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Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Boas Práticas Farmacêuticas


em Farmácias e Drogarias

Resolução RDC 44/2009


Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Aspectos gerais e contexto internacional

Organização Mundial da Saúde:

• Mais da metade dos medicamentos são prescritos, dispensados ou


utilizados de forma inadequada.

Progresos realizados en el uso racional de los medicamentos. Informe de la Secretaría.


Genebra; WHO, 2007. [60th World Health Assembly]

• Os países devem estabelecer normas nacionais para a promoção da


saúde, o abastecimento de medicamentos, os produtos para a saúde, o
auto-cuidado do paciente e o aprimoramento da prescrição e do uso dos
medicamentos.

Boas práticas em farmácia (BPF): em ambientes comunitários e hospitalares


[WHO/PHARM/DAP/96.1]. Genebra: OMS, 1996.
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POLÍTICAS DE SAÚDE

POLÍTICA NACIONAL
POLÍTICA NACIONAL
DE ASSISTÊNCIA
DE MEDICAMENTOS (1998)
FARMACÊUTICA (2004)

PLANO NACIONAL DE SAÚDE (2004)


CPI DE MEDICAMENTOS: RECOMENDAÇÕES (2000)
I CONFERÊNCIA NACIONAL DE VISA (2001)
CONSENSO BRASILEIRO DE ATENÇÃO FARM. (2002)
I CONFERÊNCIA NACIONAL DE ASSIST. FARM. (2003)
Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Política Nacional de Medicamentos:


(Portaria n° 3.916/MS/GM, de 30 de outubro de 1998)

• O modelo de assistência farmacêutica será reorientado de modo a que


não se restrinja à aquisição e à distribuição de medicamentos.

• A reorientação do modelo de assistência farmacêutica deverá estar


fundamentada na promoção do uso racional dos medicamentos.
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CPI de medicamentos (2000):

Recomendações

• Qualificar os serviços de dispensação, incluindo fiscalização mais


constante;

• Proibir venda, nas farmácias e drogarias, de produtos alheios à


natureza sanitária, como chocolates, sorvetes, filmes fotográficos,
brinquedos, refrigerantes, eletrodomésticos, bijuterias, rações para
animais e outros. (PL 3324/2000)

• Proibir a venda eletrônica de medicamentos, por qualquer meio, por


configurar prática perigosa para a saúde dos cidadãos.
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I Conferência Nacional de Vigilância Sanitária (2001):

Deliberações

51. Estabelecer um novo modelo de farmácia, que garanta ao cidadão o


direito à atenção farmacêutica em estabelecimento comercial diferenciado
como Unidade de Saúde, que atenda às diretrizes da Política Nacional de
Medicamentos (...)
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I Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica


(2003):

• Exigir oficialmente do poder público e privado a efetivação dos programas de


Atenção Farmacêutica em todos os níveis de assistência farmacêutica no
Brasil.

• Garantir a Atenção Farmacêutica integral em todas as farmácias,


drogarias, dispensários, farmácias hospitalares e unidades de dispensação,
em todas as esferas de governo e na iniciativa privada, bem como oferecer
condições ideais de trabalho.
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Política Nacional de Assistência Farmacêutica:


(Resolução n.º 338, de 6 de maio de 2004, Conselho Nacional de Saúde)

• Assistência Farmacêutica: conjunto de ações voltadas à promoção,


proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivo, tendo
o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso
racional.

• As ações de Assistência Farmacêutica envolvem aquelas referentes à


Atenção Farmacêutica.

• Atenção Farmacêutica: é a interação direta do farmacêutico com o


usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de
resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da
qualidade de vida.
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Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas

De acordo com o Sinitox os medicamentos representam o principal


agente causador de intoxicações em seres humanos.
http://www.fiocruz.br/sinitox/
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Influência infantil na aquisição de produtos pela família

Empresas calculam que as crianças responderão por cerca de 80%


das escolhas de compras de uma casa até 2010.
http://www2.uol.com.br/infopessoal/noticias/_HOME_TOP_651249.shtml

Casos de intoxicações por medicamentos em crianças (Sinitox – 2005):

< 1a: 750


1 – 4a: 5.842
5 – 9a: 1.593
10 – 14a: 1.188
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Marco Regulatório:

• Constituição Federal (art. 197): ações e serviços de saúde são


de relevância pública

• No âmbito federal: Lei n. 5.991/73, Lei n. 9.782/99 (SNVS),


Resolução n. 328/99 e Resolução RDC n. 173/03.

