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Modulo 3 Tecnologia alimentar

TURISMO
OBJECTIVOS
 Identificar os principais marcos históricos da história
do turismo em Portugal e no mundo;
 Identificar os diferentes recursos turísticos e formas de
usufruir dos mesmos sem os prejudicar;
 Classificar os diferentes tipos de turismo a nível
mundial, realçando os mais importantes e estratégicos para o
nosso país;
 Descrever as funções das empresas relacionadas com a
actividade, tais como agências de viagens, operadores
turísticos, postos de informação, empresas de animação, etc.
OBJECTIVOS
 Identificar os principais destinos turísticos a nível
nacional e internacional;
 Descrever os impactos do turismo na economia e no
ambiente;
 Descrever a importância da sustentabilidade do turismo,
de forma a garantir a sua qualidade futura;
 Interpretar dados estatísticos relacionados com o
turismo;
 Identificar a terminologia de turismo e viagens utilizada
universalmente.
DAS ORIGENS DO FENÓMENO TURÍSTICO AO TURISMO NA
SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

 O que é um Paradigma?
Paradigma (do grego Parádeigma) literalmente modelo, é a
representação de um padrão a ser seguido.
 Antes da sua concretização é encarado como um

pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um


conhecimento que origina o estudo de um campo
científico; uma realização científica com métodos e
valores que são concebidos como modelo; uma referência
inicial como base de modelo para estudos e pesquisas.
BREVE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TURISMO

O Turismo na Idade Média.


 Com o desenvolvimento dos Correios (Mala

Posta) no séc. XVI, foi estabelecida ligação entre


as principais cidades europeias.
 Seguindo os percursos do correio, várias estações

de muda, onde se intercalavam em locais


estratégicos.
 troca de cavalo estafado por um descansado,
fornecimento de comida e bebida ao cavaleiro e,
por vezes um pequeno repouso).
BREVE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TURISMO
 Os viajantes começaram a seguir estes percursos
da “Mala Posta”. Os caminhos eram os melhores
e mais seguros.
 Foram instalando-se nas imediações destes
pontos de passagem algumas práticas de
comércio paralelo bem como diversos ofícios de
apoio aos viajantes, tais como, correeiros,
ferreiros, sapateiros, entre outros.
TURISMO NO SÉCULO XIX
 O Turismo propriamente dito, só surgiu no século
XIX com as Viagens dos estudantes ingleses às
principais capitais da cultura europeia.

Giovanni Paolo Panini.


TURISMO NO SÉCULO XIX
 Em Inglaterra, os proprietários e comerciantes
mais ricos foram adquirindo o hábito de oferecer
uma viagem aos filhos quando estes terminavam
os estudos.
 Esta viagem turística destinava-se a completar a
formação universitária, proporcionando-lhes a
aprendizagem no “grande livro da Vida”.
TURISMO NO SÉCULO XIX
 Os circuitos mais usuais para estes estudantes
eram:

 Grand Tour

 Petit Tour
O “GRAND TOUR”
 Viagem que os ingleses realizavam no continente
europeu para complemento da sua educação.
O “PETIT TOUR”
Época do Turismo de Luxo
 O caminho-de-ferro veio dinamizar

significativamente os transportes por terra.


 Este meio de transporte tornou possível a uma

larga camada da população mais endinheirada


e culta, viajar rápida e comodamente, entre as
principais cidades europeias.
 Assim, começou a florescer um mercado
significativo e promissor de nobres e burgueses,
habituados ao luxo, que não se contentavam em
ficar hospedados em casas de amigos e muito
menos nas estalagens rudimentares da época.
 Surgiram os primeiros Hotéis Palace nas
principais cidades europeias.
 Estes hotéis prezavam pelo requinte .
 Equipamentos luxuosos
 Exemplo disso era a existência de água
canalizada e quente, torneiras com acabamentos
em ouro, salas de jantar e de convívio com estilos
muito exuberantes.
SÉC. XIX , FACTOS RELEVANTES:

 1822: 1ª agência de viagens ( R. Smart, Bristol)


 1830: Primeiros grandes hotéis ( Ritz ,
Carlton, ...)
 1840 : Agência Abreu (Portugal)
 1841: Thomas Cook & Son : 1ª viagens
organizadas
 1850: Wells Fargo American Express (travellers
cheques)
Industrialização.
 Disciplina laboral inédita ( definição dos

ritmos das tarefas)


 Separação do tempo de trabalho e não -

trabalho
 Nova concepção do tempo
Ciclos naturais:
Dia/noite
Estações do ano

Regido pelas necessidades de produção:


horário laboral.
GRANDES ESTÂNCIAS TURÍSTICAS (FINAIS SEC. XIX, INÍCIO
SEC. XX):

 Estâncias termais: Vichy e Évian (França) ; Ischia


e Abano (Itália);

 Estâncias de montanha: St. Moritz, Chamonix,


Interlaken, Davos, Val d’Aosta;

 Estâncias balneares marítimas: Riviera,


Deauville, Biarritz, Miami.
TURISMO NO SÉCULO XX.
 O Turismo no inicio do século XX, entre 1900 e
1914 teve um crescimento muito lento e que foi
interrompido pela 1ª Guerra Mundial. No pós-
guerra existiu um acréscimo do turismo que viria
a ser interrompido pela crise económica mundial
em 1929, dando-se a estagnação do Turismo.
 Entre 1933 e 1937 surge uma nova ascensão no
turismo que viria a ser completamente paralisado
com a 2ª Guerra Mundial de 1939 a 1945.
 A partir de 1950, no pós guerra regista-se um
novo marco na evolução do Turismo, como um
fenómeno que se ia generalizando e tornando
mais acessível a uma franja cada vez maior da
classe média, nos países ocidentais.
 Após a reconstrução e recuperação económica
dos países europeus mais devastados pela guerra,
ou seja, Alemanha, Inglaterra e França.

