Você está na página 1de 41

SISTEMA NEUROLÓGICO

Paulo Almeida
CONSTITUIÇÃO DO
SISTEMA NERVOSO
CENTRAL

O sistema nervoso central é constituído


pelo Encéfalo e Espinal –medula.

O Encéfalo é definido como o conjunto ao


qual fazem parte o cérebro, cerebelo e o tronco
cerebral ou tronco encefálico, constituindo a
parte superior do sistema nervoso. Ele possui
35 bilhões de neurónios e pesa
aproximadamente 1.4 Kg.
FUNÇÃO DO
No Sistema Nervoso central, chegam as
SISTEMA informações relacionadas aos sentidos (audição, visão,
olfato, paladar e tato) e é dele que partem ordens
NERVOSO
destinadas aos músculos e glândulas.
CENTRAL
CÉREBRO

O Cérebro é a porção mais maciça e o principal


órgão do Sistema Nervoso. Este é responsável por
comandar ações motoras, estímulos sensoriais e
atividades neurológicas como a memória, a
aprendizagem, o pensamento e a fala.

O fluxo sanguíneo no cérebro é bastante


elevado, superado apenas pelos rins e coração.
CÉREBRO

O cérebro é formado por duas metades, os


hemisférios direito e esquerdo, separados por uma
fissura longitudinal.

Os hemiféricos:

 Trabalham em conjunto, mas com funções


distintas.

 O hemisfério direito controla o lado esquerdo do


corpo e o hemisfério esquerdo controla o lado
direito.
AT I V I D A D E S “ P R E P O N D E R A N T E S ” N O S
HEMISFÉRIOS CEREBRAIS:

ESQUERDO DIREITO

 Linguagem;
 Visualização;
 Imaginação;
 Raciocínio;
 Emocional;
 Lógico;
 Criatividade;
 Pensamento analítico;
 Intuição;
 Sequencial e temporal;
 Raciocínio;
 Lógica;  Espacial;
 Linear.  Música e ritmo.
HEMISFÉRIOS
CEREBRAIS

Cada hemisfério cerebral possui quatro pólos ou lobos: frontal, temporal, parietal e occipital.
CEREBELO

Situado atrás do cérebro está o


cerebelo, que é um centro de controle dos
movimentos iniciados pelo córtex motor
(possui extensas conexões com o cérebro e
a medula espinal).

 Equilíbrio corporal.

 Controle do tônus muscular.

 Aprendizagem motora.
TRONCO CEREBRAL
OU ENCEFÁLICO

É uma área do encéfalo que fica entre o


tálamo e a medula espinal. Possui várias
estruturas como o bulbo, o mesencéfalo e a
ponte. Algumas destas áreas são responsáveis
pelas funções básicas para a manutenção da vida
como a respiração, o batimento cardíaco e a
pressão arterial.
O TRONCO ENCEFÁLICO É CONSTITUÍDO
POR:

MESENCÉFALO: PONTE:
 Movimentos oculares;  Sono;

 Audição;  Respiração;

 Prazer;
 Deglutição;

 Controlo da bexiga;
 Sono/vigília;
 Equilíbrio;
 Alerta;
 Paladar;
 Regulação de temperature.
 Expressões faciais;

 Postura.
O TRONCO ENCEFÁLICO É CONSTITUÍDO
POR:

BULBO:
Centros: Regula a:

Cardíacos. Frequência cardíaca.

Respiratórios. Respiração.

Vasomotores. Pressão arterial.


MEDULA ESPINAL

A Medula Espinhal é a parte mais alongada do Sistema Nervoso


Central.

É constituída por células nervosas que transportam as mensagens de


entrada e de saída entre o cérebro e o resto do corpo.
COLUNA VERTEBRAL

 Vertebras compõem a coluna vertebral.

 As vertebras protegem a medula espinhal,


uma estrutura longa e frágil, situada no
interior da coluna vertebral.