• Estados e Municípios: Variedade de normas (produtos e


serviços)

• Mercado: diversidade de produtos e serviços estranhos ao


comércio farmacêutico.

Farmácias e Drogarias são


Estabelecimentos Diferenciados!
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Lei Federal n. 5991/1973:

• XI – Drogaria - estabelecimento de dispensação e comércio de drogas,


medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas
embalagens originais;

• X – Farmácia - estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e


oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de
atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
equivalente de assistência médica;

• IV – Correlato - a substância, produto, aparelho ou acessório não


enquadrado nos conceitos anteriores, cujo uso ou aplicação esteja
ligado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, à higiene
pessoal ou de ambientes, ou a fins diagnósticos e analíticos, os
cosméticos e perfumes, e ainda, os produtos dietéticos, óticos, de acústica
médica, odontológicos e veterinários;
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Decreto n. 74.170/74 (art. 4º):

• É permitido às farmácias e drogarias exercerem o comércio de


determinados correlatos, como, aparelhos e acessórios
usados para fins terapêuticos ou de correção estética, produtos
utilizados para fins diagnósticos e analíticos, de higiene
pessoal ou de ambiente, o de cosméticos e perfumes, os
dietéticos mencionados no parágrafo único in fine do artigo
anterior, os produtos óticos, de acústica médica, odontológicos,
veterinários e outros, desde que observada a legislação
específica federal e a supletiva, pertinente, dos Estados do
Distrito Federal e dos Territórios.
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Regulamentação anterior editada pela Anvisa:

Resolução n. 328/99, alterada pela Resolução RDC n. 173/03

- Vedada a venda produtos alheios aos conceitos de:


medicamentos, cosméticos, produtos para saúde e acessórios,
alimentos para fins especiais, alimentos com alegação de
propriedade funcional e alimentos com alegação de
propriedades de saúde.

- Vedada a prestação de serviços de coleta de material biológico


e outros alheios a atividade de dispensação de medicamentos
e produtos; 

- Vedada a utilização de aparelhos de uso médico ambulatorial.


Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Farmácias e Drogarias
Cenário Atual
Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias
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Empresas componentes da ABRAFARMA:

Faturamento

• Total R$ 4,3 bilhões


• Medicamentos: R$ 3,2 bilhões (corresponde a 74,42%)
• Não Medicamentos*: R$ 1,1 bilhão (corresponde a 25,58%)

*inclui cosmético, perfumes e produtos de higiene)

Fonte: Fundação Instituto de Administração/USP – 1º sem/ 2008


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Linha do tempo (2007)

Consulta
Pública n. 69/07

Diretoria Audiência Pública Prorrogação Encerramento Início da Consolidação Audiências


Colegiada Anvisa Câmara do Deputados de prazo da CP da CP das contribuições Públicas

JUL/07 SET/07 SET/07 OUT/07 OUT/07 OUT e NOV/O7


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Linha do tempo (2008)

Consolidação Apresentações Nova Consolidação Apresentação Nova Consolidação


das contribuições nos Estados das contribuições Diretor-Presidente das contribuições

JAN à MAR/08 ABR à SET/08 OUT/08 OUT e NOV/08 NOV/08


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Linha do tempo
(2009)

Audiência Pública Reunião Técnica Nova Consolidação Publicação


Dicol CNS Dicol
Senado Entidades das contribuições RDC 44/09

MAR/09 MAIO/09 MAIO/09 JUN/09 JUN/09 JUN/09 AGO/09


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Consulta Pública nº 69, de 2007

Manifestações à CP 69/07 (opiniões e contribuições)

E-mail: 600 mensagens

Carta/fax: 30 volumes

Fórum: 4.000 membros


Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Audiências Públicas promovidas pela Anvisa

Participações em Audiências Públicas:

Florianópolis (SC): 270 participantes

São Paulo (SP): 150 participantes

Recife (PE): 115 participantes

Total Audiências e Consulta: mais de 5.000 participantes


Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

OBJETIVO GERAL

Estabelecer os critérios e condições mínimas para o cumprimento


das Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do
funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e
da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa


Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

ABRANGÊNCIA

• se aplica às farmácias e drogarias em todo território nacional e, no


que couber, às farmácias públicas, aos postos de medicamentos e
às unidades volantes.

