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RELAÇÕES HUMANAS E PSICOLOGIA

APLICADA À SAÚDE
Profa. Géssica Pinheiro
Psicóloga
Especialista em Psicologia Organizacional e do
Trabalho
85 997215680
PSICOLOGIA E COMUNICAÇÃO HUMANA

• A comunicação é um processo complexo de trocas de informações. Estamos a


todo o momento nos comunicando com as pessoas, seja no trabalho, em casa, na
balada, no computador, ao telefone. Enfim, não importa o meio, mas a maneira
como nos comunicamos.

• A Psicologia relacionada à comunicação vem nos dar uma visão mais ampla de
como acontece esse processo e todos os aspetos subjetivos e psicológicos envolvidos
nele.
COMUNICAÇÃO HUMANA

• Ao falar de comunicação, um dos itens mais importantes que devem ser


considerados é a questão da percepção. A maneira como percebemos o outro, a
maneira como ele se comunica e a forma como nos envia a mensagem irá
influenciar muito no processo comunicacional.

• A comunicação em si exige de nós prática e habilidade para trocar informações com


as outras pessoas, e uma destas práticas é a percepção. A percepção, segundo
Dimbledy e Burton (1990, p. 72) “refere-se à observação e avaliação da outra
pessoa quando estamos nos comunicando com ela”.
COMUNICAÇÃO HUMANA

• A percepção é o meio em que nos relacionamos com o mundo e com os sentidos.


Com ela o indivíduo tem a capacidade de captar-se.

• A percepção tem dois caminhos básicos: um para fora, dirigido para o mundo e o
outro para dentro, dirigido para o próprio indivíduo. O exercício destas duas
percepções é que nos faz estar mais preparados para a vida. O importante é ficar com
a percepção ativa, o que facilita a compreensão do que está acontecendo em volta e
dentro de si mesmo.
COMUNICAÇÃO HUMANA

• A comunicação é o fator imprescindível para o exercício de qualquer função em


qualquer área e está diretamente ligada ao sucesso ou insucesso da carreira
escolhida. Saber o que e quando falar importa sentidos muito mais avançados do que
apenas falar bem.

• A comunicação é uma arte e um talento do homem, aprimorada pelo próprio homem


a partir do uso do código verbal. É importante notar que nunca haverá
unilateralidade na comunicação. Sempre será necessário ao processo um emissor e
um receptor e, imprescindivelmente, um desejo.
FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO

1.Controle

2. Motivação

3. Expressão Emocional

4. Informação
FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO
• CONTROLE
A comunicação funciona para controlar o comportamento dos membros de um grupo.

• MOTIVAÇÃO
A comunicação gera motivação quando esclarece para os empregados o que deve ser
feito, quão bem eles estão indo e o que pode ser feito para melhorar o desempenho.

• EXPRESSÃO EMOCIONAL
A comunicação proporciona uma liberação para a expressão emocional dos
sentimentos e para a satisfação de necessidades especiais.

• INFORMAÇÃO
 A comunicação fornece a informação que os indivíduos e grupos precisam para tomar
decisões.
LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
 
É um processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem entre si.

• Linguagens mistas – Podem reunir diferentes unidades básicas, como


imagens, palavras, música, figurinos: histórias em quadrinhos, cinema,
teatro e programas de tv.

• Linguagens digitais – através da Informática, armazena e transmite


informações diversificadas nos meios eletrônicos, em ambientes virtuais.
LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
• Língua: Língua é um código formado por signos (palavras) e leis
combinatórias por meio do qual as pessoas se comunicam e
interagem entre si.
• Signo Linguístico: é um sinal convencional, é uma unidade de
um tipo de linguagem ou sistema de comunicação. Assim, o signo
linguístico nada mais é do que a palavra, unidade básica da
linguagem verbal. Ex: No código do trânsito, um sinal vermelho
é um signo.
• Variedades linguísticas: São as variações que uma língua
apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais,
regionais e históricas em que é utilizada.
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

