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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO TECNOLÓGICO
PROGRAMA DE POS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA (PPGEM)

O NIÓBIO NO BRASIL E SUAS APLICAÇÕES COMO


ELEMENTO DE LIGA E NA SOLDAGEM

Discente: Anderson Reimão


George Oliveira

Docente: Carlos Alberto Mendes da Mota


Universidade Federal do Pará - UFPA
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO

2. O QUE O BRASIL TEM DE NIOBIO, COMO MINÉRIO.

3. EFEITO DO NIOBIO NA SOLDAGEM.

4. QUAL A IMPORTÂNCIA DO NIOBIO COMO ELEMENTO DE LIGA .

6. CONCLUSÃO

7. REFERÊNCIAS

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Introdução

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Introdução
Parece mágica!
Você joga um punhadinho de nióbio, apenas 100
gramas, no meio de uma tonelada de aço – e a liga se
torna muito mais forte e maleável.
(FONTE)

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INTRODUÇÃO
O que é o nióbio?

Fonte: https://www.dm.com.br/search/Helv%C3%A9cio+Cardoso

• É um metal dúctil, de boa resistência mecânica e tenacidade. É cinza


brilhante em condições naturais, podendo ser de color azulada
quando exposto ao ar em temperatura ambiente após um longo
período.

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Introdução

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Introdução
O que essas duas figuras emblemáticas da Politica Nacional tem
em comum em relação ao NIÓBIO?

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O QUE O BRASIL TEM DE NIÓBIO COMO MINÉRIO.

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O QUE O BRASIL TEM DE NIÓBIO COMO MINÉRIO.

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O BRASIL COMO EXPORTADOR DE NIÓBIO.

• O Brasil é o único exportador de nióbio do mundo, pois o Canadá


proibiu sua venda ao exterior. Trata-se um mineral altamente
estratégico para o país, daí a proibição de sua exportação.

• O Brasil não só exporta, desde 1950, todo o nióbio que produz como
também o vende a preço de banana, e ainda permite que o minério
produzido nos estados amazônicos sejam contrabandeados.(fonte)

• O segundo maior produtor é o Canadá, com apenas 1,5%. Apesar de


ser fundamental nas indústrias automobilística e espacial, é pouco
citado entre os brasileiros. (fonte)

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O Preço imbatível .

• Elmer Salomão, presidente da Associação Brasileira das Empresas de


Pesquisa Mineral–ASPM disse: “Nosso nióbio tem um preço
praticamente imbatível e se ele for elevado, outras jazidas no mundo
todo entrarão em produção”. O exemplo dado em reforço deste
argumento é a China. Quando reduziu a oferta e aumentou o preço
das terras-raras, acarretou o surgimento de 50 novos projetos de
produção desses minerais.

• Se o Brasil não aproveita suas riquezas minerais como deveria é


porque não tem uma política industrial nesse sentido. Somos
obrigados a aproveitar os nossos recursos minerais justamente devido
à revolução tecnológica.

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Pesquisa

• Do ponto de vista estratégico, o que mais importa não é exportar


nióbio in natura, mas agregar valor ao minério.

• Com as reservas que possui, poderia converter-se em grande


exportador de produtos a base de nióbio. Como é o caso do Canadá,
que é um dos seis únicos países do mundo que fabricam turbinas de
avião.

• Algumas universidades brasileiras, como a USP, a Unesp e a UFRJ vêm


pesquisando as propriedades do nióbio, a fim de desenvolver
tecnologias no setor de supercondutores, na geração e transmissão
de energia elétrica, no sistema de transporte e na mineração, sendo
amplamente empregados na construção de equipamentos químicos,
mecânicos, aeronáuticos, biomédicos e nucleares.

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Importante Ressaltar

• Apesar de o país possuir esta riqueza, não há por parte dos governos
qualquer interesse em colocá-la a serviço do país. Não existe qualquer
abordagem específica para o nióbio dentro das discussões sobre o
novo marco regulatório da mineração.

• A oferta de nióbio está praticamente toda nas mãos das duas gigantes
multinacionais privadas que operam no país (quais?).

• Apesar das exportações de nióbio contribuem para o superávit da


balança comercial e o metal ser, hoje, o 3º item mais importante da
pauta mineral de exportação, ninguém jamais cogitou em tratar o
assunto como questão de segurança nacional.

