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PerCeBer Informes da Revolução

Partido Comunista Brasileiro www.pcb.org.br


N° 193– 27.01.2011
.

PCB dirige comunicado à Nação O Comitê Central do PCB se dirige à


Nação para analisar a situação do
Manifesto a todos Brasil neste início de 2011. Concluí-
mos que o capitalismo prepara novas
os que lutam por manobras para aumentar a explora-
ção sobre os trabalhadores e que não
uma sociedade justa há condições para uma aliança de
governabilidade com a burguesia: o
e livre de qualquer rumo para a emancipação dos traba-
lhadores precisa ser a revolução soci-
alista e, para levar a ela, é necessário
tipo de opressão formar uma Frente Anticapitalista e
Anti-imperialista.
Eis o comunicado:
A cada dia que passa, fica mais clara, para
todos, a natureza excludente do capitalismo:
aumentam as expropriações sobre o traba-
lho, reduzem-se os direitos sociais, desvalo-
riza-se a força de trabalho, diminuem as
perspectivas para os jovens trabalhadores,
pioram as condições de vida da imensa mai-
oria da população mundial, enquanto um
número cada vez menor de empresas obtém
A classe trabalhadora não pagará pela crise! É com essa lucros crescentemente obscenos, ampliando
disposição que o PCB convoca os trabalhadores para uma o apelo ao consumo exacerbado e provocan-
união além das eleições, para lutar contra os novos truques do mais destruição dos biomas e dos recur-
da exploração capitalista, maquiados como “reformas”
sos naturais da terra.
A atual crise econômica, com seus tentáculos es- cos de saúde, educação,
que não se esgotou nos palhados pelo mundo, os previdência, impondo a
Estados Unidos e se a- oligopólios exploram redução de salários e a
lastra pela Europa e por mais e mais a classe tra- precarização dos empre-
outras regiões do plane- balhadora, constituindo gos; a lógica e a funda-
ta, reafirma as tendên- enormes e poderosas o- mentação essencial é a
cias do capitalismo: as ligarquias, formando a- de que o mercado é a
grandes empresas estão quilo que Lênin chamou melhor estrutura para a
cada vez mais interna- de imperialismo. organização da econo-
cionalizadas, buscando Os governos da social- mia e da sociedade; o
explorar novas oportuni- democracia, em todo o mercado é absoluto e in-
dades de mercado, salá- mundo, se aproximam tocável, cabendo aos
rios baixos, matérias- mais e mais do pensa- “mais fortes, mais com-
primas e outros insumos mento, das proposições e petentes e mais ousa-
de produção mais bara- das ações políticas libe- dos”, os lucros e frutos
tos. Unindo-se aos gran- rais e neoliberais, im- de seu esforço e, aos
des bancos e forjando plementando cortes de mais fracos, a desespe-
fusões, trustes e cartéis gastos públicos, sucate- rança.
dos mais variados tipos, ando os sistemas públi-
América do Sul, e Israel, no Oriente
Médio, mas também pelas alternativas
moderadas que levam ao pacto social e
à neutralização da capacidade de luta
dos trabalhadores, como as que ocorre-
ram no Chile com Bachelet ou no Brasil
com Lula. Por isso a luta anticapitalista
e anti-imperialista exige a solidariedade
internacional, não como mero ato de so-
lidariedade, mas como ativa participa-
ção na luta contra o império do capital.

