Você está na página 1de 15

CRISE DA ESCRAVIDÃO CAPÍTULO 10

NO BRASIL
O FIM DO TRÁFICO TRANSATLÂNTICO DE
ESCRAVIZADOS AFRICANOS

 A partir de 1850, entretanto, quando o


governo imperial aboliu definitivamente
o tráfico negreiro, os produtores tiveram
de recorrer aos escravos que já estavam
no Brasil.
 Em resumo, escravos e terras virgens,
os dois principais itens necessários para
manter uma fazenda, estavam em falta.
O resultado desse processo foi a falência
da nobreza do café do Vale do Paraíba.
01: GUERRA DO CONFLITOS NO RIO DA

PARAGUAI PRATA
DISPUTAS NA BACIA DO
PRATA
o A região do rio da Prata foi, durante o século XIX, disputada pelos países que se tornaram
independentes, entre eles o Brasil, o Uruguai, o Paraguai e a Argentina.

o O rio da Prata era a principal via de acesso entre o oceano Atlântico e o interior da América do
Sul.

o Era por eles que países transportavam as mercadorias que atravessavam o oceano Atlântico.

o Para que um país interiorano como o Paraguai transportasse mercadorias pelo oceano
Atlântico, era preciso um porto marítimo para a troca de navios. Esses portos pertenciam a dois
países: Argentina e Uruguai.
ECLODE A • Francisco Solano López tornou-se presidente do Paraguai em
1862. Solano López acreditava que, ao se aliar ao Uruguai, a livre
GUERRA navegação no rio da Prata estaria assegurada.

• Na disputa interna no Paraguai, Solano López apoiou o Partido


Blanco. A resposta brasileira foi invadir o Uruguai e apoiar o
Partido Colorado, que acabou tomando o poder.

• Solano López rompeu relações diplomáticas com o Império e,


em dezembro de 1864, declarou guerra ao Brasil. A Argentina e o
Uruguai, este liderado pelo Partido Colorado, se uniram ao Brasil
contra o Paraguai na chamada Tríplice Aliança, em 1865.
VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA
• Logo depois do início da guerra, o governo imperial brasileiro criou os batalhões que
foram denominados Voluntários da Pátria. Ele assegurava aos que se alistassem
voluntariamente um soldo, e, aos que sobrevivessem, recompensas, como terras, empregos
públicos ou pensões.

• O Império, então, lançou mão dos recrutadores, que forçavam os homens a se alistar. Todo
escravo que fosse para a guerra substituindo uma pessoa livre era considerado liberto.

•Quando a guerra acabou, nada do que havia sido prometido aos voluntários foi cumprido:
não ganharam terras, nem empregos públicos, nem pensões. Os escravos que foram
libertados, entretanto, continuaram livres.
FIM DA GUERRA

 O Paraguai perdeu grande parte de seu


território e de sua população,
principalmente masculina. Estima-se que
cerca de 75% dos homens paraguaios
morreram na guerra.
Batalha do Avaí, 1877, Pedro Américo.
02: CAMINHOS DA
ABOLIÇÃO
Abolição da escravidão no Ceará
CEARÁ: OS JANGADEIROS
ABOLICIONISTAS
•Depois da abolição do tráfico atlântico de escravizados, em 1850, a província do Ceará
foi uma das que passaram a vender mais escravos para as fazendas de café do sudeste do
país. O tráfico interprovincial, como ficou conhecido, rendeu muito para os cearenses.

• Os jangadeiros eram os responsáveis por transportar, da costa até os navios,


mercadorias e escravos. Em 27 de janeiro de 1881, no entanto, os jangadeiros que
haviam se unido aos abolicionistas se recusaram a continuar transportando escravos.

• Eram liderados por Francisco José, também conhecido como “Dragão dos Mares”, e
pelo ex-escravo José Luís Napoleão. A eles se juntaram mais de 6 mil pessoas, entre
abolicionistas e simpatizantes.
Capa da Revista Illustrada de 12 de abril de 1884.

O desenho de Angelo Agostini elogia o mestre


jangadeiro Francisco José do Nascimento, líder
do movimento dos
jangadeiros no Ceará, que se recusou a
03: CRISE DE MÃO DE Monarquia e escravidão
OBRA
OS PROBLEMAS DA
MONARQUIA
 A monarquia era considerada responsável por vários problemas. Com a falta de
escravos vindos do tráfico atlântico, abolido com eficácia a partir de 1850, os
cafeicultores de São Paulo tiveram de encontrar novas formas de conseguir mão de
obra.

 O governo de dom Pedro II não aceitou financiar a vinda de imigrantes para trabalhar
no cultivo de café, como solicitavam os cafeicultores do Oeste paulista.

A monarquia não queria desagradar a um grupo expressivo de cafeicultores que só


trabalhava com escravos, os do Vale do Paraíba. Afinal, os escravistas eram o grande
suporte do governo imperial.
MONARQUIA E
ABOLICIONISMO
 Na Europa, desde o fim do século XVIII, o
movimento abolicionista vinha se fortalecendo. Já
no Brasil, os políticos liberais achavam que a
escravidão era injusta, mas acreditavam que, se
fosse abolida, a economia do país entraria em uma
profunda crise.

 Havia os que defendiam a abolição radical,


imediata, sem indenização aos proprietários.
Também havia aqueles que propunham que ela
fosse realizada aos poucos, para que a economia
pudesse se adaptar à mão de obra livre. Outros,
ainda, manifestavam-se a favor da manutenção da
escravidão ou da indenização dos proprietários
pelo governo.

Você também pode gostar