• não se aplica aos estabelecimentos de atendimento privativo de


unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência
médica, sujeitando-se às disposições contidas em legislação
específica.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa


Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Da Infra-estrutura Física

Do Ambiente Destinado aos Serviços Farmacêuticos

• O ambiente destinado aos serviços farmacêuticos deve ser


diverso daquele destinado à dispensação e à circulação de
pessoas em geral, devendo o estabelecimento dispor de espaço
específico para esse fim.
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Da Infra-estrutura Física

Do Ambiente Destinado aos Serviços Farmacêuticos

• O ambiente que demanda atendimento individualizado deve garantir


a privacidade e o conforto dos usuários, possuindo dimensões,
mobiliário e infra-estrutura compatíveis com as atividades e serviços
a serem oferecidos.

• Deve ser provido de lavatório contendo água corrente e dispor de


toalha de uso individual e descartável, sabonete líquido, gel
bactericida e lixeira com pedal e tampa.

• O acesso ao sanitário, caso exista, não deve se dar através do


ambiente destinado aos serviços farmacêuticos.

• O conjunto de materiais para primeiros-socorros deve estar


identificado e de fácil acesso nesse ambiente.
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Dos Produtos com Dispensação ou Comercialização Permitidas

• Além de medicamentos, o comércio e dispensação de


determinados correlatos poderá ser extensivo às farmácias e
drogarias em todo território nacional, conforme relação, requisitos e
condições estabelecidos em legislação sanitária específica.

IN 09/09:

• Dispõe sobre a relação de produtos permitidos para dispensação e


comercialização em farmácias e drogarias
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Produtos de venda permitida

• plantas medicinais; (apenas farmácias e ervanárias);


• drogas vegetais;
• cosméticos;
• perfumes;
• produtos de higiene pessoal;
• Ex: pasta de dente; enxaguatório bucal; fraldas, absorvente íntimo.
• produtos médicos (utilização por leigos em ambientes domésticos ); e
• Ex:preservativo; luva; nebulizador; glicosímetro; munhequeira; talas; monitor de
pressão; termômetro; canetas para aplicação de insulina.
• para diagnóstico in vitro (produtos para autoteste, destinado a utilização
por leigos);
• Ex: autoteste para colesterol; fertilidade; glicose; gonadotrofina coriônica
humana (hcg); lactato; parâmetros de coagulação; autoteste para triglicerídeos.
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Produtos de venda permitida

• essências florais, empregadas em Floralterapia; (apenas farmácias);


• mamadeiras, chupetas, bicos e protetores de mamilos
• lixas de unha, alicates, cortadores de unhas, palitos de unha, afastadores
de cutícula, pentes, escovas, tocas para banho, lâminas para barbear e
barbeadores
• brincos estéreis, desde que o estabelecimento preste o serviço de
perfuração de lóbulo auricular

É vedado o comércio de lentes de grau, exceto quando não houver no município


estabelecimento específico para esse fim, conforme legislação vigente.
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Produtos de venda permitida

I – Alimentos para dietas com restrição de nutrientes:

a) alimentos para dietas com restrição de carboidratos:

1. Alimentos para dietas com restrição de sacarose, frutose e/ou glicose


(dextrose); ex: gelatinas para dieta com restrição de sacarose (diet)

2. Alimentos para dietas com restrição de outros mono e/ou dissacarídios; ex.:
doces para dietas com restrição de açúcares (diet).

3. Adoçantes com restrição de sacarose, frutose e/ou glicose; ex: adoçante


dietético.

b) alimentos para dietas com restrição de gorduras;

c) alimentos para dietas com restrição de proteínas; ; ex.: alimento para dietas
com restrição de fenilalanina (fórmulas de nutrientes para fenilcetonúricos)

d) alimentos para dietas com restrição de sódio; ex.: sal diet


Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Produtos de venda permitida

II – Alimentos para ingestão controlada de nutrientes:

a) alimentos para controle de peso: ex: diet shakes

b) alimentos para praticantes de atividades físicas: (esses alimentos são


denominados exatamente conforme sua classificação) ex: barrinhas de
proteína

c) alimentos para dietas para nutrição enteral: (esses alimentos são


denominados exatamente conforme sua classificação)

d) alimentos para dietas de ingestão controlada de açúcares; ex: pó para


preparo de gelatinas para dietas de ingestão controlada de açúcares (diet).
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Produtos de venda permitida

