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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Aula 1 – O MUNDO CONTEMPORÂNEO


HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DESTA AULA:

• Definir os marcos iniciais da


Era Contemporânea.

• Reconhecer o legado da Era


Moderna para as estruturas
sociopolíticas
contemporâneas.

• Analisar as mudanças
geopolíticas após a Era
Napoleônica e o Congresso de
Viena.
O MUNDO CONTEMPORÂNEO – AULA 01
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Nesta aula, veremos a transição entre a sociedade


moderna e o mundo contemporâneo. Estudaremos o
papel das revoluções burguesas na crise do antigo
regime e na consolidação de um novo modelo
produtivo, que promoveria o processo de
industrialização iniciado na Inglaterra do século XVIII.
 

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Por que estudar história contemporânea ?

Que tipo de conhecimento terei com o estudo


dessa disciplina ?

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Intensas transformações em um curto espaço de tempo,


avanços tecnológicos, culturais, novas formas de pensar
e analisar as sociedades, transformações na geopolítica.

Consolidação da ideia de aceleração do tempo !!

Mas, o que chamamos de aceleração do tempo ?

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Vamos analisar algumas transformações que


ocorreram na Era Moderna e que tiveram forte
impacto na Era Contemporânea ?

Podemos citar algumas :

•Reformas Religiosas – fim da hegemonia da Igreja


Católica;

•Tolerância religiosa como um problema do mundo


contemporâneo;

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

• Formação dos Estados de Direito, baseados na


existência de uma Constituição. Brasil é um Estado
de Direito;

• Consolidação da burguesia e do capitalismo;

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Vamos relembrar um pouco da Revolução Francesa,


marco inicial da Era Contemporânea e acontecimento
que pode ser considerado um divisor de águas na história
pois inaugura uma nova forma de pensar, consolidando o
advento do racionalismo e consolidando as bases da
sociedade burguesa contemporânea. Nessa revolução,
testemunhamos a queda do Antigo Regime, baseado em
monarquias absolutistas. A Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão também é considerada um marco
nesse período. Vamos lembrar os pontos da declaração !!

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Os representantes do povo francês, reunidos em Assembleia


Nacional, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento
ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos
males públicos e da corrupção dos Governos, resolveram
declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e
sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre
presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre
permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que
os atos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, podendo
ser a qualquer momento comparados com a finalidade de
toda a instituição política, sejam por isso mais respeitados; a
fim de que as reivindicações dos cidadãos, doravante
fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam
sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral.

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Em razão disto, a Assembléia Nacional reconhece e


declara, na presença e sob a égide do Ser Supremo, os
seguintes direitos do homem e do cidadão:
Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em
direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-
se na utilidade comum.
Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a
conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do
homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade
a segurança e a resistência à opressão.

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Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside,


essencialmente, na nação. Nenhuma operação,
nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela
não emane expressamente.
Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que
não prejudique o próximo. Assim, o exercício dos
direitos naturais de cada homem não tem por limites
senão aqueles que asseguram aos outros membros da
sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites
apenas podem ser determinados pela lei.
Art. 5º. A lei não proíbe senão as ações nocivas à
sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode
ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o
que ela não ordene.
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Art. 6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos


têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de
mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para
todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são
iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as
dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua
capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas
virtudes e dos seus talentos.
Art. 7º. Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos
casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta
prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam
executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer
cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer
imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.

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Art. 8º. A lei apenas deve estabelecer penas estrita e


evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão
por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do
delito e legalmente aplicada.
Art. 9º. Todo acusado é considerado inocente até ser declarado
culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor
desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente
reprimido pela lei.
Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo
opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a
ordem pública estabelecida pela lei.
Art. 11º. A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos
mais preciosos direitos do homem. Todo cidadão pode, portanto,
falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos
abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.

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Art. 12º. A garantia dos direitos do homem e do cidadão


necessita de uma força pública. Esta força é, pois,
instituída para fruição por todos, e não para utilidade
particular daqueles a quem é confiada.
Art. 13º. Para a manutenção da força pública e para as
despesas de administração é indispensável uma
contribuição comum que deve ser dividida entre os
cidadãos de acordo com suas possibilidades.
Art. 14º. Todos os cidadãos têm direito de verificar, por
si ou pelos seus representantes, da necessidade da
contribuição pública, de consenti-la livremente, de
observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a
coleta, a cobrança e a duração.
Art. 15º. A sociedade tem o direito de pedir contas a
todo agente público pela sua administração.
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Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a


garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos
poderes não tem Constituição.
Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e
sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser
quando a necessidade pública legalmente comprovada
o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.
 

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Percebem como temos


uma consolidação da
burguesia e de seus
interesses de uma forma
muito intensa ?