Os valores e ideias que sustentam e a-


poiam tais políticas são os mesmos que
justificam o individualismo, a exclusão
e a desigualdade social como inerentes à
vida em sociedade e ao “ser humano”.
Estas ideias e valores, apesar de sofre- O capitalismo, no Brasil, é monopolista,
rem cada vez mais oposição em muitos dispõe de instituições consolidadas e as
países, ainda seguem hegemônicas na empresas que aqui atuam estão, em sua
maior parte do planeta, contaminando, grande maioria, perfeitamente integra-
ainda, movimentos sociais e organiza- das à economia mundial. O capitalismo
ções de trabalhadores. O sistema políti- brasileiro atingiu um grau tamanho de
co-eleitoral burguês mais e mais se tor- maturação que as lutas sociais e a resis-
na refém dos grandes grupos econômi- tência dos trabalhadores na defesa de
cos que financiam as campanhas dos seus direitos mais imediatos, como o
partidos da ordem e controlam a mídia salário, as condições de trabalho, os di-
capitalista. A participação popular fica reitos previdenciários, o pleno acesso a
restrita ao ato de votar. uma educação pública de qualidade, ao
atendimento de saúde, à moradia digna,
Os estados capitalistas mais desenvolvi- aos bens culturais e ao lazer se chocam
dos, reunidos em blocos políticos e eco- hoje não com a falta de verbas ou de
nômicos, apresentam crescentes contra- projetos de desenvolvimento, mas com
dições, oposições internas e disputas en- a lógica privatista e de mercado que
tre si, mas seguem sua escalada de a- transforma todos estes bens e serviços
ções políticas, econômicas e militares em mercadorias. Assim é que a luta pe-
para defender seus interesses estratégi- los direitos, pela qualidade vida e dignas
cos por todo o mundo, buscando repri- condições de trabalho é hoje uma luta
mir toda e qualquer manifestação con- anticapitalista.
trária à ordem do capital. Daí a perma-
nente ação de desestabilização, bloqueio O desenvolvimento do capitalismo bra-
e sabotagem de qualquer forma alterna- sileiro está, de forma profunda e incon-
tiva, sejam as experiências de transição tornável, associado ao capitalismo in-
socialista como Cuba, ou mesmo gover- ternacional, sendo impossível separar
nos populares como os da Venezuela, onde começa e onde acaba o capital
Bolívia e outros. Esta ação do imperia- “nacional” e aquele ligado à internacio-
lismo é reforçada pela subserviência nalização das grandes empresas trans-
descarada de governos vassalos do im- nacionais.
perialismo, como o da Colômbia, na
capital em geral e da própria burguesia.
Não passa de uma grande falácia a pro-
paganda de alguns partidos ditos de es-
querda em defesa de uma alternativa
nacional em que se inclua a burguesia,
ou seja, no sentido de um “capitalismo
autônomo”.

Somente a alternativa socialista, pela


via revolucionária, nos aparece como o
objetivo maior a ser alcançado, constitu-
indo o norte balizador de todas as ações
O desenvolvimento dos monopólios, das e iniciativas verdadeiramente transfor-
fusões, da concentração e centralização madoras. Entendemos que a revolução
dos principais meios de produção nas socialista é um processo complexo e de
mãos de grandes corporações monopo- longo prazo, que envolve múltiplas
listas, nos setores industrial, bancário e formas e instrumentos de luta. Para que
comercial, torna impossível separar o este objetivo se viabilize, será necessá-
capital de origem brasileira ou estran- ria a união de todas as forças que identi-
geira, assim como o chamado capital ficam no capitalismo e no imperialismo
produtivo do especulativo, já que nesta as causas mais profundas do quadro ex-
fase o capital financeiro funde seus in- cludente atual e os inimigos centrais a
vestimentos tanto na produção direta serem derrotados, sejam estas forças
como no chamado capital portador de partidos políticos, grupos, entidades,
juros e flui de um campo para outro, de movimentos sociais ou pessoas que se
acordo com as necessidades e interesses colocam em oposição à ordem burguesa
da acumulação privada, sendo avesso a hegemônica, que defendem a justiça e a
qualquer tipo de planejamento e contro- igualdade social, que propõem cami-
le. nhos e realizam lutas e ações políticas
Não há, portanto, contradição entre o no sentido da mudança radical da reali-
desenvolvimento do capitalismo nacio- dade.
nal e os interesses do capitalismo cen-
tral, pelo contrário, aquele passa a ser a Faz parte da luta contra a hegemonia
condição do desenvolvimento deste. Por conservadora no Brasil a superação da
tudo isso, entendemos que a luta antica- divisão das forças socialistas, populares
pitalista hoje é, necessariamente, uma e revolucionárias. A fragmentação das
luta anti-imperialista. nossas forças é alimentada não apenas
pela capacidade de cooptação e neutra-
Não há perspectivas, pois, da formação, lização estatal e governista, pela violen-
no Brasil, de alianças entre a classe tra- ta manipulação ideológica imposta tanto
balhadora e a burguesia com vistas à pela grande mídia a serviço do capital
construção de um governo que pudesse quanto pela escalada consumista impin-
desencadear um processo de pleno de- gida às camadas trabalhadoras (não de
senvolvimento social com qualidade de bens e serviços essenciais, mas de bugi-
vida e bem-estar, com amplo acesso dos gangas do reino mágico das mercadori-
trabalhadores aos bens e serviços essen- as), mas também pelas dificuldades no
ciais à vida; tampouco existe a possibi- campo da esquerda de produzir patama-
lidade de uma união entre empresários e res de unificação mínimos que permi-
trabalhadores brasileiros para o enfren- tam passar à ofensiva contra a hegemo-
tamento ao “capital estrangeiro”, dada a nia burguesa.
internacionalização das empresas e do
tas encaminhadas pelas organizações
que a compõem, as quais continuarão a
levar adiante as lutas específicas que
empreendem.
Como bandeiras de luta, sugerimos que
a Frente priorize:

• a luta pela reforma agrária e pela


reforma urbana;
É hora de dar um salto de qualidade na
busca de unidade prática dos movimen- • a luta pela Petrobrás 100% estatal;
tos sociais, forças de esquerda e entida-
des representativas dos trabalhadores, • a luta pela reestatização da infraestru-
no caminho da formação de um bloco tura produtiva, da geração e distribui-
proletário capaz de contrapor à hege- ção de energia, das grandes empresas
monia conservadora uma real alternati- industriais e financeiras;
va de poder popular em nosso país.
Como instrumento organizador coletivo • a luta contra a precarização do traba-
e construtor do caminho revolucionário, lho e pela ampliação dos direitos soci-
propomos a criação de uma Frente An- ais;
ticapitalista e Anti-imperialista.
• a luta pela expansão da educação, da
Uma vez criada, esta frente não será previdência, da assistência social e da
propriedade de nenhum partido, organi- saúde públicas, gratuitas e de qualida-
zação ou grupo, constituindo-se como de para a totalidade da população;
móvel estruturador das ações políticas e
organizativas nos planos da luta das i- • a luta pelo controle estatal das comu-
deias, dos movimentos de massa e das nicações, para a sua democratização;
lutas institucionais. Nem a linguagem a
ser utilizada, tampouco as formas de lu- • a luta em defesa dos povos e governos
ta a serem empregadas pela frente serão progressistas da América Latina e de
ditadas por esta ou aquela organização, todo o mundo;
mas construídas em conjunto: as deci-
sões da Frente deverão ser tomadas por • a defesa do povo palestino pelo seu
consenso. direito à autodeterminação.
O programa político da Frente deverá Rio de Janeiro, janeiro de 2011.
ser composto pelos grandes eixos de lu- Partido Comunista Brasileiro
ta de cada plano de ação; não será, as- – PCB – Comitê Central
sim, apenas o somatório simples das lu-

