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HIDROLOGIA

Módulo A
HIDROLOGIA
Módulo A

Introdução

• O que é a hidrologia?;
• Ciclo hidrológico;
• Balanço hídrico;
• Clima.
O QUE É HIDROLOGIA?
HIDROLOGIA
Hidrologia é a ciência que trata da água na Terra:

• Sua ocorrência, circulação e distribuição;


• Suas propriedades físicas e químicas;
• Sua relação com o meio ambiente, incluindo sua relação com as formas vivas.

A hidrologia é uma ciência interdisciplinar:


• Problemas crescentes observados com relação à água disponível:
• Quantidade disponível;
• Espacialidade;
• Qualidade.
CICLO HIDROLÓGICO
CICLO HIDROLÓGICO

O ciclo hidrológico é um fenômeno global de circulação da água


em suas 3 fases:

• Gasosa (vapor);
• Líquida (chuva e escoamento);
• Sólida (gelo e neve).

É um sistema fechado?
• Apenas em nível global;
• Níveis inferiores sofrem alterações constantes.
CICLO HIDROLÓGICO

Em síntese, o ciclo hidrológico


envolve 5 processos:

• Evaporação (e condensação);
• Evapotranspiração;
• Precipitação;
• Escoamento superficial; Escoamento
• Escoamento subterrâneo (infiltração).
Ciclo hidrológico Pode ser visto de maneira muito mais completa:
Ciclo hidrológico - Precipitação

• Ocorre quando a umidade da atmosfera se torna muito grande para que ela
permaneça em suspensão nas nuvens, tornando-se mais denso e sujeito à ação da
gravidade;

• Monitoramento da precipitação: ferramenta para conhecimento do volume de água


disponível para uso humano e das plantas;

• RUNOFF (ou escoamento superficial) é a quantidade de água que escoa após a


ocorrência de um temporal.
Ciclo hidrológico - Pluviômetro
• O pluviômetro é um recipiente, dotado de uma superfície de captação
horizontal delimitada por um anel metálico, com volume capaz de conter as
maiores precipitações possíveis em um intervalo de 24 horas.

• Altura pluviométrica: medida realizada nos pluviômetros e expressa em


milímetros;
• Representa a lâmina d’água que se formaria sobre o solo como resultado de uma certa
chuva, caso não houvesse escoamento, infiltração ou evaporação da água precipitada;
• O quanto choveu em 1m² em um determinado período de tempo, desprezando ações
externas.

• Duração: tempo desde o início até o fim da precipitação (h ou min.);

• Intensidade da precipitação – é a relação entre a altura pluviométrica e a


duração da chuva (mm/h ou mm/min).
Ciclo hidrológico - Pluviômetro
• Sugestão de atividade prática:

• Desenvolver um pluviômetro caseiro, conforme ilustração;

• Fazer a projeção de cálculo;

• Todos os alunos da sala aplicam a metodologia cada um em um local


diferente e em horário previamente combinado, de modo que todos o
façam no mesmo horário;
• Elaborar um mapa com a precipitação de cada aluno distribuída de
acordo com a localização do local aplicado;

• Objetivo: Entender como a chuva ocorre nas cidades próximas à


Campinas (de acordo com o local de moradia / trabalho de cada aluno).
Ciclo hidrológico – Evaporação e evapotranspiração
• Evaporação:
• Processo pelo qual a água se transforma do estado líquido para vapor, aumento da
temperatura através da radiação solar e dissipação através das correntes de ar,
retornando à atmosfera.

• Transpiração:
• Ocorre quando moléculas de água deixam os tecidos das plantas em direção a
atmosfera;
• Também ocorre em animais (em escala consideravelmente reduzida);

• Evapotranspiração:
• Inclui toda a evaporação proveniente da superfície terrestre além da transpiração das
plantas, animais e do próprio solo.
Ciclo hidrológico - Evaporação

Características:

• Perda por evaporação:

• Quantidade de água evaporada por unidade de área horizontal, geralmente expressa


em mm;

• Intensidade de evaporação:

• Velocidade com que se processa a perda por evaporação, geralmente expressa em


mm/dia ou mm/mês.
Ciclo hidrológico - Condensação

• Quando o vapor d’água esfria, se acumula na atmosfera e se condensa;

• Resultado da condensação:
• Gotículas;
• Formadoras de nuvens e nevoeiros;

• Transformação do estado gasoso da água para seu estado líquido;

• O que são as nuvens?


• As gotículas de água (já em estado líquido) suspensas no ar.
Ciclo hidrológico - Infiltração

• A infiltração é o fenômeno de penetração da água nas camadas do solo próximas à


superfície do terreno;

• São fases da infiltração:


• Intercâmbio:
• Ocorre na camada superficial de terreno, onde as partículas de água estão sujeitas a retornar à atmosfera:
• Por meio da ação da evaporação;

• Absorvida pelas raízes das plantas (que voltará à atmosfera através da ação da evapotranspiração);

• Descida:
• Dá-se o deslocamento vertical da água quando o peso próprio supera a adesão e a capilaridade;

• Circulação:
• Devido ao acúmulo da água, o solo fica saturado formando-se os lençóis subterrâneos.
Ciclo hidrológico - Infiltração
• O que pode alterar a capacidade de infiltração?

• O que é a capacidade de infiltração?


• É a quantidade máxima de água que um solo (em determinadas condições) pode absorver;
• Medida em determinada unidade de tempo por unidade de área horizontal;
• Varia no decorrer da chuva.

• Velocidade de filtração: é a velocidade média do escoamento da água através de um solo saturado,


determinada pela relação entre a quantidade de água que atravessa a unidade de área do material do
solo e o tempo. Pode ser expressa em m/s; m/dia; m3 /m2 por dia.
• Distribuição granulométrica: é a distribuição das partículas constituintes do solo em função das suas
dimensões, representada pela curva de distribuição granulométrica.
• Porosidade: é a relação entre o volume de vazios e volume total, expressa em porcentagem.
Ciclo hidrológico - Finalização
BALANÇO HÍDRICO
Balanço hídrico
• O que é o balanço hídrico?

• É a computação das entradas e saídas de água no sistema;

• Em escala macro:
• O próprio ciclo hidrológico, cujo resultado fornece a água disponível no sistema;

• Em escala intermediária:
• O controle de uma bacia / microbacia hidrográfica, por exemplo;

• Em escala micro:
• A escala local permite realizar o balanço da variação de armazenamento de água no solo em uma
determinada cultura.
Balanço hídrico
• Como se calcula?
• Antes de iniciar o cálculo deve-se conhecer o CAD;

• O que é CAD?
• Capacidade de Água Disponível;

• Calculada com base:


• Na densidade do solo;
• Profundidade efetiva do sistema radicular da cultura em questão;
• Ponto de murcha da cultura;
• Capacidade efetiva de disponibilidade;

• CAD é então a capacidade máxima de armazenamento de água no solo;

• Normalmente, varia entre 70 e 130mm e é fornecido pelo responsável pelo cultivo.


Balanço hídrico
• Uma tabela base para cálculo do balanço hídrico deve conter:

• Em suas linhas: os meses do ano, visto que trata-se da unidade de tempo mais usual para projeções;

• Em suas colunas:

• ETo: a evapotranspiração estimada, calculada com base em cada cultura (dado fornecido pelo responsável pelo plantio);
• P: a precipitação do local do plantio, obtida através da média histórica local;
• P-ETo: diferença entre o que entrou e o que saiu do sistema (permite verificar se há déficit de água no sistema e em qual
mês o mesmo iniciou);
• NAc: Negativo Acumulado, permite verificar o “acúmulo do déficit” (negativo aumenta enquanto P-ETo < 0);
• Arm: Armazenamento de água no solo, permite verificar quanto de água ainda se tem disponível no solo;
• Alt: Alteração no armazenamento, verificada pela alteração de armazenamento entre meses seguidos;
• ETr: Evapotranspiração Real, indica o valor “exato” da evapotranspiração;
• Def: Deficiência na estimativa da evapotranspiração, indica o quanto sistema solo-planta deixo de evapotranspirar;
• Exc: Excedente hídrico, indica o volume de água que não fica retino no solo, mas infiltra (drena para a profundidade).
Balanço hídrico
• Tabela base para cálculo do balanço hídrico:
Mês Eto P (P - Eto) Nac Arm Alt Etr Def Exc
Janeiro                  
Fevereiro                  
Março                  
Abril                  
Maio                  
Junho                  
Julho                  
Agosto                  
Setembro                  
Outubro                  
Novembro                  
Dezembro                  
Total                  
Balanço hídrico – Roteiro para cálculo
1. Estimativa dos valores de evapotranspiração (Eto) da cultura;
1. Para saber qual o volume de água está sendo perdido para a atmosfera;

2. Obtenção dos dados de precipitação (P) do local do plantio;


1. Importantíssimo, pois assim sabe-se qual o volume de água está entrando no
sistema;

3. Calcula-se a diferença entre P-ETo (mantendo os sinais + ou -);


1. Esse valor mostrará se há períodos em que o solo está com déficit de água;
1.

2.
Balanço hídrico – Roteiro para cálculo
.

3. .

4. Calcular os valores de NAc e Arm (simultaneamente);


1. O cálculo inicia-se no 1º mês em que P-ETo < 0;
2. O primeiro valor de NAc é o mesmo valor de P-ETo ;
3. O demais valores de NAc, enquanto P-ETo < 0, o cálculo de NAc se dá por:
1. NAc = (P-ETo) + NAc anterior (o valor negativo se acumula);
2. E logo após já se calcula Arm, através da seguinte fórmula: Arm = CAD x e^(NAc/CAD);
4. Quando P-ETo > 0, calcula-se primeiro o Arm, de acordo com a seguinte fórmula:
1. Arm = (P-ETo) + Arm anterior;
2. E logo após já se calcula NAc, através da seguinte fórmula: NAc = CAD x ln (Arm/CAD);
5. Quando Arm atingir a sua capacidade total (valor = ou > que CAD, mantém-se o valor de CAD, pois
o mesmo representa a capacidade total do solo;
1. Nesta situação em que Arm = CAD, tem-se NAc = 0, pois significa que não há déficit no sistema uma vez
que a capacidade máxima foi atingida;
Balanço hídrico – Roteiro para cálculo
1. .

2. .

3. .

4. .

