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Pai-nosso que estais no cu, e sois nossa Me na Terra, criador da aurora boreal e dos olhos enamorados que enternecem

o corao. Senhor avesso ao moralismo desvirtuado. Santificado seja o vosso nome gravado nos girass is de imensos olhos de ouro, no enlao do abrao e no sorriso c!m"lice, #enha a n s o vosso $eino "ara saciar-nos a fome de bele%a e semear "artilha onde h& ac!mulo, alegria onde irrom"eu a dor. Seja feita a vossa vontade nas sendas desgovernadas de nossos "assos, nos rios "rofundos de nossas intui'es, na res"irao ofegante dos aflitos, (ssim na Terra como no cu, e tambm no )mago da matria escura e na garganta abissal dos buracos negros, nos arsenais da hi"ocrisia e nos c&rceres que congelam vidas. * "o nosso de cada dia nos dai hoje, e tambm o vinho inebriante da m+stica alucinada, a coragem de di%er no ao "r "rio ego. Perdoai as nossas ofensas e d+vidas, a altive% da ra%o e a acide% da l+ngua, a cobia desmesurada e a m&scara a encobrir-nos a identidade, a indiferena ofensiva e a reverencial bajulao. (ssim como n s "erdoamos a quem nos tem ofendido e aos nossos devedores, aos que nos esgaram o orgulho e im"rimem inveja em nossa triste%a de no "ossuir o bem alheio, , no nos dei-eis cair em tentao frente ao "orte suntuoso dos tigres de nossas cavernas interiores, .s ser"entes atentas .s nossas indecis'es, aos abutres "redadores da tica. Mas livrai-nos do mal, do desalento, da deses"erana, do ego inflado e da vangl ria insensata e da flacide% do car&ter, da noite desenluada de sonhos e da obesidade de convic'es incons!teis. (memos.

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