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Fisiologia Vegetal

 Os solos são constituídos de elementos


 figurados, água e ar.
 Os elementos figurados são contituídos
 partículas minerais (argila, silte e areia) e
 matéria orgânica.
 Partículas minerais (granulometria) : argila,
 silte e areia
 Textura e estrutura dos solos
 Granulometria

Partícula Diâmetro (mm) Superfície por g (m2)

Areia grossa 2000 - 200 > 1 - 100

Areia fina 200 - 20

Silte 20 – 2 10 - 100

Argila >2 100 - 1000


A variação na porcentagem dos componentes
= diferentes texturas do solo Influencia em:
 taxa de infiltração de água
 aeração
 capacidade de retenção de água
 nutrição
 aderência ou força de coesão nas partículas do solo
 Areias retêm pouca água

 o grande espaço poroso permite a drenagem livre da água dos


solos

 Argilas absorvem relativamente, grandes


quantidades de água

 menores espaços porosos a retêm contra as forças de gravidade.


 Solos argilosos possuem maior capacidade de retenção de água
que os solos arenosos
Fonte: www.meted.ucar.edu/.../04-surface_water.htm
 Solos argilosos possuem maior capacidade de
retenção de água que os solos arenosos

 Mas a umidade não está totalmente disponível


para as plantas em crescimento.
 Os solos argilosos (e aqueles com alto teor de
matéria orgânica) retêm mais fortemente a água
que os solos arenosos.
 Isto significa mais água não disponível.
 Muitos solos do Brasil e da região tropical
altos teores de argila, mas comportam-se,
em termos de retenção de água, como solos
arenosos.
 São solos com argilas de baixa atividade
(caulinita e sesquióxidos), em geral
altamente porosos.
Retenção de água no solo
 A água pode estar:

 Formando uma lâmina sobre as partículas = solos


arenosos (poros grandes)
 Preenchendo todos os poros = solos argilosos
(poros pequenos)
 Capacidade de campo

 Água retida a -0,033 Mpa


 Conteúdo de água após ter sido saturado e
cessada a drenagem
 A planta retira água do solo com facilidade
 O potencial hídrico é o mais elevado possível
 Ponto de murcha permanente

 Água retida a mais do que – 1,5 MPa O potencial


hídrico é muito baixo

 As plantas não recuperam a pressão de turgor,


mesmo que a transpiração cesse
▪ Depende do solo e da espécie vegetal
▪ Feijão caupi suporta -1,5 MPa
Água disponível
 Quantidade de água entre a capacidade de
campo e o ponto de murcha permanente
 Capacidade de campo

Fonte: www.meted.ucar.edu/.../04-surface_water.htm
 Potencial hídrico no solo
 Potencial gravitacional
▪ Desprezível
 Potencial osmótico
▪ Desprezível em solos não salinos (-0,02 MPa)
▪ Solos salinos (-0,2 MPa ou menos)
 Potencial de pressão (pressão hidrostática)
▪ Solo úmido  ψp ≈ 0
▪ O potencial diminui com a redução da umidade do solo
▪ A água se prende às paredes das partículas do solo (adesão)
▪ Forma-se uma interface ar-água curva (menisco côncavo) nos
interstícios do solo (canais, fissuras e cavidades)
 Potencial de pressão no solo onde

Ψπ = - 2T
r
 T = tensão superficial da água (7,28x10-8 MPa.m),
 r é o raio da curvatura da interface ar água.
Quanto menor o raio, maior a tensão.
 Movimento de água no solo

 Fluxo de massa = depende do gradiente de


pressão entre duas regiões
 As raízes absorvem água e reduzem a pressão em
suas imediações
 A água se movimenta em direção à região de
pressão mais baixa.
 Movimento de água no solo