III – Alimentos para grupos populacionais específicos:

a) alimentos de transição para lactentes e crianças de primeira infância; ex:


papinha para lactentes e crianças de primeira infância
b) alimentos à base de cereais para alimentação infantil; ex: cereal de arroz
com banana para alimentação infantil (obs.: destinados a lactentes e crianças
de primeira infância a partir dos seis meses até os três anos de idade)
c) complementos alimentares para gestantes ou nutrizes; ex.: complemento
alimentar para gestantes e mães que amamentam
d) alimentos para idosos; ex.: alimento à base de grão para idoso enriquecido
com vitaminas e minerais (obs.: há apenas dois produtos registrados nesta
categoria).
e) fórmulas infantis; ex.: fórmulas destinadas a lactentes e crianças de
primeira infância (fórmulas infantis para lactentes são destinadas a
alimentação de lactentes, sob prescrição, em substituição total ou parcial do
leite humano
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Produtos de venda permitida

Caso o estabelecimento farmacêutico opte pela comercialização de


alimentos destinados a pacientes com diabetes mellitus, citados no
inciso I do art. 6º, estes devem ficar em local destinado unicamente a
estes produtos, de maneira separada de outros produtos e
alimentos.
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Produtos de venda permitida

Suplementos vitamínicos e/ou minerais:

I - vitaminas isoladas ou associadas entre si;

II - minerais isolados ou associados entre si;

III - associações de vitaminas com minerais; e

IV - produtos fontes naturais de vitaminas e ou minerais, legalmente


regulamentados por Padrão de Identidade Qualidade (PIQ) de conformidade
com a legislação pertinente;
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Produtos de venda permitida

Os alimentos seguintes somente podem ser comercializados quando em


formas de apresentação não convencionais de alimentos, tais como
comprimidos, tabletes, drágeas, cápsulas, saches ou similares.

I - substâncias bioativas com alegações de propriedades funcionais e/ou de


saúde; ex: licopeno, fitoesteróis, flavonóides

II - probióticos com alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde; ex:


Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei shirota

III - alimentos com alegações de propriedade funcional e/ou de saúde; ex:


ômega 3, luteína, quitosana

IV - novos alimentos. ex: colágeno, espirulina (Spirulina), óleo de prímula,


quitosana
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Produtos de venda permitida

A identificação dos alimentos cuja comercialização é permitida nos termos dos


artigos anteriores pode ser baseada nas informações contidas em sua
rotulagem, quanto à finalidade a que se destinam, conforme legislação
específica.

- chá
-mel, própolis e geléia real.
(regularizados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

É vedado às farmácias e drogarias comercializar, expor à venda, ter em


depósito para vender ou, de qualquer forma, distribuir ou entregar ao consumo
produtos não permitidos pela IN 09/09
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Da Organização e Exposição dos Produtos

• Os medicamentos deverão permanecer em área de circulação restrita


aos funcionários, não sendo permitida sua exposição direta ao alcance
dos usuários do estabelecimento.

• A Anvisa poderá editar relação dos medicamentos isentos de prescrição


que poderão permanecer ao alcance dos usuários para obtenção por
meio de auto-serviço no estabelecimento. (IN 10/09)
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Da Organização e Exposição dos Produtos

• Na área destinada aos medicamentos deve estar exposto cartaz, em


local visível ao público, contendo a seguinte orientação, de forma legível
e ostensiva que permita a fácil leitura a partir da área de circulação
comum:

“MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS.


EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O FARMACÊUTICO”.
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Da Organização e Exposição dos Produtos

IN 10/09

Aprova a relação dos medicamentos isentos de prescrição que poderão


permanecer ao alcance dos usuários para obtenção por meio de auto-
serviço em farmácias e drogarias.

