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Dos banimentos das leis e das penas

Resumo
XVII - DO BANIMENTO E DAS CONFISCAES
Beccaria sustenta que as penas de banimento podem ser aplicadas, mesmos sem certeza
absoluta de um crime. Para ele, justo prevenir a sociedade de tal individuo, mesmo que no
esteja absolutamente comprovada sua conduta cirminosa.
Porm o autor questiona a pena de confiscao de bens para o que no for provado culpado. A
confiscao seria uma pena muito pior que o banimento; poderia fazer famlias irem runa,
tornar um inocente mendigo, pedinte ou bandido.
XVIII - DA INFMIA
Beccaria trata das penas de infmia, que deve ser imputa queles cujas aes criminosas
possam ser tidas como hericas pelo povo. A humilhao e a vergonha so mais eficazes, pois
outras penas poderiam realar o carter herico do criminoso perante as pessoas simples e
ignorantes.
O autor porm adverte que tal pena no deve ser aplicada indiscriminadamente, pois se
muitos forem infames, ningum mais o ser.
XIX - DA PUBLICIDADE E DA PRESTEZA DAS PENAS
Neste captulo brilhante, Beccaria fala a respeito do processo, da importncia de sua rpida
durao; quanto mais rpida a aplicao, mais teis e justas so as penas.
O autor defende que durante os processos, s deve haver priso para impedir a fuga ou
destruio de provas. Para ele, os juizes devem ser sensveis, agilizando os procedimentos,
para que o acusado logo saiba de sua condenao ou absolvio.
Novamente o autor retoma a idia de que as penas no devem ser cruis, e que o povo se
sensibilizaria com penas menores, imaginando a situao dos condenados.
XX - QUE O CASTIGO DEVE SER INEVITVEL. - DAS GRAAS
Beccaria defende a idia de que o que evita os crimes no seria a severidade da pena, mas sim
a certeza de sua aplicao. O autor diz que as penas devem ser brandas, e os juizes devem
estar sempre atentos, vigilantes, prontos aplica-las.
As graas e anistias, que so concedidas pelo soberano ou pelo ofendido, no deveriam ser
aplicados, pois as leis penais existiram em funo do bem pblico. A partir do momento em
que as penas forem mais brandas, no ser mais considerado uma virtude conceder graa
queles que praticaram atos criminosos.

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