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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA E MINERAL

QUALIFICAÇÃO DE MESTRADO

Análises da variação espacial e permeabilidade utilizando


parâmetros topológicos em bandas de deformação da Bacia Rio do
Peixe, Nordeste do Brasil

Raquel Bezerra Rodrigues de Melo Freitas

Orientador: Prof. Dr. Francisco Cézar Costa Nogueira (PPGEPM/UFCG)


Qualificação de Mestrado: Análises da variação espacial e permeabilidade utilizando parâmetros
topológicos em bandas de deformação da Bacia Rio do Peixe, Nordeste do Brasil

Tópicos da apresentação

1. Introdução

2. Contexto Geológico

3. Fundamentação Teórica

4. Metodologia

5. Resultados Paciais: 3D Topological Analysis in Deformation Bands: Insights for Structural

Characterization and Impact on Permeability

6. Cronograma de Execução
Qualificação de Mestrado: Análises da variação espacial e permeabilidade utilizando parâmetros
topológicos em bandas de deformação da Bacia Rio do Peixe, Nordeste do Brasil

Requisito da disciplina obrigatória “Seminário em Exploração Petrolífera e Mineral”.

Laboratório de Pesquisa em Exploração Petrolífera (LAPEP/UFCG)

Apresentação
PETROBRAS - Bandas de deformação Rio do Peixe (DEBRIP): análise multiescalar e
geração de banco de dados geofísico, geológico, modelagem e simulação numérica“.

FAPESQPB - Evolução tectônica sin e pós-rifte em bacias sedimentares


intracontinentais no Nordeste do Brasil: Implicações ao estudo de análogos de
reservatórios”.

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Estrutura da tese

Capítulo 1: Capítulo 2: Capítulo 3:


Introdução) Contexto Geológico) Fundamentação Teórica

Capítulo 4: Capítulo 5: Capítulo 6:


Metodologia Resultados Parciais Cronograma de Execução

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Justificativa

Bandas de Linhas e áreas de varreduras.


Deformação
Dershowitz e Herda, (1992)

Como os elementos arquitetônicos de uma zona de falha (núcleo e zona de


Mapeamento das conexões e dano) controlam conexões entre bandas de deformação?  
ramos através da topologia. Como as conexões variam tridimensionalmente em uma zona de falha (núcleo
Sanderson e Nixon, (2015) de falha e zona de dano)? 
Existem outras conexões topológicas além das descritas por Sanderson e
Nixon, (2015) e Saevik e Nixon (2017)? Se sim, como essas estruturas são
formadas? 
Influência das conexões na
Qual é o impacto de diferentes conexões entre bandas de deformação na
permeabilidade de rochas
permeabilidade?
reservatórios afetadas por Como as conexões entre as bandas de deformação afetam a anisotropia de
falha. permeabilidade?  5
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Analisar o padrão topológico das bandas de deformação nos elementos


arquiteturais da zona de falha e investigar a influência da conectividade de uma
Objetivos gerais
rede de bandas no fluxo de fluido em uma exposição tridimensional (planta e
perfil).

Caracterizar a geometria e conexões das bandas de deformação em afloramento;

Objetivos
Analisar os parâmetros topológicos do afloramento alvo de estudo;
específicos

Identificar o impacto nos valores de permeabilidade entre as conexões das


bandas de deformação mapeadas em afloramento.
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Localização da Área de Estudo

 Araújo et al., 2018; Nicchio et al., 2018;


Nogueira et al., 2015; Pontes et al., 2019;
Torabi et al., 2021; Silva et al., 2022;
Souza et al., 2022.

Adaptado de Nogueira et al. (2015) e Torabi et al. (2021).


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Bacia Rio do Peixe

 Formação Pilões: folhelhos e


arenitos (deposição de leques
deltaicos e flúvio deltaicos);
 Formação Triunfo: arenitos
grossos a conglomeráticos cinza a
esbranquiçados (deposição flúvio-
deltaico);
 Formação Antenor Navarro:
conglomerados e arenitos grossos
(deposição fluviais entrelaçados e
leques aluviais);
 Formação Sousa: folhelhos e
siltitos intercalados a arenitos
(deposição lacustre);
 Formação Rio Piranhas:
conglomerados (deposição leques
aluviais). Adaptado de Silva (2014) e Rapozo et al. (2021).
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Zonas de Falha

 Falhas geológicas são


consideradas volumes
deformados (Ma et al., 2019);

 Possuem propriedades
petrofísicas anisotrópicas ao
longo de zonas de falha (Caine
et al., 1996).

 Classificação de três
elementos arquiteturais de
uma zona de falha (Caine et
al.,1996).

