Você está na página 1de 13

INTRODUÇÃO MENINGITE(S)

• DESCRIÇÃO:
O termo meningite expressa a ocorrência de um processo
inflamatório das meninges, membranas que envolvem o
cérebro.
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS NO
BRASIL
• CASOS CONFIRMADOS:
Confirmados entre 2007 e 2020 ( 265.644 ) casos de várias
etiologias.
• CASOS COM SUSPEITA:
Notificados com suspeita ( 393.941).
GRUPOS DE RISCO PARA
MENINGITE
• Beber frequentemente bebidas alcoólicas;
• Tomar remédios imunossupressores;
• Usar drogas intravenosa;
• Não ter vacinação de meningite, sarampo, gripe ou
pneumonia;
• Ter removido o baço;
• Estar fazendo tratamento contra câncer.
AGENTE ETIOLÓGICO
EXISTEM TRÊS AGENTES ETIOLÓGIC0S DA MENINGITE BACTERIANA,
SÃO ELAS:
Neisseiria Meningitidis;

Streptococcus Pneumoniae;

Hemophilus Influenzae.
FISIOPATOLOGIA, MENINGITE
Componentes desses micróbios são importantes agentes causadores de
inflamação meníngea, causando liberação para dentro do espaço
subaracnóideo de várias citocinas pró-inflamatórias. Essas citocinas
parecem aumentar o fluxo de leucócitos para dentro desse espaço. Essas e
outras alterações podem contribuir para o aumento da pressão intracraniana
e alterações no fluxo sanguíneo cerebral, além de edema cerebral.
Vale ressaltar que a meningite criptocócica tem caráter predominantemente
oportunista, manifestando-se principalmente em indivíduos com estado
imunológico comprometido (aids ou outras condições de imunossupressão).
Entretanto, a espécie C. gattii pode acometer indivíduos imunocompetentes.
SINAIS E SINTOMAS
APRESENTADOS PELA MENINGITE
É POSSIVEL IDENTIFICAR SE O PACIENTE POSSUÍ A
MENINGITE, ATRAVÉS DOS SEGUINTES SINTOMAS:
• CENTRAL: • ESTOMAGO:
Dor de cabeça e Estado mental alterado. Náusea e Vomito.
• OUVIDOS: • PELE:
Palidez, Pontos ou erupção
Aversão a sons altos.
cutânea e Manchas.
• MUSCULAR:
Fadiga e Dores muito fortes.
• OLHOS:
Se incomoda com luzes muito fortes.
IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO
DE EXAMES
(Os exames são necessários pois são eles que possuem a
capacidade de encontrar a patologia, dessa forma saber a
procedência a ser tomada.
OS PRINCIPAIS EXAMES PARA O ESCLARECIMENTO DIAGNÓSTICOS
DE CASOS SUSPEITOS DE MENINGITE SÃO:
• Exame quimiocitológico do líquor
• Bacterioscopia direta(líquor e outro fluídos)
• Cultura (líquor, sangue, petéquias)
• Contra-imuneletroforese cruzada – CIE (líquor e soro)
• Aglutinação pelo látex (líquor e soro)
As metodologias mais utilizadas para a diferenciação do agente
etiológico são os exames bacterioscópico direto (método de
Gram) e o crescimento em meio de cultura, sendo essa
considerada padrão ouro. Entretanto, a dificuldade reside na
sensibilidade de ambos os métodos, a qual pode variar de 60 a
85% no exame direto e de 70 a 85% na cultura. Além da
visualização direta da bactéria, pode-se pesquisar a presença
de antígenos bacterianos mais comuns através de prova do
látex. Este método, alia ao mesmo tempo rapidez e grande
sensibilidade, utiliza partículas de látex marcadas com
anticorpos bacterianos específicos, que ao contato com uma
amostra de LCR contendo antígeno bacteriano reage com
aglutinação visível a olho nu.
DISPOSITIVOS MAIS UTILIZADOS
PARA MONITORAR A MENINGITE
A administração imediata dos antibióticos (preferencialmente em 30 minutos
após a chegada do paciente ao hospital) que atravessam a barreira
hematoencefálica interrompe a multiplicação das bactérias. O croque e a
desidratação são tratados com expansores do volume líquido, já as
convulsões, que podem ocorrer precocemente na evolução da doença, são
controladas com fenitoína.
O antibiograma é a base para a escolha do antibiótico, podendo ser
instituído um tratamento empírico inicial antes da obtenção dos resultados
de cultura.
• Dexametasona ( já demonstrou ser benéfica como terapia adjuvante nos casos
de meningite pneumocócica e bacteriana aguda