 Verificaram-se alterações importantes na


sociedade, na economia, na técnica e na política
que motivaram uma rápida expansão do turismo
na Europa e no Mundo.
INÍCIO SEC. XX, FACTOS RELEVANTES:
 Maior democratização das sociedades e novos
conceitos de vida
 Reivindicações sindicais
 Reconhecimento do princípio das férias pagas
( Áustria em 1910, França em 1936 , Portugal em
1937 embora com aplicação a todos os
trabalhadores apenas em 1975)
 Diminuição do tempo de trabalho.
O AUMENTO GENERALIZADO DO PODER DE COMPRA DAS FAMÍLIAS

 As mulheres que haviam sido o sustentáculo da


economia durante a guerra, dificilmente
deixavam agora os seus empregos para os
homens regressados do confronto. Após a
reabilitação das economias europeias e com a sua
forte dinamização, todos (homens e mulheres)
acabaram por conseguir um lugar no sistema
produtivo.
 A grande diferença estava em que agora, o
rendimento das famílias era substancialmente
maior, não só devido à crescente melhoria dos
salários e regalias sociais, mas atendendo a que a
mulher contribuía directamente para esse
rendimento com o seu salário.
A INFLUÊNCIA DOS SINDICATOS PARA A EVOLUÇÃO DAS
CONDIÇÕES DA CLASSE TRABALHADORA

 Os sindicatos, as comissões e outros grupos de trabalhadores iniciaram


um processo de reivindicações e, os empresários e os governos foram
forçados a satisfazer exigências tais como:
 Redução do horário de trabalho (de 12, 14 e 16 horas para 8 horas diárias,
6 dias por semana);
 A semana-inglesa (descanso ao domingo e sábado à tarde e,
posteriormente dois dias de descanso semanal);
 As férias pagas;
 O subsídio de Natal;
 O aumento generalizado de regalias sociais e de apoio à família como, as
reformas por velhice ou invalidez, o subsídio de doença, a assistência
médica e medicamentosa gratuita e/ou comparticipada, os subsídios de
casamento, nascimento e funeral, o abono de família, etc.;
 Mas, foi sem dúvida o aparecimento das viagens
de avião que impulsionaram o fenómeno turístico
ao nível mundial, pois em poucas horas passou a
ser possível chegar onde antes demorava
semanas. Os preços acessíveis dessas viagens
transformaram o turismo de luxo em turismo de
massas.
 1973/1978 – A crise mundial do petróleo vai provocar consequências
de forma localizada. A nível mundial o Turismo não diminuiu, no
entanto, na Europa foi dramático.
 1979/1986 – Período de recuperação, procura de novos destinos
turísticos e surgimento de novos produtos.
 1990/1991 – Guerra do Golfo, instalou-se o medo e a desconfiança
em viajar, aumento do petróleo, entrada em recessão.
 1996/2000 – Período de grande crescimento turístico.
 2001 – Vaga de atentados aos EUA, início da recessão turística nas
viagens de longa distância.
 2010 – Crise económica vivida na Europa, faz com que o turismo
abrande, e as pessoas façam férias no próprio Pais
CONCEITOS BÁSICOS DE TURISMO.
 Consiste numa forma simplista, na;
 “Actividade económica decorrente dos
movimentos turísticos”
A PRIMEIRA DEFINIÇÃO DE TURISMO
 “ É o conjunto de relações e fenómenos
originados pela deslocação e permanência de
pessoas fora do seu local habitual de residência,
desde que tais deslocações e permanências não
sejam utilizadas para o exercício de uma
actividade lucrativa principal.
Hunziker e Kraft, 1942.
O QUE É O TURISMO?
 É um dos mais relevantes sectores da actividade económica;
 Contribui para a criação de riqueza e melhoria do bem-estar dos
cidadãos. Como?

 Criação de produção e emprego


 Investimento e inovação (promoção)
 Estimula o desenvolvimento de infra-estruturas colectivas.
 Favorece a preservação do ambiente.
 Favorece a recuperação do património histórico e cultural.
 Favorece o desenvolvimento regional
 Satisfaz necessidade dos indivíduos.
DEFINIÇÃO DA OMT (1991)
 “O turismo compreende as actividades
desenvolvidas pelas pessoas ao longo das viagens
e estadas em locais situados fora do seu
enquadramento habitual, por um período
consecutivo que não ultrapasse um ano, para fins
recreativos, de negócios, ou outros”.
Efeitos positivos Efeitos negativos

Económicos Emprego Aumento dos preços

Sociais Aumento da formação Perda de identidade

Religiosos Aculturação Desrespeito

Ambientais Criação de zonas Poluição


protegidas
FORMAS DE TURISMO
Turismo interior:
 Turismo que se produz entre dois ou mais países, ou seja, que transcende as fronteiras nacionais.