nhamos mostrado nos últi-


mos decênios uma grande
As perspectivas capacidade para nos enten-
dermos com os vizinhos do
de unidade lado direito, enquanto que
em troca não logramos, na
da esquerda maioria dos casos, estabele-
cer relações, alianças está-
É curioso e sintomático que veis e progressivas com
Comandante Schafik Handal*
os partidos comunistas te- nossos vizinhos do lado es-
querdo.
Na medida que persistem dogmático de que o partido
em sua luta, e seus erros não comunista é, por definição,
os fazem sucumbir, apren- “o partido da classe operá-
dem pouco a pouco de seus ria”, a “vanguarda de luta
reveses, corrigem seus erros anti-imperialista e pelo soci-
políticos e se libertam por alismo” etc, reduz e inclusi-
Entendemos perfeitamente fim de sua enfermidade es- ve bloqueia nossa capacida-
todos os matizes a partir de querdista, ainda que muitas de para compreender que
nós para a direita, suas ori- dessas organizações jamais nas condições sociais e polí-
gens, sua significação, etc., logrem corrigir-se, se não ticas (de classe) engendra-
mas com respeito aos que sucumbem, vegetam inclu- das pelo capitalismo depen-
estão à nossa esquerda, não sive por decênios, como dente na América Latina, é
somos capazes de compre- grupos de catacumba. Dei- impossível que tais organi-
ender a essência mesma do xam de ser revolucionários, zações da esquerda armada
fenômeno de sua existência derivam para o terrorismo deixem de surgir e de existir
e características, nem sua individual. Uma correta li- e que, portanto, é absurda-
significação histórica obje- nha de luta pela unidade da mente indispensável realizar
tiva, nem nossas tarefas para esquerda impulsionada pe- uma sistemática política pa-
com eles. Os comunistas los comunistas, poderia ace- ra elas que combine a luta
latino-americanos não tive- lerar ou ajudar na correção ideológica contra seus erros
mos durante muito tempo dos erros esquerdistas. Mas e a luta pela unidade com
uma linha consistente e sis- os comunistas não podem eles, baseada na elevação
temática para unir todas as jogar esse papel se não cor- real do caráter revolucioná-
forças da esquerda, incluída rigem seus próprios erros de rio, do caráter classista e de
a esquerda armada. direita, seu reformismo. vanguarda de nosso partido.
Não há nada pejorativo nem Entre as causas que torna-
depreciativo na denomina- ram possível o surgimento
ção “vizinhos do lado direi- de organizações revolucio-
to”, é só um recurso para nárias fora das estruturas do
grafar a exposição destas PCS, têm lugar importante
idéias. Os comunistas salva- os traços reformistas de sua
dorenhos, nos orgulhamos e política, os quais já pontifi-
nos sentimos honrados pela quei, sua incompreensão dos
amizade de uma grande par- Enquanto não chega à cor- problemas e possibilidades
te desses aliados, firmes e reção do reformismo, as re- práticas para organizar e
conseqüentes lutadores pe- lações entre os comunistas e desenvolver a luta armada
los ideais democráticos, de a esquerda armada – fazen- nas condições de nosso pe-
independência e progresso do de um lado toda retórica queno e densamente povoa-
social. – se coloca na prática e es- do país (um documento a-
Nisto jogam seu papel vá- sência como a relação entre provado em março de 1968
rios fatores. O principal sem a reforma e a revolução; e praticamente descartava que
embargo é que, no geral – está claro que os reformistas se pudesse desenvolver a
ainda que não em todos os podem entender-se melhor guerra de guerrilhas, exceto
casos – os que à nossa es- com outros reformistas. Es- pra defender o poder revo-
querda empunham as armas sa, acredito, é a explicação lucionário instaurado por
se comprometem em uma de por que os comunistas meio de uma insurreição
luta revolucionária real, co- latino-americanos sabemos geral).
metem muitos erros típicos nos entender melhor com os Mas os erros e debilidades
do esquerdismo em suas co- que estão à nossa direita do do Partido Comunista não
locações políticas, atacando que com os que estão à es- são a causa absoluta do sur-
duramente o Partido dos querda. gimento de ditas organiza-
comunistas, mas acerta num Suponha-se que nisto estão ções como foi alegado por
ponto fundamental: traba- implicados muitos outros alguns. Inclusive se o parti-
lham obcecados por organi- aspectos do problema. Pri- do não tivesse cometido tais
zar e promover a luta arma- meiro o fato de que possam erros teriam surgido uma ou
da que na América Latina e surgir outras organizações mais organizações esquer-
em tantas outras regiões do revolucionárias à margem distas, como o demonstra-
terceiro mundo demonstrou das estruturas de nossos par- ram experiências, entre elas
ser a via da revolução. tidos. O velho discurso a dos bolcheviques.
urbano produto da emigra- constantemente originando
ção rural provocada pelo organizações com frequên-
desenvolvimento do capita- cia maiores que os respecti-
lismo na agricultura; e um vos partidos comunistas.
importante setor pequeno Os partidos comunistas, na
burguês intelectual, também maioria de nossos países,
marginal, nascido da expan- são pequenos e pouco influ-
são da educação média e entes, pese sua média de
universitária, que não tem idade ao redor de meio sécu-
correspondência com as ca- lo.
pacidades internacionais que Na América Latina é este
o estabelecimento econômi- um fenômeno que possui
co nacional proporciona. sua própria sustentação so-
Só quando entendemos esta cial, majoritária na socieda-
questão dos novos agentes de capitalista dependente.
É que ademais de causas sociais criados pela expan- Daí que se analisarmos o
subjetivas existem também são do capitalismo depen- problema só atendendo o
determinantes causas objeti- dente, podemos compreen- discurso das organizações
vas que têm suas raízes na der que a possibilidade do surgidas à margem do Parti-
estrutura de classe e nos fe- surgimento de verdadeiras do (PC), pode se cometer o
nômenos sociais próprios do organizações políticas revo- erro de pensar que se reali-
capitalismo dependente, lucionárias fora das estrutu- zarmos uma luta ideológica
quando o modo de produção ras do partido comunista e política enérgica contra o
e a superestrutura estatal existe objetivamente, e que esquerdismo, desaparecerão
abrigam resíduos de forma- é próprio dos países de capi- estes grupos esquerdistas ou
ções sociais pré-capitalistas talismo dependente muito se reduzirão à insignificân-
ou do capitalismo primitivo. mais que dos países de capi- cia.
Em El Salvador, os proces- talismo desenvolvido.
sos que impulsionaram uma Trata-se de organizações
brusca expansão do capita- que aderem ao marxismo-
lismo dependente tiveram leninismo, que apresentam
lugar nos anos 50 e, sobre- as perspectivas do socialis-
tudo, nos sessenta. Estes mo, em que pese não esta-
processos tiveram em cena rem vinculadas ao Movi-
novos sujeitos sociais, sem mento Comunista Interna-
os quais é impossível enten- cional.
der o leque de todas as for- Todavia, não faltam casos
ças políticas que hoje se em que tais grupos degene- Este esquema fracassou na
confrontam em El Salvador. ram em desprezíveis redutos América Latina; não condu-
Examinemos a questão dos de provocação e divisionis- ziu ao desaparecimento das
novos agentes populares. mo ideológico. organizações “esquerdistas”,
Surgiu uma nova classe ope- Na América Latina, o dis- nem à unidade das forças
rária do processo de indus- curso destas organizações é revolucionárias, senão ao
trialização daqueles anos, muito similar ao esquerdis- enfrentamento dos partidos
mais qualificada desde o mo infantil criticado por comunistas com as demais
ponto de vista técnico, po- Lênin, mas os agentes não organizações revolucioná-
rém com uma consciência são exatamente idênticos. rias. Favoreceu o fortaleci-
de classe muito mais débil Estas organizações apare- mento de correntes refor-
que a velha classe operária cem, inclusive, onde há par- mistas nas fileiras comunis-
artesanal, produto de sua tidos comunistas desenvol- tas e não contribuiu tam-
recente origem social cam- vidos e reaparecem ainda pouco ao amadurecimento
ponesa e pequeno-burguesa quando derrotados e aniqui- do próprio partido, se enten-
provinciana; um proletaria- lados fisicamente. Não são, demos por maturidade não a
do e semiproletariado agrí- pois, propriamente expres- idade mas sim a compreen-
cola muito ressentido por sões da infância do movi- são da vida que nos rodeia, a
sua recente proletarização e, mento operário e dos parti- realidade social e política na
portanto, muito explosivo; dos comunistas, que se su- qual se está imerso e a capa-
um enorme setor marginal pera pelo desenvolvimento cidade de mudá-la.
destes, senão que se repete
Penso que tem uma grande importância a aná-
lise das condições objetivas sobre as quais
surge o fenômeno da proliferação das organi-
zações de esquerda. Tratei de esboçar o pro-
blema, de colocá-lo no terreno objetivo e ofe-
recê-lo assim à discussão.
Estou convencido, repito, de que entender isto
é já ganhar mais da metade das premissas ne-
cessárias para elaborar uma política correta de
unidade das forças revolucionárias e do mo-
vimento revolucionário.
Eu sustento, pois, que independentemente de
que os partidos comunistas cometam erros ou
não, existem raízes na América Latina e ou-
Em numerosos casos algumas dessas organi-
tras regiões de similar desenvolvimento social
zações “esquerdistas” não só cresceram mais
no mundo para que surjam essas organiza-
que o respectivo Partido Comunista, como
ções.
também amadureceram antes dele e conduzi-
______________
ram os trabalhadores e outras classes e cama-
*Reflexões do Comandante Schafik Handal
das populares a realizar vitoriosamente a re-
(1930–2006), formuladas em mensagem ao
volução democrática anti-imperialista e se
Partido Comunista Salvadorenho no início
transformaram, ou se transformam hoje no
da década de 80
partido marxista-leninista que encabeça a
construção do socialismo ou a marcha para
este.

