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EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET (1896-1980)

SOCIOINTERACIONISTA DE
VYGOSTKY

Almir Prado
Francisco Dutra
Nonato Silva
Ociely de Jesus
EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET (1896-1980)
Jean Piaget (1896-1980), biólogo e Psicólogo suíço, desenvolveu a
teoria "epistemologia genética“( defende que o indivíduo passa
por várias etapas de desenvolvimento ao longo da sua vida).
Piaget não teve como propósito desenvolver uma teoria de
aprendizagem, mas uma teoria do desenvolvimento. Sua
preocupação central era o sujeito epistêmico.
Suas pesquisas sobre desenvolvimento cognitivo tinham a
perspectiva de maturação biológica com ênfase na experiência
buscando compreender a evolução cognitiva da criança, por
meio da observação e do estudo da evolução das diferentes
estratégias que ela utiliza para resolver situações problemas.
EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET (1896-1980)
Epistemologia genética: é uma síntese das teorias do
Empirismo, Apriorismo e Construtivismo, que busca explicar
como o sujeito adquiri à aprendizagem cognitiva tais como:
memória, a linguagem e a percepção, que vai do período do
berço até a idade adulta.
a) Empirismo: Na epistemologia empirista é uma teoria do
conhecimento que defende que todo saber humano advém
das experiencias sensoriais logo o indivíduo quando nasce é
uma tábua rasa, ou uma folha de papel em branco, e tudo o
que ele sabe será aprendido ao longo de sua vida.
EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET (1896-1980)
b) Apriorismo: A epistemologia apriorista opõe-se ao
empirismo por considera que o indivíduo, ao nascer, traz
consigo, já determinadas, condições do conhecimento e da
aprendizagem que se manifestaram ou imediatamente
(inatismo), ou progressivamente pelo processo geral de
maturação. Toda a atividade de conhecimento é exclusiva do
indivíduo, o meio não participa dela.
c) Construtivismo: Representa uma postura epistemológica
que compreende a origem do conhecimento na interação com
o sujeito com o objeto.
O que é equilíbrio para Piaget?
O sujeito procura superar os
obstáculos que encontra em sua
relação com o meio. É nesse
processo de desequilíbrio
e equilíbrio que ocorre o
desenvolvimento cognitivo.
Quando o equilíbrio é
desestabilizado a criança tem a
oportunidade de crescer e se
desenvolver.
O desenvolvimento é observado
pela sobreposição do Equilíbrio
entre a Assimilação e a
Acomodação, resultando em
Adaptação.
Segundo a Teoria de Piaget, o
crescimento cognitivo da criança se dá
por Assimilação e Acomodação. O
indivíduo constrói esquemas (conceitos)
de assimilação mentais para abordar a
realidade. É através das acomodações
(que, por sua vez, levam à construção
de novos esquemas de assimilação) que
se dá o desenvolvimento cognitivo.

O que é assimilação e acomodação?


A acomodação é a atividade pelo qual
os esquemas de ação e do pensamento
se modificam em contato com o objeto.
A Assimilação é a
incorporação dos
elementos do meio nos
esquemas que o sujeito
dispõe e a ação do sujeito
sobre os objetos e sobre
o mundo.

Exemplo: a aula de ciências fora


do ambiente escolar.
Adaptação é a essência do
funcionamento intelectual,
assim como a essência do
funcionamento biológico. Ou
seja, quando a criança tem
novas experiências (vendo
coisas novas, ou ouvindo
coisas novas) ela tenta
adaptar esses novos
estímulos às estruturas
cognitivas que já possui.

Exemplo: conceito de família.