Turismo exterior:
 Corrente turística que se desloca de uma zona geográfica a outra, dentro do próprio território nacional.

Turismo individual:
 Forma-se através do conjunto de turistas que viajam de forma individual e cuja viagem foi organizada
particularmente ou através de uma agência de viagens.

Turismo de Massas:
 É o conjunto de turistas que viajam em grupo ou massificadamente, organizadas por agências de viagens ou
operadores turísticos, com preços mais baratos ou mais competitivos.
TURISMO DE ESTADIA:

 É aquele que desenrola as suas actividades


turísticas ao longo de um itinerário e que se
compõe em estadias curtas em diferentes pontos
geográficos.
 Baseia-se na permanência prolongada das
viagens num determinado lugar geográfico.
TURISMO SEGUNDO A ORIGEM DOS VISITANTES

 Turismo Doméstico ou Interno:


 •Resulta das deslocações dos residentes de um
país, quer tenham ou não a nacionalidade desse
país, unicamente no interior do próprio país. Os
residentes em Portugal que se deslocam dentro
das fronteiras do país
TURISMO SEGUNDO A ORIGEM DOS VISITANTES

 Turismo Receptor: (inbound tourism)


 •Abrange as viagens a um país por residentes
noutro ou noutros países, independentemente da
nacionalidade que possuírem: inclui todas as
visitas que os residentes no estrangeiro efectuam
em Portugal
TURISMO SEGUNDO A ORIGEM DOS VISITANTES

 Turismo Emissor: (outbound Tourism)


 •É o Turismo que respeita às viagens dos
residentes num dado país a outro ou outros
países: abrange as visitas que, todos quantos
residem em Portugal, efectuam a qualquer país
estrangeiro.
DEFINIÇÃO E CONCEITO DE TURISTA
 Em 1950 a preocupação é mais individualista. A U.I.O.O.T –
União Internacional dos Organismos Oficiais do Turismo revê
as definições anteriores e já incluem os estudantes como
turistas.

 Em 1963, a ONU cria uma figura nova, a figura de visitante


para fins estatísticos. E que é a pessoa que visita o país, cidade
ou região e que não venha com motivação para ocupar um
lugar remunerado. O visitante dá origem ao excursionista.
 Excursionista é todo aquele que permaneça menos de 24 horas
no local e que viaje com base num itinerário
TURISTA INTERNO / TURISTA EXTERNO
 O Turista interno é a pessoa que pratica turismo,
sob várias formas, dentro dos limites geográficos
de um país pelos nacionais desse mesmo país.
 O Turista externo é a pessoa que passa as
fronteiras administrativas de um país, logo por
um período de tempo superior a 24 horas
 Existe uma relação e interdependência entre
Turismo Interno e Turismo Internacional, porque
este último não é suficientemente viável. Daí a
necessidade de promover o Turismo Interno, com
particular incidência num repartir das férias
anuais, de forma a compensar a forte
sazonalidade do Turismo Internacional e a
permitir uma maior rentabilidade da utilização
das infra-estruturas criadas
 Para o receptor e as diversas empresas ou entidades que constituem a
oferta turística, não se trata de lazer ou ocupação de tempos livres mas
de um trabalho, uma fonte de lucro e um motivo de interesse para os
investidores e empresários.

 Que tipo de turismo queremos praticar?


 Desenvolvimento da região.
 Riqueza da cultura e seu enraizamento nas populações locais;
 Mentalidade dos locais face aos estrangeiros;
 Tipo de alojamento e sobretudo o grau de integração na população local;
 Volume da frequência turística e sua concentração no tempo e no espaço;
 Características socioeconómicas e hábitos turísticos da região emissora.
OFERTA TURÍSTICA
 É a diversidade de elementos naturais e construídos/artificiais
de uma região específica e que lhe permite desenvolver a
actividade turística. Tal como é também o conjunto de todos
os produtos/serviços turísticos que se encontram disponíveis
para os consumidores desta actividade.

 Abrange uma vasta matéria. Desde as condições climatéricas,


geográficas, fauna e flora, elementos históricos, culturais e
religiosos, inerentes aos ecossistemas humanos, como
também enquadram, os meios de comunicação, hospedagem,
de segurança, entre outros.
 RELATIVAMENTE À OFERTA:
 nº de estabelecimentos e categoria dos
alojamentos
 nº de quartos, camas
 recursos turísticos
 infra-estruturas básicas
 animação e ocupação de tempos livres
 empresas de comercialização turística
PROCURA TURÍSTICA
 Para além da existência de tempo disponível para férias,
de rendimento adequado às férias pretendidas e de
vontade de viajar, há outros elementos, uns racionais
outros caprichosos que influenciam a procura turística.

 Como já referi, em todos os países geradores de turismo


internacional há uma percentagem da população que não
tem possibilidade de viajar ao estrangeiro, por razões de
ordem socioeconómica e política.
 A actividade turística não se limita às deslocações
de pessoas entre vários países e regiões. É
necessário avaliar os efeitos múltiplos produzidos
pelo turismo.
 •Recolha permanente de informação - tratamento
da informação
RELATIVAMENTE À PROCURA:

 •nº visitantes/turistas
 •nº hóspedes
 •nº dormidas
 •origem dos visitantes
 •meios de transporte utilizados
 •motivos da viagem
 •características pessoais e profissionais
 •receitas e despesas.
 A procura turística pode dividir-se em Potencial e Real.