 Entre as vertebras, encontram-se discos,


compostos de cartilagem, que servem de
amortecedores para a coluna vertebral.
MENINGES

O Cérebro e a Medula Espinhal são


revestidos por três membranas, as
meninges.

• Dura-máter.

• Aracnoide.

• Pia-máter..
CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
PERIFÉRICO

 Nervos: Cranianos e espinhais;

 Gânglios;

 Terminações nervosas.
Cranianos – São os nervos ligados ao encéfalo. Possuímos
doze pares de nervos cranianos, responsáveis pela intervenção dos
órgãos dos sentidos, dos músculos e glândulas da cabeça, e

NERVOS: também de alguns órgãos internos.

Espinais – Dispõem-se em pares ao longo da medula, um par


CRANIANOS por vértebra. Cada nervo do par liga-se lateralmente à medula por
meio de duas “raízes”, uma localizada em posição mais dorsal e
E ESPINAIS outra em posição mais ventral. A raiz dorsal de um nervo espinal é
formada por fibras sensitivas e a raiz ventral, por fibras motoras.
GÂNGLIOS

Na raiz dorsal de cada nervo espinal há


um gânglio, o gânglio espinal, onde se
localizam os corpos celulares dos neurónios
sensitivos. Já os corpos celulares dos
neurónios motores localizam-se dentro da
medula, na substância cinzenta. Os nervos
espinais ramificam-se perto da medula e os
diferentes ramos enervam os músculos, a pele
e as vísceras.
F U N Ç Õ E S D O S I S T E M A PA R A S S I M P Á T I C O E
SIMPÁTICO

Ambos são partes do sistema nervoso autónomo que é responsável pelas ações
espontâneas do corpo , como respiração, batimentos cardíacos, digestão, controle da
temperatura corporal, entre várias outras funções.
O sistema nervoso simpático é
responsável por preparar o organismo para
SISTEMA responder a situações de stress e emergência,
assim deixa o individuo em estado de alerta,
SIMPÁTICO preparado para reações de luta e fuga.
SISTEMA SIMPÁTICO

Desencadeia uma serie de ações internas como:

 Aumenta os batimentos cardíacos;  Dilatação das pupilas para melhorar o sentido de


visão;
 Liberta adrenalina;
 Contração de vasos sanguíneos;
 Aumenta a pressão arterial;
 Aumento da contração do esófago;
 Contrai e relaxa os músculos;
 Transpiração;
 Dilatação das passagens dos brônquios, para
maior retenção de oxigénio;
 Sensação de calor, frio e de dor.
O sistema nervoso parassimpático tem a
função de fazer o corpo retomar a um estado
emocional estável e de calma, além de
controlar alguns sistemas e ações não
conscientes, como a respiração. O individuo
retorna ao estado de calma em que se
SISTEMA encontrava antes da situação stressante.

PA R A S S I M P Á T I Irá diminuir os batimentos cardíacos, a


pressão arterial, a adrenalina e o açúcar
CO presente no sangue.
Além de acalmar o corpo vai retorná-lo a
um estado emocional estável. Tem igualmente
a função de conservar a energia do organismo.
Juntamente com o sistema simpático, também
controla as pupilas.
S I S T E M A PA R A S S I M P Á T I C O

Mas este sistema não funciona só para acalmar. Controla diversas áreas do corpo humano
e ações involuntárias, que não acontecem de forma consciente. Como:

 Sistema cardiovascular;

 Sistema excretor;

 Digestão;

 Excitação sexual;

 Respiração;

Sem o sistema nervoso autónomo, dividido em simpático e parassimpático, o ser humano


não seria capaz de responder a situações de perigo.
NEURÓNIO. QUANTOS EXISTEM NO NOSSO
CORPO?

86 bilhões é o número de neurónios que existem no cérebro humano. Apesar dessa


quantidade imensa, até agora, achava-se que essas células fossem iguais umas às outras.
Mas um estudo da Universidade da Califórnia acabou por revelar que nós temos pelo menos
16 tipos diferentes de neurónios.

