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OLHARES

Escola Secundária/3 José Cardoso


Março de 2009 * Periodicidade: Semestral * Realizado pelo Grupo de Português e Francês,
com os alunos de Língua Portuguesa e Português * Colaboração da Oficina de Escrita
Pires

D E S TA Q U E S
SAÚDE
As Medicinas Alternativas são mile-
Concurso Literário
inspirado na obra de
nares e recorrem a uma variedade
de disciplinas para harmonizar o
corpo e a mente.
Página 2
José Cardoso
AMBIENTE
Impacto da utilização dos recur-
Pires
D
sos energéticos não renováveis. urante o mês de Março, os
Desenvolvimento versus Nature- professores de Língua Portu-
za. Reciclar, reciclar, reciclar. guesa e Português da Es-
Páginas 3 e 4 cola Secundária/3 José
Cardoso Pires organizaram um Con-
ESCRITA curso Literário aberto a todos os alu-
CRIATIVA nos deste estabelecimento de ensino,
Onde pode ler diversos textos inspirado na obra do patrono da nossa
escritos por alunos da escola, des- escola, o escritor José Cardoso Pires.
de o ensino básico ao secundário. Os temas para este concurso foram
Páginas 5 a 7 escolhidos a partir dos títulos de uma
crónica, de um conto e de um excerto
LEITURAS de um ensaio do autor, nomeadamente
Nesta secção terá oportunidade de «A Cidade Inventada», «Histórias de Amor» e
conhecer ou relembrar o C O N T E Ú D O «Há mil maneiras de dizer liberdade e mil
D E A L G U N S LIVROS, através da
maneiras de a aprender».
opinião dos leitores.
Havendo duas modalidades, poesia ou prosa, os
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alunos concorrentes foram integrados em dois
ACONTECEU escalões, um para o ensino básico e outro para o
N A ESJCP ensino secundário, cabendo a atribuição de um
prémio ao melhor trabalho em cada escalão, e sen-
Rubrica dedicada à divulgação de
algumas actividades, onde poderá do distribuídos diplomas de participação a todos os
encontrar informação sobre VISITA S concorrentes.
D E ESTUDO . A entrega dos prémios terá lugar durante as activi-
Páginas 9 a 12 dades da Escola Viva - Escola Comunidade, no próxi-
mo dia 24 de Abril.
ASSOCIAÇÃO DE Para além do aliciante dos prémios, os alunos tiveram aqui a oportunidade de
ESTUDANTES participar numa iniciativa que tem sido realizada todos os anos, e dar asas à
O que é, como funciona e para que sua criatividade e à sua imaginação na escrita.
serve a A SSOCIAÇÃO D E E STUDANTES Desde já, aqui ficam os parabéns da redacção do jornal a todos os alunos que
da nossa escola.
quiseram participar nesta iniciativa.
Página 13 No nosso próximo número esperamos publicar os trabalhos vencedores.

Olhares Página 1
SAÚDE Medicinas
Alternativas
"As Medicinas sobre estas medi-
cinas; no entanto,
Alternativas isso não significa
são milenares e que a terapia seja
ineficaz, mas que a
recorrem a uma sua eficácia não foi
variedade de comprovada, o que
leva a que a sua
disciplinas para prática não seja
harmonizar recomendada cien-

o corpo i
tficamente. A se-
gurança é outra
e a mente." questão importan-
Ana Serra, Revista Mundo da te. Algumas tera-
pias de medicina
Saúde, Janeiro 2009 A chocoterapia consiste em envolver
alternativa podem provocar potenci-
Desde o início do tempo, uma das ais lesões e para as evitar é neces- o corpo com uma fina camada de
únicas verdades imutáveis tem sido o sário pessoal especializado. A maioria produtos à base de cacau quente,
facto de a vida de qualquer ser vivo dos profissionais utiliza instrumentos deixando-o actuar sobre a pele
ser efémera. descartáveis, devendo os instrumen- durante 20 minutos.
Numa cruzada contra a fragilidade ou tos reutilizáveis ser esterilizados ade- O aroma e as propriedades que ca-
apenas para suavizar a dor, o ser quadamente. racterizam o cacau unem-se para
humano criou uma linha de defesa vencer a luta contra o acne, o enve-
contra as doenças e deu-lhe o nome TERAPIAS ALTERNATIVAS lhecimento, a flacidez, a celulite e o
de medicina. Esta foi sofrendo uma stress. Além dos benefícios para o
evolução, influenciada por várias civi- ACUPUNCTURA corpo, esta apreciada iguaria induz a
lizações humanas (como a civilização A Acupunctura é uma das técnicas de produção de endorfinas, que aumen-
grega e/ou egípcia), por várias cul- medicina alternativa mais aceite no tam a actividade de serotonina, um
turas e por várias tradições. Esta mundo ocidental. Esta implica a neurotransmissor que favorece o
evolução mundial da medicina não foi estimulação de pontos específicos do bom humor.
uniforme, levando à criação de várias corpo, geralmente introduzindo agu-
perspectivas e tratamentos, ramif i- lhas muito finas na pele e nos tecidos H IDROTERAPIA
cando-se em várias medicinas, de subjacentes. A hidroterapia pode ser muito útil na
onde se destaca a medicina alternati- Ao estimular esses pontos específi- reabilitação de inúmeros problemas
va/complementar, a medicina tradi- cos, acredita-se que o fluxo do qi é de saúde, uma vez que anula a força
cional e a medicina convencional. desbloqueado ao longo das vias de da gravidade do corpo, permitindo
acesso (meridianos), restabelecendo que ele relaxe e alongue, com o
Medicina Alternativa assim o equilíbrio entre o ying e o objectivo de fazer um melhor traba-
O tratamento na medicina alternativa yang. Algumas investigações de- lho de recuperação e reabilitação. O
engloba a pessoa no seu todo, tanto monstraram que a acupuncturaliber- poder curativo desta terapia baseia-
no aspecto físico, como nos aspectos ta vários mensageiros químicos no -se sobretudo na reacção do corpo a
psíquico e social, não considerando cérebro (neurotransmissores), in- estímulos térmicos, exercidos pela
apenas os órgãos onde se manifesta cluindo a serotonina, que servem de água, e à sensação de bem-estar que
a doença como partes individuais atenuadores naturais da dor. esta provoca. Os benefícios consis-
e/ou separadas. A medicina é uma tem em melhorar a moral e autocon-
variedade de métodos/terapias cura- C HOCOTERAPIA fiança do paciente, possibilitar maior
tivas e preventivas podendo ser uti- Quando os Maias descobriram o liberdade de movimento e reduzir a
lizadas isoladamente (medicina alter- cacau como alimento, há mais de sensibilidade à dor (possibilita a rea-
nativa) ou em conjunto com a medi- dois mil anos, provavelmente não lização de exercícios que, em terra,
cina convencional (medicina comple- imaginaram que no século XXI seriam seriam dolorosos).
mentar). descobertas tantas qualidades e apli-
cações para esse fruto nobre, nativo Christopher Remtula; Melissa Vieira;
Eficácia e Segurança das Américas. Patrícia Catarino; Susana Dias
Existe uma grande falta de estudos 12º B

