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Pensamento Matemático

[ou alguma coisa do tipo]


Cap. 1 – As notações matemáticas
Uma notação matemática é um conjunto de símbolos –
podendo ser apenas um único símbolo – que representa um
objeto ou uma ideia matemática. Esses símbolos podem ser
construídos com letras de algum alfabeto, com algarismos de
um sistema de numeração, com figuras conhecidas etc.

Uma notação matemática precisa ter as seguintes


características:

1) Deve ser uma forma de comunicação concisa e precisa, que


contribua para a facilidade e para a economia da linguagem.

2) Não deve expressar ambiguidades.

3) Na medida do possível, deve ter uma forma estética simples,


fácil de ser manipulada, de ser memorizada e de nos fazer
lembrar o objeto que representa, toda vez que a virmos.
Cap. 1 – As notações matemáticas
Alguns cuidados com o uso de notações:

1. Caso seja preciso optar por alguma notação, escolha a


consagrada, a mais usada ou aquela proveniente de fontes
sérias, de boa reputação e credibilidade. Feita a opção,
permaneça fiel à sua escolha, e não a modifique.

2. Alguns autores têm o péssimo hábito de usar notações não


consagradas, ou não previamente definidas. Outros partem
para criar notações desnecessárias. Esses maus hábitos
devem ser combatidos. Daí, só denote um objeto se for
realmente necessário e respeite as notações consagradas; só
as substitua se tiver razões suficientes para isso.

3. É bom ficar atento, muitas vezes você vai ter de inventar


suas próprias notações. Nesse caso, lembre-se de levar em
consideração as características principais que uma notação
deve ter, mencionadas nesta seção.
Cap. 2 – Congruência de triângulos
Cap. 3 – Sequências de números reais
Cap. 2 – Conjuntos e conjuntos numéricos
Cap. 1 – As notações matemáticas
Fatos importantes...
Cap. 8 – Desvendando as definições
matemáticas
Saber definir e manipular corretamente as definições é uma
habilidade essencial para quem estuda Matemática.

(...) definir é dar nomes a objetos matemáticos, mediante


determinadas propriedades interessantes que possuam e que os
caracterizem. Esses nomes devem se constituir de uma única
palavra, como triângulo, ou de uma frase curta, como números
primos entre si.
Cap. 8 – Desvendando as definições
matemáticas
Observações:

1. Uma boa definição não apresenta ambiguidades, é clara e


sucinta, classifica e distingue plenamente o objeto definido,
e nela não aparecem termos inadequados ao contexto.

2. Em toda definição, o nome do objeto definido está


diretamente associado às propriedades que o caracterizam,
e essas propriedades, por sua vez, identificam plenamente
apenas esse objeto, de modo que ele não possa ser
confundido.

Um objeto matemático é definido por certas propriedades e


apenas esse objeto matemático possui essas propriedades.
Cap. 8 – Desvendando as definições
matemáticas
Exemplos:

1. Critique a seguinte “definição”, na qual se pretende definir


ângulo reto.

“Definição”: “Um ângulo reto é um ângulo que mede 90 graus.


Definimos 1 grau como sendo 1/90 da medida de um ângulo
reto”.
Cap. 8 – Desvendando as definições
matemáticas
Exemplos:

2.
Deixa eu Cap. 8 – Desvendando as definições
pensar num
matemáticas
exemplo
aqui...
Exemplos:

3. Critique a seguinte “definição”, na qual se pretende definir


raiz quadrada.

“Definição”: “Dado um número real a > 0, a raiz quadrada de a,


representada por √a, é o número que elevado ao quadrado
resulta em a”.
Cap. 8 – Desvendando as definições
matemáticas
Exemplos:

4. Seja f a função definida por:

f : Q  Z é tal que f(p/q) = p + q.

Quanto vale f(2)?


Cap. 8 – Desvendando as definições
matemáticas
Observações:

Algumas palavras finais. Como já mencionamos, os leitores


devem observar que tudo o que se deduz de um objeto decorre
das propriedades desse objeto usadas para defini-lo.
Certamente é impossível demonstrar algum resultado sem
conhecer a definição dos elementos que aparecem nesse
resultado. Alguns iniciantes têm muita dificuldade em certas
demonstrações, pois partem para fazer as demonstrações sem
conhecer plenamente as definições dos objetos envolvidos. (...)

Um bom conselho: antes de partir para entender algum


resultado, descobrir algum fato, ou começar qualquer
demonstração, certifique-se de que conhece plenamente a
definição matemática de todos os objetos envolvidos nesse
processo e identifique e compreenda a(s) hipótese(s) e a tese do
resultado.
Cap. 6 – Desvendando os teoremas – Parte I
Um teorema é uma sentença matemática válida, cuja validade é
garantida por uma demonstração matemática.

Os resultados de qualquer descoberta matemática, por mais


elementar que possa ser, são apresentados por meio de
teoremas.

Exemplo 6.1.1

Teorema 6.1.1. n é um número inteiro divisível por 10 => n é um


número par.

Teorema 6.1.2. Se as diagonais de um retângulo se


intersectarem em ângulo reto, então o retângulo é um
quadrado.

Teorema 6.1.3. Um número cuja soma de seus algarismos é


divisível por 3 também é divisível por 3.

Teorema 6.1.4. O conjunto dos números primos é infinito.


Cap. 6 – Desvendando os teoremas – Parte I
Observe os Teoremas 6.1.1 e 6.1.2, o primeiro é uma sentença
escrita na forma implicativa e o segundo é uma sentença
condicional.

Ao escrever um teorema na forma implicativa P => Q ou


condicional Se P, então Q, a sentença P chama-se hipótese do
teorema e a sentença Q chama-se tese do teorema.