 Taxa de fluxo
 Tamanho do gradiente de pressão
 Condutividade hidráulica (CH) do solo
▪ Facilidade de movimentação no solo
▪ Capacidade de campo = ▲ CH
▪ PMP = ▼ CH (o ar ocupa os poros do solo)
▪ Solo argiloso = poros pequenos = ▼CH
▪ Solo arenoso = poros grandes = ▲ CH
 Rotas para absorção de água pela raiz

 Apoplástica
 Simplástica
 Transmembrana
Xilema
 Elementos traqueais
 Paredes reforçadas com lignina grandes tensões
 traqueídes
▪ Fluxo de água através de pontuações areoladas
▪ ocorrem em gymnospermas, angiospermas e pteridófitas

 elementos de vaso
 mais curtos e mais largos que traqueídes
 fluxo de água através de placa de perfuração
 conjunto de elementos = vaso (até 10 cm)
 O que é transpiração?
 Processo de trocas gasosas que ocorrem através
de poros chamados estômatos.
 A abertura permite troca de O2por CO2, com
perda de água por evaporação.
 Principal processo biológico envolvido no ciclo de
água entre o solo e atmosfera.
 Fundamental na formação da umidade do ar e
chuvas
 De 40% (hidrófitas) a 99% (xerófitas) das
plantas a transpiração ocorre pelos
estômatos.
Transpiração - processo
 Nervuras a menos de 0,5 mm de cada célula
 A água flui da nervura para as células
 A parede celular age como um fino capilar, puxando a água com
grande força
 A água cobre também as paredes externamente, formando um
fino filme
 A água sobre as paredes evapora para os espaços intercelulares
 Por difusão, o vapor d’água se desloca até os estômatos
 Se estiverem abertos os estômatos, a água na forma de vapor flui
para o ar externo
 Quanto mais ocorre a transpiração, mais a água se retrai nos
interstícios celulares provocando forte tensão (pressão negativa)
 A tensão é transmitida ao xilema.
Transpiração

 A transpiração foliar
depende de dois
fatores:
 Resistência à difusão
(barreiras)
 Gradiente de
concentração.
Resistência à difusão (barreiras)
 Cutícula (cerca de 5% da água sai pela superfície diretamente)
 Resistência estomática
 Com o solo à capacidade de campo os estômatos permanecem
abertos e permitem a saída de água e entrada de CO2
 Com o solo seco, os estômatos se fecham.
 Fechamento normal à noite (sem fotossíntese)
 Fatores que influenciam abertura Intensidade e qualidade da luz:

▪ Temperatura
▪ Umidade relativa
▪ Concentração intracelular de CO2
Resistência da camada limítrofe

 Camada de ar sobre a folha


 Depende da velocidade do vento (mais veloz
menor espessura)
 Depende de pêlos e posição do estômato
Gradiente de concentração de vapor d’água
 Os espaços intercelulares na folha representam entre 5 e
40% do volume (pinus – fumo)
 Área de evaporação no interior da folha é de 7-30 vezes a
superfície foliar
 A concentração de vapor d’água (Cwv) está próxima da
saturação no interior da folha
 A Cwv depende da temperatura
Temperatura (°C) Cwv (mol.m-3)
0 0,269
5 0,378
10 0,522
15 0,713
20 0,961
25 1,28
30 1,687
35 2,201
40 2,842
45 3,637
Água nas folhas Variação na concentração de vapor d’água, umidade relativa e potencial
hídrico (a 25 ºC)

Local UR Vapor d’água


(Mol.m-3) Potencial (Mpa)
Espaços 0,99 1,27 -1,38
intercelulares
(25°C)

Dentro do poro 0,95 1,21 -7,04


estomático (25°C)

Fora do poro 0,47 0,60 -103,70


estomático (25°C)

Ar (20°C) 0,50 0,50 -93,60


O transporte no xilema é o resultado de efeitos
combinados de transpiração, de coesão e de
tensão.
 Transpiração, seguida de evaporação das paredes
celulares úmidas nas folhas, resulta em...
 Tensão na água restante do xilema devido à...
 Coesão da água, que puxa mais água, para repor a
que foi perdida.
Evaporação da folha

Tensão na película de água

(células com paredes úmidas)

Sucção da água (mantida unida pela sua coesão)

para cima no xilema partir da raiz.