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IMPORTÂNCIA DO NIÓBIO COMO ELEMENTO DE LIGA

• Segundo Marcelo Carboni publicou no 9º Simpósio SAE BRASIL de


Novos Materiais e Nanotecnologia, “O nióbio, como elemento de liga
para os aços avançados, permite que estes materiais tenham mais
tolerância às variações de processo e à utilização de energias mais
elevadas durante a fabricação”.

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ELEMENTO DE LIGA

Nióbio (Nb) (Fonte: Apostila Metalurgia de


soldagem -ESAB)
O nióbio é empregado em aços inoxidáveis austeníticos como
estabilizador de carbonetos. Já que o carbono nos aços inoxidáveis
diminui a resistência à corrosão, um dos modos de torná-lo ineficaz é a
adição de nióbio, que possui maior afinidade pelo carbono que o cromo,
deixando este livre para a proteção contra a corrosão.

Sendo o nióbio um elemento fortemente formador de carbonetos, ele atua


como refinador de grãos. Durante as transformações da austenita em ferrita
próeutetóide e para ferrita bainítica, a taxa de nucleação desses
microconstituintes é muito aumentada, levando a um enriquecimento maior de
carbono na austenita remanescente nessas transformações, favorecendo a
estabilidade da mesma. Isso conduz a uma maior conformabilidade, devido ao
aumento do efeito TRIP associado à austenita remanescente. A presença do
nióbio em solução sólida pode favorecer o enriquecimento de carbono da
austenita, contribuindo assim na sua estabilidade (BLECK et al, 1998).

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ELEMENTO DE LIGA

Nióbio (Nb) (Fonte: Apostila Metalurgia de


soldagem -ESAB)

Estabilizador de carbonetos

Refinador de grãos

Aumenta a taxa de nucleação de austeita para ferríta pró-eutetóide

Estabiliza a autenita

Aumenta as propriedades mecânicas em ligas de aços inoxidáveis

Preserva o cromo dos aços inoxidáveis

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ELEMENTO DE LIGA
Estrutura cristalina do nióbio

Apostila metalurgia da soldagem ESAB

Apostila metalurgia da soldagem ESAB


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EFEITO DO NIÓBIO NA SOLDAGEM
• Auxilia o refino das microestruturas. “Mais refinadas, essas
microestruturas apresentam melhores propriedades durante e após o
processo de soldagem”.

• O nióbio para a soldagem de materiais dissimilares. “Com a tendência


do uso de multimateriais – ou mesmo de diferentes aços – na
composição das carroçarias, o nióbio é uma solução que pode evitar
diversos problemas de resistência mecânica”.

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EFEITO DO NIÓBIO NA SOLDAGEM
AÇOS INOXIDÁVEIS AO CROMO-NÍQUEL (Apostila Eletrodos inoxidáveis-ESAB)
A maioria dos aços inoxidáveis ao cromo-níquel é austenítica, mas também austeno-ferríticos
(duplex) como 25Cr5Ni e 25Cr5Ni1,5Mo e austeno-martensíticos contendo 13-16% de cromo e 5-
6% de níquel. Os aços inoxidáveis austeníticos podem ser totalmente austeníticos ou conter uma
pequena porcentagem de ferrita.
O níquel aumenta a ductilidade e, no caso dos tipos de ligas mais altas, também a resistência à
corrosão. Os aços inoxidáveis austeníticos que contêm 25% de níquel possuem uma boa
resistência à corrosão sob tensão. Os aços inoxidáveis austeníticos não são magnéticos nem
temperáveis termicamente. Desta forma, as zonas termicamente afetadas desses aços não
endurecem.
A resistência à corrosão dos aços inoxidáveis austeníticos dependem dos teores de cromo, níquel
e de carbono. A máxima resistência à corrosão é alcançada quando o teor de carbono não
ultrapassa cerca de 0,02%. Na maioria dos padrões de aço inoxidável ELC (extra-low carbon) —
aços de baixíssimo carbono — o teor de carbono máximo é de 0,030%. Se o teor de carbono não
for baixo o suficiente, precipitam-se carbonetos contendo 60-70% de cromo na zona termicamente
afetada de uma solda, onde o material foi aquecido a temperaturas na faixa 450-900 °C. A
temperatura mais crítica fica na faixa 500-800°C (até aproximadamente 5 mm da linha de fusão).
Devido á formação de carbonetos de cromo, ocorre uma diminuição local de cromo, o que reduz
enormemente a resistência à corrosão das áreas sujeitas ao ambiente corrosivo. O limite de
0,05% de carbono evita, sob quase todas as condições de soldagem, que a zona termicamente
afetada fique sensitizada, principalmente em seções de menor espessura. Para soldas que devem
sofrer alívio de tensões, é necessário empregar aços de baixíssimo carbono (grau ELC, C ≤
0.030%).