Página 2 Olhares
REFLECTINDO…

AMBIENTE
Impacto da utilização
dos recursos energéticos
não renováveis
O facto de o Homem ter vindo a usar Os recursos natu-
em excesso os recursos não reno- rais renováveis
váveis tornou-se um assunto polémi- permi tem-nos
co. O aumento da queima dos com- tirar proveito da
bustíveis fósseis (carvão, petróleo e energia solar, eó-
gás natural) liberta enormes quanti- lica, geotérmica,
dades de dióxido de carbono. das marés e bio-
Acontece que este gás retém a ener- massa, sem pôr
gia calorífica na atmosfera terrestre, em grande risco a
e, quando existe em demasiada preservação am-
quantidade na atmosfera, causa um biental. No en-
aumento da temperatura geral do tanto, devido ao
planeta - o Aquecimento Global . Este seu fraco poten-
aumento do efeito de estufa e conse- cial energético e
quente aquecimento da Terra, a jun- pouco equipa-
tar aos conflitos políticos que a dispu- mento disponível,
ta dos recursos causa, constitui um não têm sido
grande peso nos contras da sua uti- aproveitados ao máximo. prós e os contras da produção de
lização. Os recursos que o Homem mais uti- cada tipo de energia, e é urgente
O aproveitamento da energia nuclear liza são os que trazem consequências arranjar uma alternativa viável
(obtida a partir do urânio, que é tam- mais graves ao meio ambiente e enquanto elas ainda existem e estão
bém um recurso não renovável), põem em causa a segurança e o sus- ao nosso alcance.
pode ser uma alternativa aos com- tento das gerações futuras, para
bustíveis fósseis, embora a sua pro- além de estarem em risco de acabar.
dução requeira elevados custos Mesmo que nos tenha parecido a
económicos e as centrais não garan- melhor escolha, hoje existem conhe- Inês Ferreira
tam total segurança. cimentos mais alargados sobre os 9º C

Desenvolvimento
vs.
Natureza
No nosso quotidiano, a protecção da planeta azul é o aquecimento global, gases poluentes. Quanto a nós, po-
natureza é um assunto recorrente que implica o aumento da temperatu- pulação, se quisermos que as gera-
que aparece em todos os meios de ra devido à poluição atmosférica, ções futuras tenham um planeta
informação: televisão, Internet, levando ao degelo das calotes onde viver, temos de começar a orga-
imprensa, etc. polares, o que implica a subida do nizar manifestações e exigir ao
Desde a revolução industrial que o nível médio das águas do mar. Esta Estado que trabalhe para que haja
mundo tem sofrido grandes transfor- subida poderá deixar países submer- um bom relacionamento entre a
mações, muitas delas positivas, sos, entre eles Portugal, apesar de indústria e a natureza, não esquecen-
porém outras negativas: desflo- não contribuir tanto para a poluição do a separação do lixo e respeitando
restação, poluição do ar, água, solos, como os Estados Unidos da América, aregra dos 3 érres.
entre outros, ou seja, o planeta já país que até ao momento não se
não é o que era. Por exemplo, um dos mostrou minimamente disponível Ludmila Silva
assuntos que mais tem afligido o para reduzir as suas emissões de 10º B

Olhares Página 3
AMBIENTE Ecopontos,
descobre-os …
A natureza precisa de ser respeitada voltam a
e existem cuidados a ter para esta ser usadas
não ser destruída. e assim já
Há algumas "regras" para ajudar a não há tan-
proteger a natureza que os ecologis- tas pilhas
tas aconselham a respeitar, como, no chão ao
por exemplo, utilizar os transportes Sol, o que
públicos em vez de se usar veículo também
privado todos os dias, para diminuir a contribui
emissão de CO2 para a atmosfera. para a des-
Outra "regra" a seguir é separar o truição da
lixo, e, para isso, existem ecopontos. natureza.
Os ecopontos são divididos por cores: O electrão é mais recen-
verde, para vidro, amarela, para te e serve pararecolher todos os
embalagens e azul, para o papel e electrodomésticos velhos que as pes-
cartão. soas já não utilizam.
Agora também existem o pilhão e o Reciclar é um gesto de cidadania que
Ivo José Dias Martins
electrão. O pilhão serve para reciclar se impõe com urgência.
pilhas que já não sejam precisas, que
10º B

