O documento discute a responsabilidade tributária de advogados, contadores e empresas de assessoria tributária. Aborda questões como limites éticos no planejamento tributário, responsabilidade solidária entre empresas e a distinção entre interesse econômico e interesse jurídico comum. Apresenta também resumos de casos judiciais sobre o tema.
O documento discute a responsabilidade tributária de advogados, contadores e empresas de assessoria tributária. Aborda questões como limites éticos no planejamento tributário, responsabilidade solidária entre empresas e a distinção entre interesse econômico e interesse jurídico comum. Apresenta também resumos de casos judiciais sobre o tema.
O documento discute a responsabilidade tributária de advogados, contadores e empresas de assessoria tributária. Aborda questões como limites éticos no planejamento tributário, responsabilidade solidária entre empresas e a distinção entre interesse econômico e interesse jurídico comum. Apresenta também resumos de casos judiciais sobre o tema.
• Limites éticos e normativos interna corporis • Exercício do consultivo tributário no EOAB • Responsabilidade do advogado parecerista • MS n.24.073, Min.Carlos Velloso e MS n.24.584, Min.Marco Aurélio. • Livre iniciativa e observância da heterogeneidade de ideias no direito Case MUNICÍPIO DE ELIAS FAUSTO (Ac n. 2301-004.800):
ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA. INTERESSE COMUM. A aplicação da responsabilidade passiva solidária, contida no art. 124, I, do CTN, exige a presença de interesse jurídico comum, ou seja, que as pessoas sejam sujeitos da relação jurídica que deu azo à ocorrência do fato gerador. O mero interesse econômico entre tais sujeitos ou mesmo o interesse jurídico reflexo, oriundo de outra relação jurídica afasta a aplicação do mencionado dispositivo legal.” Case ATENDE BEM (Ac n.2402-005.697):
SUJEIÇÃO PASSIVA SOLIDÁRIA. EMPRESAS DE
ASSESSORIA. INEXISTÊNCIA. O fato de as empresas de assessoria serem executoras do planejamento não significa que elas tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal, muito menos que a obrigação decorra de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos. Case SOJA-PAPEL: geração e transferência de créditos acumulados ICMS exportação : “... Com efeito não escapa a autora — pelos motivos já anteriormente declinados —, também não se pode negar que o produto oferecido (planejamento tributário) ficou longe de alcançar os resultados , se, por um lado, não se pode imputar à empresa de consultoria responsabilidade pelos prejuízos sofridos com as autuações fiscais da qual esperados pela contratante, revelando deficiência na prestação do serviço, que impõe a devolução dos valores por esta expendidos como contraprestação”. (REsp n. 1.477.373, rel. Min.Ricardo Cueva) Responsabilidade tributária das sociedades Grupo Econômico:
FISCAL. LEGITIMIDADE PASSIVA. EMPRESAS DO MESMO GRUPO ECONÔMICO. SOLIDARIEDADE. INEXISTÊNCIA. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. INOCORRÊNCIA. 7. , de modo a alcançar a ratio essendi do referido dispositivo legConquanto a expressão "interesse comum" — encarte um conceito indeterminado, é mister proceder-se a uma interpretação sistemática das normas tributáriasal. Nesse diapasão, tem-se que o interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal implica que as pessoas solidariamente obrigadas sejam sujeitos da relação jurídica que deu azo à, ocorrência do fato imponível. Isto porque feriria a lógica jurídico-tributária a integração no pólo passivo da relação jurídica, de alguém que não tenha tido qualquer participação na ocorrência do fato gerador da obrigação (....)” (REsp n.884845/S, Min Luiz Fux) Responsabilidade tributária de sociedades integrantes de Grupos Econômicos no CARF: Câmar Número Afastando a Mantendo a Turma de a solidariedade solidariedade Decisões 1ª 19 8 45% 11 55% 1ª 2ª 9 2 22% 7 78% 3ª 7 0 0% 7 100% 1ª 15 3 20% 12 80% 2ª 2ª 3 1 33% 2 67% 1ª 10 3 30% 7 70% 3ª 2ª 13 5 38% 8 62% 1ª 13 3 21% 10 79% 4ª 2ª 17 9 53% 8 47% Totais 106 34 32% 73 68%
Fonte: TCC Gvlaw AFRF Sandro Zaia
A visão contábil sobre a realidade econômica e sua influência sobre o direito tributário: Case SCHIMIDT CALÇADOS (PIS/COFINS sobre a “receita” decorrente da transferência de créditos acumulados de ICMS na exportação):
CONTRIBUIÇÃO AO PIS E COFINS. NÃO INCIDÊNCIA. TELEOLOGIA DA NORMA. EMPRESA EXPORTADORA. CRÉDITOS DE ICMS TRANSFERIDOS A TERCEIROS. (...) V – O conceito de receita, acolhido pelo art. 195, I, “b”, da Constituição Federal, não se confunde com o conceito contábil. Entendimento, aliás, expresso nas Leis 10.637/02 (art. 1º) e Lei 10.833/03 (art. 1º), que determinam a incidência da contribuição ao PIS/PASEP e da COFINS não cumulativas sobre o total das receitas, “independentemente de sua denominação ou classificação contábil”. Ainda que a contabilidade elaborada para fins de informação ao mercado, gestão e planejamento das empresas possa ser tomada pela lei como ponto de partida para a determinação das bases de cálculo de diversos tributos, de modo algum subordina a tributação. A contabilidade constitui ferramenta utilizada também para fins tributários, mas moldada nesta seara pelos princípios e regras próprios do Direito Tributário. Sob o específico prisma constitucional, receita bruta pode ser definida como o ingresso financeiro que se integra no patrimônio na condição de elemento novo e positivo, sem reservas ou condições. (RE n.606.107/RS, Min.Rosa Weber)