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EFEITO DO NIÓBIO NA SOLDAGEM

Estabilização do carbono (Apostila Eletrodos inoxidáveis-ESAB)


A precipitação de carbonetos de cromo na zona termicamente afetada
pode ser evitada combinando-se preferencialmente o carbono com o nióbio
(AISI 347) ou com o titânio (AISI 321). Os aços inoxidáveis estabilizados ao
nióbio e ao titânio são, contudo, ligeiramente inferiores aos aços
inoxidáveis grau ELC com relação à garantia contra fissuração durante a
soldagem e após exposição a certos meios corrosivos.

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EFEITO DO NIÓBIO NA SOLDAGEM

ESTUDO DE CASO 1

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O QUE O BRASIL TEM DE NIÓBIO COMO MINÉRIO.

Resumo

Este trabalho teve como objetivo investigar a influência do nióbio e do molibdênio


 na microestrutura e no comportamento do fluxo de soldas de Ni – Cr –
Fe. Exames microestruturais e testes mecânicos foram realizados nos espécimes
de solda do Alloy 52, Alloy 52M e duas variantes com maiores teores de nióbio e
molibdênio. Na solda Alloy 52, sem as adições de nióbio e molibdênio, TiCs / TiNs
estavam presentes na matriz e carbonetos de Cr precipitados ao longo do limite
de grão. Notou-se que o nióbio poderia fortalecer as soldas com a precipitação de
pequenos NbCs / (Nb, Ti) Cs, enquanto que o molibdênio não só fortalecia a
precipitação com pequenos (Nb, Mo) / Cs mas também endurecia as soldas. Tanto
o nióbio quanto o molibdênio aumentariam a quantidade e o tamanho das fases
Laves quando suas adições fossem maiores. A dureza média, o 
rendimento e a resistência à tração das soldas aumentaram com o conteúdo de
nióbio e molibdênio. Fluxo espasmódico foi encontrado nas curvas de tensão-
deformação em 300 ° C, exceto para a solda Alloy 52M. As ondulações dúcteis
foram a característica de fratura dominante das soldas com menores teores de
nióbio. Com as adições Nb / Mo, a precipitação e o fortalecimento da solução
resultaram em diminuição das linhas de deslizamento na matriz.

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Conclusões

1. Em ligas de solda 52, TiNs / TiCs e carbonetos de Cr precipitaram na matriz e ao


longo do limite de grão, respectivamente. Com um aumento de Nb, os precipitados
foram identificados como sendo NbCs / (Nb, Ti) Cs. Grandes fases Laves foram
encontradas com as soldas de altas adições de Nb / Mo. Pequenos precipitados (Nb,
Mo) / C na matriz foram analisados ​para conter molibdênio quando Mo foi adicionado.
2. A dureza média das soldas aumentou com as adições de ligas. O tratamento térmico
a 300  ° C por 2,5  h poderia aumentar a quantidade de carbonetos de Cr precipitados
ao longo do limite de grão e elevar levemente a dureza média das soldas da Liga 52 e
da Liga 52M.
3. Nb e Mo aumentaram o rendimento e a resistência à tração das soldas tanto à
temperatura ambiente quanto à temperatura elevada. Fluxo espasmódico foi
encontrado nas curvas de tensão de solda em temperatura elevada, exceto a solda liga
52M.
4. As ondulações dúcteis foram a característica de fratura dominante observada com os
espécimes de solda com menores teores de nióbio . A alta temperatura, as covinhas
tornaram-se grosseiras e menos povoadas.
5. A temperatura elevada, as linhas de deslizamento nas matrizes diminuiu com o
aumento de Nb e Mo, porque de endurecimento por precipitação de Nb-carbonetos e
Nb-Ti carbonetos , e solução de reforço de Mo.

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CONCLUSÃO

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REFERENCIA BIBLIOGRAFICO

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Para que serve e qual a sua importância.

Nióbio é o elemento mais resistente à oxidação. Mais ainda: aços


contendo menos de 5% de nióbio em sua composição resistem a
temperaturas superiores a 2 mil graus centígrados sem apresentar
dilatação. (por q?)
É por isso que o nióbio é imprescindível na indústria aeronáutica, que o
emprega na confecção de câmaras de combustão de motores a jato.

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