Você está na página 1de 19

Mestrado de Gerontologia

1.º Ano – 1.º Semestre


Unidade Curricular: Políticas Públicas do Envelhecimento Ativo

Experiências de Singularidade
Mestrandos: Docente:
Ana Carvalho Professor Doutor Adriano Pedro
Andrea Carrajana
Maria Rosália Guerra
Susana Simão
Vítor Pires

Fevereiro de 2015
ALIVE INSIDE (trailer)
EXPERIÊNCIA DE SINGULARIDADE

• Singularidade: substantivo feminino


• 1 – Qualidade do que é singular, único, só;
• 2 – O que é peculiar a um só indivíduo e não a outros;
• 3 – Particularidade
• 4 – Modo extraordinário de proceder ou de pensar;
• 5 – Excentricidade;
• 6 – Coisa, ação ou palavra singular.

"singularidade", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,


http://www.priberam.pt/dlpo/singularidade [consultado em 01-02-2015].
SINGULARIDADE NA INSTITUCIONALIZAÇÃO

•MOTIVOS DA INSTITUCIONALIZAÇÃO
•Envelhecimento da população
•Alterações da estrutura familiar
•Degradação das condições habitacionais
•Insuficiência de serviços de proximidade
•Perdas na autonomia, causadas por patologias físicas,
•Perda de pessoas pertencentes à sua rede social (cônjuge, irmãos, etc.)
Ganhos da Institucionalização

• Manutenção da autonomia pessoal

• Continuidade da interação pessoal

• Realização de atividades

• Conservação das relações familiares sem grandes conflitos

• Potencia o acesso a novas amizades, nomeadamente nos idosos mais


incapacitados
PERDAS DA INSTITUCIONALIZAÇÃO
• Perda de privacidade

• Obrigação de seguir as orientações da Institucionalização

• Necessidade de partilhar o tempo e as atividades ao lado de pessoas com


quem não têm nenhum laço de amizade

• Não ter a hipótese de escolher a Instituição que os vai acolher

• Consciência social escassa

• Perda de controlo

• Perda do sentido de identidade


ÁREAS-CHAVE DA
INSTITUCIONALIZAÇÃO
• Promover a qualidade de vida atual;

• Aumentar a expectativa de vida ajustada à qualidade;

• Potenciar o crescimento e o desenvolvimento pessoal;

• Melhorar a qualidade do processo “morrer”

• Manter ou aumentar a capacidade de participação na tomada de decisão;

• Melhorar a qualidade de vida institucional e dos cuidadores.


ASPETOS DE SINGULARIDADE
PROMOVIDOS
• Conhecer e estar sensibilizado para as caraterísticas e
necessidades da pessoa;

• Saber se o novo utente vai de livre vontade e se está


informado pelos familiares de que vai para o Lar;

• Acolhimento: Visita à Instituição, espaços outos utentes,


receção de boas-vindas;

• Considerar sempre a vontade do utente;


• Ouvir sempre, sem interromper e sempre que possível
estabelecer, contato físico;

• Explicar sempre e continuar a fazê-lo sempre que exista


dúvida;

• Perguntar o que precisa e o que espera de nós;

• Implementação do cuidador de proximidade

• Festejar aniversários dos utentes;


• Sala/espaço onde podem receber visitas e ter conversas
particulares;

• Flexibilidade no horário do Pequeno-almoço, (muitos têm


hortas);

• Experiências de partilha de saberes, no festival andanças;

• Saídas noturnas a festas e romarias, são permitidas, contudo


há um horário limite

• Panóplia alargada de atividades lúdicas, de que podem


usufruir livremente;
• Telefonemas aos familiares, sempre que queiram;

• Animais de estimação, são permitidos;

• Direito à Cidadania, (Votar);

• Direito à Individualidade espiritual;

• Respeito por hábitos e rotinas, anteriormente


adquiridos, (bebidas alcoólicas;
ASPETOS NÃO PROMOTORES DE
SINGULARIDADE
• Comunicar todas as ausências, assinando termo de responsabilidade;

• Portas e portões trancados e vigiados com câmaras de vigilância.


A SINGULARIZAÇÃO AQUANDO DA INSTITUIÇÃO
O CASO CONCRETO DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE
CAMPO MAIOR
• Aquando da admissão é feito um preenchimento de ficha
individual onde são registados os dados pessoas e o contexto
familiar do utente;
• A instituição informa o familiar que o utente pode levar para a
instituição objectos do seu domicílio que o mantém ligado às suas
memórias;
• É feito um registo das necessidades e expectativas iniciais;
• Realiza-se um Plano Individual de Cuidados para cada utente –
feito por toda a equipa técnica;
• Existe um profissional que acompanha o utente ao exterior (ir ao
banco; médico; fazer compras, etc.);
• Estabelece-se para cada utente um plano individual de
acompanhamento psicossocial;
• No caso do utente com demência é feito um plano individual de
estimulação cognitiva que se materializa em actividades promotoras
de estímulo cognitivo que ocorrem três vezes por semana, durante
uma hora;
• Vai ser implementado a partir do mês de Fevereiro um projecto, em
parceria com o curso de Design da ESTG de Portalegre um trabalho de
identificação dos espaços (privados e comuns) para promover uma
melhor orientação e autonomia do utente no espaço;
• Defende-se a abordagem centrada na Pessoa que pretende
personificar os cuidados (é um caminho que estamos a percorrer)
Por outro lado...
• Não existem espaços privados de encontro entre o utente e o seu
familiar;
• Neste momento as actividades de estimulação cognitiva são feitas,
maioritariamente, num espaço que não é próprio e exclusivo para
estas actividades;
• Os utentes têm rotinas muito rígidas em termos de horários: levantar;
toma das refeições; etc.
• Não existem espaços diferenciados, onde o utente possa ocupar o seu
dia de forma diversa, permitindo sobretudo a escolha;
• As tarefas são muitas vezes impostas, não deixando espaço para a
escolha.
Estimulação cognitiva individual

Você também pode gostar