5. Calcular a Alt através da fórmula Alt = Arm – Arm anterior;

6. Calcular ETr:
1. Quando (P-ETo) < 0, então ETr = P + |Alt|;
2. Quando (P-ETo) ≥ 0, então ETr = ETo;

7. Calcular o Def através da fórmula Def = ETo – ETr;

8. Calcular o Exc:
1. Quando Arm < CAD, então Exc = 0;
2. Quando Arm = CAD, então Exc = (P-ETo) – Alt.
Balanço hídrico – Roteiro para cálculo
• Após finalizar o cálculo do balanço hídrico, deve-se realizar o cálculo dos totais para que
assim possa ser realizada a averiguação dos resultados obtidos;

• Com o cálculo dos totais realizado, calcula-se:

• ∑ P = ∑ ETo + ∑ (P-ETo)

• ∑ P = ∑ ETr + ∑ Exc

• ∑ ETo = ∑ ETr + ∑ Def

• ∑ Alt = 0

• Se todos os resultados estiverem corretos, o balanço hídrico foi feito da maneira correta.
Balanço hídrico
• Exercício de fixação:
Mês Eto P (P - Eto) Nac Arm Alt Etr Def Exc
Janeiro  116  271              
Fevereiro  97  215              
Março  104  230              
Abril  88  119              
Maio  78  20              
Junho  63  9              
Julho  62  5              
Agosto  90  12              
Setembro  94  30              
Outubro  109  123              
Novembro  106  223              
Dezembro  106 280               
Total                  
CLIMA
Clima
• O que é clima?
• É o conjunto de condições atmosféricas que caracterizam uma região, pela influência
que exercem sobre a vida na Terra;

• Condição média do tempo de um local, geralmente constante;

• “o clima no Egito é quente e seco, embora sejam possíveis alguns dias


ocasionais úmidos e frescos”;

• Mas... Qual o motivo de se falar sobre clima neste momento?


Clima
A Climatologia está diretamente relacionada com a Hidrologia em função dos principais
fatores que influenciam o clima:

• Temperatura: é a quantidade de calor que existe no ar;

• Umidade: corresponde à quantidade de vapor de água encontrada na atmosfera;

• Pressão Atmosférica: pressão exercida pela atmosfera sobre qualquer superfície, em


virtude de seu peso;

• Vento: ar atmosférico em movimento;

• Chuvas: são resultados da saturação do vapor d’água que se condensa passando do


estado gasoso para o líquido.
Clima X Tempo
• Sabe-se então que clima é a condição atmosférica que caracteriza uma região e são
geralmente constantes;

• Tempo é a condição de um local específico em um dado momento também específico;

• É o estado da atmosfera em um determinado momento e lugar. É um evento de curto prazo, não


é previsto com segurança para mais do que alguns dias porque a natureza caótica da atmosfera
dificulta esta previsão.

• Exemplo:
• O clima na cidade de Paulínia é ameno, com temperaturas médias variando entre 13º e 29º,
sendo bem definido por estações quentes e úmidas ou frias e secas;
• Hoje em Paulínia o tempo esteve bom, com temperatura entorno de 20º e céu parcialmente
nublado.
MOMENTO PEER TO PEER
Item - 1.4
Módulo B
HIDROLOGIA
Módulo B

Bacias Hidrográficas

• Caracterização das bacias hidrográficas;


• Caracterização dos recursos hídricos;
• Demanda por água.
BACIA HIDROGRÁFICA
Bacia hidrográfica - Caracterização

• O que é uma bacia hidrográfica?


• Trata-se do conjunto de terras que fazem a drenagem da água precipitada para o curso d’água
que o compõem, bem como para seus afluentes menores;

• Uma área definida topograficamente, drenada por um curso d’água ou por um sistema conectado
de cursos d’água, tal que toda a vazão efluente seja descarregada por uma única saída;

• Seu objeto central é o curso d’água;

• A bacia hidrográfica recebe o nome de seu principal corpo hídrico;

• A formação da bacia é feita através dos desníveis dos terrenos que orientam os


cursos da água, sempre das áreas mais altas para as mais baixas, seguindo a
gravidade.
Bacia hidrográfica - Caracterização

• Nascente: é o local onde a água subterrânea atinge a superfície, dando origem a um curso d’água.
O ponto onde a água aflora é também chamado de olho d’água, mina, fonte, bica ou manancial;

• Leito: é o espaço ocupado pelas águas, isto é, é o caminho que o rio percorre;

• Margem: é o local onde a água se encontra com a terra. Costuma-se utilizar esse termo em
referência à beira da água de um rio ou de um lago quando se encontra com a terra;

• Afluente: é o curso d’água que deságua em um rio principal ou em um lago. São os afluentes que
alimentam o rio principal;

• Subafluente: é o corpo d’água que deságua no rio afluente.


Bacia hidrográfica - Caracterização

• Confluência: é o ponto de junção entre dois fluxos d'água, que se reúnem para formar um novo rio;

• Foz ou embocadura: é o local onde uma corrente de água, como um rio, deságua. Sendo assim,
um rio pode ter como foz outro rio, um grande lago, uma lagoa, um mar ou o oceano;

• Jusante: é o sentido da correnteza em um curso d’água da nascente para a foz;

• Montante: é o sentido contrário ao que corre o fluxo do rio, em direção à nascente.


Bacia hidrográfica - Caracterização
Delimitações de bacias hidrográficas: • Exorreicas: quando o escoamento da água se faz de
• BH exorréica modo contínuo até o mar, isto é, quando as bacias
deságuam no mar, seja de maneira direta ou indireta;

• Endorreicas: quando as drenagens são internas e não


possuem escoamento até o mar, desembocando em
• BH endorréica
lagos, ou dissipando-se nas areias do deserto ou
perdendo-se nas depressões cársicas;

• Arreicas: quando não há qualquer estruturação em


bacias, como nas áreas desérticas;
Linha vermelha: nível
Linha azul: curso da água
Linha preta: limite da BH • Criptorreicas: quando as bacias são subterrâneas,
como nas áreas cársicas.
Bacia hidrográfica - Caracterização
Bacia hidrográfica - Caracterização

• Sistema de drenagem natural;


• Recebe toda a água precipitada em uma área X;

Ordem dos cursos d’água:

1) Os cursos primários recebem o número 1;


2) A união de 2 de mesma ordem dá origem a um curso de ordem superior;
3) A união de 2 de ordem diferente faz com que prevaleça a ordem maior.
Bacia hidrográfica - Caracterização

• Densidade de drenagem (Dd)

Indicação de grau de desenvolvimento de um sistema de drenagem. Relação entre o


comprimento total dos cursos d’água de uma bacia e a sua área total.
Bacia hidrográfica - Caracterização

• Característica de relevo:

Declividade da bacia

Quanto maior a declividade de um terreno:

• Maior a velocidade de escoamento;

• Menor o tempo que a água leva para atingir o sistema de drenagem;

• Propicia um ambiente favorável para cheias.


Bacia hidrográfica - Ploblemática
• Crescimento populacional:
d a re
u
est as
• Aumento das áreas ocupadas por humanos; o
s c om r ess
Ma tende ções?
• Ocupação inadequada, sem planejamento;
en forma
s
tran
de ve
r á f ica
• Aumento significativo na demanda por água:
id r og ada a o
ia h d e r t u d
• Residências, indústrias, agricultura,... c si es
A ba er con ica de .
s b á s e n to
id a de e jam
• Impactos sobre o meio ambiente. un e pla n
Bacia hidrográfica do Rio Paraná
Bacia hidrográfica do Rio Amazonas
CARACTERIZAÇÃO DOS RECURSOS
HÍDRICOS
CARACTERIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

• Os recursos hídricos devem manter sua qualidade natural;


• Como se não houvesse interferências antrópicas;
• Sabe-se que não é possível;
• Mesmo que área esteja toda PRESERVADA há entrada de substâncias através da
precipitação, que promove uma “lavagem” atmosférica;
• As próprias correntes de ar carregam partículas que em grandes quantidades podem
alterar a qualidade, ainda que não de modo significativo.
CARACTERIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

De modo geral, os principais fatores que alteram a qualidade da água dos mananciais:

• Urbanização;
• Erosão e assoreamento; o u t ros
á r i o s d em
r e v p o
• Recreação e lazer;
Ent s q u e
• Resíduos sólidos; f e r ente a i nda
inter d a n os r o s :
a r v e
caus e mais se
• Águas pluviais;
• Resíduos agrícolas;
a i o res u m
m o r
• Esgotos domésticos;
ó l e op
• Efluentes industriais,... ã o d e t i no .
i l t r aç n d e s
I n f j o c l a
p e
des
CARACTERIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

• O conjunto de ações produzidas pelas atividades humanas ao explorar os recursos

hídricos foi tornando-se complexo ao longo da história da humanidade;

• É importante compreender que essas ações tem como objetivo principal:


• Expansão do desenvolvimento econômico;
• E como consequência: o atendimento às demandas:
• Industriais;

• Agrícolas;

• Expansão e crescimento da população e das áreas urbanas.


CARACTERIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

• Pensando na questão do saneamento básico, a degradação do mananciais:


• Impõem limites físicos ao desenvolvimento das cidades;
• Implicando em captações mais distantes;
• Custos de implantação e operação mais elevados.

• Sobre os reservatórios de abastecimento:


• A degradação resulta no aporte de cargas elevadas de poluentes e nutrientes;
• Desencadeando processos de eutrofização;

• Rápida evolução da biomassa;

• Trazendo consequências negativas sobre a eficiência do tratamento de água.


CARACTERIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
Exemplos de boas práticas para garantir a qualidade e quantidade de água
em mananciais de abastecimento:

• Conservação ou recomposição da vegetação das áreas de recarga do lençol subterrâneo;


• Manutenção da vegetação em encostas de morros;
• Conservação ou replantio, com vegetação nativa, das matas ciliares situadas ao longo dos cursos
de água;
• Utilização e manejo correto de áreas de pasto e do solo nas culturas agrícolas;
• Utilização correta de agrotóxicos e fertilizantes;
• Destinação adequada dos esgotos sanitários, efluentes e resíduos agroindustriais;
• Utilização de sistemas de irrigação mais eficientes no consumo de água e energia.
CARACTERIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
Disponibilidade hídrica

• Escassez de água: tema de destaque nos mais importantes fóruns de discussão em todo
o mundo;

• As principais motivações para o avanço desse processo são:

• O acelerado crescimento populacional; e

• A degradação dos mananciais;

• Ações antrópicas.
Distribuição do consumo de água no planeta
DEMANDA DE ÁGUA
DEMANDA POR ÁGUA

Tipos de consumo de água:

• Abastecimento para população;


• Abastecimento de indústrias;
• Conservação do ecossistema;
• Criação de animais;
• Diluição de águas residuais;
• Calado para navegação;
• Irrigação de áreas agrícolas;
• Aquicultura;
• Produção de energia através de hidrelétricas;
• Recreação e turismo.
DEMANDA POR ÁGUA • Não consuntivos
– Geração de energia elétrica;
– Recreação/lazer;
Usos da água
– Harmonia paisagística;
• Consuntivos – Conservação da flora e fauna;
– Navegação;
– Abastecimento humano;
– Pesca;
– Dessedentação de animais;
– Diluição de despejos.
– Indústria;
– Irrigação.
MOMENTO PEER TO PEER
Item - 2.3
Módulo C
HIDROLOGIA
Módulo C

Águas e Escoamento Superficial

• Chuvas e escoamento superficial;

• Água subterrânea;

• Eventos extremos;

• Qualidade da água.
CHUVAS E
ESCOAMENTO SUPERFICIAL
CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL

• Trata da ocorrência e transporte da água na


superfície terrestre.

• Terminologias:
• Entrada: Ocorre na interface solo/ atmosfera;

• Transmissão: Percolação que ocorre através de toda a


profundidade da camada
• Armazenamento: Ocorre ao longo de todo o perfil de
solo e se manifesta sob a forma de aumento da umidade
do solo
CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL

• Terminologia:
• Infiltração: Ocorre na superfície do solo

• Percolação: Ocorre no interior do solo

• Escoamento superficial (surface runoff):


Sobre o solo
• Escoamento subsuperficial (interflow): Sob
a superfície do solo
• Fluxo de base (baseflow): Camadas
profundas (zona saturada)
CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL

A chuva que cai sob a superfície do solo pode ter 3 direções principais:

1) A chuva pode evaporar de volta para a atmosfera;

2) A precipitação pode percolar ou penetrar o solo e, eventualmente


transformar-se em água subterrânea;

3) A chuva pode escoar ao longo da superfície do solo como runoff.


CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL

Existem três tipos de chuva:

• Frontais:
• Quando duas massas com temperatura e
pressão opostas e proporcionais se
encontram;
• Comuns no litoral nordestino;
• Esses choques ocasionam, no verão, chuvas
intensas de menor duração, e, no inverno,
chuvas mais longas e de menor intensidade.
CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL

• Convectivas:
• Subida do ar contendo muito vapor d’água e que ao

ganhar altitude entra em contato com as camadas frias

e sofre condensação e posterior precipitação;

• O ar quente e úmido sobe e desce frio e seco;

• São de grande intensidade e pequena duração,

podendo ocasionar inundações em pequenas bacias.


CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL

• Orográficas:
• Quando a massa de ar encontra uma barreira
natural (montanha) é obrigada a ganhar altitude
onde pode ocorrer a queda de temperatura e a
condensação do vapor;
• São comuns no Nordeste continental (Chapada
Diamantina) e no Sudeste (Serra do mar);
• Estas são de menor intensidade e maior duração.
CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL
HIDROGRAMA

• Após o início da chuva há um tempo de retardo até que as vazões comecem a se


elevar. Isso ocorre devido às perdas iniciais (interceptação, depressões no solo e
deslocamento de água pela bacia).

Ascenção: correlacionada com a intensidade Precipitação

de precipitação; Vazão de pico

Pico: ponto de inflexão como resultado da


Recessão
redução das chuvas e/ou amortecimento

Descarga
da bacia;
Escoamento
Ascenção direto
Recessão: o escoamento superficial diminui
e o escoamento subterrâneo contribui Fluxo base
para a vazão do rio
Tempo (horas, dias, semanas, meses
CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL

• Escoamento superficial (surface runoff):


• Porção de água de chuva, derretimento de neve e/ou água de irrigação que, ao invés de se infiltrar
no solo, corre sobre a superfície do terreno em direção ao corpo hídrico mais próximo – fluxo rápido;

• Escoamento subsuperficial (interflow):


• Parcela de água de chuva que, assim como o fluxo de superfície, chega relativamente rápido ao
corpo hídrico;

• Escoamento superficial + subsuperficial:


• Formam, juntos, o volume de água que os hidrólogos costumam chamar de runoff
CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL
• Uma parte do escoamento superficial pode acumular-se em pequenas
depressões na superfície, em wetlands ou lagos, antes de atingir o curso
d’água;

• Lagos:
• Trata-se de uma depressão componente do relevo que permite o acúmulo permanente de um
volume variável de água;

• Wetlands:
• São áreas normalmente mais planas cobertas por vegetação, nas quais verifica-se o acúmulo
de água;
• A água é utilizada pelas plantas locais que fazem a “filtragem” da mesma e utilza o material
orgânio que possivelmente está presente na mesma como fonte de nutrientes;
• Permite que haja o processo de infiltração mais lento e, consequentemente, favorável á
recarga subterrânea.
CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL
ESCOAMENTO SUBSUPERFICIAL

• Fluxo relativamente rápido que ocorre abaixo da superfície, em direção ao canal /


talvegue e dura menos de 72h;

• Mais rápido que o fluxo de base, porém mais lento que o fluxo de superfície;

• Tão importante quanto o fluxo de superfície, para efeito de previsão de cheias;

• Regiões com elevadas taxas de infiltração e terreno inclinado permite uma reação
rápida à chuva;

• Principal mecanismo de transporte de solutos (transporte de contaminantes, lixiviação


de nutrientes).
CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL

ESCOAMENTO DE BASE

• Suprimento de longo prazo da água;

• Mantém o nível de base dos corpos hídricos durante longos períodos de seca;

• Proveniente da água que percola para as camadas mais profundas.


CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL

CAMADA IMPERMEÁVEL

• Quanto mais profunda a camada de solo, menor o runoff;

• Camadas de solo pouco espessas saturam-se rapidamente,


contribuindo para o runoff;

• A profundidade da camada impermeável pode variar Rocha de pouca


permeabilidade

amplamente em pequenas áreas: nos vales, a camada pode


estar a vários metros de profundidade, ao passo que nas regiões
montanhosas (mais declivosas) pode estar a poucos
centímetros de profundidade.
CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL

ASCENSÃO DO LENÇOL FREÁTICO

• A profundidade do lençol freático interfere no runoff;

• Em terrenos inclinados a água infiltrada atinge o lençol freático nas regiões mais baixas
mais rapidamente do que nas regiões mais elevadas, criando um fluxo de subsuperfície
que eventualmente aflora nas regiões próximas ao curso d´água, transformando-se em
fluxo de superfície;

• Caso de Itapuã d’Oeste: cemitério.


CHUVAS E ESCOAMENTO SUPERFICIAL

FATORES QUE INFLUENCIAM O ESCOAMENTO SUPERFICIAL

• Fatores climáticos: • Fatores fisiográficos: • Uso da terra:


• Intensidade da chuva; • Área da bacia; • Superfícies vegetadas;

• Duração da chuva; • Forma da bacia; • Superficies impermeáveis –

• Chuva antecedente. • Topografia (declividade da solo compactado, estradas,

bacia); estacionamentos, etc.

• Permeabilidade do solo;
ÁGUA SUBTERRÂNEA
ÁGUA SUBTERRÂNEA

• Hidrologia das águas subterrâneas:


• Características, escoamento, e ocorrência das águas encontradas abaixo da superfície da terra.

• As águas subterrâneas são encontradas dentro do volume poroso do material geológico


abaixo da superfície da terra;

• Ocorrem em camadas saturadas de areias e cascalhos, em certos tipos de argilas e em


fraturas de rochas cristalinas.
ÁGUA SUBTERRÂNEA

REABASTECIMENTO

• Como as águas subterrâneas podem ser reabastecidas?


• A partir dos escoamentos superficiais ou através de leitos ou margens de rios, dos lagos, das lagoas ou dos
wetlands;
• Podem ser alimentadas também pela água do mar;

• Os níveis podem ser medidos com o auxílio de uma fita métrica ou outro dispositivo
eletrônico inserido dentro de um poço.
Distribuição Vertical da Água Subterrânea
Tipos de porosidade
Aquíferos: reservatórios de água subterrânea

• O que é um aquífero:

• Originado do latim “carregar água”;


• Trata-se de uma formação geológica que contém água e permite que
quantidades significativas dessa água se movimentem no seu interior em
condições naturais.

• O que é um aquíclude?
• É uma formação que pode conter água (até mesmo em quantidades
significativas), mas é incapaz de transmiti-la em condições naturais .
Aquíferos: reservatórios de água subterrânea
• O que é um aquifugo?
• É uma formação impermeável que nem armazena nem transmite água (não possui poros
interconectados);

• O que é um aquitarde?
• É a unidade geológica menos permeável numa determinada sequência estratigráfica;
• Exemplo: em uma sequência de estratos intercalados de arenitos e siltitos, os siltitos, menos permeáveis
que os arenitos, correspondem ao aquitarde.
Tipos de Aquíferos

• Aquíferos livres:
• São aqueles cujo topo é demarcado pelo
nível freático, estando em contato com a
atmosfera .

• Aquíferos suspensos:
• São acumulações de água sobre
aquitardes na zona insaturada.
Tipos de Aquíferos

• Aquíferos confinados:

• Ocorrem quando um estrato


permeável (aquífero) está
confinado entre duas unidades
pouco permeáveis (aquitarde).
EVENTOS EXTREMOS
Eventos extremos – Cheias

• Ocorrem quando a precipitação e o escoamento decorrente excedem


a capacidade da calha fluvial de manter na mesma seção o aumento
da vazão;

• As inundações são um componente inevitável de qualquer sistema


fluvial, já que os volumes de escoamento variam com o tempo;

• Escoamento superficial: um dos principais componentes da predição


de cheias;

• As condições da bacia determinam a proporção de água de chuva que


se transformará em escoamento superficial.
Eventos extremos – PMP

Precipitação máxima provável:


• É o conceito de um limite finito para a precipitação pluviométrica de um evento único de tempestade;

• A PMP consiste na altura máxima de precipitado possível durante um único evento de tempestade;

• Baseia-se em registros anteriores.

Vazão máxima provável:


• A cheia ou VMP consiste no fluxo máximo de águas superficiais esperado em uma área de drenagem

sujeita a um evento de precipitação máxima provável.

• O conceito de VMP é útil pois permite calcular barragens, galerias ou outras estruturas hidráulicas com a

finalidade de evitar eventos não desejáveis.