Caine et al. (1996)


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Bandas de Deformação
Cinemática de
Mecanismos de deformação
deformação

Adaptado de Fossen et al., (2007)


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Adaptado de Silva et al. (2022)


Distribuição de bandas de deformação na zona de falha

Adaptado de Dershowitz e Herda (1992)


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Topologia

Técnicas para
Classificação dos três tipos Sanderson e
Manzocchi (2002) caracterizar uma rede
de nós: nó X, nó Y e nó I. Nixon (2015)
de descontinuidades

Diagrama Ternário  Número de linhas (NL), número de ramos (NB),


relação entre o número de linhas e número de ramos
(NL/NB), conexão por linha (CL), número médio de
ramos (CB).

Adaptado de Manzocchi (2002) e Sanderson e Nixon (2015) 12


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Topologia

Nyberg et al., Ferramenta NetworkGT do software QGIS:


(2018) Permite a extração de medidas de abundância e parâmetros topológicos adimensionais

Utilizaram essa ferramenta em seu estudo com o objetivo de analisar quantitativamente


Bonato et al.,
a conectividade de uma rede de bandas de deformação na Bacia Rio do peixe integrado
(2022)
a orientação e comprimento dessas estruturas.

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Mapeamento Estrutural Análise Topológica

 Auxílio de imagens de alta Exposição tridimensional do


resolução (0,5 mm/px) capturas afloramento, referente ao plano XZ
por VANT (Modelo -MAVIX (parede) e plano XY (piso).
PRO 2 – DJI);
 Altura de voo = 20 metros;
 Câmera posicionada a um ângulo Densidade das estruturas, selecionando
de 70° em relação ao solo; as regiões que exibiram maior densidade.
 Imagens foram processadas e
georreferenciadas no ArcGIS.
Elementos arquiteturais da zona de falha
(núcleo e zona de dano).

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Plano XZ (parede) Plano XY (piso)

 10 áreas no plano XZ;


 13 áreas no plano XY.

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 Análise topológica baseada na


metodologia de Sanderson e
Nixon (2015).

 Utilização do sistema Bxy para


caracterização geométrica das
bandas de deformação,
considerando uma rede composta
de linhas, nós e ramos.

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Aquisição de Dados de
Permeabilidade

 Minipermeametro TinyPerm 3 -
New England Research, Inc;

 As medidas foram coletadas nas


áreas circulares dispostas nos planos
XZ e XY;

 O equipamento foi posicionado em


cima de cada nó com inclinação de
90º e programado para gerar o
valor da propriedade quando a
curva de decaimento de pressão
estivesse 95% concluída ou
extrapolasse os 120 segundos após
o início da medição.
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Resultados 3D Topological Analysis in Plano XY (piso)


Parciais Deformation Bands: Insights for
Structural Characterization and
Impact on Permeability

Mapeamento Estrutural

Plano XZ (parede)
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Resultados
Resultados Mapeamento Estrutural
Parciais
Retirado de Souza et al. 2022

Plano XZ (parede) Plano XY (piso) 20


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Resultados
Resultados Análise Topológica
Parciais
Nó H

Nó W
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Tabela 1 - Valores médios dos parâmetros topológicos entre os planos XY


 O núcleo da falha tem valores maiores que a zona (parede) e XZ (piso) para o núcleo e zona de dano. Parâmetros analisados: Nó
de dano para os parâmetros topológicos; X, Nó Y, Nó I, Número de nós (NN), Número de ramos (NB), Frequência de nó
conectados (NC), Intensidade adimensional (B20), Ramos isolados (I-I),
Ramos parcialmente conectados (I-C), Ramos duplamente conectados (C-C).
 O núcleo apresenta três vezes mais conexões no
plano XY do que no plano XZ (nó X, Y e I; NN,
NB, Freq. NC, B20, C-C e I-C);

 Proporção de nós:
 No núcleo: Nó X = 9%, Nó I = 13% e Nó Y
= 78%
 Na zona de dano: Nó X = 18%, Nó I = 15% e
Nó Y = 67%;

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Número Número
de de ramos
conexões

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Tabela 1 - Valores médios dos parâmetros topológicos entre os planos XY


 Plano XY: (parede) e XZ (piso) para o núcleo e zona de dano. Parâmetros analisados: Nó
 Seis vezes mais ramos C-C do que X, Nó Y, Nó I, Número de nós (NN), Número de ramos (NB), Frequência de nó
ramos I–C; conectados (NC), Intensidade adimensional (B20), Ramos isolados (I-I),
Ramos parcialmente conectados (I-C), Ramos duplamente conectados (C-C).
 O núcleo tem aproximadamente 3,8
vezes mais ramos C-C do que o plano
XZ;

 Plano XZ:
 O núcleo não possui ramos I-C;
 A zona de dano tem cerca de 5 vezes
mais ramos C-C do que ramos I-C;

 Nos dois planos:


 A zona de dano tem valores semelhantes
de ramos C-C.
 O núcleo não apresenta nenhum ramo I-
C.