 A Procura Potencial é constituída pelo número de pessoas que preenchem as


condições básicas para viajar e, portanto, estão em condições de o fazer.

 A Procura Real, por outro lado, representa os que efectivamente viajam para
um determinado destino turístico. A diferença quantitativa entre a procura
potencial e a procura real constitui o campo de actuação do “marketing”.

 Por exemplo, o Carlos pretende fazer férias, mas ainda não sabe o local.
Cuba México

Esta procura define-se como procura potencial.

Quando o Carlos define que quer ir para o México, a quando define passa a procura
real.
PREVALÊNCIA DA PROCURA
 Chave da concorrência entre as ofertas turísticas
reside na capacidade de resposta perante as
necessidades dos consumidores
 Paradigma da Economia da Procura
 Surgiu assim o conceito de Qualidade Total na
década de 50 relativo às actividades económicas
em geral (Peso, Duração, Resistência, Rapidez de
Funcionamento
CARACTERÍSTICAS DA PROCURA TURÍSTICA:

 Elasticidade
 A procura é elástica quando é muito sensível à
variação dos preços, ou seja, dada uma pequena
redução destes se produzirá um aumento mais
que proporcional nas quantidades procuradas.
 A procura é rígida ou inelástica quando as
quantidades procuradas variam muito pouco
perante variações muito fortes dos preços.
SENSIBILIDADE

 O Turismo é sensível a condições sociopolíticas


e a modificações na moda das viagens.
 O mesmo se passa com o clima político, se não
existem boas relações políticas com o seu próprio
país os turistas também são invadidos pela
sensação de que não são bem recebidos nesse
país
SAZONALIDADE

 Constitui igualmente, um factor que afecta


profundamente a procura turística, pelas épocas altas e
baixas que provoca. Isto resulta das condições
climáticas naturais nos países geradores de turismo e
de factores institucionais tais como as férias escolares
no Verão, generalização das férias de trabalho em
Agosto e férias de Natal e Páscoa, o que provoca
grandes concentrações nesses períodos e não permite
distribuir regularmente os movimentos turísticos ao
longo do ano.
 “Não é fácil definir turista, pois trata-se de um
indivíduo em viagem cuja decisão foi tomada
com base em percepções, interpretações,
motivações, restrições e incentivos e representa
manifestações, atitudes e actividades, tudo
relacionado com factores psicológicos,
educacionais, culturais, étnicos, económicos,
sociais e políticos”.
CICLO DE VIDA DO PRODUTO TURÍSTICO
 O Produto Turístico, como qualquer outro, está
sujeito às regras do ciclo de vida, em termos
técnico-económicos, que evoluem desde o
nascimento até á maturidade e à extinção, na
óptica de utilidade, satisfação das necessidades
da procura e rendibilidade.
 Quando um novo produto é introduzido, as suas
vendas crescem devagar numa primeira fase. Se os
clientes vão ficando satisfeitos, as vendas aceleram
durante algum tempo, estabilizando depois durante um
período até que a saturação dos consumidores, novas
necessidades, novas atitudes, os efeitos da
concorrência e a obsolescência tecnológica começam a
fazer-se sentir no ritmo das vendas, que vão
declinando até ao produto ou serviço deixar de ter
interesse para o próprio produtor ou vendedor.
TIPOS DE TURISMO
 Turismo Social
É o conjunto de relações e fenómenos de ordem
turística, resultantes da participação das classes
sociais economicamente débeis
 Não existem fins lucrativos, podendo o Estado

promover o Turismo Social;


 Tem uma função Sociocultural e sócio educativo;
 Ao nível do direito privado existem algumas
aldeias turísticas de empresas privadas, clubes de
campismo, sindicatos de algumas empresas,
colónias de férias, etc. Mas a oferta é muito
limitada. No nosso país o turismo social está
muito aquém das necessidades e também pouco
estudado.
TURISMO URBANO
 Entende-se por turismo urbano a actividade de
tempo livre que se desenrola numa grande cidade,
como Lisboa, New York, Paris e Roma, durante
um tempo mais ou menos prolongado, que pode
ir desde um fim-de-semana a uma semana.
TURISMO DE FEIRAS, NEGÓCIOS E CONGRESSOS

