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IMPACTO DA LEI DE EFICIÊNCIA

ENERGÉTICA PARA MOTORES ELÉTRICOS


NO POTENCIAL DE CONSERVAÇÃO DE
ENERGIA NA INDÚSTRIA
Eficiência Energética
O que é?

É o método que consiste em melhor utilizar a energia, a fim de diminuir ou


até mesmo eliminar as perdas de um sistema.
Eficiência Energética

A Lei de Eficiência Energética: A aprovação da “Lei de Eficiência Energética”


(Lei no 10.295 de 17.out.2001 – BRASIL, 2001b), cuja tramitação no Congresso
Nacional iniciou em 1990, vem instituir a etiquetagem obrigatória no Brasil,
mecanismo de reconhecida eficácia para melhorar o uso eficiente de energia.

Programas de Etiquetagem (como o PBE – Programa Brasileiro de Etiquetagem)


e Padronização (agora aqui introduzido com a Lei de Eficiência Energética) são
técnicas consagradas e hoje adotadas em mais de 25 países;
PBE - Programa Brasileiro de Etiquetagem
Motores de Indução

Em 1832 o cientista italiano S. Dal Negro construiu a primeira máquina de corrente


alternada com movimento de vaivém. No ano seguinte, o inglês W. Ritchie inventou o
comutador, construindo um pequeno motor elétrico em que o núcleo de ferro enrolado
girava em torno de um ímã permanente. Para dar uma rotação completa, a polaridade do
eletroímã era alternada a cada meia volta, através do comutador.
O professor alemão Moritz Hermann von Jacobi, em 1838, desenvolveu um motor
elétrico e aplicou-o a uma lancha. A aplicação prática da energia elétrica em trabalho
mecânico ficou assim comprovada.
Motores de Indução
Motores de Indução – Partes Principais
Motores de Indução – Grandezas
Curvas de Desempenho de Motores
Eficiência dos motores ao longo dos anos
Venda dos motores ao longo dos anos no
Brasil
Participação dos motores no Brasil
Metas do Procel
O Procel define como 11% a meta de conservação de energia elétrica no
uso final até 2015 “em função do aumento da eficiência energética nos
aparelhos elétricos [...] utilizados”.
Motivos da Baixa Eficiência
• Motor sobredimensionado: Curvas de desempenho de um motor, mostra
claramente a queda de rendimento para motores que operam a baixa
carga, mormente menores que 50%.
• Motor rebobinado: um defeito comum em motores, talvez o mais
popular, é a chamada “queima”. Normalmente, recupera-se o motor
rebobinando-o, ou seja, retirando as bobinas e isolação danificadas e
colocando-se outras no lugar.
• Instalação: tratam-se aqui das condições mecânicas de instalação do
motor: fixação, alinhamento, temperatura, ambiente, etc.
• Alimentação elétrica: Fator de potência, desequilíbrio de fases, e
harmônicos na rede são alguma dessas causas.
Perdas por desequilíbrio de Fase
Estudos demonstraram que um pequeno desequilíbrio de 3,5 % na tensão pode
aumentar, em 20%, as perdas do motor de indução trifásico. Um desequilíbrio de 5%
ou mais pode destruí-lo, rapidamente. Normalmente, estes motores são projetados
para suportar variações máximas numa faixa de 10 % acima e abaixo da tensão
nominal. Valores pequenos, na faixa de 1% a 2%, também são prejudiciais, pois além
de aumentarem o consumo de energia também reduzem vida útil do motor, devido
ai aquecimento gerado pelo aumento das perdas internas. Por isso a rede deve ser
regularmente monitorada e desequilíbrios na tensão maiores que 1% devem ser
corrigidos.
Medidas de Baixo custo

• Correção do fator de Potencia;


• Substituição de motores superdimensionados;
• A correção da corrente irregular em diferentes fases;
• O aperfeiçoamento dos sistemas de transmissão entre
motores e os equipamentos acionados.
Correção do fator de Potência
• Potência Ativa (P): energia que aciona cargas resistivas e transformada
em trabalho útil. Sua unidade de medida é o kW (quilowatt).

• Potência Reativa (Q): energia armazenada por componentes indutivos e


capacitivos e que não realiza trabalho, pois é devolvida à fonte após
gerar campo elétrico ou magnético. Sua unidade de medida é o kVAr
(quilovolt ampère reativo).

• Potência Aparente (S): vetor resultante que apresenta duas


componentes que são as potências ativa (P) e reativa (Q). Sua unidade de
medida é o VA (Volt-ampère).
Correção do fator de Potência
Tipos de correção do fator de
Potencia
• Correção na entrada de energia de alta tensão: Corrige o fator de
potência avaliado pela concessionária, porém não elimina os problemas
internos da instalação que apresenta excedente de reativos. Apresenta
custo elevado.
• Correção na entrada de energia de baixa tensão: Utiliza em geral bancos
de capacitores automáticos, permitindo uma correção expressiva do fator
de potência. Uma desvantagem observada seria o fato de não haver alívio
sensível dos alimentadores que correspondem a cada equipamento.
• Correção por grupos de cargas: Nesse método, o banco de capacitores é
instalado para efetuar a correção do fator de potência em um determinado
setor ou conjunto de pequenas máquinas (potências mecânicas menores que
10 cv). Localiza-se no quadro de distribuição que alimenta tais
equipamentos.
• Correção localizada: A instalação do banco de capacitores é feita junto ao
equipamento para o qual se pretende corrigir o fator de potência.
Análise para substituição de motores
Sobredimensionados
Conclusão

Segundo os dados mostrados, a importância da aplicação dos métodos de


eficiência energética nos motores de indução vão além da forma econômica,
visto que a cada inequação do sistema de alimentação, instalação ou
manutenção incorreta, resulta em perdas no sistema, incluindo a diminuição da
vida útil do motor.
Referências Bibliográficas
• http://www.acats.com.br/pee/fator-de-potencia/
Ultimo acesso: 31 de março de 2019 – 13:35

• https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/pos-
graduacao/141-dissertacao_ricardo_gouveia_teodoro.pdf
Ultimo acesso: 31 de março de 2019 – 13:57

• https://www.osetoreletrico.com.br/desequilibrio-desbalanceamento-de-tensao/
Ultimo acesso: 31 de março de 2019 – 14:06

• Garcia, Agenor Gomes Pinto. IMPACTO DA LEI DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA


MOTORES ELÉTRICOS NO POTENCIAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA NA
INDÚSTRIA. 139 p. UFRJ. Rio de Janeiro. 2003

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