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m Enterobactéria;
m Gram ² Negativa;
m Anaeróbia facultativa;
m Associadas na sua maioria
ao grupo B2;
m Nos indivíduos saudáveis, a
maioria dos uropatógenos
tem sua origem da flora
retal;
m Entram na uretra com uma fase de colonização temporária do
epitélio periuretral e uretral distal;

m Fatores intrínsecos que contribuem para a complexa interação


entre o hospedeiro e o agente patogénico nas infecções
urinárias;

m É o principal agente que ocasiona infecções no trato urinário ;

m 95% de todas estas infecções, desenvolvem-se em uma rota


ascendente;

m Resistência significativa à antimicrobianos tornam cada vez


mais difícil o tratamento e erradicação de infecções urinárias.
Fatores de virulência:
m Genes plasmidiais e/ou cromossomais;

m Aumentam a capacidade de colonizar e persistir no


trato urogenital;

Patogenicidade:
m Ligação à célula do hospedeiro;

m Produção de toxinas;

m Invasão do hospedeiro.
Escherichia coli uropatogênica
ń Vários fatores de virulência
m Adesinas;
m Sistemas de captação de ferro;
m Citotoxinas...

ń Fatores de maior Importancia na ITU humana:


m Pilus tipo 1 (pili);
m Pilus associado com pielonefrite (pap);
m Fímbria S (sfa);
m Adesina afimbrial I (afa I);
m Hemolisina (hly) ;
m Aerobactina (aer);
m Fator citotóxico necrotizante (cnf);
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Aderência ao - Proteção
Uroepitélio - Impede a retirada bacteriana por micção
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Maior capacidade de:
m Multiplicação;

m Invasão do tecido renal ;

m Resistência à desidratação e oxidação;

m Tolerância a detergentes e antibióticos.


Hemolisinas
Citotoxinas ń Lise osmótica principalmente de
eritrócitos.

Sideróforos
Exoproteínas codificadas por genes plasmidiais
Aquisição de ferro

Fator necrotizante citotóxico


Infecções extraintestinais (septicemia e infecção do
trato urinário) e enterites no homem e animais.
Îuimiotaxia do flagelo bacteriano ń Disseminação para
novos sítios do trato urinário
m Obtenção de nutrientes (limitados)
m Escape da resposta imune do hospedeiro

Infecções do trato urinário


ocorrem de maneira ascendente

*
Motilidade mediada pelo
flagelo contribui para a
virulência das bactérias.
Alpha hemolisina (HlyA) Toxinas conhecidas ń Citotoxicidade
Fator citotóxico necrosante 1 (CNF1) direta para sediar tecidos.

CNF1 ń Facilita a sobrevivência da UPEC durante a resposta inflamatória


ń Modula a função dos leucócitos polimorfonucleares (downregulation de
fagocitose)

Aersiniabactin Fatores de virulência relacionados aos sistemas de recaptação


Aerobactin (aer) de ferro ń Necessidade das bactérias de capturar ferro para o
crescimento em um ambiente estressante.

Polissacarídeos capsulares ń Proteção contra a fagocitose.

Os fatores de virulência presentes no estabelecimento da infecção no trato urinário além


de promoverem colonização, estão ligados à formação do biofilme
m Resistência à desidratação e oxidação .

m Maior tolerância a detergentes e antibióticos.

m Polissacarídeos capsulares
contribuem para a formação de
biofilme na bexiga.
m Ag 43 (adesina antígeno 43):
Codificado pelo gene flu
Auto-agregação celular formação de
biofilme bacteriano
Sobrevivência e persistência em infecção
prolongada.
m Expressão da fímbria do tipo 1:

Importante estrutura para formação do


biofilme, devido sua adesão celular inicial.
m ITUs, principalmente cistite crônica e infecções
associadas ao uso de cateteres:
Diminuição da susceptibilidade das bactérias
aos agentes antimicrobianos.
m Resistência do biofilme:
Polímero hidrofílico (reveste o biofilme)