Cidade, emprego, ambiente, juventude:


por um programa revolucionário
Nenhum direito a menos,
só direitos a mais
Ajude um desempregado: reduza a
jornada de trabalho para 40 horas

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A seguir, um manifesto contra a absurda dívida pública brasileira, um capítulo


da cartilha de Marxismo e página colecionável de O Capital em quadrinhos
A CRISE E OS TRABALHADORES: ENFRENTAR A DÍVIDA
PÚBLICA, PARA NÃO PAGARMOS A CONTA DA CRISE
Durante décadas a sociedade brasileira vem sendo privada de uma série de direitos porque
os sucessivos governos vêm priorizando o pagamento dos encargos da dívida pública que
nunca foi auditada, como prevê a Constituição Federal Brasileira.

E m 2009 (até 4 de abril), o privilégio


da dívida pode ser visto no gráfico
a seguir, que mostra a destinação
de 34% para o pagamento de juros e amor-
tizações da dívida pública, enquanto todas
as demais áreas foram sacrificadas, espe-
cialmente as transferências a estados e mu-
nicípios, que receberam somente 10,66% e
vivem grave crise. Os servidores públicos,
sempre apontados como os vilões das con-
tas públicas, receberam somente metade
do que foi destinado à dívida.

A justificativa recorrente para o privilé-


gio dos gastos financeiros com o endivida-
mento público em detrimento do respeito
aos direitos sociais é de que “tínhamos que
conquistar a confiança dos mercados”.
Quantas vezes escutamos autoridades pre-
gando o “respeito” às exigências e “dita-
mes” do mercado?

E quem é esse “mercado”? Exatamente


as mesmas instituições financeiras nacionais,
internacionais, multinacionais e empresas
transnacionais que possuem ramificações em
agências de avaliações de risco, em poderosos meios de comunicação e vários tipos de negócios que, apesar de todo esse aparato, diante da
atual crise financeira mundial, necessitaram da ajuda de trilhões de dólares dos Estados para não quebrarem. Principal culpado pela crise que
está assolando as economias de todo o mundo, devido à completa irresponsabilidade pela emissão de “papéis podres”, o “mercado”
demonstrou que não merece o “respeito” que sempre cobrou de forma implacável.

Os trabalhadores sempre pagaram a conta para atender aos caprichos do “mercado”. Na hora da crise,
enquanto os culpados recebem ajuda estatal, milhões de trabalhadores estão sendo demitidos em todo o
mundo. Basta! O gasto que tem que ser sacrificado é o gasto financeiro.