Para Piaget, no processo
de maturação do cérebro,
são produzidos
os esquemas, definidos
como moldes mentais em
que colocamos nossas
experiências.
Em outras
palavras, Esquemas: são
estruturas ou conceitos
que usamos para
interpretar e organizar as
informações que
recebemos.
Há, finalmente, situações em
que ocorre a chamada
"equilibração majorante",
quando o indivíduo constrói as
estruturas mentais que
possibilitam subir de nível
cognitivo - ou seja, compreender
algo novo. O papel do meio
(família, escola etc.) é
fundamental nesse processo.
Exemplo do cachorro com o cavalo
A assimilação: a semelhança entre o
cavalo e o cachorro (apesar da
diferença de tamanho) faz com que
um cavalo passe por um cachorro.
A diferenciação do cavalo para o
cachorro deverá ocorrer após a
intervenção de alguém que vai lhe
explicar que se trata de um cavalo, e
ela poderá diferenciá-los, construindo
um novo esquema (conceito). Terá
assim, dois conceitos diferentes: um
para o cachorro e outro para o cavalo,
podendo diferenciá-los. É quando
ocorre o processo de acomodação.
A inteligência esta nas ações e na
exploração do ambiente. O bebê inicia o
desenvolvimento da coordenação
motora, passa de movimentos
involuntários, para voluntários.
Características da fase:
 Experimentação;
 Curiosidade;
 Permanência do objeto;
 Início do movimento simbólico
 Imitação: do que vê e do que ouve.
Inicia a aquisição da habilidade de
pensar conceitualmente, inteligência
simbólica, representação. A realidade
esta no que vê, leva tudo ao pé da letra.

Características da fase:
 Inicia o reconhecimento no espelho;
 Imitação diferida;
 Centralização;
 Dificuldade em se colocar no lugar do
outro, egocentrismo;
 Os objetos têm sentimentos humanos;
 Começa a desenhar;
 Brinca de faz de conta.
Começa a entender analogias, mas
apenas em eventos concretos. Início
das operações mentais, entende
mais de um aspectos das situações.

Características da fase:

 Gostam de colecionar;
 Brincam com jogos de tabuleiro;
 Adquire Conservação;
 Desenvolve lógica Matemática.
Entende o mundo através do
pensamento lógico. Utiliza razões
abstratas para especular sobre
situações hipotéticas, considera as
possibilidades lógicas e analisa.

Características da fase:
 Desenvolve lógica matemática;
 Egocentrismo adolescente;
 Adquire razão moral;
 Raciocínio dedutivo;
 Lógica indutiva;
 Planejamento;
 Imaginação.
TEORIA SOCIOINTERACIONISTA DE VYGOSTKY

Lev Semenovich Vygotsky (1896-


1934) foi um psicólogo bielo-russo,
que realizou diversas pesquisas na
área do desenvolvimento da
aprendizagem e do papel
preponderante das relações sociais
nesse processo, as quais
originaram a perspectiva
sociointeracionista da
aprendizagem.
A linguagem torna o animal homem
verdadeiramente humano.
Ele dizia que a linguagem e o pensamento estão
fortemente conectados.
Para Vygotsky é importante avaliar a criança pelo
que está aprendendo e não pelo que já aprendeu.
Sua teoria procura avaliar as processos mentais
envolvidos na compreensão do mundo. É o
modelo de aprendizado descrito por suas ideias. Ele
representou um grande salto para a pedagogia
especialmente quando descreveu a ZD Proximal.
Para entender as ideias de Vygotsky é fundamental
inteirar-se de quatro pensamentos chaves.
Interação, Mediação, Internalização e ZDP (Zona
de Desenvolvimento Proximal).
Vygotsky descobriu que para melhorar o nível de aprendizagem
mais do que o indivíduo agir sobre o meio, ele precisa interagir.
Para ele, o sujeito adquire seus conhecimentos a partir de
relações interpessoais, de troca com o meio, por isso é
chamado interativo.
Aquilo que parece individual, na realidade é o resultado da
construção da sua relação com o outro, um outro coletivo para
veicular a cultura. Ele diz que ainda que uma criança tenha
biologicamente o potencial para se desenvolver, se não interagir
não se desenvolverá como poderia.
Através da língua, da linguagem, é que se realiza a mediação
entre a coisa e a compreensão, como se fosse uma tradução,
uma afirmação uma certificação.
A internalização é um momento em que o aprendizado se
completa, quando a criança ao refletir sobe o significado de
cadeira, ao internalizá-lo consegue abstrair o conceito de cadeira e
torná-lo universal, em tão a palavra cadeira terá vários sentidos.
E assim, novos tons, afetivos, emocionais, de memoria, de
sentimentos ou simplesmente de informação, tudo via mediação da
linguagem na interação consigo mesmo e com os outros, neste
caso, a criança aprende conhecimentos, papéis sociais e
valores.

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