• Imagine que seu celular acabou de tocar, pois chegou uma nova mensagem. É o seu
pai que está pedindo sua ajuda para ajustar a televisão. Você lê e entende o que está
escrito. Responde a mensagem dizendo que já está a caminho para ajudá-lo. Você
percebe que ele também compreendeu, pois ele envia uma mensagem de
confirmação dizendo que espera por você e se despede em seguida.
• Perceba que a comunicação entre vocês foi bem-sucedida, mas você já parou para
pensar que sem os elementos envolvidos nessa situação, tais como o emissor, o
código e o canal, isso não seria possível? Afinal, quem foi o emissor? Qual foi o
código utilizado? E o canal?
• Se pensarmos num esquema, podemos representar a conversa do celular dessa
forma:
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

• A mensagem é o conteúdo transmitido durante a comunicação. Ela pode ser


produzida por meio das linguagens verbal ou não verbal, como estudamos
anteriormente. Pensando no exemplo da conversa com seu pai pelo celular, os textos
enviados e recebidos compõem a mensagem. Os textos escritos ou falados, a dança,
um filme, uma notícia de jornal, uma postagem na rede social são exemplos de
mensagens.
• O emissor/locutor ou remetente é quem emite a mensagem. Usando o mesmo
exemplo, seu pai representaria, aqui, o papel do emissor, pois a comunicação foi
iniciada por ele. Ao receber a mensagem, você atuou como receptor/alocutário ou
destinatário do processo comunicativo, pois a informação chegou até você. Nesta
situação, houve um emissor e um receptor, mas em uma palestra, por exemplo,
temos vários receptores.
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

• São códigos as palavras, escritas ou faladas, as imagens, estáticas ou em movimento, os


sons, como uma buzina de carro ou a combinação de instrumentos de uma orquestra, as
cores, como as que fazem parte do semáforo.
• As mensagens que você recebeu de seu pai foram enviadas pelo celular, certo? Podemos
dizer que este foi o canal utilizado por vocês para que a comunicação acontecesse. Isso quer
dizer que o canal é o meio físico pelo qual a mensagem é veiculada.
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

• O contexto ou referente é o elemento da comunicação que informa o ambiente


de produção da mensagem. Ele pode apontar o assunto, o momento, a situação ou o
local referentes à mensagem.
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

• Vídeo – Cometa Halley


O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
• COMUNICAÇÃO CLARA, OBJETIVA : Clareza, objetividade, entusiasmo
e espontaneidade são pré-requisitos básicos para um bom orador.
• Alguns requisitos que diferenciam um bom orador:
- Expressões faciais e os gestos;
- Volume, ritmo e inflexão da voz.
- A clareza e objetividade do texto.
- Interação com o público alvo.
- Utilização de recursos audiovisuais e como eles complementam o que está sendo dito
através da voz.
- Os recursos utilizados para prender a atenção dos telespectadores.
- Improvisação de maneira previamente pensada, fato que pode ser comprovado em
telejornais reconhecido.
- Vestimenta adequada.
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

• Comunicação Verbal e Corporal : Como o próprio


nome diz, comunicação verbal é realizada através da
voz, enquanto a linguagem corporal é feita por
intermédio do corpo.
COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO E A FORMAÇÃO DO TRABALHADOR DE
SAÚDE
• Muitas barreiras dificultam a comunicação, que gera significados relevantes tanto para o
trabalhador de saúde como para o usuário, sendo objeto de vários estudos que abordam essa
temática. Essas dificuldades decorrem de linguagens e saberes diferentes, nem sempre
compartilhados entre os interlocutores, limitações orgânicas do receptor ou emissor
(afasias, déficit auditivo, déficit visual), imposição de valores e influência de mecanismos
inconscientes (Acqua e col., 1997). Acrescidos a esses fatores, diferenças de ordem
sociocultural e o estágio de desenvolvimento cognitivo e intelectual dos diversos atores
sociais influenciam a comunicação.
COMUNICAÇÃO E A FORMAÇÃO DO TRABALHADOR DE
SAÚDE
• O processo comunicativo é definido como um ato caracterizado não por relações de
poder, mas por atitudes de sensibilidade, aceitação e empatia entre os sujeitos, em
um universo de significações que envolvem tanto a dimensão verbal como a não
verbal (postura e gestos).