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Tabela 2- Parâmetros topológicos das áreas circulares no Tabela 3- Parâmetros topológicos das áreas
plano XZ (parede). circulares no plano XY (piso).

 Predominância de nós Y;
 No núcleo: nós Y>I>X (ambos os planos );
 Áreas muito conectadas e ramificadas, possuem
 Na zona de dano:
maiores valores de B20: áreas 1,2, 3,5, 7 e 13;
 Plano XZ: nós Y> X>I
 Plano XY: o padrão de conexão muda conforme as áreas se afastam do
 Áreas com maior número de nós (NN) e maior
núcleo
frequência de nós Y também possuem maior
• Próximas ao núcleoY > I > X (Scanlines 14, 15 e 16)
quantidade de ramos C-C: áreas 1, 2, 3, 5, 7, 8, 10,
• Áreas mais distantes do núcleo: Y > X > I (Scanlines 21 e 23)
11, 13.
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Resultados Permeabilidade versus tipo


Resultados
Parciais de nó

 Núcleo da falha:
 No plano XZ: os nós apresentaram a mesma
ordem de grandeza e os seguintes valores médios:
X=1,0 mD, Y=1,71 mD e I=4,07 mD;
 No plano XY: nó X=1,32 mD; nó Y=13,21 mD;
nó I=29,68 mD (com redução de 1 ordem de
grandeza;).

 Na zona de dano: redução de 1 ordem de grandeza


 No plano XZ: a permeabilidade é menor no nó
X= 2,08 mD; Y= 6,87 mD e I= 72,35 mD;
 No plano XY: a permeabilidade mostra o nó Y=
8,43 mD; X= 10,64 mD e I= 36,60 mD.

A permeabilidade no plano XY é ligeiramente maior


quando comparada ao plano XZ. Portanto, Kz é maior
Ky. 27
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Discussões Implicações da tectônica na topologia

Bandas de Deformação
Fraturas

Saevik e Nixon Bonato et al.


Manzocchi (2002) Gjestland (2020)
(2018) (2022)
Analisar a relação de Nó V, que Caracterização de A influência do
fratura considerando os influenciava a zonas de dano de comprimento do traço
nós X, Y e I . tortuosidade da rocha interseção e zonas de e orientação da banda
dano de parede de deformação

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Discussões Implicações da tectônica na topologia

Único sistema de Estruturas sin-rifte são cruzadas por


Nós X, Y e I estruturas pós-rifte
falhas
Existência de dois novos
tipos de nós: H e W. (Nogueira et al., 2015; Nicchio et al., 2022b)

Cruzamento de dois
Nós H e W
sistema de falhas

Sistema transtensivo dextral expresso na forma de uma estrutura em flor


negativa, com falhas dextrais e sinistrais e o cruzamento de falhas
transcorrentes.
(Nogueira et al., 2015 , 2021; Souza et al., 2021; Nicchio et al., 2022b)

Nó W: ocorre quando falhas antitéticas e sintéticas (sistema sin-rifte) são


cruzadas por falhas transcorrentes (sistema pós-rifte).

Nó H: ocorre quando as falhas dextral e sinistral (pós-rifte) não cruzam a


interseção de falhas sintéticas e antitéticas (sin-rifte).
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Discussões Caracterização estrutural de bandas de


deformação: análise topológica

Trabalhos de Manzocchi (2002)


Nó X raramente ocorrem e existem padrões estruturais
caracterização de que o nó I predomina em relação ao nó Y.
Morley e Nixon
fraturas
(2016)

Trabalhos de Gjestland (2020) A conexão entre essas estruturas é dominada por nós Y.
caracterização de
bandas de deformação
Vagle (2020) As bandas de deformação são mais propensas à
bifurcação e menos ao cruzamento das estruturas,
formando mais bandas adjacentes e menos bandas
transversais, promovendo uma alta proporção de nós Y
e baixa proporção de nós X.

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Discussões Caracterização estrutural de bandas de deformação: análise topológica

Alta proporção de nós Y e ramos C-C ao longo da zona de falha.

