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Assunto Da Ultima Aula de Pro e Int de Texto
Assunto Da Ultima Aula de Pro e Int de Texto
“Não basta ser alfabetizado para realmente saber ler. Há leitores que
deixam os olhos passarem pelas palavras, enquanto sua mente voa por
esferas distantes. Esses lêem apenas com os olhos. Só percebem que não
leram quando chegam ao fim de uma página, um capítulo ou um livro.
Então devem recomeçar tudo de novo porque de fato não aprenderam a
ler. É preciso ler, mas, também é preciso saber ler. Não adianta orgulhar-se
que leu um livro rapidamente em algumas dezenas de minutos, se ao
terminar a leitura é incapaz de dizer sobre o que acabou de ler”.
Galliano (1986:70)
ESTUDO DO TEXTO
Como sublinhar:
Como esquematizar:
FENÔMENO
EL NIÑO
Inflete para oeste, antes de atingir as
Desvio da corrente de costas do Peru
águas frias
Diminuição da
Queda do rendimento
quantidade de plâncton
pesqueiro
Uma outra forma de apresentar um esquema é através de
uma listagem hierarquizada por diferenciação de espaço e/ou
subdivisão numérica, como o seguinte:
FENÔMENO EL NIÑO
1. Ocorrência periódica (época do Natal).
Águas do Oceano Pacífico.
1.1.1. Atividades de pesca do Peru.
2. Corrente marítima de Humboldt.
Águas frias das regiões polares para as regiões sul-
equatorianas.
2.1.1. Inflete para oeste antes de atingir o
equador
(costas da Austrália e das Ilhas Salomão).
3. Microrganismos animais e vegetais da vida aquática
(plâncton).
Alimentos para os peixes.
4. Desvio da corrente de águas frias.
Inflete para oeste, antes de atingir as costas do Peru.
5. Ventos provindos do oeste
Ar quente.
5.1.1. Aquecimento das águas costeiras do
Peru.
6. Diminuição da quantidade de plâncton.
Queda do rendimento pesqueiro.
Como resumir:
Análise de Texto:
É necessário o leitor relembrar que análise significa
estudar um todo, dividindo em partes, interpretando cada uma delas,
para a compreensão do todo. Quando se faz análise de texto,
penetramos na idéia e no pensamento do autor que originou o texto.
Para que o estudo do texto seja completo, temos que decompô-lo em
partes e, ao fazê-lo, estamos efetuando sua análise.
Para a análise do texto, Galliano (1986:91), apresenta um
esquema que inclui:
a) Análise Textual – leitura visando obter uma visão do
todo, dirimindo todas as dúvidas possíveis, e um
esquema do texto.
b) Análise Temática – compreensão e apreensão do texto,
que inclui: idéias, problemas, processos de raciocínio,
comparações e esquema do pensamento do autor.
c) Análise Interpretativa – demonstração dos tipos de
relações entre as idéias do autor em razão do contexto
científico e filosófico, de diferentes épocas, e exame
crítico e objetivo do texto: discussão e resumo.
Severino (2000:54) elaborou um modelo de análise de
texto, com o acréscimo de mais dois itens: problematização e síntese
pessoal.
A problematização consiste no levantamento dos
problemas e discussão, enquanto a síntese pessoal trata da reunião
dos elementos de um todo, após a reflexão.
Lakatos e Marconi (1992:23) enfatizam que “a análise do
texto ou a maneira de estudá-lo depende sempre do fim a que se
destina. Os textos de estudo de caráter científico requerem, por parte
de quem os analisa, um método de abordagem e certa disciplina
intelectual”. Afirmam ainda que a análise do texto tem como objetivo
levar o estudante a:
٭aprender a ler, a ver, a escolher o mais importante dentro do texto:
٭reconhecer a organização e estrutura de uma obra ou texto;
٭interpretar o texto, familiarizando-se com idéias, estilos,
vocabulários;
٭chegar a níveis mais profundos de compreensão;
٭reconhecer o valor do material, separando o importante do
secundário ou acessório;
٭desenvolver a capacidade de distinguir fatos, hipóteses e
problemas:
٭encontrar as idéias principais ou diretrizes e as secundárias;
٭perceber como as idéias se relacionam;
٭identificar as conclusões e as bases que as sustentam.
Análise Textual:
Para efetivar a análise textual, inicialmente o leitor deve
ler o texto do começo ao fim, com o objetivo de uma primeira
apresentação do pensamento do autor. Não há necessidade dessa
leitura ser profunda. Trata-se apenas dos primeiros contatos iniciais,
quando se sugere que já sejam feitas anotações dos vocábulos
desconhecidos, pontos não entendidos em um primeiro momento, e
todas as dúvidas que impeçam a compreensão do pensamento do
autor. Após a leitura inicial, o leitor deve esclarecer as dúvidas
assinaladas que, dirimidas, permitem que o leitor passe a uma nova
leitura, visando a compreensão do todo. Nesta segunda leitura, com
todas as dúvidas resolvidas, o leitor prepara um esquema provisório
do que foi estudado, que facilitará a interpretação das idéias e/ou
fenômenos, na tentativa de descobrir conclusões a que o autor
chegou.
