Você está na página 1de 29

UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA DE MAPUTO

FACULDADE DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS


CURSO DE INFORMÁTICA

Rodrigues Enoque Massingue

PROJECTO DE REDES DE COMPUTADORES

Maputo 2023
I. INTRODUÇÃO
grande parte do tráfego na Internet era por Unicast, ou seja, um
transmissor enviava os pacotes de informação tantas vezes quanto
fossem o número de clientes destino. Durante anos, a transmissão
Unicast de pacotes pela Internet pareceu ser suficiente. Porém,
com o aumento do tráfego de multimédia em tempo real para mais
de que um participante, a transmissão Unicast mostrou-se
insuficiente, principalmente para redes de longa distância.
Com o aparecimento do Broadcast, os pacotes seriam enviados
apenas uma vez para um endereço (Broadcast), e todas as estações
receberiam. Contudo, sabe-se que, na prática, o Broadcast não
funciona bem para roteamento de pacotes para outras sub-redes
 Logo, viu-se necessário desenvolver outro método de
transmissão, que permitisse o roteamento para diversas redes e
que somente as estações interessadas capturassem os pacotes
transmitidos, libertando o resto da rede de tráfegos
desnecessários. O Multicast vem preencher esta necessidade,
apresentando melhores relações de performance em transmissões
de multimédia. O Multicast reside entre o Unicast e o Broadcast,
dependendo do número de remetentes: “um para vários” e “vários
para vários”.
DEFINICAO

 O multicast é um recurso para transmitir pacotes a mais de um


endereço ao mesmo tempo.
 que se diferencia do broadcast comum por transmitir somente
para hosts determinados ao invés de para todos os hosts do
segmento, recebendo também o nome de 'broadcast seletivo.
 Durante uma transmissão Multicast, o transmissor envia os
pacotes de dados somente uma vez, ficando a cargo dos
receptores captarem esta transmissão e reproduzi-la.
ENDEREÇAMENTO IP MULTICAST

 O IP multicast usa um tipo diferente de endereço, o IP Classe D:

1 1 1 0 Identificacao do grupo

 Primeiro Endereço: 224.0.0.0 (reservado) Último Endereço: 239.255.255.255


 Este endereço, que é concedido a um grupo, não a um único host, pode ser permanente ou
temporário
 Um endereço multicast pode ser usado apenas como endereço de destino, nunca podendo aparecer
como endereço de origem.
 Um endereço multicast fica reservado para o evento por um período de tempo prédeterminado no
momento da criação, sendo liberado quando o período de transmissão do evento se encerra

ENDEREÇOS MULTICAST

 Os endereços do grupo de host multicast são definidos como


endereços IP cujos quatro bits de alta ordem são 1110,
oferecendo uma faixa de endereço de 224,0,0,0 a
239.255.255.255, ou simplesmente 224.0.0.0/4. (Esses
endereços também são chamados de endereços Classe D.) A
Internet Assigned Numbers Authority (IANA) mantém uma lista
de grupos de IP multicast registrados. O endereço base
224.0.0.0.0 está reservado e não pode ser atribuído a nenhum
grupo.
 O bloco de endereços multicast de 224.0.0.1 a 224.0.0.255 está
reservado para uso local de fios. Grupos nessa faixa são atribuídos
para vários usos, incluindo protocolos de roteamento e mecanismos
locais de descoberta. A faixa de 239,0,0,0 a 239.255.255.255 está
reservada para endereços de escopo administrativo. Como os
pacotes endereçados a endereços multicast de escopo administrativo
não ultrapassam os limites administrativos configurados e, como os
endereços multicast de escopo administrativo são atribuídos
localmente, esses endereços não precisam ser exclusivos através dos
limites administrativo
FORMAÇÃO DE UM GRUPO MULTICAST:

 Assim que um endereço é reservado para um evento, é necessário


o anúncio deste evento para os hosts interessados no recebimento
do mesmo.
Para isto, são utilizadas as ferramentas de anúncio de sessão,
responsáveis por criar e anunciar uma sessão de multicast. Esta
mesma ferramenta é utilizada pelos receptores, recebendo anúncios
de todos os eventos que estão sendo transmitidos no momento,
identificado-os por seus nomes, e fornecendo informações sobre
eles, apresentando uma descrição do evento, o período da
transmissão, os meios de mídia utilizados pelo evento e os endereços
e portas reservados para cada um destes.
 Os hosts juntam-se a um grupo através do protocolo IGMP
(Internet Group Management Protocol), participando do IP
multicast como um dos três níveis de status:

 Os datagramas multicast são distribuídos através dos Gateways


Multicast, cuja função é mapear os datagramas multicast para os
endereços físicos dos hosts interessados e manter o controle de
qual host pertence a qual grupo.
 Um evento é anunciado para todos os hosts do segmento (o
endereço 224.0.0.1) pelo router multicast, e os interessados
devem responder de acordo.
 Uma vez que um host encontra-se pertencendo a um grupo, ele
precisa manter-se no mesmo. O gateway passa a perguntar para
cada host o status de membro periodicamente. Se a resposta for
não, a entrada da tabela de membros do gateway onde aquele
host aparece é deletada.
VANTAGENS
 Maior eficiência: Controla o tráfego da rede e reduz as cargas de
processamento da CPU (Central Processing Unit) e Servidores;
 Melhor Desempenho: elimina a redundância de tráfego;
 Menos recursos, largura de banda e poder de processamento dos
hosts será necessário;
 Entrega quase simultânea está assegurada: Um único pacote é
enviado simultaneamente para a rede;
 Base para ampla gama de novas aplicações que não eram
possíveis no passado (teleconferências, TV, rádio, ensino à
distância, treinamentos, vídeo sob demanda).
 Suporte a aplicações distribuídas: A tecnologia multicast é
diretamente voltada para aplicações distribuídas. Aplicações
multimídia como aprendizagem a distância e videoconferência
podem ser utilizadas na rede de forma dimensionável e eficiente.
DESVANTAGENS
 Entrega baseada em melhor esforço: quedas podem ser esperadas.
Aplicações multicast não devem esperar dados confiáveis como os
baseados em TCP (Transmission Control Protocol) .
 Duplicatas: Algumas aplicações multicast podem gerar pacotes
duplicados ocasionalmente.
 Entrega desordenada de pacotes: Mudanças na topologia da rede
podem afetar a ordem de entrega dos pacote
APLICAÇÕES DE MULTICAST
 Há dois tipos básicos de aplicações multimédia de tempo real,
dependendo do número de participantes que podem remeter: de
um para vários, como por exemplo, secções técnicas, e de vários
para vários como teleconferências e seminários. O primeiro tipo
de aplicação corresponde á transmissão de eventos, tal como uma
transmissão pela TV via rede. No segundo caso, o número de
participantes estará naturalmente limitado, e portanto
escalabilidade não é uma questão fundamental. Aplicações
multimédia não necessitam confiabilidade absoluta, mas possuem
rigorosos requisitos em relação à latência de entrega de pacotes e
à uniformidade em que os mesmos são entregues em cada
receptor. Idealmente um “fluxo multimédia” deve chegar a um
receptor de forma suave e contínua.
 · Exemplos de Aplicações Multicast Distribuição de documentos, Páginas de Web e
Software - precisam ser enviados com Multicast confiável de um lugar para vários sem
restrições rígidas de tempo. È necessário possuir confiabilidade absoluta. Aplicações tipo
Streaming – aplicações que realizam a transmissão em tempo real de áudio/vídeo de um
servidor para múltiplos clientes. Há restrições quanto á latência, pois a stream multimédia
deve ser exibida exactamente à mesma velocidade em que foi gravada. Ensino á Distância
– Multicast é uma tecnologia fundamental para permitir que cursos sejam conduzidos em
tempo real via Internet. A diferença para streaming é que nesse caso canais reversos são
necessários para permitir que alunos façam perguntas ao professor, ou que vários alunos
comuniquem entre si.
 Requisitos de Aplicações Multicast As aplicações Multicast
variam bastante quanto ao seu propósito, e consequentemente
quanto aos seus requisitos. Tais como: Latência de Entrega – é
o tempo que um pacote pode demora até ser entregue aos
receptores. Ordenamento de Mensagens – a mensagem pode
chegar ao receptor de forma ordenada ou não. Dependendo da
prioridade. Entrega Confiável – a entrega dos pacotes tem que
ser entregue duma maneira segura. Escalabilidade – é a
quantidade de receptores que uma determinada aplicação pode
conter.
Roteamento Multicast
 O problema fundamental é como encaminhar um pacote de um host “fonte” a um determinado
conjunto de hosts destinatários. No encaminhamento de pacotes a destinatários, o objectivo é
entregar pacotes apenas aos hosts que compõem o conjunto. É possível identificar pelo menos
quatro esquemas básicos.
 Múltiplos Unicasts O host onde a fonte reside replica as transmissões: se há N destinatários, o
mesmo pacote será enviado N vezes. A grande vantagem é de não exigir nenhum suporte especial da
rede para transmissões multiponto. No entanto e porque é Unicast o esquema sofre dos problemas de
desperdício de largura de banda. Adicionalmente o fonte precisa gerir a lista de destinatários, o que
limita mais ainda a escalabilidade do método.
 Endereçamento Multidestino É o envio dum pacote contendo não
um mas sim uma lista de destino. Cada pacote é encaminhado de
acordo com a lista de endereços no cabeçalho do pacote: á medida
que o pacote é distribuído, os endereços são removidos.
Contrariamente ao anterior, o endereçamento multidestino permite
que cada pacote seja propagado apenas uma vez através de cada
link, economizando largura de banda. Outra vantagem é a
flexibilidade, pois o transmissor pode variar, pacote a pacote, o
conjunto de receptores.
 No entanto, ele provoca uma grande sobrecarga, porque cada
pacote deve conter a lista completa de endereços de hosts. Daqui
se conclui que este endereçamento é ineficiente e sofre dum
problema de escala.
Inundação de pacotes Neste processo, o host “fonte” inicia enviando o pacote a todos os seus
vizinhos. Cada roteador que recebe o pacote envia uma cópia a todos os seus vizinhos, menos
àquele de quem o pacote foi recebido. Este procedimento é a forma de fazer Broadcast numa
rede baseada na comutação de pacotes. Não pode ser ilimitada: se cada host sempre
encaminhasse o pacote aos “demais” vizinhos, ciclos na rede fariam com que pacotes fossem
sempre replicados. A inundação de pacotes é restrita de duas maneiras: limitando-se o “tempo
de vida” dum pacote e usando uma “árvore de caminho mais curto”, (minimiza
individualmente a distância entre cada destinatário e o fonte). Cada pacote possui um campo
(TTL) que é inicializado com um valor inteiro positivo e decrementado a cada host visitado.
Quando o valor do campo atinge zero o pacote é descartado. Como os pacotes são levados a
todos os hosts da rede, e não apenas aos destinatários, o esquema de inundação é ineficiente.
 Árvore de Distribuição
 Baseada no Fonte As cópias do pacote devem ser roteadas apenas ás subredes contendo
hosts destinatários. Cada cópia do pacote deve atravessar uma única vez cada link sendo o
pacote replicado quando necessário
 Compartilhada
 A principal característica é possuir um núcleo. O pacote a ser distribuído é primeiro
enviado ao núcleo pelo fonte; o roteador núcleo então redistribui uma cópia do pacote para
cada destinatário, segundo uma árvore Multicast cuja raiz é o núcleo. Quando há múltiplos
fontes a enviar para um grupo, eles compartilham uma única árvore de distribuição
Multicast.
 IP Multicast
 O IP Multicast difere no intervalo do endereço IP utilizado, em vez de utilizar endereços IP
classe A, B ou C, utiliza o classe D (endereços IP de 224.0.0.0 a 239.255.255.55). Esta
distinção de endereço permite que um host envie pacotes para um subconjunto de todos os
hosts (transmissão para grupo), em contraste com o IP tradicional que utiliza transmissão
Unicast, transmitindo pacotes para um único host, ou transmissão Broadcast, transmitindo
para todos os hosts.
Arquitectura