Eventos extremos – Fluxo de escombros

O que são os fluxos de escombros


e/ou detritos?

• Fluxo de uma mistura de sedimento


e água que flui continuamente por
ação da gravidade.
Eventos extremos – Deslizamento translacional

Quando o escorregamento ocorre em


uma superfície relativamente plana e
associada a solos mais rasos.
Eventos extremos – Deslizamento rotacional
Quando a superfície de ruptura é curvada
no sentido superior (em forma de colher)
com movimento rotatório em materiais
superficiais homogêneos
Eventos extremos – Secas

• Período de tempo anormalmente seco que persiste tempo suficiente para produzir um desequilíbrio

hidrológico grave;

A gravidade da seca depende de:

• grau de deficiência da umidade;

• duração da estiagem;

• tamanho da área afetada.

• Obs: seca é diferente de aridez. Aridez é uma condição climática permanente em uma região.
QUALIDADE DA ÁGUA
CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS

QUANTIDADE E NATUREZA DOS CONSTITUINTES DE UMA ÁGUA NATURAL

TIPO DE SOLO
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
GRAU DE POLUIÇÃO DA BACIA

QUALIDADE DA ÁGUA NATURAL

Teoricamente qualquer água pode ser potabilizada


Economicamente os custos podem inviabilizar o uso
Água: solvente universal

• Sais; Exemplo de sal (NaCl) dissolvido em água.

• Gases;

• Açúcares;

• Proteínas;

• Etc.
Água: transporte de partículas
Qualidade da água
IMPUREZAS

CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS


FÍSICAS QUÍMICAS BIOLÓGICAS

SÓLIDOS GASES INORGÂNIC ORGÂNICO SER VIVO


OS S
Sólidos presentes na água
Qualidade da água
• Características físicas:
• Cor, turbidez, sólidos, temperatura, sabor e odor.

• Características químicas:
• pH, alcalinidade, acidez, dureza, Fe e Mn, OD, M.O., micro-poluentes orgânicos.

• Características biológicas:
• Coliformes, bactérias, protistas, algas, etc.
Qualidade da água - Características físicas

Cor

• Constituinte responsável: sólidos dissolvidos;

• Responsável pela coloração da água;

• Origem:
• Decomposição de matéria orgânica;

• Fe e Mn presentes no solo;

• Esgotos domésticos;

• Efluentes industriais.
Qualidade da água - Características físicas

Turbidez
• Sólidos em suspensão;

• Origem: Representa o grau de interferência com

a passagem da luz através da água, conferindo

uma aparência turva a mesma;


• Partículas de rocha, silte, argila

• Algas e outros microrganismos

• Despejos domésticos

• Despejos industriais
Qualidade da água - Características físicas

Sabor e Odor

• Sólidos em suspensão;
• O sabor é a interação entre o gosto (salgado,
doce, azedo e amargo) e o odor (sensação
olfativa);
• Origem:
• Matéria orgânica em decomposição;
• Microrganismos (ex: algas);
• Gases dissolvidos (ex.:H2S);
• Despejos domésticos e industriais.
Qualidade da água - Características físicas

Temperatura

• Medição da intensidade de calor;

• Fontes:
• Transferência de calor por radiação, condução e convecção (atmosfera e solo);

• Águas de torres de resfriamento;

• Despejos industriais.

• A temperatura elevada acelera a velocidade das reações e diminui a solubilidade dos


gases.
Qualidade da água - Características químicas

pH (Potencial hidrogenionico)

• Representa a concentração de íons hidrogênio H+, dando uma indicação da condição de acidez,

neutralidade ou alcalinidade a água.

• Origem:
• Importância:
• Dissolução de rochas;
• Valores de pH afastado da neutralidade: podem
• Absorção de gases da atmosfera;
afetar a vida aquática (peixes e microrganismos);
• Oxidação da matéria orgânica;
• Valor elevado favorece a precipitação de metais.
• Despejos industriais .
Qualidade da água - Características químicas
Ferro e Manganês (mg/L)

• O ferro e o manganês estão presentes nas formas insolúveis (Fe3+ e Mn4+) numa grande
quantidade de tipos de solos;

• Origem
• Dissolução de compostos do solo;
• Despejos industriais.

• Importância:
• Na ausência de O2 apresentam-se na forma solúvel;
• Causam coloração na água;
• Em certas concentrações, podem causar sabor e odor na água.
Qualidade da água - Características químicas

Nitrogênio (mg/L)

• Ciclo na biosfera:
• Orgânico (dissolvido, uréia e aminoácidos; e em suspensão ou particulado,
biomassa);
• Amonia (NH3) e ion amonio (NH4+);
• Nitrito (NO2-);
• Nitrato (NO3-).
• Importância:
• Origem: • Nitrato esta associado a doenças como a
• Proteínas, clorofilas e vários compostos biológicos; metahemoglobinemia (síndrome do bebe azul) e câncer
• Despejos domésticos; gástrico;
• Despejos industriais; • Conduz a crescimento exagerado de algas(eutrofização);
• Excrementos de animais; • Amônia livre e tóxica para peixes;
• Fertilizantes. • Indispensável para crescimento dos microrganismos
responsáveis pelo tratamento de esgotos.
Qualidade da água - Características químicas

Oxigênio dissolvido (mg/L)


• Origem
• Dissolução de oxigênio atmosférico;

• Produção pelos organismos fotossintéticos;

• Introdução por aeração artificial / natural.

• Importância:
• Vital para os seres aquáticos aeróbios;

• Principal parâmetro de caracterização dos efeitos da poluição das águas por despejos orgânicos

• Controle operacional de ETE

• Valores de OD superiores a saturação indicam presença de algas

• Valores de OD inferiores a saturação indicam presença de matéria orgânica


Qualidade da água - Características químicas

Matéria orgânica
• Principal problema de poluição das • Importância:

águas;
• DBO: indica o teor de matéria orgânica através
• Consumo de oxigênio dissolvido;
do seu consumo por microrganismos presentes

• Origem: na mesma;

• Matéria orgânica vegetal e animal;

• Despejos domésticos e industriais.


• Fundamental na caracterização do grau de
poluição de um corpo d’água.
Qualidade da água - Características químicas

Micro poluentes inorgânicos • Metais pesados:


• Arsênio;
• Grande parte são tóxicos; • Cromo;
• Chumbo;
• Destaque para os metais pesados: • Mercúrio;
• Prata.
• Origem:
• Despejos industriais;
• Importância:
• Atividades mineradoras; • Se concentram na cadeia alimentar;
• Atividades de garimpo; • Alguns materiais orgânicos são resistentes a
• Agricultura. degradação biológica, não integrando os ciclos
biogeoquímicos, e acumulam-se em determinado ponto
do ciclo.
Qualidade da água - Características biológicas

Detecção de patógenos
• Extremamente difícil e caro (baixas concentrações);

• Pode representar risco de doenças de veiculação hídrica;

• Organismo indicador:
• Coliformes termotolerantes;

• Inclui gêneros: Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobactéria.

• Coliformes fecais: fezes humanas e de animais de sangue quente (10 5 organismos em 1g de fezes).
Parâmetros biológicos
Grupo coliforme

• Apresentam grande quantidade em fezes humanas. 105 organismos em 1g de fezes.


• Apresentam-se em grande numero somente nas fezes do homem e de animais de sangue quente
• Apresentam resistência aproximadamente similar a maioria das bactérias patogênicas intestinais
Doenças de veiculação hídrica

• Por meio do • Por meio de


contato com água • Por meio de
ingestão de água
contaminada: contaminada: insetos que se
desenvolvem na
água:
Verminoses, tendo a Cólera, disenteria,
água como um
febre tifóide,
estágio do ciclo.
esquistossomose giardíase, hepatite Dengue, febre
infecciosa, paralisia amarela, filariose,
infantil. malária
Qualidade da água -
Características biológicas
Qualidade da água -
Características biológicas
MOMENTO PEER TO PEER
Item - 3.4
Módulo D
HIDROLOGIA
Módulo D

Avaliação das águas superficiais

• Legislação (PNRH, enquadramento);

• IQA.
LEGISLAÇÃO
LEGISLAÇÃO - Histórico
1934 1955 1977 2020

Código das Dec. Est. n.º Port. MINTER


Águas 24.806/1955 n.º 13/1977

• O Código das Águas (Decreto n.º 24.643/1934):


• Limitado ao setor hidroelétrico, deixando de lado os usos múltiplos e a proteção em si;
• Decreto Estadual n.º 24.806/1955:
• Primeiro sistema de classificação dos corpos d’água do Brasil:
• Classes de I à VI;
• Portaria Minter n.º 13/1977: enquadramento:
• O primeiro sistema de enquadramento dos corpos d’água na esfera federal enquadrava as águas
doces em classes, conforme os usos preponderantes a que as águas se destinam;
• Fazia vistas à manutenção de sua qualidade;
LEGISLAÇÃO - Histórico
1934 1955 1977 1986 1991 2020

Código das Dec. Est. n.º Port. MINTER CONAMA n.º


Águas 24.806/1955 n.º 13/1977 20/1986

Lei n.º
7.663/1991

• CONAMA n°20/1986:
• Instituiu o enquadramento em classes de qualidade específicas para os usos preponderantes
dos recursos hídricos e metas parciais e intermediárias de melhoria de sua qualidade;

• Política Estadual de Recursos Hídricos (Lei n.º 7.663/1991):


• Reforça o enquadramento dos corpos d’água por classes de uso preponderantes;
LEGISLAÇÃO - Histórico 1997
1998
1934 1955 1986 1991 2000 2020
1977

Código das Dec. Est. n.º PNRH


Port. MINTER CONAMA n.º
CNRH
Águas 24.806/1955 n.º 13/1977 20/1986
ANA
Lei n.º
7.663/1991

• Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei n.º 9.433/1997):


• Tem como instrumento o enquadramento dos corpos d’água em classes;
• Adicionou: outorga, planos de bacia, cobrança.