E quem está ganhando com a crise? Os bancos, que não páram de lucrar,
mesmo em um momento de grave crise, pois têm seus rendimentos garantidos
emprestando ao governo, que paga os juros mais altos do mundo na dívida pú-
blica. Por esta razão, não interessa aos bancos emprestar dinheiro às pessoas e
empresas a juros baixos. Em 2008, em plena crise, os bancos lucraram R$ 53
bilhões, dinheiro equivalente a todos os gastos do governo federal em saúde
durante todo o ano. A aparente redução no volume dos lucros em 2008 se deve
a uma opção de aumentar suas reservas para fazer face a eventuais perdas com a
crise. Porém, estas reservas continuarão pertencendo aos banqueiros, razão pela
qual o lucro que tiveram ano passado foi, na realidade, bem maior.
2 Abil de 2009

A DÍVIDA FAZ O GOVERNO FEDERAL


CONCENTRAR A ARRECADAÇÃO, SACRIFICANDO
OS ESTADOS E MUNICÍPIOS

N os últimos anos, o Governo Fe-


deral aumentou fortemente a
carga tributária, que passou de
27% em 1995 para 35% do PIB (Produto
parte para o pagamento da dívida públi-
ca, ao invés de ser repartida com estados,
DF e municípios, desrespeitando-se, as-
sim, o pacto federativo. Estados, DF e
Neste momento de crise financeira, a
arrecadação tributária vem apresentando
queda em todos os níveis da federação
e a sociedade já ressente a redução dos
Interno Bruto) em 2007. Esse aumento municípios ficam a depender de repasses serviços públicos essenciais, tais como
significou um grande sacrifício para a da União, por meio das transferências saúde, educação, segurança pública, etc.
classe trabalhadora, pois a arrecadação aos Fundos de Participação. O gráfico da Entretanto, o pagamento dos en-
tributária brasileira é altamente injusta e página anterior mostra que em 2009 fo- cargos das dívidas pelos entes fede-
regressiva, penalizando mais aos que vi- ram gastos R$ 207 bilhões com rolagem rados à União não pode sofrer cortes,
vem de salário e que destinam o produto e pagamento de juros e amortizações da devido à imposição da Lei de Respon-
de sua renda ao consumo de bens e servi- dívida, em detrimento de servidores (que sabilidade Fiscal que chega ao ponto
ços necessários à sua sobrevivência. receberam apenas R$ 40,9 bilhões) e de criminalizar o administrador públi-
A arrecadação tributária fica concen- estados, DF e municípios, aos quais foi co que não prioriza o pagamento da
trada na União e é destinada em grande destinado apenas R$ 24,7 bilhões. dívida pública.

Ou seja: prefeitos e governadores cortam gastos sociais e reajustes de servidores para


seguir pagando esta dívida eterna e nunca auditada.

Mais do que nunca, a dívida pública se coloca como o centro dos problemas nacionais. A forte queda na atividade econômica
provoca grande queda nas receitas dos governos federal, estaduais e municipais, que, para manterem os gastos com o endivida-
mento, optam por cortar investimentos e serviços essenciais à população, eliminando injustamente os reajustes salariais dos que
trabalham no setor público.

Para manter o pagamento dessa


dívida nunca auditada os governos
federal, estaduais e municipais es-
tão cortando recursos de hospitais,
creches, professores, ônibus esco-
lares, programas de segurança pú-
blica, dentre muitos outros direitos
fundamentais e essenciais ao povo
brasileiro.

Para impor este ajuste fiscal para


a União, DF, estados e municípios, o
FMI (Fundo Monetário Internacional)
exigiu a aprovação da chamada “Lei
de Responsabilidade Fiscal”, que ape-
sar do nome permite gastos sem limi-
te com a política monetária enquanto
limita drasticamente os gastos sociais.
Foi com base nesse disparate que o
Tesouro Nacional bancou os mega
prejuízos contabilizados pelo Banco
Central nos últimos anos.

Ou seja: para gastos sociais existem limites rigorosos.


Para gastos financeiros não. Isso é responsabilidade???
Abril de 2009 3

QUAL A ALTERNATIVA? AUDITORIA DA DÍVIDA!


Mas, afinal,

• Que dívida é essa que consome a maior parte do orçamento público?


• Como se originou?
• Porque cresceu tanto, e não pára de crescer?
• Somente de janeiro de 2008 a janeiro de 2009, a dívida interna cresceu
R$ 170 bilhões (de R$ 1,432 trilhão para R$ 1,602 trilhão), enquanto a
dívida externa subiu US$ 26,5 bilhões em 2008, atingindo US$ 267 bi-
lhões.
• Onde foram aplicados os recursos?
• Quanto já pagamos, e quanto ainda devemos realmente?
• Qual a influência das taxas de juros abusivas sobre este processo?