 A evaporação de água refrigera as folhas, mas uma

planta não pode ficar exposta à perda de muita água.

 A perda de água por transpiração é minimizada pela

cutícula das folhas.


• Os estômatos permitem uma conciliação entre retenção

de água e absorção de CO2.

• Um par de células-guarda controla o tamanho da

abertura estomática.
Representação esquemática de
folha mostrando os caminhos
seguidos pelas moléculas de água
da corrente transpiratória, a partir
do xilema de uma nervura menor
para as células mesofíticas, a
evaporação da superfície das
paredes celulares do mesófilo e a
difusão para fora da folha através
da abertura dos estômatos (setas
azuis).
Estômatos abertos Estômatos fechados
 
Entrada de CO2 na Impossibilidade de
folha por difusão entrada de CO2 na folha
 por difusão
Perda de vapor d’água 
Impossibilidade de perda
de água
Estômato aberto na epiderme Estômato fechado na epiderme
de folhas de pepino de folhas de sálvia
(Cucumis sativus) (Apium petroselium)
Maioria das plantas

Durante o dia Durante a noite


 
Intensidade luminosa Ausência de luz
suficiente para fotossíntese 
 Não ocorre fotossíntese
Estômatos abertos 
Não há necessidade de carbono

Estômatos fechados
Movimentos estomáticos

resultam das variações da

pressão de turgor nas células-guarda


– Movimentos estomáticos:
Abertura

Acúmulo de solutos nas células-guarda
(diminuição no potencial hídrico)

Movimento osmótico da água
para dentro das células-guarda

Pressão de turgor que ultrapassa a das células
epidérmicas adjacentes
– Movimentos estomáticos:
Fechamento

Diminuição de solutos nas células-guarda
(aumento no potencial hídrico)

Movimento osmótico da água
para fora das células-guarda

Pressão de turgor menor
 Na maioria das plantas, os estômatos estão abertos

durante o dia e fechados à noite.

 As plantas MAC* têm um ciclo estomático invertido,

possibilitando a elas a conservação de água.


(*) MAC  Fenômeno do Metabolismo ácido das crassuláceas
 Fatores que afetam o movimento dos estômatos:

 Concentração do ácido abscísico (ABA)  controle da

entrada de solutos nas células-guarda.

 Concentração de CO2

 Intensidade luminosa

 Temperatura
 Animação estômatos
Cavitação ou embolia
 formação de bolhas de ar no xilema
 ocorre a quebra da coluna d’água a água
 pode fluir, pelas pontuações, para outros
vasos
 eliminação das bolhas redução da
transpiração (à noite).
 Novo xilema se forma a cada ano em árvores.
Pressão radicular
 Acúmulo de íons no xilema da raiz reduz seu
potencial osmótico
 Ocorre absorção de água em resposta ao baixo
potencial hídrico na raiz
 Sem transpiração, a raiz funciona como um
osmômetro
Pressão radicular
 O Xilema fica sob pressão
 A água sai por folhas através de hidatódios
 Gutação ou sudação
 Condições necessárias
 Acúmulo de íons na raiz Alta umidade no solo
 Alta umidade no ar
 Hidatódios
 Pressão gerada = 0,05-0,5 MPa
Pressão radicular
 O Xilema fica sob pressão
 A água sai por folhas através de hidatódios
 Gutação ou sudação
 Condições necessárias
 Acúmulo de íons na raiz Alta umidade no solo
 Alta umidade no ar
 Hidatódios
 Pressão gerada = 0,05-0,5 MPa
Gutação
FIM!

Ótimo final de semana

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