Energia nuclear
em Portugal
Durante o primeiro período, gia nuclear em Portugal?”, deram a contribui para o aquecimento global;
nas aulas de Geografia, seguinte resposta: tem um potencial energético tremen-
do, podendo dar resposta às necessi-
no âmbito do estudo dos Concordas com a instalação dades energéticas do país e atenuar
recursos energéticos, de uma central de energia a nossa crónica dependência do exte-
os alunos do 9º ano nuclear em Portugal? rior a este nível; Portugal é rico em
de escolaridade urânio e não necessitaria sequer de
Sim importar este mineral para a pro-
(turmas A, B e C) tiveram
Não 47% dução de energia nuclear… Por outro
a oportunidade de conhecer lado, os defensores do não argumen-
53%
melhor as vantagens e as tam que os custos com a instalação,
desvantagens da utilização manutenção e futuro desmantela-
mento destas centrais são demasiado
da energia nuclear.
elevados e, acima de tudo, embora a
segurança seja bastante apertada,
Após a tomada de consciência das Os resultados obtidos revelam que
nada pode garantir que um acidente
potencialidades para o nosso país do esta questão está longe de ser con-
como o que aconteceu em Chernobyl,
aproveitamento desta energia, mas sensual e a sua discussão e votação
na Ucrânia, no dia 26 de Abril de
também dos possíveis perigos a ela foram bastante úteis, pois os alunos
1986, não se volte a repetir. Nesse
associados, debateram argumentos constataram que há decisões bas-
caso, os custos ambientais e huma-
e, posteriormente, votaram, num re- tante difíceis de tomar por quem tem
nos seriam demasiado elevados.
ferendo criado na plataforma Moodle o poder de decidir. Os apoiantes do
para o efeito. sim apresentam argumentos de peso: Ana Cristina Marques
À questão colocada: “Concordas com é uma energia que não liberta gases
Professora de Geografia
a instalação de uma central de ener- com efeito de estufa, e como tal não

Página 4 Olhares
O tempo cicatriza, mas não sara. O que sobraram. Nós,
NÃ O TE P R E O C U P E S

ESCRITA CRIATIVA
tempo não apaga as memórias, ape- sim, somos os ver-
nas as guarda. É uma idiotice pedir dadeiros vence-
ao tempo que elimine um sentimento
tão forte, que apague as memórias
dores. Não há que
agradecer a mais C O M O TEMPO
que um dia nos fizeram. Quem ninguém, aquilo que
somos. Felizes. conseguimos fazer e
A vida nem sempre corre como que- superar, foi mérito nosso. Peguei no passado, e modelei um
remos, muito menos é justa presente que gosto de viver, um pre-
connosco, mas cabe-nos a nós Eu andei perdida em mim mesma. sente onde me sinto bem, um pre-
aprender a lidar com os imprevistos, Um emaranhado de pequenas coisas sente apenas com quem importa. Um
a saber improvisar os gestos e as ati- que transformaram a minha cabeça presente sem os pequenos detritos
tudes. numa confusão, e já nem eu mesma que me sujaram o passado. Pode ser
me reconhecia. O tempo que me foi que, assim, o futuro seja mais riso-
Aprender... concedido, transformei-o em força e nho.
superei-me, a mim, às minhas expec-
O tempo fica sempre com os louros tativas, às expectativas que tinham Vive como se não houvesse amanhã!
quando damos a volta por cima de de mim. E provei, a quem queria É um passo para se ser feliz. Não te
algo mau, mas a ele pertence-lhe provar, e aos restantes espectadores, preocupes com o tempo.
apenas a medalha de prata. Não é o que não preciso de quem não me
Rita Mzq (Rita Marques)
tempo. Somos nós que aprendemos merece, nem de quem não quer
a construir algo forte entre as ruínas saber se estou bem ou mal. 11º A

Vou falar-vos um pouco do que aqui


vai cá dentro, se é que vai aqui algu-
ma coisa… Na verdade, não sei.
tivesse visão? Como
seria a convivência
entre nós, seres
A LÓGICA
Será que alguma vez te questionaste
sobre os porquês do mundo onde
humanos, se assim
fosse? Consegues D O SENTIDO
vives? Porque é que nos zangamos imaginar o mundo
uns com os outros? Porque é que há
pessoas que não gostam umas das
sem os telemóveis,
computadores, mp3
E O S PORQUÊS
outras? Porque é que, nos grupos de e todas estas novas
amigos, há sempre uma "ovelha tecnologias do novo seguirias ver livre deles?
negra"? E há sempre o superior do mundo? Bem, já consegui exprimir um pouco
grupo? Há tantas e tantas coisas Durante séculos, foi assim que se do que aqui ia dentro. Agora que
sobre as quais, de certeza, muita viveu e os nossos antepassados acabaste de ler este desabafo, tenta
gente se questiona. Também há jamais imaginaram que, no futuro, se encaixá-lo, à tua maneira, e pensa na
coisas que imaginamos, mas que, na iria inventar estas novas tecnologias. lógica e no sentido do mundo onde
realidade, são apenas fruto da nossa Imagina que todos estes aparelhos vives…
imaginação. Alguma vez te ques- nos fossem retirados para que
tionaste sobre como seria o mundo passássemos a viver sem eles du- Célia
se ninguém ouvisse, falasse ou rante alguns anos. Achas que te con- 9º A

Rejeitar um diálogo só porque sim,


por preconceito e discriminação.
Então que tal arris-
carmos? Deixarmos
T EXTO D E REFLEXÃO
Evitar uma conversa só porque a de ser preconceituo-
pessoa em causa é diferente na cor,
raça, religião, classe social, fisiono-
mia ou opinião. Aceitar apenas aque-
sos e construir um
diálogo em que se
pode conversar de
V IVER
le que é semelhante. Julgar o outro noite e de dia, sobre
como adversário só por gosto ou mal- os mortos e os vivos, A DIFERENÇA
dade. os países e os gover-
Vamos parar um pouco, ser racionais nos, do presente e bons e nos maus momentos.
e chegar à conclusão certa de que o do futuro, revelar medos e alegrias, E aqueles que sempre rejeitámos até
indivíduo que julgamos é igual a nós. partilhar ideias e até sonhos, desaba- podem ser o suporte emocional e
Não é surdo-mudo, tem sentimentos far e pedir ajuda. Sim, todos pre- afectivo que tanto procurámos.
e talvez precise de alguém com cisamos de ajuda, embora para
quem falar. Afinal, essas pessoas muitos seja difícil admitir que pre- Patrícia Teixeira
"diferentes" são pessoas. cisamos de um ombro amigo nos 12º B

