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ESCS-IPL

Industrias Culturais
Pedro Pereira Neto

A diversidade cultural:
de que resulta?
que papel tem cada pessoa nela?
é um problema ou uma mais-valia?
o que fazemos colectivamente com ela?
França
França
na 1ª metade do séc. XX

Que acolhimento a migrantes/refugiados de culturas diversas?


país que concebe a si como unitário/homogéneo

impõe normas e valores franceses (em sentido universalista)

segrega práticas culturais particulares (dificulta a sua integração)
Antropologia cultural francesa
na 1ª metade do séc. XX

Lévi-Strauss (1908-2009):


reconhece existência de padrões (conjuntos organizados de
gostos, hábitos, modos de fazer) culturais distintos; mas

o seu número é limitado

cada padrão mantém ainda resquícios de Cultura universal
original (modo de compatibilizar uma diversidade evidente
com a necessidade de afirmar uma unidade ancestral)
Antropologia cultural francesa
na 1ª metade do séc. XX

Bastide (1898-1974):


defende diversidade cultural como fruto dinâmico de aculturação
(processo de desconstrução e reconstrução contínua de gostos)
EUA
E.U.A.
na 1ª metade do séc. XX

Que acolhimento a migrantes/refugiados de culturas diversas?


país que concebe a si como federal e heterogéneo

(re)ajusta normas e valores partilhados (em sentido particularista)

assimila e acomoda práticas culturais particulares (facilita a sua
integração)
Antropologia cultural nos E.U.A.
na 1ª metade do séc. XX

A herança de Boas: o pensamento histórico-cultural



defende adaptação de uma cultura à sua localização

mapeia e caracteriza lugares culturais específicos


problema:

só onde coincidam fronteiras geográficas e culturais
(praticamente inexistentes na actualidade)
Antropologia cultural nos E.U.A.
na 1ª metade do séc. XX

Malinowski (1884-1942): o pensamento sistémico



vê diversidade cultural como resposta as necessidades do sistema
social


problema:

não reconhece como possível qualquer mudança no sistema
(visão homeoestática, que tende para o reequilíbrio)
Antropologia cultural nos E.U.A.
na 1ª metade do séc. XX

Kardiner (1891-1981) e Mead (1901-1978): a cultura como personalidade



o comportamento como revelação de uma cultura

recusa, portanto, a cultura transcendente / inverificável em
comportamentos individuais (como fazia Durkheim);

cada cultura define comportamentos aceitáveis, transmitidas
através de aprendizagem

as instituições primárias (Kardiner)

a inculturação (Mead)

a diversidade cultural corresponde a sub-culturas
Antropologia cultural nos E.U.A.
na 1ª metade do séc. XX
Sapir (1884-1939) e Bateson (1904-1980): a cultura como comunicação


como interacção comunicativa (Sapir)

reconstrução contínua conversacional da cultura


como orquestra (Bateson)

(re)interpretamos uma cultura ao ‘conversar’, de acordo com
as circunstâncias específicas da conversa (como um músico que
toca segundo uma partitura específica de um concerto)

recusa sub-culturas: se recriamos culturas em circunstâncias
diferentes, não existe hierarquia entre elas

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