteoarticular, tuberculose intestinal, tuberculose ocular, entre outros tipos.
Tuberculose no Mundo
• Estima-se que em 2015 cerca de 10,4 milhões de pessoas desenvolveram tuberculose (TB),
580 mil na forma de TB multirresistente (TB MDR) ou TB resistente à rifampicina (TB RR), e
1,4 milhão morreram da doença.
• Índia, Indonésia e Nigéria são os principais responsáveis pela subnotificação e, ao lado da
China, Paquistão e África do Sul, foram responsáveis por 60,0% dos novos casos de
tuberculose no mundo.
• A região das Américas representa cerca de 3,0% da carga mundial de tuberculose, com 268
mil casos novos estimados, os quais estão localizados em nações como Brasil (33,0%),
Peru (14,0%), México (9,0%) e Haiti (8,0%), a faixa etária menor de 15 anos representa
6,3% dos casos e a maioria é do sexo masculino.
Tuberculose no Brasil
• O Brasil está entre os 30 países de alta carga para TB considerados
prioritários pela OMS para o controle da doença no mundo.
• Em 2015, o percentual de detecção da tuberculose no país, segundo a OMS,
foi de 87,0%. Nos últimos 10 anos, foram diagnosticados, em média, 71 mil
casos novos da doença.
• Em 2017, o número de casos notificados foi de 72.770 e os coeficientes de
incidência variaram de 10,0 a 74,7 casos por 100 mil habitantes entre as
Unidades Federadas (UF).
Agente Etiológico

• A TB pode ser causada por qualquer uma das sete espécies que integram o complexo
Mycobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, M.
microti, M. pinnipedi e M. caprae.
• Em saúde pública, a espécie mais importante é a M. tuberculosis, conhecida também
como bacilo de Koch (BK).
• Em alguns locais, o M. bovis pode ter especial relevância como agente etiológico da
TB e apresenta-se de forma idêntica ao M. tuberculosis, com maior frequência da
forma ganglionar e outras extrapulmonares. A ocorrência é mais comum em locais que
consomem leite e derivados não pasteurizados ou não fervidos de rebanho bovino
infectado, em pessoas que residem em áreas rurais e em profissionais do campo.
Transmissão

• Transmitido por via aérea, de uma pessoa com TB pulmonar ou laríngea, que
elimina bacilos no ambiente, a outra pessoa, por exalação de aerossóis
vindos da tosse, fala ou espirro. Acomete, prioritariamente, o pulmão que
também é a porta de entrada da maioria dos casos.
Transmissão
• Essas partículas menores, contendo um a dois bacilos, podem manter-se
em suspensão no ar por muitas horas e são capazes de alcançar os
alvéolos, onde podem se multiplicar e provocar a chamada primo-infecção.
• Outras vias de transmissão (pele e placenta) são raras e desprovidas de
importância epidemiológica.
• Os bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos
dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não têm papel na
transmissão da doença.
Transmissão
• A probabilidade de uma pessoa ser infectada depende de fatores exógenos.
Entre eles, pode-se citar a infectividade do caso-fonte, a duração do contato e o
tipo de ambiente partilhado.
• Os pacientes com exame bacteriológico de escarro positivo sustentam a cadeia
de transmissão da doença. Estima-se que uma pessoa com baciloscopia
positiva infecte de 10 a 15 pessoas em média, em uma comunidade, durante um
ano.
• O risco de transmissão da TB perdura enquanto o paciente eliminar bacilos no
escarro. Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir
gradativamente e, em geral, após 15 dias, ela encontra-se muito reduzida.
Prevenção
• Vacinação com BCG
A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada no Sistema Único de Saúde
(SUS), protege a criança das formas mais graves da doença, como a
tuberculose miliar e a tuberculose meníngea.
Diagnóstico por Imagem
 Radiografia de tórax

A radiografia de tórax é método diagnóstico de grande importância na


investigação da tuberculose e deve ser solicitada para todo paciente com
tiver suspeita clínica de tuberculose pulmonar.
Diagnóstico Laboratorial
• Bacteriológicos

Baciloscopia

Teste rápido molecular para tuberculose

Cultura para micobactéria


Diferencial
Diagnóstico Histopalógico
A avaliação histológica de fragmento de tecido obtido por biópsia é
um método empregado na investigação das formas pulmonares
que se apresentam radiologicamente como doença difusa e nas
formas extrapulmonares. Assim, a identificação histológica de
granuloma com necrose de caseificação é compatível com o
diagnóstico de TB.

A identificação de um granuloma sem necrose de caseificação


deve ser interpretada com cuidado e à luz dos achados clínicos,
visto que outras doenças granulomatosas, como sarcoidose e
silicose, podem ter essa apresentação histológica.
Tratamento
 O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no
Sistema Único de Saúde (SUS), devendo ser realizado, preferencialmente, em regime de
Tratamento Diretamente Observado (TDO).

 São utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos de tuberculose que utilizam o
esquema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.

 O TDO deve ser realizado, idealmente, em todos os dias úteis da semana. O local e o horário
para a realização do TDO devem ser acordados com a pessoa e com o serviço de saúde.
A TDO é uma estratégia
Registro entregue ao sistema de saúde
Tuberculose drogarresistente
Tratamento
• A pessoa com tuberculose necessita ser orientada, de forma clara, quanto às características
da doença e do tratamento a que será submetida. O profissional de saúde deve informá-la
sobre a duração e o esquema do tratamento, bem como sobre a utilização dos
medicamentos, incluindo os benefícios do seu uso regular, as possíveis consequências do
seu uso irregular e os eventos adversos associados.
Caso Clínico

• Paciente de 32 anos, sexo masculino, apresenta-se à consulta com queixa de tosse com
sangue e febre. Paciente refere que há aproximadamente dois meses começou a apresentar
tosse com expectoração purulenta. Há três semanas, passou a apresentar febre alta
vespertina, dor torácica e sudorese noturna.
Caso Clínico
• Exame Físico
Paciente se encontrava em estado geral regular, pálido e emagrecido.
À ausculta pulmonar, apresentava diminuição do murmúrio vesicular, roncos e estertores no
terço superior do pulmão direito.
• Exames solicitados
Radiografia de tórax nas incidências PA e perfil;
Baciloscopia do escarro.
Caso Clínico
 A radiografia de tórax em PA mostrou infiltrado e cavitação em lobo superior
direito sugestivo de tuberculose pulmonar.
 Baciloscopia positiva++
Obrigada!
REFERÊNCIAS

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