• Criação do CNRH;

• Criação da ANA;
LEGISLAÇÃO - Histórico 1997
1998 2007
1934 1955 1977 1986 1991 2000 2005 2008 2020

PNRH Lei n.º


Código das Dec. Est. n.º Port. MINTER CONAMA n.º
CNRH 11.445/2007
Águas 24.806/1955 n.º 13/1977 20/1986
ANA
CNRH n.º
Lei n.º
91/2008
• CONAMA 357/2005: 7.663/1991
CONAMA n.º
• Substituir a CONAMA 20/1986; 357/2005

• Alterada pela CONAMA Nº 393/2007: enquadramento das águas subterrâneas;


• Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007:
• Diretrizes nacionais para o saneamento básico;
• Art. 4º. Os recursos hídricos não integram os serviços públicos de saneamento básico, sendo o
lançamento de efluentes sujeito à outorga.
• Resolução CNRH n.º 91/2008:
• Procedimentos para o enquadramento.
LEGISLAÇÃO
• Lei nº 9.433 de 1997:
• Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos;

• Cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

• A PNRH tem seis fundamentos, dentre eles:


• I – A água é um bem de domínio público;
• II - A água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
• III - Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a
dessedentação de animais;
• IV - A gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
• V - A bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos
e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
• VI - A gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público,
dos usuários e das comunidades.
LEGISLAÇÃO – Planos de Recursos Hídricos

• Instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos:


• Planos de Recursos Hídricos:
• São planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e o gerenciamento dos recursos hídricos;
• São de longo prazo e devem conter:
I - Diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos;
II - Análise de alternativas de crescimento demográfico, de evolução de atividades produtivas e de modificações dos padrões de
ocupação do solo;
III - Balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hídricos, em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos
potenciais;
IV - Metas de racionalização de uso, aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hídricos disponíveis;
V - Medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados, para o atendimento das metas
previstas;
VIII - Prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos;
IX - Diretrizes e critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos;
X - Propostas para a criação de áreas sujeitas a restrição de uso, com vistas à proteção dos recursos hídricos.

• Os Planos de Recursos Hídricos serão elaborados por bacia hidrográfica, por Estado e para o País.
ENQUADRAMENTO, o que é?
• Instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos: Enquadramento!

• Estabelecimento da meta de qualidade da água (objetivo) a ser alcançada ou mantida em um segmento de


corpo d’água de acordo com os usos de acordo com os usos pretendidos;
• Principal ótica: uso preponderante;

Usos menos restritivos


Usos mais restritivos

Preservação do
equilíbrio natural
da comunidade
aquática
Recreação
Contato primário Irrigação Dessedentação
Contato secundário
Navegação
Enquadramento
Classe especial

Usos menos restritivos


Classe I

Classe II
Usos mais restritivos

Classe III

Classe IV

Pior que a Classe IV


Enquadramento
Classe Especial
• Devem ser mantidas as condições naturais do corpo hídrico!
• O que são as condições naturais?
• Onde se encontram?
• Porquê?

a) Abastecimento para consumo humano, com desinfecção;


b) Preservação do equilíbrio natural das comunidades
aquáticas;
c) Preservação dos ambientes aquáticos em unidades de
conservação de proteção integral.
Classe I
• Não verificação de efeito tóxico crônico a
organismos (teste ecotoxicológico);
• DBO 5 dias a 20°C até 3 mg/L O2;
• Nitrogênio amoniacal total:
• OD > 6 mg/L O2; • 3,7mg/L N, para pH ≤ 7,5;
• Turbidez < 40 UNT; • 2,0 mg/L N, para 7,5 < pH ≤ 8,0;
• pH: 6,0 a 9,0; • 1,0 mg/L N, para 8,0 < pH ≤ 8,5
• 0,5 mg/L N, para pH > 8,5.
• Sólidos dissolvidos totais < 500 mg/L;
• Mercúrio total < 0,0002 mg/L.
• Cobre dissolvido < 0,009 mg/L;
• Fósforo total: a) consumo humano, após tratamento simplificado;
• ambiente lêntico < 0,020 mg/L; b) proteção das comunidades aquáticas;
• ambiente intermediário < 0,025 mg/L; c) recreação de contato primário, tais como natação,
• ambiente lótico < 0,1 mg/L. esqui aquático e mergulho, conforme Resolução
CONAMA no 274, de 2000;
d) irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de
frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam
ingeridas cruas sem remoção de película; e
e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras
Indígenas.
Classe II
• Não verificação de efeito tóxico crônico a organismos (teste ecotoxicológico);
• DBO 5 dias a 20°C até 5 mg/L O2;
• OD > 5 mg/L O2;
• Turbidez < 100 UNT;
• pH: 6,0 a 9,0;
• Sólidos dissolvidos totais < 500 mg/L; a) abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional;
• Cobre dissolvido < 0,009 mg/L;
b) proteção das comunidades aquáticas;
• Fósforo total: c) recreação de contato primário, tais como natação,
• ambiente lêntico < 0,03 mg/L;
esqui aquático e mergulho, conforme Resolução
• ambiente intermediário < 0,05 mg/L;
CONAMA no 274, de 2000;
• ambiente lótico < 0,1 mg/L.
d) irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de
• Nitrogênio amoniacal total:
parques, jardins, campos de esporte e lazer, com
• 3,7mg/L N, para pH ≤ 7,5;

os quais o público possa vir a ter contato direto;
2,0 mg/L N, para 7,5 < pH ≤ 8,0;
• 1,0 mg/L N, para 8,0 < pH ≤ 8,5 e) aquicultura e à atividade de pesca.
• 0,5 mg/L N, para pH > 8,5.
• Mercúrio total < 0,0002 mg/L.
Classe III
• Não verificação de efeito tóxico agudo a organismos (teste ecotoxicológico);
• DBO 5 dias a 20°C até 10 mg/L O2;
• OD > 4 mg/L O2;
• Turbidez < 100 UNT;
• pH: 6,0 a 9,0;
• Sólidos dissolvidos totais < 500 mg/L;
a) Abastecimento para consumo humano, após
• Cobre dissolvido < 0,013 mg/L; tratamento convencional ou avançado;
• Fósforo total: b) Irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e
• ambiente lêntico < 0,05 mg/L; forrageiras;
• ambiente intermediário < 0,075 mg/L;
c) Pesca amadora;
• ambiente lótico < 0,15 mg/L.
d) Recreação de contato secundário;
• Nitrogênio amoniacal total: e) Dessedentação de animais.
• 13,3mg/L N, para pH ≤ 7,5;
• 5,6 mg/L N, para 7,5 < pH ≤ 8,0;
• 2,2 mg/L N, para 8,0 < pH ≤ 8,5
• 1,0 mg/L N, para pH > 8,5.
• Mercúrio total < 0,002 mg/L.
Classe IV
• Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;
• Odor e aspecto: não objetáveis;
• Óleos e graxas: toleram-se iridescências;
• Substâncias facilmente sedimentáveis que contribuam para o assoreamento de
canais de navegação: virtualmente ausentes;
• Fenóis totais (substâncias que reagem com 4 - aminoantipirina) até 1,0 mg/L de
C6H5OH;
• OD, superior a 2,0 mg/L O2 em qualquer amostra;
• pH: 6,0 a 9,0.

a) Navegação;
b) Harmonia paisagística.
Como foi feita a escolha dos parâmetros?
• Em função:
• Das características das águas superficiais;
• Da probabilidade de ocorrência; e
• De sua importância para a gestão.

• Total: mais de 70 parâmetros:


• Físicos;
• Químicos;
• Biológicos; e
• Compostos orgânicos complexos.
Como foram estabelecidos os valores limítrofes?

• Com base no valor mais restritivo.  Alguns padrões mais


• Ex.: restritivos:
• Cobre para a classe I:
 Cobre e Alumínio Solúvel:
 Proteção da vida aquática;
• Recreação: não disponível;
• Irrigação: 0,2 mg/L;
• Dessedentação animal: 0,5 mg/L;
• Consumo humano: 1,0 mg/L;
 Chumbo e Berílio:
• Preservação da vida aquática:  Saúde humana (efeito
0,009 mg/L. carcinogênico);

 Cobalto e Lítio:
 Irrigação.
Parâmetros

• Faz sentido que todos os corpos


d’água do país sejam submetidos à
mesma avaliação?

• Ex.:
• Rio Negro e Rio Solimões.
É assim no mundo todo?

NÃO
• Os valores são variáveis entre os países;

• É necessário que sejam feitas atualizações baseadas em novos estudos:


• Inclusão de novas substâncias.

• União Européia:
• Diretiva Quadro da Água.
Portanto...
• O enquadramento constitui-se de um mecanismo indireto de controle
de uso do solo:

• Porquê?;
• Arredores dos corpos d’água;

• O município deve estabelecer as políticas de uso e ocupação do solo


pelo Plano Diretor e pela lei de zoneamento:

• Previamente deve-se conhecer os usos que almeja-se para cada corpo d’água.
Alterações nos corpos d’água

• As alterações desclassificam um corpo d’água;

• O que fazer?

• Como apresentar essa informação?

• Aliás:

• Como saber à qual classe um corpo hídrico pertence?


Como fazer o enquadramento?
• 1º. Definição do curso d’água a ser estudado (A qual bacia hidrográfica pertence?);

• 2º. Consulta ao Decreto 10.755/1976 DAEE (corpos d’água do estado de São Paulo);

• 3º. Definição dos locais amostrados e da periodicidade da amostragem;

• 4º. Coletas e análises das amostras;

• 5º. Levantamentos de usos do solo ao redor dos pontos de amostragem;

• 6º. Comparação dos resultados com os limites estabelecidos na Resolução CONAMA n.º 357/2005;

• 7º. E por fim, o enquadramento: A qual classe o corpo hídrico pertence?

Atende ao estabelecido? Quais parâmetros estão fora do limite?

Há interferência de algum lançamento ou uso do solo?

O que deve ser feito para que se reverta a situação?


LEGISLAÇÃO - Outorga
• Instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos:

• O objetivo da outorga é assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água


e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água;

• Estão sujeitos a outorga os seguintes usos de recursos hídricos:

I - Derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final, inclusive
abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;
II - Extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo;
III - Lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o
fim de sua diluição, transporte ou disposição final;
IV - Aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;
V - Outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água.
LEGISLAÇÃO - Outorga
• Não necessitam de outorga:
I - O uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais,
distribuídos no meio rural;
II - As derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes;
III - As acumulações de volumes de água consideradas insignificantes.