SOMENTE UMA AUDITORIA PODERÁ RESPONDER!

AUDITORIA DA DÍVIDA
EQUATORIANA: EXEMPLO
GRANDE HISTÓRICO PARA O MUNDO
OPORTUNIDADE:
Em julho de 2007, o Presidente instrumentos manipulados como
CPI DA DÍVIDA do Equador, Rafael Correa, criou
a Comissão para a Auditoria Inte-
o “Risco-país” para tentar forçar
os governantes a retirar do debate
gral da Dívida Pública (CAIC), a o tema do endividamento.
qual contou com representantes
Dia 8 de dezembro de 2008, foi criada pela Pre-
da sociedade civil equatoriana No Equador, a Auditoria da Dí-
sidência da Câmara dos Deputados a CPI da Dívi-
e internacional. Amparado nas vida já significou a inclusão, na nova
da, que tem por objetivo investigar a dívida pública
provas e documentos que funda- Constituição Equatoriana, da impug-
da União, Estados e Municípios, o pagamento de
mentam o relatório da auditoria, nação das dívidas ilegítimas, assim
juros da mesma, os beneficiários destes pagamentos
o governo do Equador suspendeu como da proibição da estatização
e o seu monumental impacto nas políticas sociais e
pagamentos aos bancos privados de dívidas privadas, configurando
no desenvolvimento sustentável do País. Ou seja: é
internacionais, o que representa como ilegais as práticas de usura e
uma grande oportunidade para investigarmos este
importante precedente histórico. anatocismo (juros sobre juros), prin-
processo que, em um momento de crise, sacrifica
A auditoria da dívida equatoriana cipais causas da explosão das dívi-
fortemente a União, DF, estados e municípios, com
provou que é possível enfrentar das externa e interna no Brasil e em
reflexos negativos para toda a sociedade. Para que
o endividamento sem medo das vários outros países. Adicionalmen-
esta CPI seja instalada e inicie de fato seus traba-
chantagens diárias dos “merca- te, a nova Constituição do Equador
lhos, é necessário que os líderes dos partidos indi-
dos”, que sempre se utilizam de prevê uma auditoria permanente das
quem seus representantes na Comissão.
dívidas.

Exija que os líderes dos partidos


na Câmara instalem a CPI!
Rafael Correa (Equador)
Na página da Auditoria Cidadã da Dívida na in-
ternet (www.divida-auditoriacidada.org.br), consta
os endereços e telefones dos líderes que ainda não “Se faltar dinheiro no governo, a
indicaram seus representantes nesta Comissão. primeira coisa que se revisará será o
pagamento da dívida externa”

(“el Telégrafo’, 21/10/2008)


4 Abil de 2009

QUAIS AS PRIORIDADES
DO GOVERNO????

“É chique “Não é hora de trabalhador


emprestar ao FMI” pedir aumento”
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo - 27/03/2009 e 03/04/2009

C ausou espanto e até revolta a


declaração do Presidente Lula
de que “é chique emprestar ao
FMI”. Além do absurdo representado
rio do FMI – redução do Estado,
supressão de órgãos estatais,
fim de regulamentações e
controles antes estabelecidos
pelos nefastos efeitos da Crise eco- pelo Estado, cortes de gas-
nômica sobre cortes de gastos sociais, tos e serviços públicos,
congelamento de reajustes dos venci- privatizações, superávit
mentos de servidores públicos, falência primário, liberalização
de vários municípios brasileiros e atraso financeira e privilégio
no atendimento às necessidades de mi- aos banqueiros – se
lhões de brasileiros excluídos do acesso mostrou não somente equi-
aos serviços públicos, não caberia se vocado, como também foi
vangloriar por destinar recursos que fal- uma das causas da própria
tam ao país para fortalecer justamente crise que vivemos.
o Fundo Monetário Internacional. Este
organismo tem sido o responsável his-
tórico pela imposição de políticas eco- que absorve a maior parte dos tributos
nômicas nefastas que acabaram sendo Colocar dinheiro no FMI, aplicar que pagamos, à população será negado
totalmente desmoralizadas pela crise e fortalecer suas políticas compro- o direito básico a saúde, educação de
econômica mundial. Todo o receituá- vadamente equivocadas constitui a qualidade, aposentadoria digna, dentre
pior medida possível para enfrentar a tantos outros direitos sistemática e dia-
crise. Enquanto não for enfrentado o riamente negados aos que mais neces-
problema do endividamento público, sitam.

REFORMA TRIBUTÁRIA: AMEAÇA À SEGURIDADE SOCIAL E PRIVILÉGIO AOS RENTISTAS


A Reforma Tributária em discussão no Congresso Nacional fragiliza as fontes de recursos
da
Seguridade Social, conquista histórica da Constituição de 1988.
PARTICIPE DA LUTA PELA GARANTIA DOS DIREITOS SOCIAIS !