• Nesse processo, é relevante o interesse pelo outro, a clareza na transmissão


da mensagem e o estabelecimento de relações terapêuticas entre trabalhadores e
usuários (Braga e Silva, 2007; Silva e col., 2000).
COMUNICAÇÃO E A FORMAÇÃO DO TRABALHADOR DE
SAÚDE
• Além de propiciar uma relação terapêutica, a comunicação deve
propiciar condições para práticas de promoção da saúde, tornando o
usuário/cuidador
autônomo ànegociação diante do tratamento e das condições que
favorecem o autocuidado e/ou o cuidado da sob sua
responsabilidade. Essa perspectiva será gerida criança a busca do
intercâmbio de saberes, do diálogo e do entendimento entre
partiro trabalhador
da de
saúde e o usuário.
COMUNICAÇÃO E A FORMAÇÃO DO TRABALHADOR DE
SAÚDE
• A comunicação terapêutica é definida como a habilidade do trabalhador de saúde em
ajudar as pessoas a enfrentar situações temporárias de estresse, conviver com outras
pessoas, ajustar-se à realidade, superar os bloqueios, favorecer o tratamento e o
desenvolvimento dos pacientes, tornando-os ativos no processo de cuidar (Fermino e
Carvalho, 2007).
COMUNICAÇÃO E A FORMAÇÃO DO TRABALHADOR DE
SAÚDE
• A comunicação constitui-se um instrumento imprescindível na prática dos
trabalhadores de saúde. Em estudo sobre comunicação na concepção de alguns
coordenadores de cursos de graduação em medicina, ela foi considerada de forma
ampla; entretanto, para uma parcela significativa de entrevistados constitui- -se
apenas um instrumento para o diagnóstico (Rossi e Batista, 2006).
COMUNICAÇÃO E A FORMAÇÃO DO TRABALHADOR DE
SAÚDE
• As questões que dificultam a comunicação dialógica entre os trabalhadores de saúde
e usuários do SUS estão presentes também na própria compreensão do que
ambos atores entendem por comunicação. Esse aspecto foi constatado no estudo em
que Rossi e Batista (2006) abordaram egressos e coordenadores do curso de
medicina. Os egressos usaram com frequência os verbos transmitir, passar,
esclarecer e explicar para caracterizar a comunicação entre médicos e pacientes. Os
verbos transmitir e passar denotam a transferência de conhecimentos e condutas do
universo científico para o universo popular sem a devida atenção à demanda dos
usuários.
COMUNICAÇÃO E A FORMAÇÃO DO TRABALHADOR DE
SAÚDE
COMUNICAÇÃO E A FORMAÇÃO DO TRABALHADOR DE
SAÚDE

• Fininha (diarreia), Pilora (desmaio), Defruço (gripe), Febre interna.

• Ispinhela caída , Dor nos quartos , Pé dismintido, Moleira mole, Quebranto ,


Tosse de cachorro , Dor no estombo.

• Passamento, Pereba , Curuba, Gastura, Dor no pé da barriga, Dor de viado.

• Alôjo,Impachado, Fastio, Dor no espinhaço,Bucho quebrado,


Dentiquêro, Unha fofa.
COMUNICAÇÃO E A FORMAÇÃO DO TRABALHADOR DE
SAÚDE
REFERÊNCIAS
• ANASTASIOU, L. das G. C; ALVES, L. P. Estratégias de ensinagem. Processos de ensino na
universidade. Pressupostos para as estratégias de trabalho em aula, v. 3, p. 67-100, 2004.
• BAZO, A. P; MARTINS, L. de P. Viver Universidade: Experiências de Ensino, Pesquisa e
Extensão. Orleans –SC. 2015.
• BEKIN, S. F. Endomarketing: como praticá-lo com sucesso. São Paulo. Ed. Person, 2004.
• DELUIZ, N. O modelo das competências profissionais no mundo do trabalho e na educação:
implicações para o currículo. Boletim Técnico do SENAC, v. 27, n. 3, p. 13- 25, 2001.
• DOS SANTOS C, J; DO PRADO, P. S. T. Apresentação de trabalho em eventos científicos:
comunicação oral e painéis. Interação em Psicologia, v. 9, n. 1, 2005
• JAKOBSON, Roman. Lingüística e comunicação. Editora Cultrix, 2008
• PEREIRA, R. C. M. As múltiplas faces da interação. Revista do GELNE, v. 8, n. 1/2, p. 163- 174,
2016

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