Y = 78% Y = 67%
Núcleo de falha X = 13% Zona de dano X = 18%
I = 9% I = 15%

Devido ao padrão tridimensional romoédrico dessas estruturas ao longo de zonas


Predomínio de nó Y
de falha.
(Nogueira et al., 2021; Bonato et al., 2022; Oliveira et al. , 2022; Souza et al., 2022)

Próximo ao núcleo: as bandas tem comportamento anastomosado e promove o


desenvolvimento secundário de nós I e X.

Os nós X são mais comuns quando se afastam do núcleo da falha devido ao corte
transversal por várias bandas de deformação.
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Discussões Implicação da análise topológica para reservatórios

A conectividade das bandas pode ser um fator controlador


no padrão de fluxo do reservatório.
(Fossen e Bale, 2007; Rotevatn et al., 2013; Souza et al., 2022) O fluxo de fluido vertical, paralelo às bandas
de deformação do núcleo da falha, será mais
Alta conectividade das bandas de deformação pode propício do que o fluxo de fluido horizontal
confundir o fluxo de fluido. Isso está associado ao porque as conexões das bandas de
arranjo de anastomosado das bandas de deformação no deformação são mais intensas no plano
núcleo da falha. horizontal.
(Fossen et al., 2005; Fossen e Bale, 2007; Gjesteland et al., 2020;
Souza et al., 2022)

Souza et al. (2022) propuseram que o arranjo


anastomosado das bandas de deformação no núcleo da
falha aumenta o potencial de barreira, bem como a
direção do fluxo

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Discussões Implicação da análise topológica para reservatórios

O plano XY possui três vezes mais conexões e


O plano com redes de bandas de deformação
parâmetros topológicos (NN, NB, Freq. NC,
mais conectadas também apresenta maior
B20, C-C e C-I), bem como a permeabilidade é
permeabilidade no núcleo da falha.
maior em uma ordem de grandeza nos nós Y e I.

Alta proporção de nós Y Ambos os planos possuem


resulta em barreiras. dominância do nó Y.
Gjestland (2020)
O nó I predomina dentro do
O fluido tende a fluir mais
núcleo da falha e a zona de
facilmente nos nós I.
dano no plano XY.

A dificuldade de migração do
fluido em uma conexão será
maior no nó X.

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Conclusões Parciais

 A zona de falha analisada apresenta novos nós. Os nós foram definidos como H e W e apresentam cinco e seis
ramificações, respectivamente. Os nós H e W são formados quando uma falha transtensiva dextral se cruza com uma
falha transcorrente. A diferença entre eles consiste na falha vertical. Se esta falha cruzar o ponto de interseção das falhas
antitéticas e sintéticas, o nó W é formado. Por outro lado, se a falha vertical não cruzar a interseção das falhas sintéticas
e antitéticas, o nó H é formado.

 A permeabilidade é anisotrópica ao longo da zona de falha. A permeabilidade nos elementos arquitetônicos da zona de
falha (núcleo e zona de dano) varia de acordo com o tipo de ligação, com valores maiores no núcleo para o nó I,
secundariamente para o nó Y e menores para o nó X. Na zona de dano, no plano XZ as permeabilidades são maiores no
nó I, seguido pelos nós Y e X. No entanto, o plano XY segue a sequência de permeabilidades maiores para os nós I, X e
Y. Logo, uma conexão maior tende a diminuir a permeabilidade. No entanto, a anisotropia também influencia a
permeabilidade: Khorizontal < Kvertical.

 Esta abordagem de estudo, que utiliza a topologia de bandas de deformação aplicada à caracterização da permeabilidade,
pode contribuir para a modelagem e simulação de reservatórios visando o impacto da variação da conectividade no fluxo
de fluido. Assim, sugerimos que pesquisas futuras considerem parâmetros topológicos em sua modelagem e que tais
parâmetros sejam testados em simulações numéricas de fluxo de fluidos.
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Cronograma de Execução

Tabela 4- Cronograma de Execução


das etapas já realizadas (em azul) e
futuras (em verde). 35
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Referências
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Qualificação de Mestrado: Análises da variação espacial e permeabilidade utilizando parâmetros
topológicos em bandas de deformação da Bacia Rio do Peixe, Nordeste do Brasil

Referências
• Nogueira, F. C. C., Marques, F. O., Bezerra, F. H. R., de Castro, D. L., Fuck, R. A., 2015. Cretaceous intracontinental rifteing and post-rifte inversion in NE Brazil:
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA E MINERAL

QUALIFICAÇÃO DE MESTRADO

Análises da variação espacial e permeabilidade utilizando


parâmetros topológicos em bandas de deformação da Bacia Rio do
Peixe, Nordeste do Brasil

Raquel Bezerra Rodrigues de Melo Freitas

Orientador: Prof. Dr. Francisco Cézar Costa Nogueira (PPGEPM/UFCG)

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