ACOMPANHE DIARIAMENTE AS NOTÍCIAS COMENTADAS


SOBRE O ENDIVIDAMENTO
A página da Auditoria Cidadã da Dívida na internet (www.divida-auditoriacidada.org.br)
conta
com uma nova seção, que comenta diariamente as notícias sobre o endividamento, em
especial em um momento de crise. Confira!
ABRIL DE 2009
Coordenação da Auditoria Cidadã da Dívida - Endereço: SAS, Quadra 5, Lote 7, Bloco N, 1º andar – Brasília – DF – Cep – 70070-939 -
Edifício OAB. Telefone (61) 2193-9731 – (61) 8147-1196 - E-mail auditoriacidada@terra.com.br – www.divida-auditoriacidada.org.br

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1

Curso Básico de Marxismo


Desemprego e crise, marcas
registradas do capitalismo
15
Marx demonstrou quais eram as
fontes da acumulação inicial do
capital. Ele nasceu do roubo, da
violência, da expropriação das terras
dos camponeses e da pilhagem
colonial.(Sobre o Brasil, por exemplo.)
Mesmo admitindo que o primeiro
capital tivesse origem no trabalho, isso
não modificaria a sua essência, pois,
ao passar dos anos, todo o capital é de
qualquer modo gasto, sendo substituído
pela mais-valia (valor que o capitalista
toma dos empregados).
Esse capital vai se transformar
sempre em resultado da exploração,
pois os capitalistas cobrem as suas
despesas com a mais-valia.
Se não fosse por explorar os
operários assalariados que criam a
mais-valia, os capitalistas, somente
para sobreviver, esgotariam
rapidamente seu capital inicial e teriam
ficado sem nada.

Patrão: “Cuidado! Eles podem ouvir!”

Daqui, tiramos duas conclusões: 1) todo capital é produto da exploração; 2) nenhuma


importância em dinheiro, por maior que seja, nem o conjunto dos meios de produção
(fábricas, matérias-primas, combustíveis, maquinaria) são, por si, só, capital.
Só podem se transformar em capital em certas condições: a existência da classe dos
proprietários privados, “donos” dos meios de produção, e da classe dos assalariados,
que vendem a sua força de trabalho como mercadoria.
Com o aumento da produção cresce o volume de mais-valia apropriada pelos
capitalistas. Enquanto num polo da sociedade se concentram imensas riquezas, no outro
aumenta a exploração do proletariado.
Aprofunda-se a distância entre aqueles que criam com o seu trabalho todas as
riquezas e aqueles que se apropriam delas.
É a Lei da Acumulação Capitalista. É com ela2 que
os capitalistas enganam, mentem, atraiçoam,
fraudam.
À medida que o capital se acumulou, com a mais-
valia, os negociantes que mais prosperavam
juntavam fortunas colossais.
Aí está a explicação do motivo porque alguns são
muito ricos e a maioria do povo é miserável. Vítimas
dessa injusta acumulação, a maioria sofre.
O capitalismo não só garante a um punhado de
parasitas a possibilidade de viver no luxo à custa da
exploração dos operários: condena boa parte dos
trabalhadores ao desemprego e à miséria, privando-
os dos meios de subsistência.
A mais-valia que os deixa ricos é tirada dos pobres

O desemprego, como as crises econômicas, acompanha inseparavelmente o sistema


capitalista, o que se fez sentir logo em suas primeiras fases. O desemprego resulta,
portanto, do sistema capitalista de economia.
O desemprego ajuda os capitalistas a pressionar a parte da classe operária que
trabalha, para aumentar a intensidade do trabalho. Mas, sempre, a agressão dos
capitalistas contra os direitos vitais (sobrevivência) dos trabalhadores vai esbarrar na
resistência tenaz da classe operária.
Por conta de suas ações corajosas (greves, manifestações políticas unitárias, a
construção do Partido Comunista etc) o proletariado arranca algumas concessões: um
certo aumento de salários ou redução da jornada de trabalho.
Mas isso não elimina o fato de que no conjunto do mundo capitalista está aumentando
a exploração do operariado. E aí surgem as crises!
Todas as crises econômicas são
calamitosas para a classe operária. As
crises se repetem periodicamente e são
provocadas pelo caráter cíclico da
reprodução do capital.
É importante compreender o
mecanismo de reprodução do capital:
os capitalistas tendem sempre a
aumentar a produção, sendo impelidos
não só pela ânsia do lucro, mas, além
disso, pela concorrência.
Mas nada disso faz o trabalhador
ganhar mais.
O sistema sempre favorece o capitalista
A seguir: A saída para as crises será o Socialismo
Lições de Comunismo
número 72

A cada edição do PerCeBer você terá uma nova


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