Redacção para este número: Revisão do texto: Professoras Filomena Neves e Maria de
Colaboradores:Todos os alunos e professores nomeados como Fátima Mascarenhas
autores dos artigos, professores de Língua Portuguesa e Paginação: Professor João Carlos Costa
Português. Tiragem: 50 exemplares

Olhares Página 5
(...) agora tens de arran-
JARDIM
ESCRITA CRIATIVA Um dia, alguém especial e que nunca
te abandonará vai buscar-te ao
jardim dos perdidos e vai mostrar-te o
mundo de uma forma completamente
jar força para cons-
truir tudo de novo,
para talvez voltar a
ser destruído... D O S P ERDIDOS
diferente, e vais ver que aqueles que
julgavas amigos não eram mais do 'Não chores' é o que
que pessoas que também pertenci- ouves toda a gente dizer, mas tu pen- que eram apenas palavras que
am ao mundo dos perdidos e que, sas como é que é possível não saíam de ti e que não tinham nenhum
durante todo esse tempo, só te quise- chorar numa altura em que a cada significado que justificasse a sua pre-
ram para que tu fosses o tal, aquele segundo que passa morre mais um ocupação!
que os fosse buscar, o que lhes bocadinho de ti. Já nada é suficiente- Agora é tarde, não há esperança
desse a mão... mente bom para arrancar um peque- nem amor, pois os que um dia mais
Mas nunca ninguém te explicou nino sorriso que seja e já ninguém é amaste são agora o passado que te
isso... suficientemente especial para te ale- faz crescer para o futuro!
Perdeste tempo e pessoas na tua grar. Olhas para o sorriso da tua mãe
vida e sentes-te humilhado, trocado, e já nem isso te faz feliz. Morreste
de coração partido, sem vontade de por dentro, ninguém se apercebeu e Cataryna
lutar pelo que perdeste, e é tarde, e quando os tentaste avisar acharam 11º E

...

É difícil escrever, quando as palavras


Verdade, em parte,
mas o frio que
somos levados a
É DIFÍCIL
se começam a esgotar. É difícil es-
crever, quando todo o meu corpo
idealizar é errado.
Tremo, porque a tua ESCREVER
treme. As mãos tremem. Têm medo alma está tão gelada
de escrever o errado, de expressar que é impossível não
alguns sentimentos atravessados na tremer.
garganta. Atravessados no coração. Ritz Mitz
Quero ser forte, e por isso digo que É difícil escrever, quando já me 11º A
os meus tremores se devem ao frio. arrancaste todas as palavras.

Escrever é um prazer
Mas nem todos o fazem bem
Há quem rime sem querer
JO S É
E há quem escreva como ninguém.
Escreve sobre o que quiseres CARDOSO
Escreve sobre o que vives
Escreve apenas porque queres
Eu vou escrever sobre José Cardoso Pires
P IRES
Foi jornalista e redactor de publicidade
Escreveu um pouco sobre tudo
Com uma carreira de inquietação e deambulação
Não copiou o estilo de ninguém
Mas escrevia com qualidade
Eu considero-o um sortudo
Pois escrevia com alma e coração.
Por haver quem reconheça a sua escrita
Escrever liberta-nos
É um homem que não teve tudo
E trava muitas lutas
Mas cuja alma ainda palpita
A escrita influencia-nos
Conseguiu abrir uma portinhola
E cria muitas disputas
Para me dar gosto escrever
O importante é ter prazer ao escrever
Deu o nome à nossa escola
Não é preciso o nosso nome ficar para a história
E permaneceu vivo depois de morrer.
Para mim escrever faz-me viver
E eu sinto a minha glória Ana Rita
Mas Cardoso Pires foi mais além 12º B

Relações.... tão difíceis de cimentar,


no entanto tão fáceis de acabar.
Porquê? Porque será que uma
Talvez porque nunca
foi real... foi apenas
fingimento... apenas
R ELAÇÕES
relação demora tanto a crescer, a algo em que se que-
que, na realidade, por detrás de uma
consolidar-se, se, num ápice, aca- ria desesperadamente acreditar,para
aparente solidez e equilíbrio, é tão
ba... assim... de um momento para o assim preencher um desconhecido
terrivelmente frágil?
outro? vazio...
Porque será que a confiança nasce Porque só mesmo um duro, aliás,
tão tímida, encolhida, hesitante, se duríssimo golpe pode acabar com André Pinto
não mostra hesitação em desapare- uma relação... ou será que não? 11º E
cer? Qual o propósito de construir algo

Página 6 Olhares
ESCRITA CRIATIVA
Fotografia e texto de:
«Luz e sombra, dois caminhos paralelos entre os quais oscilamos.
Som e silêncio. Espelhos que se reflectem e nos seduzem... Joana Franco
como encanto de canto oculto. Transparência e enigma. Assim é a vida!» 11º A

