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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CAMPUS SOROCABA

RESENHA CRÍTICA

SARA STEFANNY RIBEIRO DE SIMONE

SOROCABA
2022
No artigo aborda principalmente a Caverna de Santana por conta de controlar a
visitação dentro da caverna. O objetivo deste artigo é apresentar diversas análises dentro
dessas limitações e monitorar as principais variáveis recomendadas no método da
capacidade de carga do Plano de Manejo Espeleológico da caverna e isso abrange
temperatura do ar, dióxido de carbono e distribuição da fauna subterrânea. Nos anos
1960 esse método passou a ser utilizado no turismo em áreas naturais com o objetivo de
declarar limites de uso para as atividades humanas. O artigo diz que as cavernas naquele
período estavam sendo utilizadas por europeus e estavam fazendo diversos estudos
específicos, essas pesquisas apontavam questões de limitar a visitação em grande
quantidade em diversas ocasiões como por exemplo as cavernas em seu interior poderia
encontrar pinturas rupestres e minerais raros. No Brasil, essa questão começou no
século XX e os primeiros estudos foram iniciados na gruta do Lago Azul e Nossa
Senhora Aparecida em Bonito (MS). Em São Paulo a capacidade de carga turística em
cavernas deu início quase no mesmo período e essas cavernas estão no interior de
Unidades de Conservação Estaduais. A caverna Santana possui roteiros ecoturísticos do
estado e estudos da espeleologia e carstes. A partir dessas atividades houve impactos
por conta da fragilidade do local e isso levou a se preocupar com o manejo e a
conservação do interior da caverna e quanto ao limite de visitação.

Segundo o autor Richard Krone registrou a existência e localização da caverna


no vale da Ribeira e nela possui um importante sistema cárstico. Esse local é protegido
pelo Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) no município de Iporanga,
próximo de São Paulo. Na figura 1 do artigo podemos observar a localização da caverna
Santana e um esboço em perfil do roteiro turístico atual e roteiros proposto em seu
Plano de Manejo Espeleológico, na figura é possível analisar que há alguns lugares que
é possível fazer trilhas em diversos locais no interior da caverna, dentro dela não possui
iluminação e a visitação precisará de equipamentos como lanternas usadas pelos
monitores ambientais e visitantes, alguns percursos da visitação podem ser passadas por
rios e escadas entre os níveis de galerias. Os materiais utilizados para a infraestrutura do
local são madeira, arranjos de blocos de rocha e o concreto. Os atrativos principais são
salões ornamentados com o intuito da variedade e quantidade de espeleotemas. O bioma
presente no local é a Mata Atlântica e esse roteiro de visitação de Santana é um produto
de ecoturismo.
De acordo com os trabalhos publicados no II Encontro Brasileiro de Estudo de
Carste foi chegado à conclusão que o número de visitantes nas cavernas seria de 132
pessoas por dia, para que melhorasse o nível de circulação de energia na caverna e que
torna-se moderado. Aconteceu várias consequências no ano de 2008 que teve que fechar
as cavernas do PETAR por causa de uma ação judicial, pois naquele lugar não havia um
plano de manejo espeleológico. Depois disso foi elaborado um plano emergencial de
uso público para cada caverna para chegar a um cálculo oficial de sua capacidade de
carga turística e várias pessoas foram envolvidas nessas etapas que incluíram técnicos
do órgão da Secretaria do Meio Ambiente, do centro Nacional de Estudo, Proteção e
Manejo de Cavernas, da comunidade local e pesquisadores convidado e essa elaboração
chegou a concluir que o número total de visitas seria de 117 pessoas por dia. Em
seguida, outros ajustes foram realizados do Plano Emergencial da caverna Santana e
utilizaram o método de Cifuentes e o resultado foi de 120,9539 visitas ao dia. O autor
aborda uma outra questão que deveria dividir a capacidade de carga de forma sazonal
para 117 visitas diárias nos dias úteis com 13 grupos de 9 visitantes e o monitor
ambiental; e 135 visitas diárias nos finais de semana e feriados com um acréscimo de 2
grupos por dia. Com bases em diversos estudos foram chegados à um assunto de
utilizarem o método da Capacidade Carga Provisória na caverna Santana e foram
elaborados 6 possíveis roteiros para atender diversos perfis de público. Foram divididos
alguns lugares para realizar visitação e limitar as pessoas para fazer o roteiro, como em
algumas áreas mais frágeis da caverna tiveram limites menos de visitação, há também
roteiros por uma maior proporção de monitores ambientais por visitante. O sexto roteiro
foi elaborado pela galeria do rio até o poço São Jorge, esse local possui passarelas de
visitação com a possibilidade de levar cadeirantes e outras pessoas com deficiência
(PCD). Na tabela 1 podemos observar que foi dividido um roteiro e os limites diários de
visitação. No primeiro vemos que é o grupo tradicional só para contemplação e a
quantidade de pessoas são 18; a proporção visitantes são 8 com 1 um monitor; grupos
por dia seriam 16; capacidade de carga provisória seria 288. A tradicional das escolas de
grupos de pessoas são 27; proporção de visitantes são de 8 com um monitor, os grupos
por dia seriam 11, capacidade de carga provisória seria 297.  O salão Ester seria 6
pessoas por grupo, proporção de visitantes duas pessoas com um monitor; grupos por
dias seriam apenas 2, a capacidade de carga provisória seria 12. Salão São Jorge seria 6
pessoas por grupo, proporção de visitantes seria 2 duas pessoas com 1 monitor, grupos
por dia seriam 2 e a capacidade de carga seria 12. O Salão das Flores seria 6 pessoas por
grupo, a proporção de visitantes seria cinco pessoas com um monitor, grupo de pessoas
por dia seria somente um e a capacidade de carga seria 6. Conforme os dados foram
apresentados na Tabela 1, a capacidade da caverna Santana foi de 327 visitas diárias em
dias úteis e 318 visitas diárias em finais de semana e feriados. No tópico da discussão é
possível entender que é preciso limitar a visitação por conta da atividade turística em
áreas frágeis que causem menos impactos.

Na figura 3 é possível observar os registros pontuais de visitação, limites


propostos e capacidade de carga atual da caverna Santana, essa figura mostra que havia
uma preocupação no crescimento no volume de visitação e no uso de carbureteiras
como fonte de iluminação. Desde o Plano de Manejo Ecológico da caverna o limite
provisório foi aprovado para 288 visitas diárias, assim como visitas em finais de
semanas e feriados. Foram realizados outros estudos para encontrar um número exato de
visitas, porém, não obtiveram respostas, para isso seria preciso realizar outros trabalhos
de monitoramento e isso leva bastante tempo para se adequar ao limite de visitantes
principalmente nos dias úteis, finais de semanas e feriados para que possam de alguma
forma resolver essa situação e que possa conservar e impactar o local que os visitantes
estão conhecendo e adquirindo novas experiências.

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