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Temperatura

Temperatura
Conceitos
Temperatura: Grandeza física que mede o estado de
agitação das partículas de um corpo, caracterizando o seu
estado térmico.
Energia Térmica: É a somatória das energias cinéticas dos
seus átomos, e além de depender da temperatura, depende
também da massa e do tipo de substância.
Calor: É a energia que é transferida entre um sistema e seu
ambiente, devido a uma diferença de temperatura que existem
entre eles. 
Termometria: “Medição de Temperatura”, é o termo mais
abrangente que inclui tanto a pirometria como a criometria.
Pirometria: Medição de altas temperaturas, na faixa que os
efeitos de radiação térmica passam a se manifestar.
Criometria: Medição de baixas temperaturas, ou seja, aquelas
próximas ao zero absoluto de temperatura.
Temperatura
Formas de Transferência de Calor

Condução (sólidos): Transferência de calor por


contato físico.
Convecção (líquidos e gases): Transmissão ou
transferência de calor de um lugar para outro
deslocamento de material.
Radiação (sem contato físico): Emissão contínua de
energia de uma corpo para outro, através do vácuo ou
do ar.
Temperatura

Escalas Relativas e Absolutas


A escala Celsius, que divide a medição de temperatura em
100 partes iguais, denominadas graus Celsius é de uso
universal, e a Fahrenheit, que é dividida em 180 partes iguais
denominados graus Fahrenheit, é usada em muitos paises de
língua inglesa. Tanto Celsius como Fahrenheit, são escalas
relativas.
O físico irlandês William Thomson (lorde Kelvin) chegou à
conclusão de que, se a temperatura mede a agitação das
moléculas, então a menor temperatura possível aconteceria
quando as moléculas estivessem em repouso absoluto. A
esse estado de repouso térmico chamamos zero absoluto.
Baseado no conceito de temperatura, ele criou a Escala
Absoluta, conhecida como Escala Kelvin.
Temperatura
Escalas Relativas e Absolutas
Temperatura
Medidores de Temperatura
1ª Classe: Elemento sensível está em contato com o corpo
cuja temperatura se quer medir.
-Termômetros à dilatação de líquido.
-Termômetros à dilatação de gás;
-Termômetros à dilatação de sólido;
-Termômetros à par termo elétrico;
-Termômetros à resistência elétrica;
2ª Classe: Elemento sensível não está em contato com o
corpo cuja temperatura se quer medir.
-Pirômetros à radiação total;
-Pirômetros à radiação parcial.
Temperatura
Termômetro de Dilatação Volumétrica

Dilatação volumétrica de um
líquido dentro de um recipiente
fechado, com o aumento da
temperatura.
Temperatura
Termômetro de Dilatação Volumétrica

Termômetro de Vidro de Mercúrio – amplamente usado


em laboratórios, oficinas e quando protegidos na área
industrial.

Termômetro Metálico de Mercúrio – bastante usado


em áreas industriais como indicador local.
Temperatura

Termômetro de Expansão de Gás


Elemento de Medição
A alteração da temperatura varia a
pressão do gás conforme a Lei dos
gases perfeitos (Gay-Lussac), sendo o
volume constante.

Capilar

O elemento de medição
pode ser do tipo Bourdon, Bulbo
Espiral ou Helicoidal.
Temperatura

Termômetro de Expansão de Gás

Aplicação: Para processos químicos e petroquímicos,


alimentícios, papel e celulose.
Tipos de Gás de Enchimento:
-Hélio (He);
-Hidrogênio (H2);
-Nitrogênio (N2) (Faixa: -100 a 600ºC);
-Dióxido de Carbono (CO2).
Material de Construção do bulbo e capilar:
-Aço, Aço inox, Cobre, Latão e Monel.
Material de Construção do Elemento de Medição:
Cobre-Berílio, bronze fosforoso, aço e aço inox.
Temperatura

Termômetro Bimetálico

Baseia-se no fenômeno da dilatação linear dos metais com a


temperatura.