A SSA TEM PO S
SOLUÇÕES MOTS CACHÉS

S O PA DE LETRAS

__ R
__ E
V E ??
__ __
__ T
M _ __I_N
__ _A _ _L_ __A __ _V
A E__Z -- __V__O__U__ S
_ __

Olhares Página 7
Partilha de experiências
LEITURAS de livros lidos pelos alunos
Título da obra: nova, Bella, para seu desagrado, atrai a atenção de diversos
rapazes e rapidamente arranja um extenso grupo de amigos.
Crepúsculo Na aula de Biologia, Bella senta-se ao pé de Edward Cullen
Autor: que, aparentemente, sente repulsa pela sua presença.
Stephenie Contudo, nos dias seguintes, tornam-se mais próximos e, um
dia, Bella quase é atropelada no parque de estacionamento
Meyer da escola. Para sua surpresa, Edward consegue parar o carro
Crepúsculo é um apenas com as mãos antes de este a atingir.Bella fica então
romance espantoso obcecada ao descobrir como é que Edwardfoi capaz de a sal-
de Stephenie Meyer, var. Eventualmente, consegue convencer um amigo da
lançado no dia 5 de família, Jacob Black, a contar-lhe lendas sobre as tribos locais
Outubro de 2005, e e chega à conclusão de que Edward Cullen é, na verdade, um
faz parte de uma série vampiro, mas que só bebe o sangue de animais. Edward con-
de cinco livros: fessa-lhe também que a evitava porque o cheiro do seu
Crepúsculo,Lua Nova, sangue era, para ele, uma tentação constante. Com o tempo,
Eclipse, Amanhecer e Edward e Bella apaixonam-se. Contudo, a sua recente
Sol da Meia-Noite. A relação é posta em perigo com a chegada de James, um
adaptação cinemato- vampiro que gosta de caçar pessoas e, por vezes, animais
gráfica do primeiro por desporto. James decide tornar Bella o seu próximo alvo.
volume estreou em Os Cullen (Edward e os seus pais e irmãos adoptivos) deci-
Portugal no dia 4 de Dezembro de 2008 e foi, de imediato, dem distrair James, ao separar Edward e Bella. Bella é man-
um sucesso estrondoso. dada para um hotel em Phoenix. Aí, recebe uma chamada de
Rotten Tomatoes, o célebre site de classificação de filmes, James que diz ter a sua mãe e que, para a salvar, Bella tem
atribuiu a Crepúsculo uma classificação de 50 em 100, o que que se entregar. Ela obedece e James ataca-a, porém, os
considero ser bastante injusto. Afinal, o filme, assim como o Cullen conseguem salvar Bella e destruir James antes que
livro, tem todas as características para ser extraordinário: um este a consiga matar. Bella tinha, entretanto, sido mordida
romance proibido adolescente entre uma rapariga humana e por James mas Edward consegue extrair o veneno do seu
um rapaz vampiro particularmente atraente, alguma cono- corpo antes que se alastrasse e a transformasse permanen-
tação filosófica e uma lição de moral sobre Bem versus Mal. temente num vampiro.
As personagens são imediatamente cativantes e o enredo é Ao regressar a Forks, Bella e Edward vão juntos ao baile de
alucinante. finalistas, onde Bella expressa a vontade de se transformar
O romance conta a história de Isabella "Bella" Sw an, que se num vampiro, mas Edward recusa.
muda de Phoenix, Arizona, para Forks, em Washington, para
ir viver com o pai. Decide fazê-lo para que a mãe, Renée, Jezebel James
possa viajar com o seu novo marido, Phil Dwyer. Na escola 9º C

Título da oficial do exérc


ito e opositor ao regime de Salazar. A investi-
gação da sua morte é levada a cabo por Elias Santana,
obra: Inspector da Polícia Judiciária. A sua investigação baseia-se
Balada da nas confissões de Filomena Ataíde (Mena), amante de Dantas
Castro. Mena, nas suas declarações, fala da fuga de Dantas
Praia dos Castro da prisão de Elvas e dos seus relacionamentos com o
Cães major, os maus tratos a que era sujeita, entre eles o de ser
Autor: queimada com pontas de cigarro.Fala também do seu rela-
cionamento com o arquitecto Fontenova, o cabo Barroca e o
José Cardoso advogado Gama e Sá, cúmplices de Luís Dantas Castro quan-
Pires to à sua oposição ao regime. Quanto à morte de Dantas,
Informações sobre o Mena confessa que o matou, juntamente com o arquitecto e
autor: José Cardoso o cabo, porque o major estava descontrolado e eles achara m
Pires nasceu na Aldeia por bem matá-lo antes que ele fizesse qualquer coisa de que
de Peso, Castelo Bran- se viesse a arrepender.
co, a 2 de Outubro de
1925 e morreu a 26 Citações: "Elias quase não interrogou o arquitecto, quase não
de Outubro de 1998, interrogou o Barroca. Recebeu-os já confessados e passados
em Lisboa. É conside- alimpo dentro dum dossier da PIDE. (…) "Foram expurgados
rado um dos mais importantes escritores portugueses con- os factos que integram crimes contra a segurança do
temporâneos. A sua obrafoitraduzida em diversas línguas e Estado", previnem os autos" (p.259).
distinguida com vários prémios, entre eles o Prémio Pessoa,
em 1997. Outras obras do autor, individualmente, foram tam- Comentário: Na minha opinião, é uma obra interessante,
bém alvo de prémios. Este livrorecebeu o Grande Prémio de porque, além de retratar o Portugal dos anos 60, o descon-
Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. tentamento dos militares com o regime e a interacção entre
Outras obras do autor: O Delfim; O Hóspede de Job; a polícia Judiciária e a PIDE, retrata também a falta de cama-
Alexandra Alpha; De Profundis Valsa Lenta. radagem entre eles, ao ponto de matarem o major para "não
Resumo: Esta história começa com a descrição de um se queimarem".
cadáver encontrado na Praia do Mastro por cães. Esse Rui Capelas
cadáver corresponde ao do major Luís Dantas Castro, antigo 10º A

Página 8 Olhares
D IA M UNDIAL D A

NA ESJCP
A LIMENTA Ç Ã O
16 |D E |O U T U B R O
O Dia Mundial da
Alimentação come-
mora-se na escola
há três anos e a ideia
foi trazida a partir

ACONTECEU
do Projecto de
Intervenção de Saúde
Escolar (PISE).