Se os pesquisadores conseguirem desvendar as funções diferentes das diversas


“espécies” de neurónios , poderiam criar um mapa do cérebro saudável, que serviria como
controle para os médicos diagnosticarem os pacientes de forma mais precisa.

Os médicos poderiam tratar melhor os seus pacientes com Alzheimer, Parkinson,


depressão, e esquizofrenia e quem sabe prevenir essas doenças.
Durante décadas, foi uma verdade
assumida por todos de que o ser humano nasce
O NEURÓNIO com um número finito de neurónios que se vão
degradando e nunca são substituídos. Mas
REGENERA-SE? nenhuma verdade é absoluta. A ciência provou
que a produção de neurónios também é uma
COMO realidade em outras idades e momentos do ciclo
COMUNICAM de vida, não apenas durante o estágio
embrionário. É o processo conhecido como
ENTRE SI? neurogénese adulta.
Contudo, existem hábitos que
promovem a criação de
O NEURÓNIO
REGENERA-SE?
neurónios, ou seja através de
COMO estilo de vida saudáveis
COMUNICAM (alimentação cuidada, exercícios
ENTRE SI? físicos, sexo, stress e ansiedade
sob controlo, mente ativa).
COMO OS NEURÓNIOS COMUNICAM ENTRE SI

Os neurónios comunicam uns com os outros em pontos de contacto chamados


sinapses. Numa sinapse, um neurónio envia uma mensagem para um neurónio alvo – uma
outra célula.

Sinapse é uma região onde há a comunicação entre os neurónios, entre os neurónios e


músculos e entre neurónios e glândulas. Na sua maioria a transmissão de informação é
possível graças à presença de neurotransmissores, que são mensageiros químicos.
COMO OS NEURÓNIOS COMUNICAM ENTRE SI

Na sinapse química, o impulso nervoso


(sinal eléctrico) de um neurónio pré-sináptico é
transformado em sinal químico, que atua na
célula pós-sináptica.

Existem ainda as sinapses elétricas onde as


correntes elétricas fluem diretamente de um
neurónio a outro.
FUNÇÕES ESPECÍFICAS DOS NEURÓNIOS

Como existe um conjunto de diferentes neurónios, estes têm a função de que


todas as entradas do ambiente sejam traduzidas e processadas.

Vários grupos de neurónios estão em atividade ao mesmo tempo para


que possamos respirar, ouvir, engolir, ver, etc.
FUNÇÕES ESPECÍFICAS DOS NEURÓNIOS

Os neurónios são células excitáveis, ou seja, conseguem responder a estímulos


com modificações da diferença de potencial elétrico na membrana celular.

É por impulso nervoso que os neurónios conseguem transmitir informações de


um neurônio para o outro, ou ainda, para as glândulas ou músculos. Assim sendo o
neurónio atua garantindo a receção e transmissão de informações.
NEURÓNIOS

Corpo Celular: constituído por núcleo, onde ocorre a


síntese proteica da célula;

Axónio (fibra nervosa): é responsável pela condução


do impulso nervoso, pode ser ou não revestido por mielina
(bainha axonial);

Dendritos: prolongamentos nervosos, em forma de


ramificações que emergem do final do axónio, sendo por
vezes responsável pela comunicação entre neurónios,
através das sinapses.
O QUE SIGNIFICA
A SIGLA TCE?

A sigla significa Trauma


Cranioencefálico.

Ocorre quando uma força externa causa


um ferimento traumático no cérebro.

A fisiopatologia da lesão cerebral pode


ser pode ser dividida em duas categorias:
lesão primária e a lesão cerebral secundária.
Lesão cerebral primária:

Corresponde a lesões que ocorrem no momento do


trauma. Essas lesões são decorrentes da transferência de
uma energia externa para a região intracraniana e podem
TRAUMA
estar relacionadas a diversos mecanismos, incluindo o
CRANIOENCEFÁ
impacto directo; aceleração ou desaceleração rápida;
LICO
ferimentos penetrantes ou ondas de explosão.