I – medicamentos fitoterápicos, conforme especificado no registro junto à


Anvisa;

II – medicamentos administrados por via dermatológica, conforme


especificado no registro junto à Anvisa; e

III – medicamentos sujeitos a notificação simplificada, conforme legislação


específica.
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Da Organização e Exposição dos Produtos

• Os medicamentos sujeitos a notificação simplificada são aqueles


especificados na RDC 199/2006 e os medicamentos dinamizados de
notificação simplificada, conforme RDC 26/2007.

• Exemplos: bicarbonato de sódio, água boricada, água oxigenada, glicerina,


tintura de iodo, soro fisiológico, xarope de iodeto de potássio, suspensão de
hidróxido de alumínio, entre outros.

• Esses medicamentos devem conter no rótulo a seguinte frase:

MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA – RDC 199/2006. AFE nº __.

ou

MEDICAMENTO DINAMIZADO NOTIFICADO – RDC 26/2007. AFE nº ____.


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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Da solicitação remota para dispensação de medicamentos

• Somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico


responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem
realizar a dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto, como
telefone, fac-símile (fax) e internet.

• É imprescindível a apresentação e a avaliação da receita pelo farmacêutico


para a dispensação de medicamentos sujeitos à prescrição.

• É vedada a comercialização de medicamentos sujeitos a controle


especial solicitados por meio remoto.

• O local onde se encontram armazenados os estoques de medicamentos


para dispensação solicitada por meio remoto deverá necessariamente ser
uma farmácia ou drogaria aberta ao público nos termos da legislação
vigente.
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Da solicitação remota para dispensação de medicamentos

Internet:

• Sítio eletrônico do estabelecimento ou da rede de farmácia ou drogaria.


• Deve utilizar apenas o domínio “.com.br”, e deve conter, na página
principal, os seguintes dados e informações:

I – razão social e nome fantasia da farmácia ou drogaria responsável pela dispensação,


CNPJ, endereço geográfico completo, horário de funcionamento e telefone;
II - nome e nº de inscrição no CRF do Responsável Técnico;
III - Licença ou Alvará Sanitário;
IV – Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa;
V – Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável; e
VI – link direto para informações sobre:
a) nome e nº CRF do Farmacêutico, no momento do atendimento;
b) mensagens de alerta e recomendações sanitárias determinadas pela
Anvisa;
c) condição de que os medicamentos sob prescrição só serão dispensados
mediante a apresentação da receita e o meio pelo qual deve ser
apresentada ao estabelecimento (fac-símile; e-mail ou outros).
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Da solicitação remota para dispensação de medicamentos

Internet:

• É vedada a oferta de medicamentos na internet em sítio eletrônico que não


pertença a farmácias ou drogarias autorizadas e licenciadas pelos órgãos de
vigilância sanitária competentes.

• As farmácias e drogarias que realizarem a dispensação de medicamentos


solicitados por meio da internet devem informar o endereço do seu sítio
eletrônico na Autorização de Funcionamento (AFE) expedida pela Anvisa.
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Da solicitação remota para dispensação de medicamentos

• É vedada a utilização de imagens, propaganda, publicidade e promoção de


medicamentos de venda sob prescrição médica em qualquer parte do sítio
eletrônico.

• A divulgação dos preços dos medicamentos disponíveis para compra na


farmácia ou drogaria deve ser feita por meio de listas nas quais devem
constar somente:

I – o nome comercial do produto;


II – o(s) princípio(s) ativo(s), conforme DCB;
III – a apresentação do medicamento, incluindo a concentração, forma
farmacêutica e a quantidade;
IV – o número de registro na Anvisa;
V – o nome do detentor do registro; e
VI – o preço do medicamento.
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Da solicitação remota para dispensação de medicamentos

• É responsabilidade do estabelecimento farmacêutico detentor do sítio


eletrônico, assegurar a confidencialidade dos dados, a privacidade do
usuário e a garantia de que acessos indevidos ou não autorizados a estes
dados sejam evitados e que seu sigilo seja garantido.

• Os dados dos usuários não podem ser utilizados para qualquer forma de
promoção, publicidade, propaganda ou outra forma de indução de consumo
de medicamentos.
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Da solicitação remota para dispensação de medicamentos

• O estabelecimento farmacêutico deve assegurar ao usuário o direito à


informação e orientação quanto ao uso de medicamentos solicitados por meio
remoto.

• Deve ser garantido aos usuários meios para comunicação direta e imediata
com o Farmacêutico Responsável Técnico, ou seu substituto, presente no
estabelecimento.