A dinamizadora das actividades


desenvolvidas neste dia foi a profes-
sora de Educação Física, Madalena
Tavares, que lançou o desafio à
turma C do 9º ano, tendo esta optado
por um almoço vegetariano. As alu-
nas que colaboraram no projecto tra-
balharam no refeitório da escola
durante seis horas seguidas, ao
longo do dia de quarta-feira, com o
apoio de três mães, que deram o seu
contributo na confecção de alguns
pratos.
A primeira actividade foi um almoço
vegetariano, cuja ementa constou de
quiches e feijoada vegetariana. Para
acompanhar a refeição, foi servida
uma sangria sem álcool e sumos e,
como sobremesa, uma belíssima sa- Pires, General Humberto Delgado e param nas actividades. Apesar de
lada de frutas. ainda o Centro de Saúde de SAC. De tudo, a participação foi muito fraca e
Após algumas entrevistas realizadas entre as actividades desenvolvidas, esperamos que, numa próxima inicia-
aos presentes, pudemos concluir que destacaram-se as seguintes: marcha, tiva, todos os elementos da comu-
foi uma iniciativa positiva, que criou flexões, redacção de frases criativas nidade escolar estejam presentes.
um bom convívio entre todos os ele- sobre o dia da alimentação e jogos Deixamos os parabéns ao PISE, aos
mentos presentes e, por isso, deveria sobre a roda dos alimentos. alunos do 10º ano do Curso Tec-
repetir-se noutras datas. Os participantes receberam diplomas nológico de Desporto, aos agrupa-
A segunda actividade, mas não de participação e folhetos infor- mentos e a todos os participantes
menos importante, foi uma caminha- mativos sobre a alimentação e tudo que colaboraram no Dia da Alimen-
da pelo circuito de manutenção, que isto com o acompanhamento de mú- tação.
teve início às 18 horas e 30 minutos. sica. Foi uma tarde bem aproveitada,
Realizaram-se múltiplas actividades num ambiente de festa com alunos,
João Miranda
ao ar livre, que tiveram numa acção professores, enfermeiros e encar-
conjunta as escolas José Cardoso
9º A
regados de educação que partici-

Olhares Página 9
NA ESJCP JA N TA R
D E N ATA L
Mais uma vez, e de
acordo com a
tradição, a nossa
escola organizou um
jantar de Natal que
contou com
a presença
de 80 pessoas,
entre professores,
alunos e pessoal não
docente.
Este ano, houve algumas inovações,
ACONTECEU

entre as quais a decoração da sala,


cuja responsabilidade foi da nossa
arquitecta Rosvita Neves, coadjuvada
por dois professores "antigos". O jan-
tar foi organizado pelo órgão de
gestão da escola e contou com o
auxílio de duas funcionárias do
refeitório e de alguns alunos do CEF res". De realçar que a participação de ciativas desta natureza e, natural-
Bar, a quem muito agradecemos. ambos contribuiu, em muito, para a mente, com a presença de todos
A animação esteve a cargo dos pro- satisfação total dos presentes, geran- quantos queiram nelas participar.
fessores Madalena Tavares e Alfredo do um ambiente geral de boa dis-
Brissos e contou com a presença de posição. O jantar decorreu de forma
alunas dançarinas e de alguns profes- muito animada, saudável e agradá- Professora Fátima
sores candidatos a "cantores/acto- vel. Esperamos poder contar com ini- Mascarenhas

V IS IT A S D E E S T U D O
TE AT R O D A tração do bom teatro português,
podemos ainda ver que pretende
alargar-se para as outras artes, como
o cinema, a pintura e a escultura,

M ALAPOSTA para as quais foram criadas salas


próprias. Existe também uma
videoteca apenas com entrevistas ou
documentários de realizadores de
todo o mundo (a maior da Europa),
Na sexta-feira, no dia 30 de Janeiro da de se ver! uma sala para encontros de música e
deste ano, deslocámo-nos ao teatro Já lá dentro, a visita foi guiada pela outra para espectáculos mais
da Malaposta para uma visita aos Senhora Dora Santos e pelo Director pequenos.
bastidores deste conhecido palco técnico da Malaposta, António Agora não vamos desvendar mais
português. Plácido, que mostraram sempre segredos deste maravilhoso sítio por
O meio de transporte utilizado era da muita simpatia e disponibilidade para descobrir, o que deixamos por vossa
responsabilidade de cada um e ainda as nossas perguntas e pedidos cons- conta.
houve alunos que foram acompanha- tantes.
dos por um professor numa camione- Para além de vermos que o teatro da Catarina R.
ta pública, uma viagem até engraça- Malaposta é uma excelente demons- 9º C

Página 10 Olhares
ID A A O

NA ESJCP
CINEMA
No dia 3 de
Novembro,
as turmas do 9º ano
deslocaram-se ao
centro comercial
Loureshopping,
para assistir
ao filme
"Entre les Murs"
(A Turma),
que teve a duração
de 2 horas.
dicar-nos como alunos e como seres Houve alguns problemas técnicos
Foi um dia muito agradável e sem
humanos. durante o filme mas nada que não
chuva.
Os actores representam alunos com fosse resolvido numa questão de

ACONTECEU
O filme retratava uma escola france-
personalidades e culturas diferentes minutos. De resto, correu muito bem,
sa de hoje em dia e espelha também
que também têm as suas divergên- e divertimo-nos todos.
inúmeras situações que se passam
cias. Contudo, percebem que, apesar
hoje nas nossas escolas. Este filme
das suas diferenças, possuem um João Miranda
ensina-nos que devemos pensar
objectivo em comum.
sempre antes de agir, evitando preju- 9º A

