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ESTUDO BÍBLICO

O QUE É SER SANTO?


Ser santo é ser perfeito, sem defeito algum, ser
completamente justo, puro e totalmente separado do
pecado, ou seja, um atributo exclusivo de Deus (Sl 99.9,
1Jo 1.5). Somente Deus é moralmente puro e perfeito (Sl
145.17, Mt 5.48, 2Sm 22.31). Inclusive, a principal forma
utilizada, até mesmo por anjos, para adorar a Deus é
chamá-lo de SANTO (Is 6.3, Ap 4.8).

Por que então a Bíblia consideraria alguns homens e


mulheres como sendo santos? E ao contrário do que muitos
pensam, esta condição de santo não se aplica somente aos
grandes apóstolos ou aos nomes famosos da Bíblia, mas se
refere à pessoas comuns, como eu e você (Cl 1.2, Ef 1.1,
1Pe 1.16).
Como um ser humano pode ser santo?A questão é que por
mais piedosa que uma pessoa seja, por mais obras de
caridade que ela faça, ainda sim ela jamais alcançará o
padrão de santidade exigido por Deus (Rm 3.10-12). Como é
então que a Bíblia, ou seja, o próprio Deus, pode chamar
alguém de santo?

A resposta é muito simples: Jesus Cristo (Jo 6.69, 2Co


5.21). A Bíblia ensina que receber Jesus Cristo significa ser
considerado uma nova criatura (2Co 5.17, Jo 3.3, Jo 1.12-
13), ser purificado e separado do pecado (Cl 1.14, 1Jo 3. 5-
6), ser tirado do reino das trevas e transportado para o reino
de Deus (Cl 1.13-14).
Santo é todo aquele que crê que Jesus é o Cristo (Jo
20.30-31, 1Jo 5.1), o Filho de Deus (1Jo 5.4.5). Crê na sua
vida sem pecado (Hb 4.15, 1Pe 2.22), morte sem culpa
(1Pe 3.18) e ressurreição dentre os mortos (Rm 10.9-10).
Quando isso acontece, quando cremos, Cristo passa a
habitar em nós (1Jo 4.13, Jo 14.23), e se Cristo vive em
nós (Gl 2.20), somos santos (Ap 14.12). Não por mérito ou
esforço próprio (Ef 2.8-9), mas por causa de Jesus Cristo
(1Jo 2.12).
O santo e o pecado
Ser santo não significa dizer que a nossa natureza
pecaminosa deixou de existir (1Jo 1.8), muito pelo contrário,
é aí que realmente percebemos que tal natureza existe (Rm
7.18). O que acontece agora é uma luta contra o pecado que
habita em nós (1Pe 2.11), para vivermos de acordo com a
vontade de Deus revelada na Bíblia (Ef 5.17), ou seja, andar
em santidade (1Ts 4.3). Ser santo é o que nos capacita a
andar em santidade (1Jo 2.29, 1Jo 5.18-19).
O que a santidade não é
Contudo, nós precisamos separar o que é santidade, daquilo
que só tem aparência de santidade.
Assim como os Fariseus na época de Jesus (Mt 23.25-28),
ainda hoje muitas pessoas tentam demonstrar sua
santidade através das roupas que vestem, das músicas
que ouvem, dos programas que assistem e dos lugares
que frequentam ou deixam de frequentar (Cl 2.20-23, Is
29.13). Porém, quem geralmente tenta demonstrar uma
santidade através de usos e costumes acaba se
esquecendo de que a santidade ensinada pela Bíblia não
é algo para ser exibido e muito menos feito para se
receber elogios (Mt 6.1). É algo para ser vivido em nosso
particular com Deus (Rm 14.22, Ef 5.8-10), algo interior
que nem sempre ficará evidente à outras pessoas (2Co
13.5, 1Co 11.28).
O fruto do Espírito e a santidade
Aqui é preciso fazer um parênteses e explicar a relação entre fruto do
Espírito, que nós falamos no vídeo “Fruto do Espírito – Como ter sua
vida transformada?”, e a santidade. Desenvolver o Fruto do Espírito
(Gl 5.22-23), que é amor, alegria, paz, paciência, bondade,
benignidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio, é uma parte
importante no desenvolvimento da santidade e, na maioria das vezes,
ficará evidente à outras pessoas (Mt 7.17-20, 2Co 8.21), porém, a
parte essencial no processo de santificação está relacionada àquilo
que fazemos quando ninguém está olhando (Gl 6.4, Hb 4.13).

