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A RESSURREIÇÃO DO

CORPO

1 Co 15.20-28
INTRODUÇÃO
• No tempo de Jesus havia uma diferença de opiniões entre os judeus, a
respeito da ressurreição.
• Enquanto os fariseus criam nela, os saduceus não criam (Mt 22.23; At
23.8). Quando Paulo falou a seu respeito em Atenas, enfrentou zombarias
(At 17.32).
• Para Celso, um dos mais antigos opositores do cristianismo, a doutrina da
ressurreição era objeto de escárnio.
• Orígenes defendeu a doutrina da ressurreição contra Celso e contra os
gnósticos, mas não acreditava que era o corpo sepultado que
ressuscitaria.
INTRODUÇÃO
• "No último dia, os que estiverem vivos não morrerão, mas serão
mudados; todos os mortos serão ressuscitados com seus mesmos
corpos, e não outros, embora com qualidades diferentes, e se
unirão novamente às suas almas, para sempre.
• Os corpos dos injustos serão, pelo poder de Cristo, ressuscitados
para a desonra; os corpos dos justos serão, pelo seu Espírito,
ressuscitados para a honra e para serem semelhantes ao próprio
corpo glorioso de Cristo" (CFW, XXXI.II e III).
INTRODUÇÃO
• Assim como a remissão dos pecados e uma das grandes promessas
da Palavra de Deus, também a promessa e a esperança da
ressurreição do corpo correspondem a verdades preciosas.
• A Igreja Cristã confessa: “Creio na ressurreição do corpo”. Essa
verdade foi anunciada no Antigo Testamento (Jó 19.25-27; SI
16.9-11; Ez 37.1-14; Dn 12.2). No Novo Testamento, o ensino
continua o mesmo (Jo 5.25-29; 11.24-25; 1Co 15.1-55; 1Ts 4.13-
16).
INTRODUÇÃO
• O primeiro evento depois do aparecimento de Cristo é a ressureição dos
mortos. Esse evento não é o resultado de uma evolução dos corpos em geral,
mas o efeito de um ato onipotente de Deus (Mt 22.29; 1Co 6.14; 15.38; 2Co
1.9).
• Deus, especialmente, realiza essa obra por meio do Seu Filho, a quem ele
concedeu “ter vida em si mesmo” (Jo 5.26; 6.27, 39, 44; 1Co 6.14; 2Co 4.14;
1Ts 4.14).
• Ele é a ressureição e a vida, o primogênito dos mortos (Jo 11.25; At 26.23; 1Co
15.20; Cl 1.18; Ap 1.5) e, portanto, deve necessariamente produzir a
ressurreição por si mesmo (Jo 6.39-40; 1 Co 15.20-23, 47-49).
INTRODUÇÃO
• No ministério de Jesus Cristo, ele não somente falou da
ressurreição, mas também demonstrou literalmente a
veracidade de seu ensino, ressuscitando vários mortos (Lc
7.11-17; 8.49-56; Jo 11.41-46).
• Ocaso de Lázaro foi especialmente notável, porque ele jazia
no túmulo havia quatro dias e a decomposição do corpo havia
começado (Jo 11.39).
INTRODUÇÃO
• No ofício fúnebre, o ministro diz: “Visto que o Onipotente Deus
foi servido, em sua providência, chamar para si a alma desta
pessoa, entregamos o seu corpo à terra, cinza à cinza, pó ao pó, na
segura e certa segurança da ressurreição para a vida eterna,
mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que transformará nosso
corpo, a fim de que ele seja semelhante a seu glorioso corpo,
segundo a obra poderosa pela qual pode sujeitar todas as coisas a
si mesmo’.
A Natureza da Ressurreição
• 1. É obra do Deus Trino
• A ressurreição é obra realizada pelo Deus Trino. Em alguns casos
se diz que Deus ressuscita os mortos, sem especificar pessoa
alguma (Mt 22.29; 2Co 1.9).
• Mas particularmente, porém, a obra da ressurreição é atribuída ao
Filho (Jo 5.21, 25, 28, 29; 6.38-40, 44, 54; 1Ts 4.16).
• Indiretamente, também aponta como obra realizada pelo Espírito
Santo (Rm 8.11).
A Natureza da Ressurreição

Apalavra grega traduzida para “ressurreição”, foi “anastasia”, que significa


literalmente “ficar de pé novamente” ou “levantar-se de novo”.