• A outorga e a utilização de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica estará
subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hídricos;
• Toda outorga estará condicionada às prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hídricos
e deverá respeitar a classe em que o corpo de água estiver enquadrado e a manutenção de condições
adequadas ao transporte aquaviário, quando for o caso;
• A outorga de uso dos recursos hídricos deverá preservar o uso múltiplo destes.
LEGISLAÇÃO - Outorga
• A outorga de direito de uso de recursos hídricos poderá ser suspensa parcial ou totalmente,
em definitivo ou por prazo determinado, nas seguintes circunstâncias:
I - Não cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga;
II - Ausência de uso por três anos consecutivos;
III - Necessidade premente de água para atender a situações de calamidade, inclusive as decorrentes
de condições climáticas adversas;
IV - Necessidade de se prevenir ou reverter grave degradação ambiental;
V - Necessidade de se atender a usos prioritários, de interesse coletivo, para os quais não se disponha
de fontes alternativas;
VI - Necessidade de serem mantidas as características de navegabilidade do corpo de água.
• Prazo de validade: 35 anos;
• A outorga não implica a alienação parcial das águas, que são inalienáveis, mas o simples
direito de seu uso.
LEGISLAÇÃO – Cobrança pelo uso
• Instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos:

• A cobrança pelo uso de recursos hídricos objetiva:


I - Reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor;
II - Incentivar a racionalização do uso da água;
III - Obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados
nos planos de recursos hídricos.

• Na fixação dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos
devem ser observados, dentre outros:
I - Nas derivações, captações e extrações de água, o volume retirado e seu regime de variação;
II - Nos lançamentos de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, o volume lançado e seu
regime de variação e as características físico-químicas, biológicas e de toxidade do afluente.
LEGISLAÇÃO – Cobrança pelo uso
• Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos
serão aplicados prioritariamente na bacia hidrográfica em que foram
gerados e serão utilizados:

I - no financiamento de estudos, programas, projetos e obras incluídos nos Planos de Recursos


Hídricos;
II - no pagamento de despesas de implantação e custeio administrativo dos órgãos e entidades
integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
§ 2º Os valores previstos no caput deste artigo poderão ser aplicados a fundo perdido em projetos e
obras que alterem, de modo considerado benéfico à coletividade, a qualidade, a quantidade e o regime
de vazão de um corpo de água.
LEGISLAÇÃO – Sistema de Informações
sobre Recursos Hídricos

Instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos:

• Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos:


I – O Conselho Nacional de Recursos Hídricos;  (Lei 9.984, de 2000)
I-A. – A Agência Nacional de Águas;   (Lei 9.984, de 2000)
II – Os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal;  (Lei 9.984, de 2000)
III – Os Comitês de Bacia Hidrográfica;   (Lei 9.984, de 2000)
IV – Os órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais cujas
competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos;  (Lei 9.984, de 2000)
V – As Agências de Água.  (Lei 9.984, de 2000)
IQA
O que é o IQA?

• pH;
• Índice de Qualidade da Água; • Turbidez;
• Criado pela National Sanitation Foundation, 1970: • Temperatura;
• Pesquisas com especialistas da área.
• OD;
• Adaptado pela CETESB, 1975;
• DBO;
• Tratamento; e
• Abastecimento público. • Nitrogênio Total;
• Constituído de 09 parâmetros: • Fósforo Total;
• Insubstituíveis; • Coliformes Fecais;
• Indispensáveis. • Sólidos Totais.
Curvas individuais

C oliform es F e ca is C o liform es F ecais C o lifo rm e s F eca is pH D em an da B ioqu ím ica d e O xigê nio


pH De m and a Bioquím ica d e Oxigênio pH De m a nd a Bioq uím ica de Ox ig ênio
p ara i = 1 pa ra i = 1 para i = 1 pa ra i = 2 p ara i = 3
para i = 2 pa ra i = 3 p ara i = 2 para i = 3
10 0 1 00 10 0 1 00 1 00
10 0 10 0 10 0 1 00
w 1 = 0,15 w 1 = 0,15 90 w 1 = 0,1 5 90 w 2 = 0,12 90 w 3 = 0,10
90 90 w 2 = 0,12 90 w 3 = 0,10 90 90 w 2 = 0,12 90 w 3 = 0,10
80 80 80 80 80
80 80 80 80
70 70 70 70 70
70 70 70 70
60 60 60 60 60
60 60 60 60
q1 50 q2 50 q3 50 q1 50 q2 50 q3 50
q1 50 q2 50 q3 50

40 40 40 40 40
40 40 40 40
30 30 30 30 30
30 30 30 30
20 20 20 20 20
20 20 20 20
10 10 10 10 10
10 10 10 10
0 0 0 0 0
0 0 0 0 1 10¹ 5
8 9 10 11 12
1 10 ¹ 1 0² 10³ 10 4
10
5
2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 11 12 0 5 10 15 20 25 30 3 5 40 45 50 1 1 0¹ 10² 10³ 10 4
10
5
2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 11 12 0 5 1 0 15 2 0 25 3 0 35 4 0 45 50 10 ² 1 0³ 10 4 10 2 3 4 5 6 7 0 5 10 15 20 25 30 3 5 4 0 4 5 50
C. F. # / 10 0 m l pH , U nidad es DB O 5, m g/l C. F. # / 100 m l pH , Unid ad es D B O 5, m g /l C . F. # / 100 m l pH , U nida de s DB O 5, m g/l
5
5
No ta: se C . F. > 10 , q 1 = 3,0 N o ta: se pH < 2,0, q 2 = 2,0 No ta: se D B O 5 > 30,0, q 3 = 2,0
5
No ta: se C . F. > 10 , q 1 = 3 ,0 No ta: se p H < 2,0 , q 2 = 2 ,0 N ota : se D B O 5 > 30 ,0, q 3 = 2 ,0 No ta : se C . F. > 1 0 , q 1 = 3,0 N ota : se pH < 2,0, q 2 = 2,0 No ta : se D B O 5 > 3 0,0, q 3 = 2,0
se pH > 12 ,0, q 2 = 3 ,0 s e pH > 1 2,0, q 2 = 3,0 s e pH > 12,0, q 2 = 3,0

Tem p eratu ra Tem peratu ra Tem p era tura


(afas tam en to da temp era tur a de eq uilíbrio) (afas tam e nto d a te mpe ratu ra d e e qu ilíb rio) Nitrog ê nio Total Fó sfo ro Tota l (afas tam e nto da te mpe ra tura de e q uilíbrio)
N itro gê nio Total Fós fo ro Total Nitro g ên io Total Fó sforo Total
pa ra i = 6 p ara i = 6 pa ra i = 4 pa ra i = 5 p a ra i = 6
p ara i = 4 para i = 5 pa ra i = 4 p ara i = 5
100 10 0 100 1 00 10 0 100 100 1 00 100

w 4 = 0,10 w 5 = 0,10 w 6 = 0,10 w 4 = 0,10 w 5 = 0,10 w 6 = 0,10 90 w 4 = 0,1 0 90 w 5 = 0,10 90 w 6 = 0,10


90 90 90 90 90 90
80 80 80 80 80 80 80 80 80

70 70 70 70 70 70 70 70 70

60 60 60 60 60 60 60 60 60

q4 50 q 5 50 q 6 50 q4 50 q 5 50 q 6 50 q4 50 q5 50 q6 50
40 40 40 40 40 40 40 40 40

30 30 30 30 30 30 30 30 30

20 20 20 20 20 20 20 20 20

10 10 10 10 10 10 10 10 10

0 0 0 0 0
0 0 0 0 1 0 20 30 4 0 5 0 6 0 70 8 0 1 00 1 3 4 6 -5 0 5 10 15 20
0 10 20 30 40 50 6 0 7 0 80 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 -5 0 5 10 15 20 0 10 2 0 3 0 40 50 60 70 80 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 -5 0 5 10 15 20 0 0 2 5 7 8 10
A t, °C A t, °C N. T. m g/l P O 4 - T mg/l A t, °C
N . T. m g/l P O 4 - T m g/l N. T. m g/l PO 4 - T mg /l
N ota : se t < -5 ,0 q 6 é in definido No ta : se t < -5,0 q 6 é indefinido No ta: se N . T. > 10 0,0, q 4 = 1 ,0 N ota : se P o 4 - T > 1 0,0 , q 5 = 1,0 No ta: se t < -5 ,0 q 6 é inde finido
No ta: se N . T. > 10 0 ,0 , q 4 = 1,0 N o ta : se Po 4 - T > 1 0,0 , q 5 = 1,0 Nota : se N . T. > 1 00,0, q 4 = 1 ,0 No ta: se P o 4 - T > 10,0, q 5 = 1,0
se t > 15 ,0 q 6 = 9,0 s e t > 15,0 q 6 = 9,0 s e t > 1 5,0 q 6 = 9,0

Turbidez Re síd uo Total O x igê nio D is solvid o Tu rbide z R esíduo Tota l O xigên io Disso lvido Turbidez Re síduo Total Oxigê nio D is solvido
para i = 7 para i = 8 pa ra i = 9 p ara i = 7 p ara i = 8 pa ra i = 9 p ara i = 7 pa ra i = 8 para i = 9
10 0 10 0 100 1 00 100 10 0 1 00 1 00 1 00

w 9 = 0,17 w 9 = 0,17 90 w 7 = 0,08 90 w 8 = 0,08 90 w 9 = 0,17


90 w 7 = 0,08 90 w 8 = 0,08 90 90 w 7 = 0,0 8 90 w 8 = 0,08 90
80 80 80 80 80 80 80 80 80

70 70 70 70 70 70 70 70 70

60 60 60 60 60 60 60 60 60

q7 50 q8 50 q9 50 q7 50 q8 50 q9 50
q7 50 q8 50 q9 50

40 40 40 40 40 40 40 40 40

30 30 30 30 30 30 30 30 30

20 20 20 20 20 20 20 20 20

10 10 10 10 10 10 10 10 10

0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 10 2 0 30 4 0 50 6 0 70 8 0 100 0 1 00 200 3 00 400 50 0 0 40 80 120 0 10 20 30 40 50 6 0 7 0 80 10 0 0 10 0 200 30 0 40 0 500 0 40 80 1 20 0 1 0 2 0 30 40 5 0 60 70 80 10 0 0 100 20 0 30 0 400 5 00 0 40 80 12 0 16 0 20 0
1 60 200 160 2 00
Tu rbidez U . F. T. R . T. m g/t Turbid ez U . F. T. R. T. m g/t Tur bide z U . F. T. R . T. m g /t O.D . % de s atu ração
O .D . % de satu ra ção O.D . % de saturação
N o ta: se R . T. > 50 0, q 8 = 32 ,0 No ta: se R . T. > 50 0, q 8 = 3 2,0 No ta: se tu rbidez > 100 , q 7 = 5 ,0 N o ta : se R. T. > 5 00 , q 8 = 32 ,0 Nota: se O D . % sat. > 14 0, q 9 = 47 ,0
No ta: se turbide z > 100, q 7 = 5,0 No ta: se O D . % sat. > 14 0, q 9 = 47,0 Nota: se tu rbide z > 100, q 7 = 5 ,0 N ota: se O D. % sa t. > 14 0, q 9 = 47,0
Curvas individuais