O termômetro bimetálico consiste em duas laminas de metais


com coeficientes de dilatação diferentes sobrepostas, formando
uma só peça. Variando-se a temperatura do conjunto, observa-
se um encurvamento que é proporcional a temperatura.
Temperatura

Termômetro Bimetálico
Normalmente usa-se o Invar (aço c/ 36% de níquel) com
baixo coeficiente de dilatação e o latão de alto coeficiente de
dilatação.

Faixa de Trabalho: -50 a 800ºC


Temperatura

Termômetros Bimetálicos - NBR 13881


Temperatura

Efeitos Termoelétricos
Experiência de Seebeck: Num circuito fechado, formado
por dois fios de metais diferentes, se colocamos os dois
pontos de junção a temperaturas diferentes, se cria uma
corrente elétrica cuja intensidade é determinada pela
natureza dos dois metais utilizados e da diferença de
temperatura entre as duas junções.
Temperatura

Efeitos Termoelétricos
Experiência de Peltier: Passando uma corrente elétrica,
por um par termoelétrico, uma das junções se aquece
enquanto a outra se resfria.
Temperatura

Efeitos Termoelétricos

Efeito Volta: Quando dois metais estão em contato a um


equilíbrio térmico e elétrico, existe entre eles uma diferença
de potencial, que depende da temperatura e não pode ser
medida diretamente.
Efeito Thomson: Quando colocamos as extremidades de
um condutor homogêneo à temperaturas diferentes, uma
força eletromotriz aparecerá entre estas duas
extremidades, sendo esta, chamada de F.E.M. Thomson,
que depende do material e da diferença da temperatura,
não pode ser medida diretamente.
Temperatura

Leis da Termoeletricidade

Lei do Circuito Homogêneo: A F.E.M. desenvolvida por um


par termoelétrico tendo duas junções em temperaturas
diferentes não depende do gradiente da temperatura ou da
distribuição de temperatura ao longo dos fios.
As únicas temperaturas relacionadas com a F.E.M. são as das
junções (JQ e JF). Todas as temperaturas intermediárias não
interferem na F.E.M. resultante.
Temperatura

Leis da Termoeletricidade
Lei das Temperaturas Intermediárias: Se a F.E.M. de vários
metais versus um metal de referência, por exemplo, platina, é
conhecida, então a F.E.M., de qualquer combinação dos metais
pode ser obtida por uma soma algébrica.
A temperatura da junta de referência pode estar em qualquer
valor conveniente, e a temperatura da junta de medição pode
ser encontrada, por simples diferença, baseando-se em uma
tabela relacionada a uma temperatura padrão, por exemplo 0ºC.
Temperatura

Leis da Termoeletricidade
Lei do Metal Intermediário: A F.E.M. do termopar não será
afetada se em qualquer ponto de seu circuito for inserido um
metal qualquer, diferente do já existente, desde que as novas
junções sejam mantidas temperaturas iguais.
Em virtude desta lei, pode-se inserir o instrumento de medição
da F.E.M. (voltímetro) com seus fios de ligação em qualquer
ponto do circuito termoelétrico sem alterar a F.E.M. original.
Temperatura

Termopares (thermocouples)
O elemento termopar (TC) consiste em dois fios de diferentes
ligas metálicas, emendados juntos num ponto onde será medida
a temperatura. Esta junção gera uma pequena tensão quando
aquecida em função da diferença de temperatura das junções.
A relação entre a temperatura da junção e a tensão de saída
varia para diferentes tipos de termopares.
Denominamos a junção na qual está submetida à temperatura a
ser medida de Junção de Medição (ou junta Quente) e a outra
extremidade que vai se ligar no instrumento medidor de Junção
de Referência (ou junta Fria).
Temperatura

Curvas Características de Termopares


Temperatura

Tipos de Termopares: NBR 12771


Termopar tipo T (-184 a 370°C): Compostos de cobre
comercialmente puro(+) e uma liga de níquel(-) contendo 45% a
60% de cobre em peso (Constantan).
Termopar tipo J (0 a 760°C): Compostos de ferro
comercialmente puro(+) e uma liga de níquel(-) contendo 45% a
60% de cobre em peso (Constantan).
Termopar tipo E (0 a 870°C): Compostos de ligas comerciais do
tipo níquel-cromo(+), (Chromel)e níquel-cobre(-), (Constantan).
Termopar tipo K (0 a 1260°C): Compostos de ligas comerciais
do tipo níquel-cromo(+) (Chromel) e níquel-manganês-silício-
alumínio(-) (Alumel).
Temperatura