• Junto ao medicamento solicitado deve ser entregue cartão, ou material


impresso equivalente, com o nome do farmacêutico, telefone e endereço do
estabelecimento, contendo recomendação ao usuário para que entre em
contato com o farmacêutico em caso de dúvidas ou para receber orientações
relativas ao uso do medicamento.

• O cartão ou material descrito no parágrafo anterior não poderá utilizar


designações, símbolos, figuras, imagens, marcas figurativas ou mistas,
slogans e quaisquer argumentos de cunho publicitário em relação a
medicamentos.
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Da Comercialização e Dispensação de Produtos

Da solicitação remota para dispensação de medicamentos

• O transporte do medicamento para dispensação solicitada por meio remoto é


responsabilidade do estabelecimento farmacêutico e deve assegurar
condições que preservem a integridade e qualidade do produto, respeitando
as restrições de temperatura e umidade descritas na embalagem do
medicamento pelo detentor do registro.

• Os produtos termossensíveis devem ser transportados em embalagens


especiais que mantenham temperatura compatível com sua conservação.

• Os medicamentos não devem ser transportados juntamente com produtos ou


substâncias que possam afetar suas características de qualidade, segurança
e eficácia.

• É permitida às farmácias e drogarias a entrega de medicamentos por via


postal desde que atendidas as condições sanitárias que assegurem a
integridade e a qualidade dos produtos, conforme legislação vigente.
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Dos Serviços Farmacêuticos

Serviços Farmacêuticos Permitidos

Os estabelecimentos poderão oferecer os seguintes serviços:

I - Atenção farmacêutica:

• parâmetros fisiológicos: pressão arterial e temperatura corporal;


• parâmetro bioquímico: glicemia capilar;
• administração de medicamentos: injetáveis, inalatórios, etc;
• atenção farmacêutica domiciliar.

II - Perfuração de lóbulo auricular

É vedado à farmácia e drogaria prestar serviços


não abrangidos pela Resolução RDC 44/09!!!
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Dos Serviços Farmacêuticos

Serviços Farmacêuticos Permitidos

• Somente serão considerados regulares os serviços farmacêuticos


devidamente indicados no licenciamento de cada estabelecimento, sendo
vedado utilizar qualquer dependência da farmácia ou drogaria como
consultório ou outro fim diverso do licenciamento.

• A prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias deve ser


permitida por autoridade sanitária mediante prévia inspeção.

• O estabelecimento deve manter disponível, para informar ao usuário, lista


atualizada com a identificação dos estabelecimentos públicos de saúde
mais próximos, contendo a indicação de endereço e telefone.
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Dos Serviços Farmacêuticos

Da Atenção Farmacêutica

• A atenção farmacêutica deve ter como objetivos a prevenção, detecção e


resolução de problemas relacionados a medicamentos, promover o uso
racional dos medicamentos, a fim de melhorar a saúde e qualidade de vida
dos usuários.

• Para subsidiar informações quanto ao estado de saúde do usuário e


situações de risco, assim como permitir o acompanhamento ou a avaliação
da eficácia do tratamento prescrito por profissional habilitado, fica permitida
a aferição de determinados parâmetros fisiológicos e bioquímico do usuário,
e a administração de medicamentos, nos termos e condições da Resolução.
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Dos Serviços Farmacêuticos

Da Atenção Farmacêutica

Da Atenção Farmacêutica Domiciliar

• A atenção farmacêutica domiciliar consiste no serviço de atenção


farmacêutica disponibilizado pelo estabelecimento farmacêutico no
domicílio do usuário, nos termos da Resolução.
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Dos Serviços Farmacêuticos

Da Atenção Farmacêutica

Da Aferição Dos Parâmetros Fisiológicos e Bioquímico Permitidos

• A aferição de parâmetros fisiológicos ou bioquímico oferecida na farmácia e


drogaria deve ter como finalidade fornecer subsídios para a atenção
farmacêutica e o monitoramento da terapia medicamentosa, visando à
melhoria da sua qualidade de vida, não possuindo, em nenhuma hipótese, o
objetivo de diagnóstico.

• Os parâmetros fisiológicos: pressão arterial e temperatura corporal.