ID A A O
T E AT R O
No dia 6 de Fevereiro do A acção passa-se
numa aldeia ita-
ano em curso, os alunos liana com poucos
das turmas do 9º ano habitantes, onde
A, B e C reuniram-se no o dia-a-dia sofre
uma reviravolta
Teatro da Malaposta, com a chegada
juntamente com de D. Adina e do
os professores seu mordomo,
Joseph, que re-
Alfredo Brissos, gressam à sua
Fátima Mascarenhas É uma história de amor aparente-
aldeia natal durante a 2ª Guerra
mente impossível e cujo fio condutor
e Deolinda Peralta, Mundial. Nemorino, personagem
é o humor.
interpretada por Diogo Morgado,
para assistir ao apaixona-se perdidamente por
No final da peça, os alunos tiveram a
espectáculo musical oportunidade de estabelecer contacto
Adina, personagem interpretada por
com os actores em cena e com ou-
"O Elixir do Amor". Elsa Galvão, que, entretanto, fica
t
ros que foram apenas assistir.
noiva do sargento Belcore.
Numa visita anterior aos bastidores, Resumindo e concluindo: usufruímos
Entretanto, surge o Dr. Dulcamara,
foi-nos explicado todo o funciona- de um momento de convívio único e,
que tenta vender um elixir capaz de
mento do teatro. ao mesmo tempo, adquirimos novos
sarar todos os males. Embora este
A peça decorreu num ambiente muito conhecimentos na área da represen-
seja um charlatão, Nemorino, que
divertido, tendo envolvido os espec- tação.
entretanto lhe comprara um frasco do
tadores e até mesmo os actores em elixir, acaba por ver correspondida a Inês Ferreira e Mariana Varela
palco. sua paixão por Adina. 9º C

Olhares Página 11
NA ESJCP
UM DIA DIFERENTE N O

M USEU D O
A ZULEJO
No dia seis de
Novembro de 2008,
os alunos do Curso de
Educação e Formação
Artesão Pintor de
Azulejo II,
acompanhados pelos
seus professores,
realizaram uma visita
de estudo ao Museu
Nacional do Azulejo
em Lisboa e ao
Museu da Cerâmica
em Sacavém,
ACONTECEU

com o objectivo Ficámos deslumbrados com a beleza Howorth, devido a problemas finan-
de complementar e a riqueza da igreja Madre de Deus, ceiros. Este inglês introduziu novas
cujas paredes estão revestidas de técnicas da produção oriundas do
as aprendizagens ouro e azulejos de tonalidade azul. Reino Unido. Em poucos anos, esta
específicas do curso. Ficámos igualmente impressionados fábrica de loiça tornou-se numa das
com um painel de azulejos que repre- mais importantes de Portugal, no
Partimos da escola às 10h, rumo ao senta uma panorâmica de Lisboa ramo da produção de cerâmica.
Museu Nacional do Azulejo, em antes do terramoto de 1755. Esta Manteve-se em funcionamento até
Lisboa. Tínhamos uma visita guiada obra, atribuída a Gabriel del Barco, 1983. A sua falência foi declarada em
marcada para as 10h45. Quando tem 23 metros de comprimento. 23 de Março de 1994. No local onde
chegámos, tirámos algumas Vimos ainda uma sala referente à se erguera a fábrica, nasceu uma
fotografias junto à fachada exterior azulejaria contemporânea, onde nova urbanização, o Real Forte, tendo
do museu, bem como no seu jardim encontrámos painéis da autoria de sido construído no seu interior, em
interior. Paola Ferreira, Cecília de Sousa, torno de um antigo forno de doze
O Museu Nacional do Azulejo está Manuel Cargaleiro, Eduardo Nery, metros de altura, o Museu da
instalado no antigo Convento da Querubim Lapa… A guia explicou-nos Cerâmica. O museu foi inaugurado
Madre de Deus, fundado em 1509 que, nos últimos anos, o azulejo tem em 7 de Julho de 2000. Em 2002, foi
pela rainha Dª Leonor. O museu foi sido integrado em modernos progra- galardoado com o Prémio Michelett i
criado em 1980 e contempla alguns mas arquitectónicos, como, por de Melhor Museu Europeu do Ano, na
dos mais significativos exemplares da exemplo, no Metropolitano de Lisboa. categoria de Património Industrial.
azulejaria nacional do séc. XV até aos Os pintores e os ceramistas contem- Começámos a nossa visita por uma
nossos dias. porâneos têm proposto o uso do exposição temporária que apresenta-
A primeira sala que visitámos apre- azulejo em grandes contextos va loiças sanitárias, domésticas e
sentava uma amostra técnica de urbanos, o que tem contribuído para decorativas, cedidas por particulares,
manufactura do azulejo, bem como a sua renovação e ligação aos tempos com o objectivo de mostrar o que de
alguns exemplos de decoração. modernos. Observámos com atenção melhor se fazia na fábrica. À medida
Vimos painéis de azulejo com motivos uma exposição temporária de Ana que fomos percorrendo o museu, a
geométricos, florais, de laçarias e alu- Cordoval, constituída por painéis de guia foi explicando a história e a
sivos à época do Renascimento. A azulejos alusivos às fachadas das importância da fábrica para a cidade
guia falou-nos da técnica do picotado casas de Lisboa e um abecedário de Sacavém e para Portugal.
e mostrou-nos uma obra-prima da inspirado nos padrões de fachada da Regressámos à escola às 17h, satis-
azulejaria portuguesa, datada de azulejaria portuguesa. feitos com tudo o que vimos e apren-
1580, que consiste num painel de À tarde, fomos até ao Museu da demos. Foi um dia enriquecedor, pois
1344 azulejos, intitulado "Painel de Cerâmica de Sacavém, pertencente ampliámos os nossos conhecimentos
Nossa Senhora da Vida". ao concelho de Loures. Trata-se de efortalecemos as nossas relações de
Percorremos várias salas com azule- um espaço museológico, destinado a amizade.
jos de padrão dos séc. XVII e XVIII, preservar o antigo núcleo da Fábrica
provenientes de conventos e de Loiça de Sacavém que começou a
mosteiros de Lisboa e Coimbra, alu- laborar em 1856, dirigida por Manuel Turma do
sivos à religião e aos Descobrimen- Joaquim Afonso, e que acabou por
tos. ser vendida a um inglês, John Stott C.E.F.Artesão Pintor de Azulejo II

Página 12 Olhares
Associação

NA ESJCP
de
Estudantes
A Associação de Estudantes
é constituída por um grupo
de jovens de uma
determinada escola,
que representa os alunos,
pois estes também
são sujeitos de intervenção
na escola, sendo a

ACONTECEU
Associação que estabelece
essa ligação.