O único capaz de saber se de fato estamos andando em santidade é o


próprio Deus (Lc 16.15). Afinal, somente ele conhece os nossos
pensamentos, as nossas intenções e as nossas motivações (1Co
13.12, 1Cr 28.9).
O que é andar em santidade?
Andar em santidade é não se deixar dominar pela inveja, orgulho,
egoísmo, cobiça, ganância, raiva, incredulidade, medo, preguiça,
mentira, idolatria, vícios, ou qualquer outro tipo imoralidade e
depravação, principalmente na área sexual, como libertinagem,
promiscuidade, lascívia (sensualidade), fornicação, masturbação e
pornografia (Gl 5.19-21, Ef 5.5, Cl 3.5).

Ninguém que viva na pratica destas coisas (Ap 22.15), e goste disso (Fp
3.19, Rm 1.32), pode dizer que é santo e muito menos salvo (1Jo 1.6),
por mais próspero que seja, por mais milagres que tenha realizado e por
mais experiências sobrenaturais que tenha tido (Mt 7.21-23).

Santidade é a separação e afastamento do mal em todos os aspectos,


sejam das vontades da nossa carne (Rm 7.5), sejam dos valores do
mundo (1Jo 2.15-17, 1Jo 5.19).
As tentações

Bom, primeiro de tudo é preciso entender que o que passa em


nossas mentes não é o problema (Ef 4.26-27), nós não temos
como impedir que certos pensamentos venham à nossa mente,
seja por causa do nosso próprio mau desejo (Mc 7.21-23), seja
pela influência do diabo (1Pe 5.8), ou pela combinação das duas
coisas (Mt 16.23). O grande problema está em não orar a respeito
(Mc 14.38, Ef 6.18) e permitir que tais pensamentos cresçam ao
ponto de determinarem o nosso comportamento e as nossas
ações (Tg 1.14-15).
O pecado

Se mesmo assim o pecado acontecer (1Jo 2.1), deve haver


arrependimento (At 3.19). É preciso confessar o pecado
diante de Deus (1Jo 1.9) e também das pessoas envolvidas
(Tg 5.16). Quando existe apenas remorso, não há perdão e
enquanto o pecado permanece oculto, não há cura. A
consequência disso é que, aos poucos, se perca a
sensibilidade para ouvir voz do Espírito Santo (Ef 4.30),
ficando muito mais difícil resistir aos desejos da carne (Ef
4.17-19) e muito mais fácil se entregar aos prazeres do
mundo (Tg 4.4).
O Espírito Santo

Por essa razão é necessário obedecer (1Jo 2.3-6) e dar


liberdade ao Espírito Santo, para que Ele nos ensine (Jo
14.26, 1Jo 2.27), nos repreenda (Ap 3.19) e nos corrija
quanto for necessário (Jo 16.8, 2Tm 3.16-17). Isso é o que
vai desenvolver nossa intimidade com Deus e nos manter
longe do pecado (Hb 12.5-13).
A santidade é um processo
A santidade é operada de forma gradual e
progressiva, pelo próprio Deus (2Ts 2.13). É uma
ação do Espírito Santo (1Pe 1.2), e não do homem.
Trata-se um aperfeiçoamento diário (2Pe 1.5-9),
que vai desde os primeiros passos da vida cristã
até a nossa morte física (Fp 1.6) e, até lá, jamais
seremos perfeitos (1Jo 1.10).
Conclusão
A verdade é que Bíblia diz que se alguém tem prazer no pecado, que
continue pecando (Ap 22.11), mas se tem prazer no que é santo (Rm 7.22),
por mais erros que cometa, que continue lutando contra o pecado (Hb
12.4, 1Pe 4.1-3) e andando em santidade (1Jo 2.28, 2Tm 2.21), afinal, sem
santidade ninguém verá a Deus (Hb 12.14, 1Jo 3.1-3).

Daí a importância em renovar as nossas mentes com a Palavra de Deus


(Rm 12.2). Ler a Bíblia e meditar no que está escrito (Js 1.8), é na única
forma de fazer com que nossos pensamentos se voltem para as coisas do
alto (Hb 4.12, Cl 3.2), para aquilo que é verdadeiro, puro e correto (Fp 4.8,
1Ts 4.7).

Jesus Cristo deve governar nossas mentes para que todo pensamento se
torne obediente à Ele (2Co 10.5), e que tanto o nosso querer, quanto o
nosso realizar, sejam feitos de acordo com a sua boa (Fp 2.13), agradável
e perfeita vontade (1Co 13.10, Rm 6.22).

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