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LEI Nº 3/2008,18 de

Janeiro (altera a Lei nº30/02)

Estatuto do Aluno dos Ensinos


Básico e Secundário
NORMA TRANSITÓRIA

 O Regulamento Interno será


adaptado até ao final do ano
lectivo.
APLICAÇÃO NO TEMPO

 As alterações à Lei nº 30/02


operadas pela presente lei
aplicam-se apenas às situações
ocorridas após a sua entrada em
vigor.
PAPEL DOS PROFESSORES

 Enquanto responsáveis pela


condução do processo ensino e
aprendizagem, devem promover
medidas de carácter pedagógico
que estimulem o harmonioso
desenvolvimento da educação, quer
nas actividades de sala de aula quer
nas demais actividades da escola.
PAPEL DO DIRECTOR DE
TURMA

 sendo o coordenador do plano de


trabalho da turma é responsável pela
adopção de medidas que conduzam à
melhoria das condições de aprendizagem,
competindo-lhe articular a intervenção
dos professores da turma, professor do
Ensino Especial e E. Ed. de forma a
prevenir e resolver problemas
comportamentais ou de aprendizagem.
(art.5º)
PAPEL DOS PAIS E E.
EDUCAÇÃO
 Aos E. Educação é imputado o
dever/responsabilidade de dirigirem a
educação dos filhos e educandos,
devendo preservar a disciplina na escola
e contribuir para o apuramento correcto
dos factos em caso de procedimento
disciplinar e em conjunto com a escola
diligenciando para que as medidas
correctivas e sancionatórias levem ao
reforço da formação cívica. (art.6º)
PAPEL DOS PAIS E E.
EDUCAÇÃO
 Os E. Educação devem no acto da
matrícula conhecer o estatuto do
aluno e o regulamento interno do
Agrupamento. O EE e aluno
anualmente devem subscrever a sua
aceitação, em declaração anual, em
duplicado, comprometendo-se ao
seu cumprimento integral. (art.6º)
PAPEL DO PESSOAL NÃO
DOCENTE

 Colaborar no acompanhamento e
integração de alunos.
 Incentivar respeito pelas regras de
convivência.
 Articular com professores e E. E. para
prevenir e resolver problemas
comportamentais e de aprendizagem.
 Colaborar na identificação e prevenção de
situações problemáticas e na colaboração
de planos de acompanhamento.(art.8º)
INTERVENÇÃO DE OUTRAS
ENTIDADES

Perante situações de perigo para a


saúde, segurança ou educação deve o
CE solicitar a intervenção da:
- Escola Segura;
- Comissão de Protecção de Crianças e
Jovens;
- Representante do Ministério Público junto
do tribunal;
- Outros.(art.10º)
RESPONSABILIDADE DO
ALUNO

 São responsáveis em garantir


aos demais membros da
comunidade educativa os
mesmos direitos que o sistema
educativo lhe confere a ele
próprio.(art.7º)
O ALUNO DEVE RESPEITAR
OS VALORES NACIONAIS
SÍMBOLOS NACIONAIS:
 Constituição da República;

 Bandeira;

 Hino

MATRIZ DE VALORES
 Declaração Universal dos Direitos do Homem

 Convenção Europeia sobre os Direitos do Homem

 Convenção Europeia sobre os Direitos da criança.

(art.12º)
DIREITOS DO ALUNO

 Definidos no art.13º :
a) usufruir de um ensino e de uma educação
de qualidade de acordo com o previsto na
lei, em condições de efectiva igualdade de
oportunidades no acesso, de forma a
propiciar a realização de aprendizagens
bem sucedidas; (…)

r)Participar no processo de avaliação,


nomeadamente através dos mecanismos
de auto e hetero-avaliação.
REPRESENTAÇÃO DE
ALUNOS

 Associação de Estudantes;
 Delegado de Turma;
 Subdelegado de Turma

Podem solicitar reunião de turma em


matérias relacionadas com o seu
funcionamento (O D.T. pode solicitar a
participação do representante E. E. da
turma). (art.14º)
O ALUNO
 Para além dos demais deveres, a
actual lei expressa a proibição de
tráfico, transporte e consumo de
substâncias aditivas, drogas, tabaco e
bebidas alcoólicas.

 Proibe ainda o transporte de quaisquer


materiais, equipamentos tecnológicos,
instrumentos ou engenhos. (art.15º)
CONCEITO DE FALTA

 A falta é a ausência a uma aula ou


a outra actividade de frequência
obrigatória, ou facultativa caso
tenha havido lugar a
inscrição.(art.18º)
JUSTIFICAÇÃO DE FALTAS
 DOENÇA: o E. E. pode justificar a doença
do seu educando através da caderneta até
5 dias úteis, a partir daí terá de ser
apresentada declaração médica. (b…j)
 Outro facto impeditivo da presença na

escola, desde que, comprovadamente,


não seja imputável ao aluno ou seja,
considerado atendível pelo D.T./Prof. Titular
de Turma.
(art. 19º)
FALTAS
 PRAZOS:
 O E.E. tem 3 dias úteis para apresentar o
pedido de justificação da mesma através da
caderneta do aluno.