Co liform es F ecais pH Dem anda B ioq uím ica d e O x igê nio Co liform es F ecais pH Dem anda B ioquím ica d e O x igê n io
para i = 1 para i = 2 para i = 3 pa ra i = 1 para i = 2 para i = 3
10 0 1 00 100 10 0 1 00 10 0
90 w 1 = 0,15 90 w 2 = 0,1 2 90 w 3 = 0,10 90 w 1 = 0,15 90 w 2 = 0,1 2 90 w 3 = 0,10
80 80 80 80 80 80
70 70 70 70 70 70
60 60 60 60 60 60
q1 50 q2 50 q3 50 q1 50 q2 50 q3 50
40 40 40 40 40 40
30 30 30 30 30 30
20 20 20 20 20 20
10 10 10 10 10 10
0 0 0 0 0 0
9 10 11 1 2 9 10 11 1 2
5 5
1 10 ¹ 10² 10³ 10 4 10 2 3 4 5 6 7 8 0 5 10 1 5 20 2 5 30 3 5 4 0 4 5 50 1 10¹ 10² 10³ 10 4 10 2 3 4 5 6 7 8 0 5 10 1 5 20 2 5 30 3 5 40 45 50
C. F. # / 1 00 m l pH , U n ida des DB O 5, m g/l C. F. # / 1 00 m l pH , U n ida des D BO 5, m g/l
5 5
No ta: se C . F. > 10 , q 1 = 3,0 No ta : se pH < 2,0, q 2 = 2,0 No ta: se D B O 5 > 3 0 ,0, q 3 = 2,0 No ta: se C . F. > 10 , q 1 = 3,0 No ta: se pH < 2,0, q 2 = 2,0 No ta: se D B O 5 > 3 0 ,0, q 3 = 2,0
s e pH > 12 ,0, q 2 = 3 ,0 s e pH > 12 ,0, q 2 = 3 ,0

Tem p era tura Tem p era tura


Nitrog ê nio Total Fós fo ro Total (a fa stam en to da tempera tur a de eq uilíb rio ) N itrogê nio To tal Fó sforo Tota l (a fastam en to da tempera tur a de eq uilíb rio)
pa ra i = 4 para i = 5 pa ra i = 6 pa ra i = 4 para i = 5 para i = 6
1 00 1 00 10 0 100 1 00 10 0

90 w 4 = 0,1 0 90 w 5 = 0,1 0 90 w 6 = 0,10 90 w 4 = 0,1 0 90 w 5 = 0,1 0 90 w 6 = 0,10


80 80 80 80 80 80
70 70 70 70 70 70
60 60 60 60 60 60
q4 50 q 5 50 q 6 50 q4 50 q 5 50 q 6 50
40 40 40 40 40 40
30 30 30 30 30 30
20 20 20 20 20 20
10 10 10 10 10 10
0 0 0 0 0 0
0 10 20 30 4 0 5 0 6 0 70 80 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 -5 0 5 10 15 20 0 10 20 30 4 0 5 0 6 0 70 80 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 -5 0 5 10 15 20
N . T. m g /l P O 4 - T mg/l A t, °C N . T. m g /l P O 4 - T mg/l A t, °C

N ota: se N. T. > 10 0,0, q 4 = 1,0 N ota : se P o 4 - T > 1 0,0 , q 5 = 1,0 N ota: se t < -5 ,0 q 6 é ind efin ido N ota: se N. T. > 10 0,0, q 4 = 1,0 Nota : se P o 4 - T > 10,0 , q 5 = 1,0 N ota: se t < -5 ,0 q 6 é ind efin ido
se t > 15,0 q 6 = 9 ,0 se t > 15,0 q 6 = 9 ,0

Turbid ez R esíd uo Total Ox igênio Dissolvido Turbid ez R esíd uo Total Ox igênio Dissolvido
para i = 7 p ara i = 8 p ara i = 9 pa ra i = 7 pa ra i = 8 p ara i = 9
1 00 100 100 100 100 100
90 w 7 = 0,08 90 w 8 = 0,08 90 w 9 = 0,17 90 w 7 = 0,08 90 w 8 = 0,08 90 w 9 = 0,17

80 80 80 80 80 80
70 70 70 70 70 70
60 60 60 60 60 60
q7 50 q8 50 q9 50 q7 50 q8 50 q9 50
40 40 40 40 40 40
30 30 30 30 30 30
20 20 20 20 20 20
10 10 10 10 10 10
0 0 0 0 0 0
0 1 0 20 3 0 40 5 0 60 70 8 0 100 0 1 00 20 0 300 4 00 500 0 40 80 12 0 160 20 0 0 10 20 3 0 40 5 0 60 70 8 0 1 00 0 1 00 200 3 00 4 00 500 0 40 80 1 20 160 20 0
Turbide z U. F. T. R. T. m g/t O .D . % de s aturaçã o Turbide z U. F. T. R. T. m g/t O .D . % de s aturaçã o
N ota : se tu rb id ez > 100, q 7 = 5,0 No ta : se R . T. > 5 00, q 8 = 32 ,0 N ota: se O D . % sat. > 14 0, q 9 = 47,0 N ota: se tu rb id ez > 100, q 7 = 5,0 No ta: se R . T. > 5 00, q 8 = 32 ,0 N ota: se O D . % sat. > 14 0, q 9 = 47,0
Curvas individuais

Co liform es F e cais pH D em anda Bioquím ica de Oxig ê nio Co liform es F ecais pH De m a nda B ioq uím ica de Ox igênio
para i = 1 p ara i = 2 pa ra i = 3 para i = 1 para i = 2 p ara i = 3
1 00 10 0 100 1 00 1 00 1 00
90 w 1 = 0,15 90 w 2 = 0,12 90 w 3 = 0,1 0 90 w 1 = 0,15 90 w 2 = 0,12 90 w 3 = 0,10
80 80 80 80 80 80
70 70 70 70 70 70
60 60 60 60 60 60
q1 50 q2 50 q3 50 q1 50 q2 50 q3 50
40 40 40 40 40 40
30 30 30 30 30 30
20 20 20 20 20 20
10 10 10 10 10 10
0 0 0 0 0 0
9 10 11 1 2 9 10 11 12
5 5
1 10¹ 10 ² 10 ³ 10 4 10 2 3 4 5 6 7 8 0 5 1 0 1 5 2 0 25 3 0 35 4 0 4 5 5 0 1 1 0¹ 10 ² 10³ 10 4 10 2 3 4 5 6 7 8 0 5 1 0 15 20 25 3 0 35 4 0 4 5 50
C . F. # / 10 0 m l p H, U nid ad e s D B O 5, m g /l C. F. # / 100 m l p H, Un id ad e s D B O 5 , m g/l
5 5
N o ta: se C . F. > 10 , q 1 = 3,0 N ota: se pH < 2,0 , q 2 = 2 ,0 Nota: se D BO 5 > 30,0, q 3 = 2,0 No ta : se C . F. > 1 0 , q 1 = 3,0 N ota : se pH < 2,0 , q 2 = 2 ,0 Nota : se D BO 5 > 3 0,0, q 3 = 2 ,0
se p H > 1 2,0, q 2 = 3,0 s e pH > 1 2,0, q 2 = 3,0

Tem peratura Tem pe ratu ra


Nitrog ên io Tota l Fó sfo ro Total (afa stam e nto da temperatura de equilíb rio) Nitrog ên io Tota l Fó sforo Total (afa stam e nto d a te mpe ratu ra d e e qu ilíbrio)
p ara i = 4 p ara i = 5 para i = 6 pa ra i = 4 para i = 5 p ara i = 6
100 10 0 1 00 100 1 00 100

90 w 4 = 0,10 90 w 5 = 0,10 90 w 6 = 0,10 90 w 4 = 0,10 90 w 5 = 0,10 90 w 6 = 0,10


80 80 80 80 80 80
70 70 70 70 70 70
60 60 60 60 60 60
q4 50 q 5 50 q 6 50 q4 50 q 5 50 q6 50
40 40 40 40 40 40
30 30 30 30 30 30
20 20 20 20 20 20
10 10 10 10 10 10
0 0 0 0 0 0
0 10 2 0 3 0 40 5 0 60 70 80 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 -5 0 5 10 15 20 0 1 0 2 0 3 0 40 5 0 60 70 80 1 00 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 -5 0 5 10 15 20
N . T. m g /l P O 4 - T m g/l A t, °C N. T. m g/l P O 4 - T m g/l At, °C

No ta: se N . T. > 100 ,0, q 4 = 1,0 No ta: se P o 4 - T > 1 0,0, q 5 = 1,0 No ta: se t < -5,0 q 6 é inde finido No ta: se N . T. > 1 00,0, q 4 = 1 ,0 No ta: se P o 4 - T > 10,0, q 5 = 1,0 No ta: se t < -5 ,0 q 6 é inde finido
se t > 15 ,0 q 6 = 9 ,0 s e t > 15,0 q 6 = 9,0

Tu rbidez R e sídu o Tota l O xigê nio D isso lvid o Tu rbid ez R e sídu o Tota l O xigên io D issolvido
para i = 7 para i = 8 p ara i = 9 p ara i = 7 para i = 8 para i = 9
1 00 10 0 100 1 00 100 1 00
90 w 7 = 0,08 90 w 8 = 0,08 90 w 9 = 0,17 90 w 7 = 0,08 90 w 8 = 0,08 90 w 9 = 0,17

80 80 80 80 80 80
70 70 70 70 70 70
60 60 60 60 60 60
q7 50 q8 50 q9 50 q7 50 q8 50 q9 50
40 40 40 40 40 40
30 30 30 30 30 30
20 20 20 20 20 20
10 10 10 10 10 10
0 0 0 0 0 0
0 1 0 20 30 40 5 0 60 70 80 10 0 0 100 20 0 30 0 40 0 50 0 0 40 80 120 16 0 200 0 1 0 20 30 40 5 0 6 0 7 0 80 10 0 0 10 0 20 0 30 0 40 0 5 00 0 40 80 120 16 0 2 00
Tu rbidez U. F. T. R . T. m g/t O.D . % de s atura ção Tur bid ez U . F. T. R. T. m g/t O.D . % de s aturação
N ota : se tu rb idez > 100, q 7 = 5,0 N ota: se R. T. > 500 , q 8 = 32,0 N o ta: se O D . % sat. > 140, q 9 = 47 ,0 No ta: se tu rbide z > 100, q 7 = 5 ,0 Nota : se R. T. > 5 00 , q 8 = 32,0 N ota: se O D. % sat. > 14 0, q 9 = 47,0
Curvas individuais