 Este tipo de turismo está em parte relacionado


com o turismo urbano, por se desenrolar
normalmente em grandes cidades, ou em
populações com uma tradição industrial,
comercial e cultural muito desenvolvida
 Este tipo de turismo é muito rentável pois o seu
público-alvo é economicamente de nível elevado.
TURISMO CULTURAL
 Entende-se por turismo cultural, num sentido
amplo, o conjunto de actividades que se
desenrolam com o fim de facilitar as turista
alguns conhecimentos, de se aumentar a sua
cultura durante o seu tempo livre, ou quando este
se encontra de férias.
TURISMO FLUVIAL
 Foi uma actividade que surgiu nos rios e canais
de França e Holanda e que se estendeu a outros
países da Europa que possuem canais, rios e
albufeiras. Esta actividade consiste em passar
férias navegando em pequenas embarcações, ou
então quando o turista passa férias junto a rios
aproveitando as praias fluviais para actividades
de lazer e recreio.
TURISMO BALNEAR
 A actividade do termalismo remonta à
antiguidade, e ao longo dos séculos teve os seus
períodos áureos e outros com menos intensidade.
Para além do termalismo encontra-se também
neste tipo de turismo o turismo praticado nas
praias.
TURISMO DESPORTIVO
 Este tipo de turismo é muito comum nas férias mas nos
últimos anos esta actividade atingiu o auge com o
aparecimento de variadíssimos desportos novos. Os turistas
podem ser praticantes ou espectadores desses desportos. As
principais actividades incluídas neste tipo de turismo são:
 • Desportos náuticos;
 • Desportos de Inverno;
 • Caça e pesca;
 • Golf;
 • Futebol.
TURISMO DE AVENTURA.
 Neste tipo de turismo podemos distinguir duas actividades.
Desportos de Aventura
 Aparte dos desportos tradicionais, nos últimos anos

apareceram diversos desportos denominados “radicais”,


como por exemplo, rappel, slide, escalada, canoagem,
entre outros.
Viagens e circuitos de aventura
 Viagens cujos itinerários e circuitos oferecem diversas

dificuldades, como por exemplo, a descida de rios,


travessias pelo deserto, rallys todo-o-terreno, etc.
VIAGENS E CIRCUITOS DE AVENTURA
 Viagens cujos itinerários e circuitos oferecem
diversas dificuldades, como por exemplo, a
descida de rios, travessias pelo deserto, rallys
todo-o-terreno, etc.
TURISMO SEXUAL
 Os turistas neste tipo de turismo procuram ter
acesso à prática de actos de actos sexuais ou
simplesmente à observação. Normalmente, este
tipo de turismo está associado à pedofilia ou
prostituição
TURISMO RURAL
 Este tipo de turismo é sempre praticado em meios
rurais e deverá ter uma componente de
actividades que se desenrolam em contacto com a
natureza, a vida no campo, em pequenas
povoações rurais. É um turismo de elite, pois são
praticados desportos como a caça, pesca, golf,
hipismo, entre outros.
AGRO-TURISMO
 É a participação na actividade agrícola por parte
dos turistas, tem de ser em propriedades agrícolas
e/ou pecuárias, tudo o que é consumido na quinta
tem de ser produzido na mesma ou noutras
quintas da região.
TURISMO DE HABITAÇÃO
 Turismo que utiliza a casa do proprietário
passando o seu tempo de férias como se vivesse
em família com o dono da habitação. A habitação
tem menos de 15 quartos, mobiliário rústico e
ambiente caseiro. O serviço é fornecido pelos
donos da casa que partilham as refeições com os
seus hóspedes na sala de jantar. Este tipo de
turismo é muito selectivo e qualitativo.
TURISMO ÉTNICO
 É constituído pelas viagens que têm por fim
observar as expressões culturais ou modos de
vida dos “povos exóticos”, incluindo as visitas às
casas dos nativos, observação de danças e
cerimónias, bem como, a possibilidade de assistir
aos rituais religiosos.
TURISMO DE NATUREZA
 Manifesta-se de duas maneiras diferentes: o
Turismo ambiental e o Turismo ecológico. O
ambiental relaciona-se com os vários aspectos da
terra, do mar e do céu e com o seu estado de
pureza; por sua vez, o turismo ecológico ou
ecoturismo inclui as viagens para as áreas naturais
com o fim de observar e compreender a natureza e
a história natural do ambiente tendo o cuidado de
manter inalterável e a integridade do ecossistema.
TURISMO EM PORTUGAL

Infância
 Até 1909 o turismo português baseava-se

essencialmente nas estâncias termais (turismo


interno) e nos destinos Madeira e Lisboa (turismo
internacional).
 Sentiu-se necessidade de desenvolver acções de

promoção com o objectivo de aumentar a procura


internacional e aumentar os investimentos turísticos
(pela SPP, de iniciativa privada, fundada em 1906).
3. TURISMO EM
PORTUGAL

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AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Infância Adolescência Maioridade Maturidade

1911 1950 1963 1974

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AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Infância

1911 1950 1963 1974


 Até 1909 o turismo português baseava-se essencialmente nas
estâncias termais (turismo interno) e nos destinos Madeira e Lisboa
(turismo internacional).

 Sentiu-se necessidade de desenvolver acções de promoção com o


objectivo de aumentar a procura internacional e aumentar os
investimentos turísticos (pela SPP, de iniciativa privada, fundada em
1906).

 Considerava-se que o país poderia «aspirar a uma visita anual


mínima de 200 mil turistas» desde que, «além das belezas naturais
se possa oferecer aos turistas todos os confortos que a vida moderna
exige e impõe».
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AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Infância

1911 1950 1963 1974

 A SPP promoveu a ligação diária entre Lisboa e Paris pelo comboio


sud-express da Companhia Internacional da Wagons-Lits e lançou a
primeira linha de navegação entre Nova Iorque e Lisboa.
 Surge, em 1911, a primeira organização oficial do turismo
português: a Repartição do Turismo (integrada no Ministério do
Fomento).