Para Galliano (1986:92), um melhor entendimento da
análise textual é “informar-se melhor a respeito do autor.
Freqüentemente uma pesquisa em boas enciclopédias é suficiente
para a obtenção de dados muito úteis ao estudo, pois costuma
oferecer referências valiosas sobre a vida, a obra e, quando é o caso,
a doutrina do autor. Ao mesmo tempo, o estudante deve aproveitar a
oportunidade para resolver as ambigüidades e dúvidas que por acaso
persistirem em determinados conceitos ou idéias expostas no texto e
cuja compreensão deixou a desejar. Muitas vezes as enciclopédias
também apresentam pequenos resumos de obras específicas, dando
destaque e explicitando seus elementos fundamentais, o que ajuda
consideravelmente a elucidar questões surgidas durante a leitura. Se
o texto faz referência a outros elementos que o estudante não
domina, tais como fatos históricos, obras, doutrinas, autores etc., é
ainda indispensável que obtenha os esclarecimentos requeridos. Para
isso deve recorrer aos dicionários gerais e especializados,
enciclopédias, manuais didáticos, apostilas, enfim, às obras de
referência que se façam necessárias, ou consultar especialistas da
área em foco”. Severino (2000:51) aborda a análise textual através da
leitura, visando o levantamento de todos os elementos importantes
do texto, ou seja, credenciais do autor, metodologia, estilo,
vocabulário, fatos, autores e doutrinas.
Análise Temática:
A análise temática vem logo após a análise textual, cuja
finalidade é compreender profundamente o texto. Nesta etapa o leitor
ainda não interpretará o texto, preocupando-se apenas em aprender,
sem discutir nem debater com o autor. Questiona e procura
respostas. Nesta análise o leitor deverá descobrir a idéia principal,
diretriz do trabalho do autor, tarefa nem sempre fácil, visto que, às
vezes, ela não está incluída no título do texto, dificultando a
percepção através da leitura do sumário ou do índice da obra.
Quando a diretriz não está clara, o leitor deve investigar, e Galliano
(1986:93) sugere que a maneira mais prática de se encontrar a
temática do texto é durante a leitura, quando se busca
permanentemente respostas para as perguntas:
Análise interpretativa:
Esta análise visa a interpretação do texto. De acordo com
Medeiros (1997:86), “interpretação é processo, num primeiro
momento, de dizer o que o autor disse, parafraseando o texto,
resumindo-o; é reproduzir as idéias do texto. Num segundo momento,
entende-se interpretação como comentário, discussão das idéias do
autor”.
Nas duas análises anteriores, o leitor “ouviu” o autor, mas
na análise interpretativa já há um “diálogo”, levando aquele a tomar
uma posição própria a respeito das idéias deste. É o momento do
leitor também apresentar suas idéias.
Para realizar a análise interpretativa de um texto, Galliano
(1986:94) sugere o seguinte procedimento:
٭Não se deixe tomar pela subjetividade;
٭Relacione as idéias do autor com o contexto filosófico e
científico de sua época e de nossos dias;
٭Faça a leitura das “entrelinhas” a fim de inferir o que
não está explícito no texto;
٭Adote uma posição crítica, a mais objetiva possível, com
relação ao texto.
Essa posição tem de estar fundamentada em argumentos
válidos, lógicos e convincentes;
٭Faça o resumo do que estudou;
٭Discuta o resultado obtido no estudo.
Ao finalizar a análise interpretativa, com certeza, o leitor
terá adquirido conhecimento qualitativo e quantitativo sobre o tema
estudado.
A análise interpretativa conduz o leitor a atuar como
crítico do que o autor escreveu.
Lakatos e Marconi (1992:24) não consideram os três tipos
de análises separadamente, mas simplesmente “análise de texto”.
Orientam, portanto, o seguinte procedimento para realizá-la:
٭Escolhida a obra ou selecionado o texto, que deve ter
sentido completo, procede-se à leitura integral do mesmo, para se ter
uma visão do todo;
٭Reler o texto, assinalando ou anotando palavras ou
expressões desconhecidas, valendo-se de um dicionário para
esclarecer seus significados;
٭Dirimidas as dúvidas, fazer nova leitura, visando a
compreensão do todo. Se necessário, consultar fontes secundárias;
٭Tornar a ler, procurando a idéia principal ou palavra-
chave, que pode estar explícita no texto; às vezes, confundida com
aspectos secundários ou acessórios;
٭Localizar acontecimentos ou idéias, comparando-os
entre si e procurando semelhanças e diferenças existentes;
٭Agrupá-los pelo menos por uma semelhança importante
e organizá-los em ordem hierárquica de importância;
٭Interpretar as idéias e/ou fenômenos, tentando descobrir
conclusões a que o autor chegou.
Olá, pessoal.