Somos levados a pensar em nossa ressurreição futura apenas como a


continuidade de existência pessoal, na alma, continuando num estado
consciente na presença de Deus, no céu, enquanto o corpo desintegra na
sepultura.

“Entretanto, a ressurreição diz respeito ao corpo físico, que


experimenta deterioração na sepultura, antes de levantar-se de
novo para a vida” (R.C. Sproul).
I. A Natureza da Ressurreição
• Um dicionário secular define ressurreição nestes termos: "Ato ou efeito
de ressuscitar; fazer voltar à vida; reviver". Entendemos que reviver
significa que o mesmo ser que morreu volta a viver. Se fosse diferente,
não seria uma ressurreição.
• Cristo demonstrou a natureza da ressurreição mediante seu poder sobre
os mortos. Vejamos os fatos. O filho único de uma viúva (Lc 7.11-17)
está num caixão, rumo ao cemitério.
• Mas Cristo intervém e diz: “Jovem, eu te mando: levanta-te”. E o relato
acrescenta: “Sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o
restitui a sua mãe”.
I. A Natureza da Ressurreição
• A filha de Jairo, uma menina de apenas 12 anos, é outro caso (Lc
8.49-56). Ela estava morta, seu espírito já saíra do corpo. Mas
Cristo entrou em cena e lhe disse, em alta voz: "Menina, levanta-
te!".
• E novamente a Bíblia registra: “Voltou-lhe o espírito, ela
imediatamente se levantou, e ele mandou que lhe dessem de
comer”.
• Eis o que é uma ressurreição: o espírito da menina voltou a possuir
o corpo e ela retornou à vida.
I. A Natureza da Ressurreição
• Temos o caso de Lázaro, em João 11.17-46. Esse foi mais difícil, pois o
corpo fora sepultado e a decomposição já começara, de maneira que
Marta exclamou: “Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias".
• Mas o procedimento foi o mesmo. Jesus veio e o morto, ao ouvir a
ordem, “Lázaro, vem para fora”, o que fez?
• A Bíblia responde: “Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as
mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço”.
• Ele fora entregue ao túmulo e, voltando a viver, saiu como entrara.
Essa é a natureza de uma ressurreição.
I. A Natureza da Ressurreição
• O processo será basicamente o mesmo, para cada um de nós, no dia da
ressurreição geral. Ao ouvir a ordem de Cristo, o mesmo corpo que
morreu (seja qual for a circunstância) voltará a viver.
• O apóstolo Paulo foi muito claro a respeito da ressurreição: “Se habita
em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos,
esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará
também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós
habita” (Rm 8.11).
I. A Natureza da Ressurreição
• E para silenciar os incrédulos que zombaram da doutrina da
ressurreição literal do corpo, perguntou: "Por que se julga incrível
entre vós que Deus ressuscite os mortos?" (At 26.8).
• A morte de Cristo não apenas salvou nossa alma, mas também remiu
nosso corpo (Rm 8.23). É esse mesmo corpo que reconhecemos que
será levantado e transformado no dia da ressurreição (Fp 3.21).
I. A Natureza da Ressurreição
• Nossa esperança espiritual depende da ressurreição: “Porque, se os
mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não
ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E
ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança
em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos
os homens” (1Co 15.16-19).
• Quando Paulo fala do "corpo espiritual" e diz que "carne e sangue não
podem herdar o reino de Deus", ele não diz que o corpo ressurrecto deixa
de ser físico e material em sua composição; ainda continua "corpo", algo
que é distinto de "espírito".
I. A Natureza da Ressurreição
• A Palavra diz: "Carne e sangue não podem herdar o reino de Deus". Essa
"carne" deve ser entendida como descritiva da fraqueza, corrupção e
desonra que caracterizam o corpo atual.
• O “corpo espiritual” é o corpo cheio do Espírito Santo, moldado e guiado
por ele. A preservação da identidade do corpo não interfere na
transformação que acontecerá pela ressurreição.
• Todos os defeitos causados pelo pecado serão definitivamente removidos. A
mortalidade e a corrupção causadas pelo pecado darão lugar à
incorruptibilidade, à semelhança da glória do corpo de Cristo (Fp 3.21).
• Enfim, será próprio àquele estado de bem-aventurança característico do céu.
I. A Natureza da Ressurreição
