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SAÚDE COLETIVA E EPIDEMIOLOGIA

EXERCÍCIOS - INDICADORES DE SAÚDE

1) Analise a tabela abaixo e responda as questões seguintes:

Tabela 1: Alguns indicadores de mortalidade nos Municípios A e B, 1994.

Indicadores Município

A B

Taxa de Mortalidade Infantil (/ 1000) 37,6 20,3

Mortalidade proporcional por infecciosas 11,1% 5,2%


doenças intestinais em menores de
1 ano (%)

a) Como se calculam os indicadores apresentados na tabela acima e o que cada um deles


expressa?

b) Em qual das duas cidades você esperaria que o componente pós-neonatal tivesse um peso
maior na mortalidade infantil? Justifique.

2) Baseado nos conhecimentos médicos atuais e nas tecnologias disponíveis na área da saúde
e em outras áreas correlatas, é possível reagrupar as causas de óbito em dois grandes grupos: as
causas consideradas evitáveis e não evitáveis (Ortiz et al, 1985). O uso do conceito de morte
evitável em estudos de mortalidade é relevante na caracterização das mudanças de estrutura da
mortalidade geral.

Observe o gráfico abaixo e responda:


Mortalidade Infantil (MI) e Mortalidade Infantil por
causas redutíveis por melhorias da assistência à
gravidez e ao parto (MIR) - Município do Rio de Janeiro -
1980 a 1994
50
40
30 MIR
20 MI
10
0

ano

a) Como foi a evolução da mortalidade infantil no Município do Rio de Janeiro, de 1980 a


1994?
b) E em relação à mortalidade infantil por causas redutíveis por melhorias da gravidez e
assistência ao parto?
c) O comportamento observado para MI pode ser atribuído às mortes evitáveis por melhorias
da gravidez e assistência ao parto?

3) A seguir são apresentadas as taxas de mortalidade materna (por 10 mil nascidos vivos) e
os coeficientes de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos), de 1981 a 1993, para o município
de Niterói.

Tabela 2: Mortalidade Infantil e Materna - Niterói 1981 a 1993.


ANO\TAXAS MI (p/1000nv) MM (p/10000nv)
1981 43,39 8,03
1982 35,56 4,1
1983 39,32 6,67
1984 38,77 4,05
1985 34,41 0,96
1986 37,46 2,9
1987 33,28 -*
1988 31,20 6,68
1989 31,97 8,02
1990 33,37 3,56
1991 23,36 7,52
1992 23,10 9,27**
1993 25,94 15,47**

OBS:* zero óbito; ** Taxa de Mortalidade materna corrigida após investigação hospitalar e
domicílio dos óbitos ocorridos em mulheres na faixa etária reprodutiva por causas presumíveis.
(dados sujeitos a revisão) Fonte: SUAS/Fundação Municipal de Saúde de Niterói/ Secretaria de
Estado de Saúde do Rio de Janeiro/Registro Civil de Nascidos Vivos- FIBGE
Baseando-se nos dados apresentados na tabela 2 responda:

a) Qual a tendência da mortalidade infantil? Quais as possíveis explicações para este


comportamento?

b) Qual a tendência da mortalidade materna? Quais as possíveis explicações para este


comportamento?

Baseando-se nos óbitos por causa materna declarada (capítulo XI do Código Internacional de
Doenças 9ª Revisão), as taxas de mortalidade materna em 1992 e 1993 eram respectivamente de
5,30 e 9,84 por dez mil nascidos vivos.

Considerando-se para os anos de 1992 e 1993 as taxas de mortalidade materna (óbitos declarados
sem correção após investigação), responda:

c) Houve mudança no comportamento das taxas de mortalidade materna no período de 1981 a


1993?

d) A que poderíamos atribuir o sub-registro de óbitos por causa materna declarada?

4) O coeficiente de mortalidade infantil (CMI) é um indicador sensível das condições de vida da


população e da qualidade dos serviços de saúde, pois esta faixa etária é mais vulnerável às
flutuações de um ambiente hostil ao seu desenvolvimento. O comportamento da Mortalidade
Infantil e seus componentes no município de Natal, no Rio Grande do Norte - RN, no período de
2007 a 2011, pode ser observado no gráfico abaixo. Assim, a partir das informações contidas na
figura abaixo marque a alternativa correta.

Figura 1. Proporção de óbitos infantis por faixa etária e ano. Natal, 2012.

Fonte: Sistemas de Informações sobre Mortalidade - SIM/SUS

a) A queda da mortalidade infantil se deveu principalmente ao componente pós-neonatal.


b) O aumento da mortalidade neonatal se deveu ao seu componente tardio que é influenciado
principalmente pela infraestrutura hospitalar e condições de assistência.
c) A mortalidade pós-neonatal, que é influenciada pelas condições de vida, superou a
neonatal em todo o período.
d) O principal componente do CMI é o neonatal cujas causas estão relacionadas à qualidade
da assistência oferecida durante e após o parto.