Tipos de Termopares: NBR 12771

Termopar tipo S (0 a 1480°C): Compostos de platina pura(-)


e uma liga de platina(+) contendo um teor de ródio o mais
próximo possível de 10% em peso
Termopar tipo R (0 a 1480°C): Composto de platina pura(-) e
uma liga de platina(+) contendo um teor de ródio o mais
próximo possível de 13% em peso.
Termopar tipo B (870 a 1705°C): Feito de ligas cujas
composições nominais em peso são platina - 30% ródio(+) e
platina - 6% ródio(-).
Termopar tipo N (0 a 1260°C): Compostos de ligas níquel-
cromo-silício(+) (Nicrosil) e níquel-silício(-) (Nisil).
Temperatura
Compensação da Temperatura Ambiente
Para se usar o termopar O sinal total que será convertido
como medidor de em temperatura pelo
temperatura, é necessário instrumento será a somatória do
conhecer a F.E.M. gerada e a sinal do termopar e da
temperatura da junção de compensação, resultando na
referência JF (0º). indicação correta da
temperatura na qual o termopar
está submetido (independendo
da variação da temperatura
ambiente).
Temperatura

Fios e Cabos Compensação


Extensão: São condutores formados com as mesmas ligas dos
termopares a que se destinam apresentando a mesma curva de
F.E.M. por temperatura. Menor custo, pois sua composição não
é tão homogênea quanto a do termopar.
Compensação: São os condutores fabricados com ligas
diferentes dos termopares a que se destinam, mas também
apresentando a mesma curva F.E.M. x temperatura dos
termopares.
São usados principalmente com os termopares nobres (feitos a
base de platina) tipos S e R, porém pode-se utilizá-lo em
alguns termopares básicos.
Temperatura

Cores de Termopares
Temperatura

Cabeçotes

A função do cabeçote é a de
proteger os contatos do bloco
de ligação, facilitar a conexão
do tubo de proteção e do
conduíte, além de manter uma
temperatura estável nos
contatos do bloco de ligação,
para que os contatos feitos de
materiais diferentes do
termopar não interfiram no
sinal gerado por ele.
Temperatura

Poços Termométricos
O poço termométrico tem a função de proteger os
termoelementos contra a ação do processo (ambientes
agressivos, esforços mecânicos entre outros).
Temperatura
Seleção, Instalação e Uso do Termopares
- Faixa de Temperatura
- Exatidão
- Estabilidade
- Repetibilidade
- Condições de Trabalho
- Velocidade de Resposta
- Potência Termoelétrica
- Custo
Um comprimento de inserção mínimo recomendado por norma
é de no mínimo 10(dez) vezes o diâmetro externo da proteção
(bainha, tubo ou poço), para minimizar os erros causados pela
condução de calor ao longo da proteção.
Recomenda-se também uma distância mínima de 100mm do
cabeçote à parede do processo, para nunca exceder a
temperatura máxima de utilização dos fios e cabos de extensão
e compensação.
Temperatura
Termômetro de Resistência

As termoresistências ou bulbos de resistência ou termômetros


de resistência ou RTD, são sensores que se baseiam no
princípio da variação da resistência ôhmica em função da
temperatura. Elas aumentam a resistência com o aumento da
temperatura. Seu elemento sensor consiste de uma
resistência em forma de fio de platina de alta pureza, de
níquel ou de cobre (menos usado) encapsulado num bulbo de
cerâmica ou vidro.
Temperatura

Termoresistência de Platina Pt100


A mais utilizada é a platina pois apresenta uma ampla escala de
temperatura, uma alta resistividade permitindo assim uma maior
sensibilidade, um alto coeficiente de variação de resistência com
a temperatura, uma boa linearidade resistência por temperatura e
também ter rigidez e ductibilidade para ser transformada em fios
finos, além de ser obtida em forma puríssima. Faixa de trabalho
de -200 a 600ºC. Aplicações típicas:
-Processos industriais
-Plantas
-Aquecedores d’água (Boilers)
-Sistemas de aquecimento
-Sistemas de ar condicionado
-Sistemas de ventilação
-Fogões
Temperatura