C o liform es F ecais pH De m a nd a Bioq uím ica de Ox igên io C olifo rm es F eca is pH De m an da B ioq u ím ica de Ox igê nio
p a ra i = 1 p ara i = 2 pa ra i = 3 pa ra i = 1 p ara i = 2 para i = 3
1 00 10 0 100 10 0 100 1 00

90 w 1 = 0,15 90 w 2 = 0,12 90 w 3 = 0,10 90 w 1 = 0,1 5 90 w 2 = 0,1 2 90 w 3 = 0,10

80 80 80 80 80 80

70 70 70 70 70 70
60 60 60 60 60 60
q1 50 q2 50 q3 50 q1 50 q2 50 q3 50

40 40 40 40 40 40
30 30 30 30 30 30
20 20 20 20 20 20
10 10 10 10 10 10
0 0 0 0 0 0
9 10 11 1 2
5
1 1 0¹ 1 0² 10³ 10 4
10
5
2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 11 12 0 5 1 0 1 5 20 25 3 0 35 4 0 45 50 1 10 ¹ 10² 10³ 10 4 10 2 3 4 5 6 7 8 0 5 10 1 5 20 25 30 35 40 45 50
C. F. # / 100 m l pH , Unid ad es DB O 5, m g /l C. F. # / 100 m l pH, Un idades DB O 5, m g/l
5
5
No ta: se C . F. > 10 , q 1 = 3,0 N o ta: se p H < 2,0, q 2 = 2,0 Nota : se DB O 5 > 30 ,0 , q 3 = 2 ,0 N ota : se C . F. > 1 0 , q 1 = 3,0 No ta: se pH < 2,0, q 2 = 2,0 N ota : se DB O 5 > 30 ,0, q 3 = 2,0
se pH > 1 2,0, q 2 = 3,0 se pH > 12 ,0, q 2 = 3 ,0

Tem peratu ra Tem peratura


N itro g ên io Total Fó sforo Total (afastam e nto d a tem pe ratura d e e qu ilíb rio) N itrogênio To tal Fós foro Tota l (a fa stam en to da tem pe ratura de e quilíb rio )
para i = 4 p ara i = 5 p ara i = 6 pa ra i = 4 p ara i = 5 pa ra i = 6
1 00 10 0 1 00 1 00 100 100

90 w 4 = 0,10 90 w 5 = 0,10 90 w 6 = 0,10 90 w 4 = 0,1 0 90 w 5 = 0,1 0 90 w 6 = 0,10

80 80 80 80 80 80

70 70 70 70 70 70

60 60 60 60 60 60

q4 50 q 5 50 q 6 50 q4 50 q5 50 q6 50
40 40 40 40 40 40

30 30 30 30 30 30

20 20 20 20 20 20

10 10 10 10 10 10

0 0 0 0 0 0
0 10 2 0 30 40 50 60 7 0 80 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 -5 0 5 10 15 20 0 1 0 20 30 4 0 5 0 60 70 80 1 00 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 -5 0 5 10 15 20
N. T. m g/l PO 4 - T mg /l A t, °C N . T. m g /l P O 4 - T mg/l A t, °C

N ota : se N . T. > 1 00 ,0, q 4 = 1 ,0 N o ta: se P o 4 - T > 10,0, q 5 = 1,0 N o ta : se t < -5,0 q 6 é indefinido N ota : se N. T. > 1 00,0, q 4 = 1 ,0 No ta : se P o 4 - T > 1 0,0 , q 5 = 1,0 N ota: se t < -5 ,0 q 6 é ind efin ido
se t > 15 ,0 q 6 = 9 ,0 se t > 1 5,0 q 6 = 9 ,0

Tu rbide z R esíd uo Tota l O xigênio Dis so lvido Tur bid ez R esíd uo Total Oxigê nio D issolvido
para i = 7 p ara i = 8 pa ra i = 9 p ara i = 7 p ara i = 8 p ara i = 9
10 0 10 0 100 100 100 1 00

w 7 = 0,0 8 w 8 = 0,08 w 9 = 0,17 90 w 7 = 0,08 90 w 8 = 0,08 90 w 9 = 0,1 7


90 90 90
80 80 80 80 80 80

70 70 70 70 70 70

60 60 60 60 60 60

q7 50 q8 50 q9 50 q7 50 q8 50 q9 50

40 40 40 40 40 40

30 30 30 30 30 30

20 20 20 20 20 20

10 10 10 10 10 10
0 0 0 0 0 0
0 10 20 30 4 0 50 6 0 7 0 80 1 00 0 10 0 20 0 3 00 40 0 50 0 0 40 80 1 20 1 60 200 0 1 0 20 3 0 40 5 0 60 70 8 0 100 0 10 0 20 0 300 4 00 500 0 40 80 1 20 16 0 200
Tu rbid ez U . F. T. R. T. m g/t O.D . % de s aturação Turbid ez U . F. T. R . T. m g /t O .D . % de s atu raçã o
Nota : se turbide z > 10 0, q 7 = 5 ,0 No ta: se R . T. > 50 0, q 8 = 32 ,0 No ta: se O D. % sa t. > 140, q 9 = 4 7,0 N o ta : se turb id ez > 100, q 7 = 5 ,0 No ta: se R . T. > 500 , q 8 = 32,0 No ta : se O D. % sa t. > 14 0, q 9 = 47,0
Grandeza dos parâmetros

PARÂMETROS UNIDADES
OD OD % de saturação
0.08
Coliformes Coliformes Term. NMP/100mL
0.08 0.17
pH pH Adimensional
0.1 Temp. Temperatura
0.15
 °C
Fósforo Fósforo Total mg/L
0.1 Nitrogênio Nitrogênio Total mg/L
0.12 DBO DBO 5,20 mg/L
0.1
0.1 Resíduos Res. Totais ou Sólid. Tot. mg/L
Turbidez Turbidez UNT
OD (mg/L % de saturação)
• OD (mg/L): já conhecido;
% saturação = OD (mg/L) x 100 • S: solubilidade do oxigênio dependente da
S x Px temperatura à pressão de 760 mmHg;
760 • Px: pressão atmosférica do local de coleta de
Temp. da Solubilidade Temp. da Solubilidade acordo com a altitude (utiliza-se o fator de
amostra (°C)
0
(mg/l)
14,63
amostra (°C)
18
(mg/l)
9,45
correção)
1 14,23 19 9,27
2 13,84 20 9,08 Pressão Pressão
3 13,46 21 8,91 Altitud atm. Altitud atm.
Fator Fator
4 13,11 22 8,74 e (m) média e (m) média
5 12,77 23 8,57 (mmHg) (mmHg)
6 12,45 24 8,42 0 760 1,00 1300 647 1,17
7 12,13 25 8,26 100 750 1,01 1400 639 1,19
8 11,84 26 8,12 200 741 1,03 1500 631 1,20
9 11,55 27 7,97 300 732 1,04 1600 623 1,22
10 11,28 28 7,84 400 723 1,05 1700 615 1,24
11 11,02 29 7,70 500 714 1,06 1800 608 1,25
12 10,77 30 7,57 600 705 1,08 1900 601 1,26
13 10,53 31 7,45 700 696 1,09 2000 594 1,28
14 10,29 32 7,33
15 10,07 33 7,21 800 687 1,11 2100 587 1,30
16 9,86 34 7,09 900 679 1,12 2200 580 1,31
17 9,65 35 6,98 1000 671 1,13 2300 573 1,33
1100 663 1,15 2400 566 1,34
1200 655 1,16 2500 560 1,36
Temperatura (°C ∆ T)

• Considera-se a variação de temperatura da água:

• Temperatura de equilíbrio do recurso hídrico;

• Quando não há interferências por lançamentos aquecidos ou resfriados;

• Comumente realizam-se 02 medições em campo:


• 1ª no ponto da amostragem;
• 2ª à montante do ponto de coleta.

• Quando não há referência de temperatura à montante, ∆T = 0.


Cálculo do IQA

• O IQA é calculado por meio do produtório ponderado dos 09 parâmetros,


conforme indicado:
𝑛
IQA  =  ∏ 𝑞𝑖 𝑤𝑖

𝑖=1
• Onde:
• IQA: valor de 0 – 100;
• qi: qualidade do i-ésimo parâmetro (um numero entre 0 – 100, obtido pelo respectivo gráfico);
• wi: peso correspondente ao i-ésimo parâmetro (definido de acordo com a sua importância, de
forma que:

∑ 𝑤𝑖=1
𝑖=1
Para auxiliar

Fator Índice para


Parâmetro Unidade Resultado Valor de Q
peso cada parâmetro

OD % de saturação 0,17
Coliformes Term. NMP/100mL 0,15
pH - 0,12
Temperatura  °C 0,10
Fósforo Total mg/L 0,10
Nitrogênio Total mg/L 0,10
DBO 5,20 mg/L 0,10
Res. Totais ou Sólid. mg/L 0,08
Tot.
Turbidez UNT 0,08
TOTAL 1,00
IQA =
Resultados

Faixas de IQA utilizadas nos Faixas de IQA utilizadas dos


Avaliação da
estados: estados:
Qualidade da Água
AL, MG, MT, PR, RJ, RN, RS BA, CE, ES, GO, MS, PB, PE, SP
Ótima 91 - 100 80 - 100
Boa 71 - 90 52 - 79
Razoável 51 - 70 37 - 51
Ruim 26 - 50 20 - 36
Péssima 0 - 25 0 - 19
Prós & Contras
• Perda de informações
• Dados quantitativos em individualizadas;
qualitativos; • Abrangência:
• Abrangência: • Apenas 09 parâmetros:
• Deixa de lado parâmetro de extrema
• 09 parâmetros em um único número;
importância.
• Facilidade de transmissão de
• Alguns parâmetros não possuem
informações.
uma faixa de medição
considerada 100% adequada.
MOMENTO PEER TO PEER
Item - 4.4

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