5) Os indicadores de saúde são ferramentas importantes por possibilitarem a descrição das


condições de saúde de uma população, auxiliarem nas investigações epidemiológicas e
principalmente por estabelecerem parâmetros para a avaliação da qualidade dos serviços de saúde.
Assinale V para verdadeiro e F para falso nas alternativas abaixo:
I. Os indicadores sócio-ambientais apresentam baixa influência no processo saúde-doença
das populações. ( )
II. O Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG) mede o risco de se morrer especificamente
por determinada causa numa população num ano de referência. ( )
III. O Coeficiente de Mortalidade Materna é um indicador que precisa ser ajustado por um
fator de correção devido a problemas de subregistro e subinformação. ( )
IV. Para calcular do Coeficiente de Mortalidade Infantil devemos considerar no numerador o
número de óbitos de crianças com menos de um ano e no denominador o número de partos. ( )
V. É possível fazer comparações entre municípios utilizando o CMG independentemente da
estrutura etária de suas populações. ( )

a) F, F, V, F, F b) F, V, V, F, F c) F, V, F, F, V d) F, V, F, F, F

6) Um investigador fez um estudo para conhecer qual a prevalência de infecção por Clamídia na
população. Além disso, o pesquisador desejava saber qual a relação da prevalência com o uso de
anticoncepcionais orais. Para isso, o investigador definiu a população em estudo, ou seja, a
população-alvo, neste caso, as mulheres atendidas num determinado Serviço de Ginecologia de
um Hospital Central. Em seguida, selecionou uma amostra de 200 mulheres. Posteriormente, o
pesquisador escolheu as características que queria estudar através do registo da história de uso de
anticoncepcionais orais no último ano. Realizou, também, swab vaginal para posterior exame
microbiológico. O pesquisador demorou cerca de 6 meses para examinar todas as mulheres
pertencentes à amostra. Os resultados obtidos foram:

I) 60 mulheres apresentavam história de uso de anticoncepcionais orais no último ano, tendo


20 delas exames de cultura para Clamídia positivo.
II) 140 mulheres não tinham história de uso de anticoncepcionais orais, apresentando 10
delas exames de cultura positivos.
III) 200 mulheres das quais 30 apresentaram exame de cultura positivo.

a) Qual a Prevalência de mulheres que usam anticoncepcional com exame de cultura


positivo?
b) Qual a Prevalência de mulheres que não usavam anticoncepcional com exame de cultura
positivo?
c) Qual a Razão de Prevalência das mulheres que usam ou não anticoncepcional com exame
de cultura positivo?

7) A população da região administrativa de Ribeirão Preto, estimada para 01/07/1196, foi de


1.635.000 habitantes, sendo 428.000 o número de mulheres entre 15 e 45 anos. Neste mesmo ano,
houve 42.805 nascimentos vivos e 630 nascidos mortos. Ocorreram ainda 11.582 óbitos.

- 41 óbitos por doenças ligadas à gestação, parto e puerpério;


- 4068 óbitos por doenças cardiovasculares;
- 1160 óbitos por doenças infecciosas, das quais 488 por enterites e outras doenças diarreicas;
- 6976 óbitos de indivíduos com idade maior ou igual a 50 anos;
- 1968 óbitos de menores de 1 ano;

Dadas as informações acima, calcule e interprete os dados:


a) coeficiente geral de mortalidade
b) coeficiente geral de natalidade
c) coeficiente de mortalidade materna
d) coeficiente de mortalidade infantil
e) coeficiente de mortalidade específico por doenças infecciosas
f) coeficiente de mortalidade específico por doenças cardiovasculares

8) No ano de 1996 foram confirmados 2.490 casos de dengue no Estado de Brasilândia cuja
população nesse ano era de 9.003.804 habitantes. Qual foi o coeficiente de incidência de dengue
em Brasilândia em 1996? O que este coeficiente significa?

9) Em uma tarde, um grupo de 17 pessoas foi atendido na emergência de um hospital de Arcos


da Rocha com suspeita de intoxicação estafilocócica. Entrevistas com essas pessoas levaram à
identificação de outros 39 suspeitos, com sinais e sintomas compatíveis com a intoxicação
estafilocócica, que não procuraram assistência médica. Na sequência, a investigação
epidemiológica identificou que todas as pessoas doentes e outras 42 que não adoeceram,
participaram de um mesmo piquenique. Calcule a taxa de ataque?

10) O município de Santa Maria (que tem 270.000 habitantes) possui atualmente 1500 portadores
do HIV. No ano de 2012, 96 novos casos foram registrados na cidade (dados hipotéticos). Calcule
o coeficiente de prevalência e incidência de portadores HIV em SM.

11) No município de Cajarana existiam no início de 2009, 100 casos de tuberculose pulmonar.
No decorrer do ano foram diagnosticados 15 novos casos. A população total desse município é
de 15.350 pessoas. Nesse mesmo ano morreram 15 pessoas por tuberculose, e cinco foram morar
em outra cidade. Calcule:

a) O coeficiente de letalidade da tuberculose nesse município no ano de 2009;


b) Mortalidade por tuberculose nesse município no ano de 2009;
c) A taxa de prevalência de tuberculose no ano de 2009;
d) A taxa de incidência de tuberculose no ano de 2009.

12) Sabe-se que em 2009 em Salvador morreram 15.238 pessoas, 8.661 homens, 6.567 mulheres.
A população de homens e mulheres respectivamente nesse ano era de 1.405.618 e 1.592.440, em
uma população total de 2.998.058 pessoas. Complemente esses dados com os especificados na
tabela abaixo e calcule:

a) Coeficiente de mortalidade específico por sexo;


b) A mortalidade por causas específicas (descritas abaixo) para homens e mulheres e para a
população geral;
c) Descreva os resultados que você encontrou.

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