• Cristo nos redimiu integralmente, corpo e alma. Portanto, a
consumação da obra redentora de Cristo deve incluir a redenção do
corpo (Rm 8.11; Ef 1.13-14).
• Os santos entrarão no céu e desfrutarão eternamente de uma “herança
incorruptível, sem mácula e imarcescível”, baseados na integridade de
uma vida pessoal, reconstituída pela ressurreição (1Pe 1.4-9).
• Pela ressurreição, a morte, o último inimigo, será destruída. Esse será o
ato culminante de Cristo em sua regência de vitórias.
I. A Natureza da Ressurreição
• A salvação que se encontra em Cristo é condicionada por essa
esperança e, portanto, nesse estado atual, “aguardando a adoção de
filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23-24). Contudo, mesmo
agora, temos uma gratidão e alegria indizível enquanto aguardamos a
glória a ser revelada.
• Porque "quando este corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade,
e o que é mortal se revestir da imortalidade, então, se cumprirá a
palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória" (1Co 15.54).
• O pessimista contradiz a fé cristã, porque não conhece nada da
esperança do verdadeiro cristão.
I. A Natureza da Ressurreição
• 87. Que devemos crer acerca da ressurreição? (CM)
• Devemos crer que no último dia haverá uma ressurreição geral dos
mortos, dos justos e dos injustos; então os que se acharem vivos serão
mudados em um momento, e os mesmos corpos dos mortos, que têm
jazido na sepultura, estando então novamente unidos às suas almas para
sempre, serão ressuscitados pelo poder de Cristo. Os corpos dos justos,
pelo Espírito e em virtude da ressurreição de Cristo, como cabeça
deles, serão ressuscitados em poder, espirituais e incorruptíveis, e feitos
semelhantes ao corpo glorioso d’Ele; e os corpos dos ímpios serão por
Ele ressuscitados para vergonha, como por um juiz ofendido.
II. O Tempo da Ressurreição
• Cremos na ressurreição do corpo. Mas quando será esse acontecimento
maravilhoso? O ensino da Bíblia é muito claro. A ressurreição
acontecerá na segunda vinda de Jesus Cristo, ou seja, na consumação
dos séculos.
• As parábolas sobre o reino de Deus ensinam que, na consumação dos
séculos, Cristo voltará.
• Nesse dia haverá uma ressurreição geral, e todas as nações e pessoas,
individualmente, tanto as justas quanto as ímpias, serão reunidas para
serem julgadas segundo o bem ou o mal que tiverem feito por meio do
corpo (Mt 13.40,49; 24.30-31; 25.31-32; 2Co 5.10).
II. O Tempo da Ressurreição
• Há uma série de outros textos que identificam a consumação dos séculos,
a segunda vinda de Cristo e a ressurreição geral como acontecimentos
praticamente simultâneos (Jo 5.25-29; 6.39-40,44; 11.24-25; 1Co 15.1-
58; Fp 3.20; 1Ts 4.13-17; 2Ts 1.7-9; 2Tm 4.1).
• 4.13-17; 2Ts 1.7-9; 2Tm 4.1).
• Em João 5.29 temos a ressurreição da vida e a ressurreição do juízo. A
passagem não fala de duas ressurreições separadas e distintas.
• Há uma só ressurreição geral, quando todos, justos e ímpios, estarão
reunidos perante o trono de Cristo.
• Porém, para alguns, o resultado do julgamento será vida, enquanto, para
outros, a sentença final será condenação (Dn 12.2; Mt 25.46).
Conclusão
• As Escrituras Sagradas não deixam nenhuma margem de dúvida quanto
à realidade da ressurreição dos justos e injustos (Jo 5.28-29; At 15.26).
A ressurreição dos injustos não recebe tanta explanação quanto a dos
justos, porque o interesse específico das Escrituras é a ressurreição para
a vida e salvação. A ressurreição de Cristo é fundamental na plena
realização do plano da salvação. O corpo dos justos será ressuscitado
em poder, espiritual e incorruptível, e feito semelhante ao corpo
glorioso de Cristo; o corpo dos ímpios será ressuscitado para desonra,
como por um juiz ofendido.
Aplicação
• O apóstolo Paulo disse: “A trombeta soará, os mortos ressuscitarão
incorruptíveis”, vivos para todo sempre (1Co 15.52). Estamos cientes de
que essa eternidade pode ser para o castigo eterno ou para a vida eterna?
• Durante o discurso de Paulo em Atenas, muitas pessoas o ouviram com
boa mente. Porém, quando ele falou da ressurreição dos mortos, algumas
escarneceram.
• Por que essa rejeição a uma verdade tão preciosa? Será que o juízo que a
segue explica alguma coisa? Muitas vezes a zombaria é uma fuga
decorrente do medo.

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