 O D.T. tem 3 dias úteis subsequentes ao


fim do prazo para apresentação de
justificação para comunicar ao E.E. a não
aceitação do pedido ou solicitar a
justificação, caso não tenha sido
apresentada, pelo meio mais expedito
( carta ou telefone, consoante os casos).(art.
19º)
FALTAS DE MATERIAL

 O Regulamento Interno que qualifique


como falta a comparência do aluno às
actividades escolares, sem se fazer
acompanhar do material necessário,
deve prever os seus efeitos e os
procedimentos para justificação. (nº6
do art.19º)
EXCESSO GRAVE DE
FALTAS
2º e 3º ciclos
LIMITE DE FALTAS EFEITOS
O dobro do nº de tempos lectivos Convocar o E.E. pelo meio
semanais por disciplina mais expedito para o alertar e
(independentemente da natureza da encontrar soluções.
falta, desde que justificadas). Podem ser aplicadas medidas
correctivas.
O triplo do nº de tempos lectivos
semanais (independentemente da Avaliar os efeitos das medidas
natureza da falta). correctivas (no caso de terem
OU sido aplicadas).
O dobro do nº de tempos lectivos Realizar uma prova de
semanais (no caso de faltas recuperação
injustificadas).
PROVA DE RECUPERAÇÃO
 Aplicada aos alunos que ultrapassaram o triplo do limite de faltas
consideradas graves (2º e 3º ciclos)
– faltas justificadas e/ou injustificadas.

 Aplicada aos alunos que ultrapassaram o dobro do limite de faltas


consideradas graves (2º e 3º ciclo)
_ faltas injustificadas.

* deve ser aplicada a prova de recuperação


na disciplina ou disciplinas em que ultrapassou o
limite de faltas (compete ao Conselho Pedagógico fixar os termos
dessa realização).
RESULTADOS OBTIDOS NA
PROVA- caso 1
 Se o aluno não comparece à prova e não
apresenta justificação

RETENÇÃO – alunos dentro da escolaridade


obrigatória
EXCLUSÃO – alunos fora da escolaridade
obrigatória
RESULTADOS OBTIDOS NA
PROVA- caso 2
 Se o aluno obtém aprovação

Retoma o seu percurso normal e inicia


novo ciclo de contagem de faltas
RESULTADOS OBTIDOS NA
PROVA- caso 3
 Quando o aluno não obtém aprovação o CT/CD pondera :
justificação das faltas ou Injustificação das faltas,
período lectivo, o momento de realização da prova, os
resultados nas outras disciplinas

* Plano de acompanhamento especial e a realização de nova


prova
* Retenção no mesmo ano de escolaridade
* Exclusão no caso de alunos com mais 15 anos
DISCIPLINA

 INFRACÇÃO – a violação pelo aluno de


algum dos deveres previstos no art.15º ou
no RI, em termos que se revelem
perturbadores do funcionamento normal das
actividades, constitui infracção passível da
aplicação de medida correctiva ou medida
disciplinar sancionatória.
DISCIPLINA
 FINALIDADES DAS MEDIDAS
CORRECTIVAS E SANCIONATÓRIAS -todas
prosseguem finalidades pedagógicas,
preventivas, dissuasoras e de integração,
visando o cumprimento dos deveres do
aluno, o reconhecimento da autoridade e
segurança dos professores e funcionários.

 AS SANCIONATÓRIAS têm também


finalidades punitivas.
MEDIDAS CORRECTIVAS
(natureza eminentemente cautelar)

 A ordem de saída da sala de aula, e demais locais onde se


desenvolva o trabalho escolar;

 A realização de tarefas e actividades de integração escolar,


podendo, para esse efeito, ser aumentado o período de
permanência obrigatória, diária ou semanal, do aluno na
escola;

 O condicionamento no acesso a certos espaços escolares, ou


na utilização de certos materiais e equipamentos (não pode
ultrapassar o ano lectivo.)

 A mudança de turma.

 Outros a definir no R.I.

* Estas mediadas são cumuláveis entre si.