Estratégias de liberação de agentes antimicrobianos

Agentes antimicrobianos não penetram o biofilme


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1)Via ascendente ou retrógrada :
m Invasão bacteriana principalmente em mulheres e
crianças de ambos os sexos;
m No sexo feminino, a infecção é precedida de
colonização na mucosa da vagina e uretra com
enterobactérias da flora fecal. Îuando atinge a
mucosa vesical, instala-se a ITU, que quase sempre
é limitada clinicamente à bexiga (cistite);
m As bactérias podem atingir o ureter e a pelve renal
(gerado pelo comprometimento do mecanismo
antirrefluxo do meato uretral causado pelo edema
infeccioso) . Alterações do peristaltismo ureteral,
aliado à aderência bacteriana, facilitam a ascensão
até o rim;
m Da pelve renal, pode ascender aos túbulos renais e
espalhar-se pelo parênquima renal, produzindo
pielonefrite aguda .
2)Via Hematogênica :
m Îuando a bactéria atinge o parênquima renal via
corrente sanguínea;
m É improvável que enterobactérias atinjam o rim por
essa via, a não ser em casos de bacteremia por gram
- de origem extraurinária .
3) Via Linfática:
m É incomum e limita-se a casos de obstrução
intestinal ou abscessos intra ou retroperitoniais,
especialmente em pacientes com estado geral
comprometidoë
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m Crianças;
m Mulheres grávidas e não grávidas;
m Idosos;
m Indivíduos com lesão espinhal;
m Pacientes em uso de cateter
uretral;
m Indivíduos com diabetes ou
esclerose múltipla;
m Pacientes com síndrome da
imunodeficiência adquirida;
m Pacientes com anormalidades
urológicas;
m ITU tem impacto sobre a qualidade de vida dos
indivíduos acometidos e sobre os encargos para
o sistema de saúde, devido à alta incidência.
m Custos diretos: consultas médicas
ambulatoriais, diagnóstico, o uso de
antimicrobianos e despesas com internação,
bem como os custos associados ao tempo
perdido de trabalho e morbidade.
m A relação sexual é um dos principais
predisponentes para mulheres no
desenvolvimento de ambos os tipos de
ITU, aguda e recorrente, e esse risco varia
conforme o tipo de método contraceptivo
utilizado;

m Após a relação sexual, a prevalência de


bacteriúria por E. coli aumenta
ligeiramente em usuários de
contraceptivo oral, mas aumenta
drasticamente em usuários de
diafragmas, preservativos e/ou
espermicidas para contracepção;

m Deficiência de estrogênio tem sido


associada a um risco aumentado de ITU.
m TRATAMENTO : deve ser feito de acordo com a
localização da ITU e presença de fatores complicantes;

m SINDROMES CLÍNICAS ASSOCIADAS : cistite,


pielonefrite, bacteriúria assintomática e síndrome
uretral;

m RECORRÊNCIA : pode se apresentar como:


- Recaída: presença do mesmo microorganismo, que não
foi efetivamente eliminado. Ocorre até 2 semanas após o
término do tratamento;
- Reinfecção: novo episódio de infecção, pelo mesmo ou
por outro microorganismo. Sintomas reaparecem em período
maior do que 2 semanas após o término do tratamento;