• Ampicilina ou vancomicina (em combinação com uma das cefalosporinas ex:
ceftriaxona sódica ,administrada intravenosa)
• Na evolução da doença podem ocorrer convulsões precocemente, podem ser
controlados com fenitoína.
PROCEDIMENTOS RECOMENDADO
PARA SER REALIZADO
A antibioticoterapia deve ser instituída o mais precocemente possível,
de preferência, logo após a punção lombar e a coleta de sangue para
hemocultura. O uso de antibiótico deve ser associado a outros tipos de
tratamento de suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa
assistência.
Recomendação de antibioticoterapia para casos de doença
meningocócica:
O uso de corticoide nas situações de choque é discutível,
pois há controvérsias a respeito da influência favorável
ao prognóstico.
CUIDADOS APLICÁVEIS A
MENINGITE EM UTI
Inicialmente, o paciente deve ser colocado em precaução respiratória tanto em
função da pneumonia, quanto em função da meningite. O cliente deve permanecer no
quarto de precaução por, pelo menos, 24 horas após o início da antibioticoterapia.
É necessário ainda informar ao paciente e familiares acerca do risco de contágio.
Familiares e colegas de trabalho devem ser orientados a, caso apresentem febre e
outros sinais sugestivos de meningite, procurar o serviço de saúde mais próximo
rapidamente a fim de receberem profilaxia antimicrobiana e cuidados médicos
imediatos.
Os sinais vitais devem ser monitorados continuamente, bem como o estado neurológico
do cliente. Além disso observar sinais de irritação meníngea (rigidez da nuca,
fotofobia, hiperalgesia) pois são indicadores de cuidados especiais de enfermagem.
Administrar os fármacos logo que forem prescritos com os devidos cuidados na
administração: no caso da ceftriaxona, administrada por via intravenosa, não
misturar com outros antibióticos e deve ser diluído em 50-100 mL de solução salina
(0,9%) ou soro glicosado 5% e infundir lentamente
Monitorar a função respiratória: manter as vias aéreas pérvias, atentar para sinais de cianose,
alterações no padrão respiratório, monitorar oximetria de pulso e gasometria arterial, proceder a
aspiração de vias aéreas (se necessário), administrar oxigenoterapia, se preciso, conforme prescrição.
Manter ingestão de líquidos atentando para não haver sobrecarga hídrica.
Evitar constipação intestinal com a administração de laxantes ou emolientes prescritos.
Realizar a mudança de decúbito de 2 em 2 horas a fim de evitar as úlceras por pressão e também para
evitar o agravamento da pneumonia.
Proteger o cliente de injúrias: manter as grades do leito elevadas e, se possível, acolchoadas, proteger
os acessos venosos.
Manter o quarto escuro a fim de atenuar a fotofobia.
Manter o cliente em posição semi-fowler (30º) com a cabeça centralizada, alinhamento corporal e membros
inferiores elevados.
SequelasAs complicações iniciais da meningite podem incluir o choque séptico, miocardite, encefalopatia,
insuficiência renal.
Mais tardiamente o cliente pode apresentar coleções subdurais, empiemas subdurais, ventriculites e
hidrocefalia.
As sequelas dessas complicações incluem surdez ou hipoacusia, amaurose, labirintite ossificam-te com
perda auditiva.
Alguns autores incluem ainda paralisias motoras, diminuição da capacidade intelectual e epilepsia.
FONTES DE PESQUISA:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meningite
https://www.facebook.com/soenf/posts/cuidados-de-enfermagem-meningiteinicialmente-o-client
e-deve-ser-colocado-em-prec/782173501793464/
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6105/meningites.htm
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_volume_1.pdf
https://kasvi.com.br/meningite-bacteriana-importancia-diagnostico-diferenciacao/
https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/meningites
http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/boletimMeningitesNo01_2021.pdf

Você também pode gostar