 Há duas arquitecturas Multicast: uma orientada a servidor onde um processo central configura o
Multicast, gerando uma lista de hosts membros do grupo. Este modelo é bom para esquemas
orientados a conexão, onde o fonte conhece a identidade dos destinatários e abre uma conexão com
os mesmos
 Outra é a orientada a receptor, o conhecimento sobre a composição do grupo está distribuído pela
rede. Portanto, um receptor pode entrar no grupo sem ter que requisitar a um ente centralizado a sua
inclusão. O transmissor, neste caso, não precisa conhecer a composição do grupo, o que oferece
maior escalabilidade e permite que a composição do grupo seja dinâmica e autónoma.
 O modelo é propicio para comunicação de vários para vários, onde qualquer membro está apto a
transmitir, bastando para isso fornecer como destino o pacote identidade do grupo.
 Para enviar para um grupo o remetente não precisa ser membro do grupo. A arquitectura do IP
Multicast segue a abordagem orientada a receptor. Não existe uma entidade centralizada que controle
a composição dum grupo. Para realizar Multicast na Internet, são necessários um protocolo de
roteamento Multicast e um protocolo de controle de composição de grupo em subredes.
 O IP Multicast define que o controle de composição de grupo é tarefa do protocolo IGMP.
IGMP O protocolo IGMP (Internet Group Management Protocol) adiciona informações de grupo aos
protocolos de roteamento. O IGMP define o diálogo entre um roteador especial na subrede,
denominado “roteador designado”, e os hosts de uma subrede, permitindo que hosts entrem (join) e
saiam (leave) de grupos IP Multicast.
No IGMP, o roteador designado faz um Broadcast periódico na subrede (TTL = 1) consultando (query)
se há hosts com processos “inscritos” em qualquer grupo Multicast. Qualquer host que tenha um ou
mais membros responde à consulta enviando à subrede um relatório para cada grupo inscrito.
Com isso o roteador designado pode colectar relatórios e determinar quais os grupos que estão
inscritos na subrede que ele controla. O roteador designado realiza a consulta sobre grupos inscritos na
subrede apenas de forma periódica. Portanto, pode haver um certo atraso entre join dum host e a
chegada da próxima consulta. Isso poderia deixar um host temporariamente sem receber pacotes
Multicast endereçados ao grupo. Para diminuir o atraso, um host que solicita a entrada num grupo envia
três mensagens consecutivas de join.
II. OBJECTIVOS