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m Alteração do método contraceptivo;
m Maior ingesta hídrica;
m Micção pós-coital;
m Estrogênios tópicos na vagina (pós-
menopausa)
m Îuimioprofilaxia:
- Contínua
1)Nitrofurantoína (100mg/dia)
2)Sulfametoxazol-trimetoprim (480mg/dia)
3)Norfloxacin (400mg/dia)
4)Ácido pipemídico (400mg/dia)
- Pós-coital: mesmas drogas utilizadas na
estratégia contínua
- Auto tratamento: tratamento de episódios,
quando aparecem, sem profilaxia nos intervalo
m Forma mais comum de
Infecção do Trato Urinário
(ITU);
m Aproximadamente 25%
das mulheres que têm um
episódio de cistite aguda
desenvolvem ITU
recorrente;
m Pode evoluir a Pielonefrite
Aguda.
m Dor localizada no baixo
ventre;
m Ardência ao urinar
m Urgência e aumento da
frequência miccional;
m Em geral não há febre e,
quando há, pode
significar
acomentimento dos rins.
m Aumento da ingestão
de líquidos;
m Urinar após a relação
sexual;
m Usar roupas que
permitam a
transpiração;
m Cuidados com
higiene pessoal.
FATORES
FATORES BIOLÓGICOS COMPORTAMENTAIS
m Anormalidades m Relações sexuais
congênitas
m Uso de diafragma
m Obstrução urinária
m Uso de camisinhas ou
m Histórico prévio de
Infecção do Trato espermicidas
Urinário m Uso recente de
m Diabetes antibióticos
m Incontinência Urinária m Hidratação inadequada
m Idade
m Menopausa
m As cistites sempre são causadas por bactérias?
m Roupa íntima causa cistite?
m Utilizar banheiro público causa cistite?
m Relação sexual causa cistite?
m O diagnóstico é confirmado a partir da
Urocultura, dependendo da quantidade de
bactérias encontradas podemos ter Infecção
Urinária ou uma outras situação que se chama
´Bacteriúria Assintomáticaµ, ou seja, eliminação
de bactérias na urina sem a produção de
sintomas. A Infecção Urinária deve ser tratada
imediatamente, mas a Bacteriúria Assintomática
deve ser avaliada pelo médico e tratada conforme
o risco dos pacientes, como por exemplo: idosos,
grávidas e pacientes com a imunidade
comprometida, entre outros.
m ITU associada a cateter é a infecção hospitalar
mais comum, correspondendo a mais de 1
milhão de casos por ano em hospitais, estando
no grupo dos quatro tipos mais freqüentes de
infecções hospitalares.
m ITU nosocomial é freqüentemente
assintomática (90%) entre os pacientes recém
cateterizados, e o tempo de permanência do
cateter é o fator de risco mais importante para
o desenvolvimento de bacteriúria associada.
Obs: Bacteriúria significa
a presença do microrganismo
no trato urinário e é detectada
através da cultura de urinaë
m Entre as ITUs, são de suma importância
aquelas que acometem os pacientes em uso
crônico de sonda vesical, podendo ocasionar:
Dificuldade de eliminação da urina;
Retenção urinária (pielonefrite).
m o desenvolvimento da infecção depende de
múltiplos fatores envolvidos na relação
bactéria-hospedeiro:
A virulência e a aderência das bactérias aos receptores
uroteliais;
Fatores do hospedeiro( como flora bacteriana
normal, pH ácido vaginal, pH urinário, alta
concentração de uréia, ácidos orgânicos e o ato da
micção que remove as bactérias da parede vesical,
bem como fatores genéticos).
m Segundo dados epidemiológicos 35% a 45%
de todas as infecções hospitalares adquiridas
são ITUs, sendo que 80% estão relacionadas
ao uso do cateter vesical de demora (principal
veículo de transmissão).
m Também é importante lembrar que os bacilos
gram-negativos não-fermentadores da glicose
formam um biofilme, sendo necessária a
remoção de todo o sistema (sonda vesical)
para o tratamento adequado da infecção.
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m É a infecção urinária que atingiu os rins, ou o
rim. É supurativa (produção de pus);
m Bactéria entra pela uretra, passa pela bexiga e
se instala no rim;
m Nas mulheres, na maioria dos casos, isso
ocorre pela contaminação e colonização
perivaginal pela flora bacteriana fecal;
m Representante mais importante da flora
bacteriana fecal é a Escherichia coli,
responsável por 85-90% das infecções
urinárias.
m Aumento de tamanho dos rins, região lombar muito
sensível a qualquer toque ou batida, além de dor na
parte lateral do tórax constante: quando as bactérias
atingem os rins, elas provocam no local um processo
inflamatório e infeccioso;
m Febre > 37,5º C e calafrios;
m Urina em pequenas quantidades, muitas vezes ao dia,
sempre ardendo muito;
m Pode ocorrer gotejamento de sangue no final da micção;
m Urina tornou-se mal cheirosa, turva e com grumos
(filamentos);
m Îueixas digestivas, como náuseas, vômitos e anorexia;
m Desânimo, canseira e prostração;
m No exame físico: febre, dor lombar a punho-percussão e,
muitas vezes, dor à palpação abdominal.
m Exame de urina : muito leucócitos, eritrócitos e
bactérias no sedimento urinário;
m Na urocultura: crescimento de germes em
quantidades superiores a 100.000 por mililitro de
urina;
m Hemograma: pode ter aumento dos leucócitos
(leucocitose), e na hemossedimentação, o índice
é muito elevado;
m Hemocultura: identificação da bactéria que
invadiu o sangue e antibiograma;
m Ecografia ou o Rx simples de abdômen: mostram
o aumento do rim infectado e presença de
possíveis lesões;
m Cintilografia renal: para verificar a existência e
evolução das lesões renais.
m Antibiótico sensível de acordo com o
antibiograma ;
m Além de tratar a infecção, deve-se pesquisar e
tratar fatores complicadores que podem
perpetuar ou impedir a melhora da infecção
renal, sendo esses fatores cálculos, obstruções,
estenoses congênitas ou adquiridas, refluxo
vésico-ureteral, malformações congênitas,
sondagens e cateteres;
m Em alguns casos, o paciente com pielonefrite
aguda requer tratamento hospitalar. Isto
ocorre quando há infecção severa
(septicemia).
m É difícil para médico saber se o paciente é
portador de uma infecção complicada ou não;
m É imperioso procurar as causas que
possibilitaram a infecção, pois, sempre há
algum fator que contribuiu para o surgimento
da pielonefrite;
m No homem: as causas quase sempre, são
obstrutivas;
m Na mulher: devem ser afastadas causas
ginecológicas;
m Nos jovens: verificar doenças sexualmente
transmissíveis.
m Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.42 no.1 Uberaba Jan./Feb. 2009
ARTIGO: ESTUDO DOS FATORES DE VIRULÊNCIA ASSOCIADOS À FORMAÇÃO DE BIOFILME E
AGRUPAMENTO FILOGENÉTICO EM ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE PACIENTES COM
CISTITE
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m Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.73, n.4, p.401-407, out./dez., 2006
ARTIGO: OCORRÊNCIA DE FATORES DE VIRULÊNCIA EM ESTIRPES DE ESCHERICHIA COLI
ISOLADAS DE FEZES DE CÃES ERRANTES
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m Infecções do trato urinário: #  /@)          - "  
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m http://www.fcm.unicamp.br/deptos/urologia/graduacao/pdf/ITU_fisiologia_e_diagnostico.pdf
m http://www.fmrp.usp.br/revista/2003/36n2e4/22%20infeccao_trato_urinario.pdf

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