Como resulltado, o paciente pode apresentar


contusões focais diversas, hematomas, desorientação
T/E, cefaleias intensas e por vezes vómitos..
Contusões focais:

Estão presentes em até 30% dos casos em pacientes


com TCE. Os locais de ocorrência mais comuns são os
lobos temporais e frontal, que são as regiões mais
TRAUMA
vulneráveis quando há impacto directo.
CRANIOENCEFÁ
LICO Essas lesões podem evoluir em horas ou dias, para
um hematoma intraparenquimatoso com efeito de
massa suficiente para exigir rápida intervenção
cirúrgica.
Hematomas aparecem quando a força
externa é distribuída pelas superfícies
cerebrais mais superficiais e podem ser de
três tipos:
 Hematoma Epidural – sangue no espaço

TRAUMA epidural devido a lesões nas artérias


meníngeas. Lesões extremamente raras.
CRANIOENCEFÁ
Localizadas na região temporoparietal.
LICO
 Hematoma Subdural – localizado no
H E M AT O M A S espaço subdural e presente em até 30%
dos pacientes com TCE. São lesões
mais graves.
 Hemorragia Subaracnóide (HSA) –
sangramento que ocorre no espaço
subaracnoídeo.
Lesão Axonal Difusa – também chamada de lesão
por cisalhamento, costuma ocorrer após impactos de
alta velocidade ou em mecanismos de desaceleração, e
TRAUMA corresponde a múltiplas hemorragias pontilhadas
CRANIOENCEFÁ localizadas nos hemisférios cerebrais, principalmente
LICO nos limites entre a substância cinzenta e branca.

Estas lesões apresentam um prognóstico bastante


reservado.
TA C

A tomografia computorizada do crânio ou craniana – TAC, é um exame que auxilia o


médico no diagnóstico de diversas patologias ou doenças.

Exemplos:
 Acidente vascular cerebral (AVC);  Doença de Parkinson;
 Aneurisma (do cérebro)  Esclerose Múltipla;
 Tumores benignos ou malignos (cancro);  Epilepsia;
 Doença de Alzheimer;  Meningite.
TA C

Em sinais ou sintomas:

 Dor de cabeça; • Alterações sensitivas;

 Náuseas, vómitos; • Convulsões;

 vertigens; • Alterações no paladar;

 Tonturas; • Diplopia (visão dupla);

 Alterações motoras; • Distúrbios emocionais.

 Fraqueza muscular;
C R I A N Ç A S , D E V E M O U N Ã O FA Z E R TA C ?

Excesso de tomografias computorizadas na infância pode


triplicar os riscos de cancro no cérebro ou leucemia, aponta um
estudo feito pela Universidade de Newcastle, na Grã-Bretanha.
Apesar dos resultados encontrados, de forma geral os
benefícios do exame sobrepõem-se aos riscos e que na avaliação
final é necessário limitar ao máximo o número de repetições.
Existe um risco muito maior em não fazer uma tomografia quando
não solicitada. Só em casos de acidentes graves, para investigar
lesões internas, em casos de doenças pulmonares e muitas outras
situações.
C R I A N Ç A S , D E V E M O U N Ã O FA Z E R TA C ?

Os investigadores ainda levam muito a sério a ligação entre repetidas tomografias


computadorizadas e o aumento do risco destes tipos de cancro entre crianças e jovens,
mas com os dois tumores ainda sendo raros, o risco absoluto permanece baixo.

A dose de radiação recebida por uma pessoa num exame de TAC pode equivaler ao
que recebe durante 3 anos no ambiente onde vive. Para limitar ao máximo os potenciais
riscos de radiação – que são muito pequenos – são tomadas particulares precauções no
caso das crianças e jovens.
FIM

Você também pode gostar