Objectivo Geral
 Elaborar um projecto de Redes de Computadores e
Comunicações para a empresa Tomanine
Objectivos Específicos
 Criar um sistema de comunicação telefonica IP/VOIP Instalar
sistema de videoconferência nas salas de reuniões. Garantir
acesso a internet via Wi-Fi.
 Disponibilizar o site web e sistema de gestão de RH, sevicos de
email .
III. METODOLOGIA

 Para a elaboração do presente trabalho usou-se consultas a web e


consultas em livros para a obtenção do conteúdo aqui abordado .
CONCLUSÃO

 Com a consecução deste projeto, a rede proporcionará uma nova


mecânica na realização das atividades organizacionais tendo em
conta a padronização e implementação de novas políticas de
acesso à rede por parte do administrador de rede. A topologia
empregue permite a comunicação entre escritórios através de
redes de computadores, tendo como efeito de transmissão ou
comunicação de dados em todos gabinetes e sala de reuniões, o
mesmo projeto garante alta disponibilidade da rede, escalabilidade
e redundância nos meios de acesso, podendo por alguns elementos
ser acessada via LAN, Wi-Fi o que constitui uma característica de
multifuncionalidade;
 Os endereços do grupo de host multicast são definidos como endereços IP cujos quatro bits
de alta ordem são 1110, oferecendo uma faixa de endereço de 224,0,0,0 a
239.255.255.255, ou simplesmente 224.0.0.0/4. (Esses endereços também são chamados
de endereços Classe D.) A Internet Assigned Numbers Authority (IANA) mantém uma
lista de grupos de IP multicast registrados. O endereço base 224.0.0.0.0 está reservado e
não pode ser atribuído a nenhum grupo. O bloco de endereços multicast de 224.0.0.1 a
224.0.0.255 está reservado para uso local de fios. Grupos nessa faixa são atribuídos para
vários usos, incluindo protocolos de roteamento e mecanismos locais de descoberta. A
faixa de 239,0,0,0 a 239.255.255.255 está reservada para endereços de escopo
administrativo. Como os pacotes endereçados a endereços multicast de escopo
administrativo não ultrapassam os limites administrativos configurados e, como os
endereços multicast de escopo administrativo são atribuídos localmente, esses endereços
não precisam ser exclusivos através dos limites administrativos.

Você também pode gostar