Por esta altura o termalismo tem ainda um grande desenvolvimento


e procura no nosso país: Caldas da Rainha, Vidago e Pedras Salgadas.

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AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Infância

1911 1950 1963 1974

 Grandes preocupações: Acessibilidades (estado das estradas e vias),


exigências fiscais aos investidores e garantir um vasto leque de
serviços aos turistas, sobretudo ao nível da hotelaria (1914).
 É então lançado o primeiro grande plano de aproveitamento turístico
(Costa do Estoril) que previa a construção de uma estação marítima,
climatérica, termal e desportiva e que incluía vários serviços.
 Ainda subordinadas à Repartição de Turismo foram criadas Comissões
de Iniciativa a nível local.

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AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Infância

1911 1950 1963 1974

 A par destas iniciativas surge uma outra, o 1.º Congresso


Nacional de Turismo, onde se conclui que é igualmente importante
a criação de novos hotéis com condições económicas e de higiene,
bem como a criação de postos de informação turística.
 Sob a liderança de António Ferro (responsável pela organização do
turismo português) é criado em 1939 o Secretariado de Propaganda
Nacional (SPN) para onde passam os serviços de turismo.

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AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Infância

1911 1950 1963 1974

No âmbito desta estrutura estabelecem-se como pontos estratégicos


para o turismo:

 Inovação do turismo e criação de uma imagem de marca;


 Abranger as mais diversas áreas da economia nacional;
 Criação de um museu de arte popular;
 Criação das Pousadas de Portugal, tentando promover o turismo nas
regiões rurais, ricas em artesanato, agricultura e gastronomia;
 Cativar as pessoas promovendo a hospitalidade do povo português.

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AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Adolescência

1911 1950 1963 1974


 Na década de 50 com os países europeus em plena recuperação da
profunda crise económica e social em que haviam caído durante a
guerra, inicia-se uma nova era para o turismo.
 Em Portugal, apesar do crescimento da entrada de estrangeiros
registados entre 1946 e 1950, assistia-se a:
 diminuição das dormidas na hotelaria
 estagnação das receitas turísticas
 persistência na debilidade da iniciativa privada

 Na sequência de alguns estudos, em 1952, reconhecia-se que «o


turismo não deve ser tido como um divertimento, mas sim como uma
verdadeira indústria...».
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AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Adolescência

1911 1950 1963 1974


Nova
Novaconcepção
concepçãodo
doturismo
turismo

Abordagem horizontal da política do turismo

(o turismo entendido como uma actividade económica com uma


complexa rede de interdependências e efeitos induzidos)

Intervenção do poder central (Governo)

Num contexto em que Portugal estava isolado internacionalmente, o


turismo constituía uma forma de promover a sua imagem política,
para além de se reconhecer a sua crescente importância económica

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AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Adolescência

1911 1950 1963 1974


 Principais acções e medidas:

Lei Base do Turismo (Lei 2082 de 1956)


 Atribui ao SNI toda a acção do Estado em matéria de Turismo;
 Cria o Fundo do Turismo com o objectivo de assegurar o fomento do
turismo;
 Concede o estatuto de Utilidade Turística à indústria hoteleira (isenções
fiscais).

São também criadas as zonas de turismo nos concelhos com


potencialidades turísticas (praias, termas, montanha, património
monumental, religioso e natural...) numa tentativa de envolver os
municípios e forças locais.
92
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Adolescência

1911 1950 1963 1974


 Principais acções e medidas:

Lei Base do Turismo (Lei 2082 de 1956)


 Ultrapassa em receitas alguns sectores económicos tradicionais
(cortiça e vinho do Porto);

 Fortemente dependente de 3 mercados: França, Reino Unido e


EUA (que constituem cerca de 60% do total de entradas);

 Procura interna representa cerca de 65% das dormidas totais.

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AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Maioridade

1911 1950 1963 1974

MARCA O INÍCIO DO VERDADEIRO DESENVOLVIMENTO PORTUGUÊS

Condições a nível internacional Condições a nível interno

• Grande desenvolvimento económico • Localização geográfica;


e social dos países industrializados; • Condições climatéricas;
• Preços praticados;
• Generalização do automóvel e das
férias pagas; • Efeito novidade;
• Construção dos aeroportos de Faro
• Desenvolvimento explosivo do e Funchal;
transporte aéreo. • Grandes empreendimentos
turísticos: Algarve, Madeira e Tróia.

94
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Maioridade

1911 1950 1963 1974

Constrangimentos:

• Falta de preparação em termos dos circuitos de distribuição e infra-


estruturas;

• Falta de um modelo global de desenvolvimento turístico e enquadramento


numa política de ordenamento do território;

• Multiplicam-se empreendimentos desligados de uma concepção e sem


infra-estruturas adequadas;

• Primeiros impactos no ambiente e património cultural.

95
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Maioridade

1911 1950 1963 1974


Principais resultados:
 Neste período as ideias dominantes orientavam-se num sentido
elitista com eleição do “turismo de qualidade”.
 Por outro lado, pretendia-se um desenvolvimento turístico que
evitasse os erros em Espanha.
 A construção de meios de alojamento não foi acompanhada nem
pelos equipamentos de animação e de ocupação de tempos livres,
nem pela protecção dos espaços envolventes.
 Desenvolvem-se novas formas de alojamento: aldeamentos turísticos,
aparthotéis, apartamentos turísticos, motéis.