Ponte de Wheatstone
A ponte de Wheatstone, quando apresenta uma relação de
resistência R1 . R3 = R2 . R4 , esta se encontra balanceada ou
em equilíbrio e desta forma não circula corrente pelo
galvanômetro pois os potenciais nos pontos A e B são idênticos.
Temperatura
Pt100 Ligação a dois fios
Temperatura
Pt100 Ligação a três fios
Temperatura

Vantagens e Desvantagens de Termoresistência x Termopar


Vantagens:
a) Possuem maior exatidão dentro da faixa de utilização do que
os outros tipos de sensores.
b) Tem características de estabilidade e repetibilidade melhores
do que os termopares.
c) Com ligação adequada, não existe limitação para distância de
operação.
d) Dispensa o uso de fios e cabos de extensão e compensação
para ligação, sendo necessário somente fios de cobre comuns.
e) Se adequadamente protegido ( poços e tubos de proteção ),
permite a utilização em qualquer ambiente.
f) Curva de Resistência x Temperatura mais linear.
g) Menos influenciada por ruídos elétricos.
Temperatura

Vantagens e Desvantagens de Termoresistência x Termopar

Desvantagens:
a) São mais caras do que os sensores utilizados nesta
mesma faixa.
b) Range de temperatura menor do que os termopares.
c) Deterioram-se com mais facilidade, caso se ultrapasse a
temperatura máxima de utilização.
d) É necessário que todo o corpo do bulbo esteja com a
temperatura estabilizada para a correta indicação.
e) Possui um tempo de resposta mais alto que os termopares.
f) Mais frágil mecanicamente
g) Autoaquecimento, exigindo instrumentação sofisticada.
Temperatura

Transmissor

Sensor de entrada programável: termopares


tipos J,K,T,N,E,R,S e RTD Pt100.
Saída 4-20mA a 2 fios.
Alimentação: 12 to 30 Vdc.
Saída de corrente linearizada e com
compensação de junta-fria para termopares.
Pt100 a 2 ou 3 fios, com linearização.
Exatidão: ±0.2% do fundo de escala para
Pt100 e 0.3% do fundo de escala para os
termopares.
Temperatura de trabalho:-40 to +85ºC.
Proteção para quebra de sensor programável
para início ou fim da escala.
Temperatura

Transmissor
Temperatura

Termômetros Portáteis
Temperatura
Medição Sem Contato
Vantagens:
É rápida (na faixa de ms), permitindo mais medições e acumulação de
dados.
Medições podem ser feitas em objetos perigosos ou fisicamente
inacessíveis (partes com alta-voltagem, medições a grande distância).
Facilidade de medição quando o alvo está em movimento.
Medições de altas temperaturas (maiores que 1300°C) não apresentam
problemas. Em casos similares, termômetros comuns não podem ser
utilizados ou tem a sua vida útil reduzida
Em casos de maus condutores de calor como plástico e madeira,
medições são extremamente precisas sem distorções dos valores, se
comparado com medições com termômetros de contato.
Não há risco de contaminação e efeito mecânico na superfície dos
objetos.
Temperatura

O alvo
 Toda forma de matéria com temperatura(T) acima do zero absoluto emite radiação
infravermelha de acordo com a temperatura. Isto é chamado de radiação característica. A
causa disto é o movimento mecânico interno das moléculas. A intensidade deste movimento
depende da temperatura do objeto. Como o movimento das moléculas representa
deslocamento de cargas, radiação eletromagnética(fótons) é emitida. Estes fótons movem-se
coma velocidade da luz e comportam-se de acordo com os princípios óticos conhecidos.

Eles podem ser defletidos,


focados por lentes, ou
refletidos por superfícies
reflexivas. O espectro
desta radiação tem faixa
de 0,7 a 1000 µm de
comprimento de onda. Por
esta razão, a radiação não
pode ser normalmente
vista a olho nu. Esta área
encontra-se na área de luz
vermelha da luz visível e
desta forma tem sido
chamada de infravermelha.

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