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Era Napoleônica

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Napoleão assume o poder na França em 1799,


empreende diversas guerras de conquista na
Europa, altera o mapa europeu e governa até
1815, sendo derrotado pelo seu próprio desejo
de conquista e expansão. Suas tropas foram
sendo dizimadas e a Europa buscou se
reorganizar. Para isso, foi estabelecido o
Tratado de Paris e o Congresso de Viena. Mas
qual o objetivo desse Tratado e desse
Congresso ?

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Após o exílio de Napoleão na ilha de Elba, iniciaram-se


as negociações para o estabelecimento da paz entre a
França e os países que haviam sido invadidos por ela
durante a guerra. Foi assinado o Tratado de Paris, em
1814, restaurando a harmonia e decidindo as questões
territoriais desestabilizadas pela Era de Napoleão.

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

A França se comprometeu a pagar indenizações aos


países envolvidos e que haviam saído vencedores do
conflito, como a Prússia, a Áustria, a Rússia e o Reino
Unido. Essas negociações foram interrompidas com a
fuga de Napoleão de Elba e o início do governo dos 100
dias. Mas sua derrota, em Waterloo, tornou necessária a
convocação de um congresso, que pusesse um fim
definitivo às hostilidades e reconfigurasse o mapa da
Europa. Esse congresso ocorreu, em Viena, em 1815.
Escolher Viena não era aleatório pois era uma cidade
importante na Europa.

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O objetivo do Congresso de Viena era


reestabelecer a paz e a estabilidade
política na Europa, redesenhando a
fronteira do Continente. O Congresso
reuniu representantes de diferentes
países, estabelecendo indenizações de
guerra que seriam pagas pelos países
derrotados.

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Alguns dos principais países participantes do Congresso


foram a Áustria, a Prússia, o Reino Unidos, Portugal,
Espanha, Dinamarca, Suécia, Suíça, Rússia e, é claro, a
França. Mesmo derrotada, ela ainda era um importante
fator a ser considerado, tanto política quanto
economicamente. A palavra de ordem do Congresso foi
restauração. A fim de levar ao equilíbrio geopolítico, a
principal proposta de Viena era reconduzir as monarquias
depostas ao poder, legitimando um Estado semelhante ao
do Antigo Regime.

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

A partir do Congresso de Viena, foi criada a Santa Aliança,


reunindo Áustria, Prússia e Rússia, em uma cooperação
militar entre esses reinos. Os Estados Pontifícios, que
pertenciam à Igreja, foram devolvidos, gerando muitas
controvérsias que só foram resolvidas com o Tratado de
Latrão, em 1930, que reconheceu o Estado do Vaticano, sob
governo do Papado.
Viena manteve ainda a divisão da Itália e da Alemanha em
vários reinos, que só se unificaram posteriormente.

O MUNDO CONTEMPORÂNEO – AULA 01


HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Os monarcas europeus em Viena desejavam


reimplantar o absolutismo e acabar com a
influência liberal propagada pela Revolução
Francesa. Mas, isso parecia impossível pois o
liberalismo já estava consolidado, especialmente
entre os burgueses. Em 1848, o rei Carlos X, com
medo das intensas pressões que estava sofrendo,
abdicou, sendo proclamada então a República na
França.

O MUNDO CONTEMPORÂNEO – AULA 01


HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

O Congresso de Viena restaurou as monarquias e o


rei Luís XVIII, da dinastia dos Bourbons. Em seu
governo, ele tentou manter o equilíbrio político na
nação mas, após a sua morte, esse equilíbrio se
rompeu. Seu sucessor, Carlos X, tentou restaurar o
absolutismo mas a população francesa mostrou que
não apoiaria. Em 1830, os liberais ganharam a maior
parte das cadeiras na Câmara dos Deputados.

O MUNDO CONTEMPORÂNEO – AULA 01


HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

O MUNDO CONTEMPORÂNEO – AULA 01


HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Em uma manobra inábil, o rei retirou do cargo os


deputados eleitos, estabelecendo a censura à
imprensa, provocando a fúria da população,
estimulada por panfletos, manifestos e passeatas.
Essa revolução foi tema de obras famosas, como Os
miseráveis, do escritor Vitor Hugo, e cujo pano de
fundo são os dias da revolução de 1830.

O TERRORISMO NO MUNDO ATUAL – AULA 10


HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

A sociedade contemporânea mostrou sua face e


sua vontade de não retornar ao universo
anterior à Revolução Francesa. A era das
liberdades se consolidou e a influência do
liberalismo tornou-se cada vez mais sólida.

Eis a era contemporânea iniciando-se !!!

O TERRORISMO NO MUNDO ATUAL – AULA 10


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NESSA AULA VOCÊ:

• Definiu os marcos iniciais da Era


Contemporânea.

• Reconheceu o legado da Era Moderna para as


estruturas sociopolíticas contemporâneas.

• Analisou as mudanças geopolíticas após a Era


Napoleônica e o Congresso de Viena.

O MUNDO CONTEMPORÂNEO – AULA 01

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