96
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Maioridade

1911 1950 1963 1974

 A construção de equipamentos turísticos passa a associar-se à


exploração imobiliária e esta constitui-se a força impulsionadora dos
novos centros turísticos.

 A procura dominante caracteriza-se pela busca do Sol e Praia e todo o


desenvolvimento turístico concentra-se na exploração destes
atractivos.

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AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Maioridade

1911 1950 1963 1974


Ano Entradas estrangeiros Variação % Receitas externas (mil. Contos) Variação %

1952 110 011 440


1954 165 460 50.4 445 1.1
1958 263 890 13.6 735 24.2
1962 409 505 16.1 1450 101.1
1964 1 008 000 146.1 3 480 140.0
1968 2 511 000 30.2 5 786 -22.6
1970 3 343 000 33.1 6 378 10.2
1972 3 925 000 17.4 10 634 66.7
1973 4 079 000 3.9 13 580 27.7
1974 2 622 000 -55.7 11 229 -17.4
Fonte: DGT 98
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Maturidade

1911 1950 1963 1974


Principais Características deste período:
 Crise económica internacional (finais de 1973): operam-se grandes
transformações a nível económico que deram origem a uma crise económica
internacional de grande duração.

 Em Portugal dá-se o 25 de Abril originando uma mudança do regime


político e grandes transformações económicas, sociais e políticas.
 A procura turística sofre quedas acentuadas: entradas de estrangeiros
descem para metade, de 1973 para 1975.

 A crise é agravada pela ocupação dos estabelecimentos hoteleiros


por parte dos desalojados das ex-colónias.
99
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Maturidade

1911 1950 1963 1974


 Intervenção do Estado nas principais empresas do sector turístico,
conduzindo a um clima de instabilidade política.
 O turismo começa a recuperar em 1979, sendo a primeira actividade
económica a reagir à recessão. Em 10 anos triplicam as entradas de
turistas e as receitas aumentam 9 vezes.
 Na década de 80 as taxas de crescimento no turismo são superiores
à média do conjunto dos países da OCDE.
 Por via desta rápida evolução, as expectativas e as decisões
empresariais fundam-se mais na euforia do que na racionalidade
predominam sobretudo iniciativas de puro conceito imobiliário,
desligadas da realidade turística (principalmente no Algarve).
100
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Maturidade

1911 1950 1963 1974

 Registou-se, no Algarve, o chamado paradoxo da dinâmica da


degradação das zonas receptoras de turismo.
 Às empresas imobiliárias apenas interessa o negócio imobiliário de
curto prazo: construir e vender o mais rápido possível.
 A avalanche urbanística não teve correspondência, nem na
construção de adequadas infra-estruturas nem no ordenamento da
oferta turística. Esta é complexa e não se compõe apenas de
alojamentos que, embora sejam elemento essencial da oferta, são
apenas uma das suas componentes, o que foi esquecido.

101
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Maturidade

1911 1950 1963 1974


Apesar do extraordinário crescimento da procura, na década de 80, o
turismo português manteve alguns problemas:

Pelo lado da oferta Pelo lado da procura


Excesso de oferta (alojamento)
Inadequação das infra-estruturas
Desordenamento dos espaços
 Desequilíbrio entre as várias componentes  Origem dos turistas excessivamente
da oferta concentrada nos mercados britânico e
 Concentração territorial (Algarve e Lisboa espanhol
absorvem cerca de 70% das dormidas de
estrangeiros)
 Concentração em atractivos e motivações
(sol e praia são a base essencial da oferta)

102
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

Maturidade

1911 1950 1963 1974

 A capacidade competitiva do país baseou-se fundamentalmente, em


factores de enquadramento vantajosos (clima, preços e mão-de-obra
barata...) e não na capacidade organizativa das empresas nem na
criação de produtos com validade intrínseca.
 A partir daí um dos desafios que o turismo português passou
a defrontar é o desafio da diversificação – de mercados, de
produtos e de motivações – a par da própria inovação constante
do sector.
 Consequências desta diversificação: atenuar desequilíbrios e
assimetrias regionais, valorizar o património turístico e melhorar
qualidade de vida.
103
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

EVOLUÇÃO RECENTE (anos 90)


Nos primeiros anos desta década registou-se alguma instabilidade
devido a factores externos e internos:
Factores externos
 Crise económica que atingiu os principais clientes de Portugal: Reino
Unido, Alemanha e Espanha;
 Emergência de novos destinos turísticos a nível mundial.

Factores internos
 Progressiva perda de qualidade das condições de recepção: mau
atendimento, má construção, descaracterização urbanística ;
 Progressiva aproximação dos preços portugueses aos europeus;
 Insuficiente capacidade de resposta às alterações da procura;
 Sucessivas mudanças na política turística.

104
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

EVOLUÇÃO RECENTE (anos 90)

De 1990 para 1995 aumentou a concentração espacial da capacidade de


alojamento.
Registou-se um aumento da concentração nos mercados de origem dos turistas
(de 1990 para 1995 aumentou de 65% para 71% a percentagem de turistas com origem
em Espanha, Reino Unido e Alemanha).

De 1995 para 2000 resultou um aumento significativo no n.º de camas oferecido.