Assumindo esse papel, a Associação de


Estudantes impulsiona uma participação activa
em todas as actividades da Escola, colaborando em todas c) estabelecer a ligação da escola e dos seus associados
as iniciativas de divulgação e promoção, envolvendo-se, àrealidade;
com responsabilidade, na monitorização da actividade d) defender e promover os valores fundamentais do ser
lectiva e no bom desempenho pedagógico. humano;
No fundo, é este o papel de uma Associação de e) contribuir para a participação dos seus membros na
Estudantes e o que a define: a vontade de representar a discussão dos problemas educativos;
escola e fazer algo por ela, o desejo se lutar pelos inte- f) cooperar com todos os organismos estudantis;
resses dos estudantes, tentar fazer algo. g) dignificar a Escola, os seus cursos e os seus alunos,
Em síntese: junto da sociedade onde se insere;
O que compete então à Associação de Estudantes é: h) garantir o direito de participação dos alunos.
a) representar os estudantes e defender os seus interes-
ses;
b) promover a formação cívica, física, cultural e científica
A.E.
dos seus membros;

Está já a decorrer o
concurso para a
criação de um
CONCURSO
logótipo do Clube de

CRIAÇÃO DE UM
Línguas.
Todos os alunos
podem concorrer.
Há prémios para os
melhores trabahos!
Informa-te junto
dos teus professores
de Inglês, Francês
ou de Artes.
LOGÓTIPO PA R A O
Consulta
o Regulamento e
habilita-te.
Vale a pena!
CLUBE DE LÍNGUAS
Olhares Página 13
S O PA DE LETRAS
PA S S ATEMPOS

A B ATIMENTO CREPITANTE PINGADEIRA


AFA N O ESTA G N A PONTIFICADO
ANDANTE EMIGRAR S O P O RTAL
ARQUIMANDRITA ESPECTACULOSA Soluções na página 7

BANANO LAÇAROTE
BELTRANA LINEANA Joana
CORREADA LONGARINA 9º C

Se és loira e tens o tom de pele páli-


do, aconselhamos-te um bege rosado
e o marfim para a tua face.
- Mas se a tua pele é definitivamente
seca, opta pela textura em creme,
mais untuosa e rica em agentes
M ODA
- Se, por outro lado, tens cabelo
preto e o teu tom de pele é rosado,
nutritivos. C ONSELHOS ÚTEIS
aconselhamos-te então um bege Sombra: Roupa
claro ou neutro, areia e o rosa natu- Lenços israelitas,
ral. - Olhos azuis - cores pastéis e gama leggins, sabrinas,
-Pararaparigas com cabelo castanho de cor frias. OUT boinas, malas com
e pele citrina, aconselhamos bege - Olhos castanhos - as cores da terra lantejoulas, xailes,
dourado. realçam a impressão de quente; calças à boca de
- Mas se, finalmente, a cor do teu aproveita o rosa e o lilás. sino, saias de pregas, calças até à
cabelo for ruiva e a pele azeitona, - Olhos verdes - Tons verdes com cintura, camisolas da avó.
aconse-lhamos o bege rosado. contraste rosa.
Malas XXL, calças
Tipos de pele: Lábios: IN largas, blusões de
- Se achas que a tua pele é demasia- cabedal, casacos
do oleosa, usa maquilhagem sem Para o dia-a-dia, se tiveres pele clara, com botões grandes,
óleo, de textura fluida ou mousse. utiliza nos lábios um tom rosa brincos grandes.
- Se a tua pele está entre o seco e o choque; se tiveres pele intermédia,
oleoso, então utiliza maquilhagem utiliza rosa vivo; mas, se tiveres pele Mariana
líquida e livre de óleos. escura, opta pelo rosa pálido. 9º C

Página 14 Olhares
PA S S AT E M P O S
Uma versão em Francês da

S O PA DE LETRAS:

Retrouve dans la grille les mots de la liste.


Les mots qui restent te donneront une question.
Petales
Fraises
Fleurs
Bourgeon
Secateur
Gants
Oiseau
Feuille
Terre
Caisse
Arrosoir
Table
Plante
Pot en terre

__ __ __ __ - __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ ?
Dans: Jeunes

Soluções na página 7

Soluções na página 7
Professora Graciete Carvalho

Olhares Página 15
DESTA Q U E
DIZ NÃO
À VIOLÊNCIA
NO NAMORO HÁ TERNURA.
HÁ CONQUISTA, HÁ CARINHO...

MAS

NO NAMORO EM PORTUGAL

- 1 EM CADA 4 -

TAMBÉM EXISTE VIOLÊNCIA.

MUITAS VEZES ESCONDIDA,


POR VERGONHA...

A ESTA SITUAÇÃO DIZ NÃO!

A VIOLÊNCIA NUNCA
ESTÁ ASSOCIADA AO AFECTO!
EM

ONDE HÁ VIOLÊNCIA
NÃO HÁ AMOR!

É importante que jovens,


rapazes e raparigas, renovem o
modo de viver o afecto!
É importante que não aceitem
passivamente comportamentos
errados, como uma fatalidade!

Temos o direito e o dever de


escolher como queremos viver
uma relação...

A violência no afecto é inaceitá-


vel e permanece ao longo da
vida, muitas vezes, por quem a
manifesta no namoro.
W W W. A M O R V E R D A D E I R O . C O M . P T
Há a esperança de mudar o
outro... mas o outro só muda SE
e QUANDO sentir que o deve
fazer.

A nossa opção é sempre a


dignidade de não aceitar
o inaceitável!

A VIOLÊNCIA NUNCA TEM


MOTIVO PARA EXISTIR E
SER ACEITE COMO
COMPORTAMENTO!
NUNCA!

Professora Conceição Castro


no blogue colectivo
Quem És tu?
http://quemestuquemestu.blogspot.com

Página 16 Olhares

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