A hipótese ou as hipóteses (se for mais de uma) do teorema são


condições indispensáveis que aparecem no enunciado do
teorema e devem ser usadas na demonstração desse teorema.

Já a tese, que também aparece no enunciado do teorema, é a


conclusão que se deve deduzir na demonstração.

Identifique a(s) hipótese(s) e a tese dos teoremas do exemplo


6.1.1.
Cap. 6 – Desvendando os teoremas – Parte I
Para o iniciante começar qualquer demonstração, é preciso
saber o que deve ser demonstrado e o que pode ser usado na
demonstração, isso é revelado quando se conhecem a(s)
hipótese(s) e a tese do teorema.
Deixa eu Cap. 6 – Desvendando os teoremas – Parte I
pensar num
exemplo
aqui... Teorema: Num paralelepípedo, a distância entre o ponto médio
de uma aresta “a”, contida na interseção dos planos suporte das
faces α e β, e a reta suporte da aresta “b”, contida na interseção
dos planos suporte das faces γ e θ, paralelas a α e β,
respectivamente, é igual à medida da diagonal de qualquer uma
das outras duas faces restantes.
Cap. 7 – Desvendando os teoremas – Parte II
Suponha que um teorema seja válido, por exemplo

Todo número inteiro que termina em 0 ou 5 é múltiplo de 5,

e que o teorema dado pela sentença recíproca

Todo número inteiro múltiplo de 5 termina em 0 ou 5

também seja válido. Dessa forma, por economia, podemos


enunciar esses dois teoremas como duas sentenças
equivalentes, considerando-os como um único teorema, da
seguinte maneira:

Teorema: Um número inteiro termina em 0 ou 5 se, e somente


se, é múltiplo de 5.
Cap. 7 – Desvendando os teoremas – Parte II
O exemplo abaixo foi retirado de uma edição antiga da obra
citada.
Cap. 7 – Desvendando os teoremas – Parte II
Muitas vezes, dependendo do contexto e para não abusar da
palavra teorema, que frequentemente aparece na Matemática,
alguns teoremas são chamados por outros nomes:

1. Chamamos corolário a um teorema obtido como


consequência de outro recém-provado. Nesse caso, o
segundo teorema é chamado corolário do teorema provado.

2. Já um teorema usado para provar outro que lhe sucede é


chamado lema; podemos dizer que um lema é um teorema
auxiliar ou preparatório, que será usado na demonstração de
outro teorema.

3. Em algumas ocasiões, chama-se proposição a um teorema


que não é central no contexto e tem importância limitada.
Cap. 7 – Desvendando os teoremas – Parte II
Cap. 7 – Desvendando os teoremas – Parte II
Na linguagem matemática, ao dizermos existe um elemento que
satisfaz determinada propriedade, diferentemente do que
ocorre na linguagem coloquial, deve-se entender na verdade
que existe pelo menos um elemento que satisfaz aquela
propriedade, mas nada impede que possam existir outros.

Ao dizer existem dois elementos que satisfazem tal propriedade,


entenda-se, existem pelo menos dois elementos que satisfazem
aquela propriedade, mas pode existir uma quantidade maior do
que dois; e assim por diante.

Se for possível determinar o número exato de elementos


satisfazendo a propriedade em questão, o resultado, sem
dúvida, torna-se mais preciso. Por isso, esse número deve
sempre ser enfatizado ao redigir o teorema.

Lembre-se de enunciados de teoremas nessa linha, como:

Teorema: Existem cinco e somente cinco poliedros de Platão.


Bernard Placidus Johann
Nepomuk Bolzano (Praga,  Exemplos:
Boémia, actual 
República Checa, 5 de outubro
 de 1781 — Praga,  Teorema de Bolzano-Weierstrass: Toda sequência limitada de
18 de dezembro de 1848) foi
um padre católico, matemático números reais possui uma subsequência convergente.
, teólogo e filósofo da antiga 
Boémia, que pesquisou
também problemas ligados ao Teorema: Por um ponto do espaço pode-se traçar um único
espaço, à força e à propagação plano perpendicular a uma reta dada.
de ondas.

Teorema Fundamental da Aritmética: Um número natural n ≥ 2


ou é primo ou pode ser escrito de maneira única, a menos da
ordem dos fatores, como um produto de números primos.

Karl Wilhelm Theodor Weierstraß,


mais conhecido como Karl
Weierstrass (pronúncia Karl Vaiˈɐrʃtras
), (Ostenfelde, próximo de Ennigerloh, 
31 de outubro de 1815 — Berlim, 
19 de fevereiro de 1897) foi um 
matemático alemão, professor na 
Universidade de Berlim.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Cap. 11 – Desvendando as demonstrações
(...) uma demonstração de que uma sentença T é deduzida de
uma outra sentença H é uma cadeia de argumentações lógicas,
válidas, que usam H para concluir os resultados apresentados
em T. Neste processo, H chama-se hipótese e T chama-se tese.

Numa demonstração, prova-se que todo objeto matemático


satisfazendo as condições das hipóteses, cumpre
necessariamente o que afirma a tese.

* Se H, então T ou H => T *

Cada passo de uma demonstração é provado dentro de um


modelo axiomático, por meio de argumentações válidas,
usando-se hipóteses, axiomas, definições, outros resultados
anteriormente provados e os passos precedentes, formando
uma cadeia dedutiva de raciocínio.

Em verdade, podemos dizer que uma demonstração consiste de


duas partes: sua estrutura lógica, como definida anteriormente,
e sua apresentação, que é a maneira como ela é redigida, como
essa estrutura lógica é apresentada a uma outra pessoa.
Cap. 1 – Retas e Ângulos
Cap. 1 – Trigonometria: resolução de triângulos

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