105
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

EVOLUÇÃO RECENTE (anos 90)

Aspectos positivos no decorrer do período 1990/95:

Melhoria de algumas componentes da oferta


 Turismo no Espaço Rural (TER);
 Golf;
 Pousadas de Portugal.

Melhoria das infra-estruturas


 Vias de comunicação (auto-estradas, aeroportos,...);
 Telecomunicações;
 Saneamento básico;
 Escolas hoteleiras.

106
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

EVOLUÇÃO RECENTE (anos 90)

Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o n.º de entradas e


receitas do turismo, em Portugal, têm vindo a crescer a um ritmo superior ao
previsto desde 1998.
O gasto médio por turista/dia tem estado a aumentar de modo sustentado.

107
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

EVOLUÇÃO RECENTE (anos 90)


 Crescimento também no mercado interno: em 2000, 71% dos
portugueses gozaram férias e 53% fizeram-no fora da residência
habitual.
 Prevê-se um ritmo de crescimento médio anual do turismo de 7%
até ao ano de 2020.
Principais debilidades do turismo português actualmente

Oferta Procura
 Carências ao nível do  Procura concentrada em 3 países
planeamento e ordenamento; (Espanha, R.U. e Alemanha);
 Concentração da oferta;  Domínio dos operadores
 Carências graves na formação turísticos internacionais;
profissional;  Componente sazonal muito forte
 Fragmentação das empresas relativamente ao mercado interno
turísticas. (falta de operadores turísticos
especializados).
108
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

PERSPECTIVAS FUTURAS
 O Sol e Praia não é um mau produto, é importantíssimo e tem que
ser valorizado e infra-estruturado nas regiões que têm condições.
 É necessário desenvolver, em cada região, outros produtos turísticos
de modo a aumentar a diversificação da oferta: Golf, Gastronomia,
Turismo Rural, Turismo Cultural, Ecoturismo,...

 As principais apostas do sector devem-se colocar ao nível de


alguns vectores fundamentais:
 Qualidade (os turistas são cada vez mais sensíveis à qualidade);

 Planeamento Integrado Animação Turística (potenciar os recursos


turísticos de modo sustentado);

 Animação Turística (combater a sazonalidade, esta não se consegue


inverter totalmente mas é possível atenuar).

109
AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PORTUGUÊS

PERSPECTIVAS FUTURAS
 As principais apostas do sector devem-se colocar ao nível de
alguns vectores fundamentais: (continuação)

 Qualificação dos Recursos Humanos (quer ao nível dos quadros e técnicos


superiores quer ao nível da formação profissional);

 Planeamento Estratégico (ao nível das empresas);

 Promoção Turística no estrangeiro;


 Desenvolvimento do mercado interno (residentes e emigrantes);
 Defesa dos recursos naturais;

 Transferência de competências para as Autarquias.

110
ORGANIZAÇÃO TURÍSTICA

 O turismo não é uma indústria claramente definida devido à


natureza fragmentada do seu produto. Este requer serviços de
alojamento, transporte, atracções, hospitalidade, etc., que são
proporcionados por indústrias variadas.

R E C U R S O S N AT U R A IS , PA ISA G E M , C L IM A , C U LT U R A

A lim e n ta çã o D e p arta m e nto s O rg an iza çõ e s


P ro d u to re s T ra n sp o rte A lojam en to
A tra cç õ es Tu rís tic a s O fic ia is N a cio na is e L o c ais
de
s erv iç os
tu rís tico s

O p e ra do r T u rístic o

A g e nte de V ia g en s

C o n su m ido r = Tu ris ta

111
ORGANIZAÇÃO DO SECTOR PÚBLICO DO TURISMO EM PORTUGAL

112
ALGUNS ÓRGÃOS INTERNACIONAIS


OMT (Organização Mundial de Turismo)


IATA (International Air Transport Association)


UFTAA ou FUAAV (Federação Universal das
Associações de Agências de Viagens e Operadores
Turísticos)

113
EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS

 São os estabelecimentos que se destinam a prestar serviços de


alojamento temporário, restauração ou animação de turistas,
dispondo para o seu funcionamento de um adequado conjunto de
estruturas, equipamentos e serviços complementares.

1. Estabelecimentos Hoteleiros
2. Meios Complementares de Alojamento Turístico
3. Parques de Campismo Públicos
4. Conjuntos Turísticos
5. Estabelecimentos de Hospedagem
6. Turismo no Espaço Rural

114
EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS

Estabelecimentos Hoteleiros
 Hotéis;
 Hotéis – Apartamentos
(Aparthotéis);
 Pensões;
 Estalagens;
Meios Complementares de
 Motéis;
Alojamento Turístico
 Pousadas.
 Aldeamentos turísticos;
 Apartamentos Turísticos;
 Moradias Turísticas.

115
EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS

Parques de Campismo Turismo no Espaço Rural


Públicos
o Turismo de Habitação;
o Turismo Rural;
Conjuntos Turísticos o Agro-turismo;
o Turismo de Aldeia;
o Casas de Campo.
Estabelecimentos de

Hospedagem Empreendimentos
Turísticos no Espaço
 Hospedarias; Rural
 Casas de Hóspedes;
o Hotéis Rurais
 Quartos Particulares. o Parques de Campismo Rural

116

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