• O parâmetro bioquímico: glicemia capilar.

• Ainda que seja verificada discrepância entre os valores encontrados e os


valores de referência, não poderão ser indicados medicamentos ou alterados
os medicamentos em uso pelo paciente quando estes possuam restrição de
“venda sob prescrição médica”.
Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Dos Serviços Farmacêuticos

Da Atenção Farmacêutica

Da Aferição Dos Parâmetros Fisiológicos e Bioquímico Permitidos

• As medições do parâmetro bioquímico de glicemia capilar devem ser


realizadas por meio de equipamentos de autoteste.

• A aferição de glicemia capilar em farmácias e drogarias realizadas por meio


de equipamentos de autoteste no contexto da atenção farmacêutica não é
considerada um Teste Laboratorial Remoto – TLR, nos termos da legislação
específica.
Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Dos Serviços Farmacêuticos

Da Atenção Farmacêutica

Da Aferição Dos Parâmetros Fisiológicos e Bioquímico Permitidos

• Para a medição de parâmetros fisiológicos e bioquímico permitidos deverão


ser utilizados materiais, aparelhos e acessórios que possuam registro,
notificação, cadastro ou que sejam legalmente dispensados de tais requisitos
junto à Anvisa.

• Devem ser mantidos registros das manutenções e calibrações periódicas dos


aparelhos, segundo regulamentação específica do órgão competente e
instruções do fabricante do equipamento.
Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Dos Serviços Farmacêuticos

Da Atenção Farmacêutica

Da Administração de Medicamentos

• Fica permitida a administração de medicamentos nas farmácias e drogarias no


contexto do acompanhamento farmacoterapêutico.

• É vedada a administração de medicamentos de uso exclusivo hospitalar.

• Os medicamentos para os quais é exigida a prescrição médica devem ser


administrados mediante apresentação de receita e após sua avaliação pelo
farmacêutico.

• Os medicamentos adquiridos no estabelecimento, a serem utilizados na


prestação de serviços de que trata esta seção, cujas embalagens permitam
múltiplas doses, devem ser entregues ao usuário após a administração, no
caso de sobra.

• É vedado o armazenamento em farmácias e drogarias de medicamentos cuja


embalagem primária tenha sido violada.
Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Dos Serviços Farmacêuticos

Da Perfuração do Lóbulo Auricular para Colocação de Brincos

• A perfuração do lóbulo auricular deverá ser feita com aparelho específico


para esse fim e que utilize o brinco como material perfurante.

• É vedada a utilização de agulhas de aplicação de injeção, agulhas de


suturas e outros objetos para a realização da perfuração.

• Os brincos e a pistola a serem oferecidos aos usuários devem estar


regularizados junto à Anvisa, conforme legislação vigente.
Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Dos Serviços Farmacêuticos

Da Declaração de Serviço Farmacêutico

• Após a prestação do serviço farmacêutico deve ser entregue ao usuário a


Declaração de Serviço Farmacêutico.

• A Declaração de Serviço Farmacêutico deve ser elaborada em papel com


identificação do estabelecimento, contendo nome, endereço, telefone e
CNPJ, assim como a identificação do usuário ou de seu responsável legal,
quando for o caso.

• Além dos dados do estabelecimento, a Declaração de Serviço Farmacêutico


deve conter determinadas informações, conforme o serviço farmacêutico
prestado (vide norma)
Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Dos Serviços Farmacêuticos

Da Declaração de Serviço Farmacêutico

• É proibido utilizar a Declaração de Serviço Farmacêutico com finalidade de


propaganda ou publicidade ou para indicar o uso de medicamentos para os
quais é exigida prescrição médica ou de outro profissional legalmente
habilitado.

• A Declaração de Serviço Farmacêutico deve ser emitida em duas vias,


sendo que a primeira deve ser entregue ao usuário e a segunda
permanecer arquivada no estabelecimento
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Disposições Finais

• Os estabelecimentos terão o prazo de seis meses para promover


as adequações necessárias ao cumprimento das Boas Práticas
Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da
dispensação e da comercialização de produtos e da prestação
de serviços farmacêuticos.
Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias

Boas Práticas farmacêuticas


em Farmácias e Drogarias

Obrigado!

Unidade Técnica de Regulação


Gabinete do Diretor-Presidente

untec@anvisa.gov.br

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