MEDIDAS DISCIPLINARES
SANCIONATÓRIAS
 A repreensão registada;
 A suspensão da escola até 10 dias
úteis;
 A transferência de escola;

* Por cada infracção apenas pode ser aplicada uma medida


disciplinar sancionatória.
* A aplicação de uma ou mais das medidas correctivas é
cumulável apenas com a aplicação de uma medida
disciplinar sancionatória.
COMPETÊNCIAS
MEDIDAS COMPETÊNCIA
Ordem de saída de sala de aula Professor da disciplina /Professor da turma
Realização de tarefas e actividades de Presidente do Conselho Executivo
integração A definir em R.I.
Condicionamento no acesso a espaços Presidente do Conselho Executivo
escolares ou materiais A definir em R.I.
Mudança de turma Presidente do Conselho Executivo
A definir em R.I.
Repreensão Registada Professor se a infracção ocorrer na aula.
Presidente do Conselho Executivo nas demais.
Suspensão preventiva até 5 dias úteis Presidente do Conselho Executivo
(proposta do instrutor)
Suspensão da escola até 10 dias úteis Presidente do Conselho Executivo
(Conselho de Turma Disciplinar)
Transferência de escola Director Regional de Educação
(Conselho de Turma Disciplinar)
FORA DA SALA DE AULA

 Qualquer professor ou funcionário tem


competência para advertir o aluno,
confrontando-o com o seu comportamento,
alertando-o que deve evitar tal tipo de
conduta.
NA SALA DE AULA
MEDIDA CORRECTIVA DE ORDEM DE SAÍDA DA
SALA DE AULA
 É da competência do professor e
implica a permanência do aluno na
escola.
 O professor determina o tempo de

permanência fora da sala de aula e


quais as actividades que o aluno deve
desenvolver.
 O professor determina se marca falta
TAREFAS E ACTIVIDADES
DE INTEGRAÇÃO ESCOLAR

O REGULAMENTO INTERNO DEVE EXPLICITAR:

 As actividades
 Local
 Período
 Competências
 Procedimentos
CONDICIONAMENTO A CERTOS ESPAÇOS/UTILIZAÇÃO
DE CERTOS MATERIAIS/EQUIPAMENTOS

O REGULAMENTO INTERNO DEVE


EXPLICITAR:

 Os espaços/equipamentos/materiais
 Período
 Competências
 Procedimentos

OBS. Não pode ultrapassar o ano lectivo em curso


MUDANÇA DE TURMA
O REGULAMENTO INTERNO DEVE
EXPLICITAR:

 Competências
 Procedimentos
REPREENSÃO REGISTADA
QUANDO O COMPORTAMENTO É CONSIDERADO GRAVE OU MUITO
GRAVE

Caso tenha ocorrido na sala de aula, o professor da


disciplina procede à repreensão registada (formulário
próprio) e entrega ao DT para comunicação aos E.E. e ao
Presidente do Conselho Executivo.

Caso tenha ocorrido fora da sala de aula, a ocorrência é


comunicada ao DT, remetendo-a para o Presidente do
Conselho Executivo para proceder à repreensão registada
(formulário próprio), posteriormente entrega ao DT para
comunicação ao E.E.

OBS.É arquivado no processo individual do aluno documento com


a identificação do autor do acto decisório, data e
PROCEDIMENTO
DISCIPLINAR
 O Professor ou funcionário entrega ocorrência ao D.T.

 O D.T. no caso de comportamentos graves ou de acordo com o


inscrito no R.I. que sejam passíveis de configurarem a
aplicação de alguma das medidas sancionatórias de suspensão
ou transferência de escola, entrega relatório ao Presidente do
conselho executivo.

INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO DISCIPLINAR


SUSPENSÃO PREVENTIVA

 DURAÇÃO: 5 DIAS ÚTEIS

(art.47º)
TRANSFERÊNCIA DE
ESCOLA

 O processo deve ser remetido para o


Director Regional de Educação no
prazo de 8 dias úteis ( desde a
nomeação do instrutor).
 Apenas pode ser aplicada a aluno de
idade não inferior a 10 anos. (art.27º)
DETERMINAÇÃO DA
MEDIDA DISCIPLINAR
O Instrutor deve ter em conta:
 A gravidade do incumprimento do dever

violado;
 A idade do aluno;

 O grau de culpa;

 O aproveitamento escolar anterior,

 O meio familiar e social:

 Os antecedentes disciplinares. (art. 25º)


EXECUÇÃO DAS MEDIDAS
CORRECTIVAS OU DISCIPLINARES
SANCIONATÓRIAS

 Compete ao D.T. o acompanhamento


do aluno na execução da medida
correctiva ou disciplinar sancionatória
em articulação com os pais e
encarregados de educação/os
professores da turma/serviços
especializados de apoio educativo e
/ou equipas de integração a definir no
RI. (art.49º)
RESPONSABILIDADE CIVIL
E CRIMINAL
 Actos qualificáveis de crime deve o
Conselho Executivo comunicar:
 CPCJ;
 Ministério Público junto do Tribunal
Menores;
 Queixa policial.
(art.55º)

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