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Interesse
Mesmo no tendo a disciplina
na sua grade curricular obrigatria, Misael Torquato de Souza,
estudante da 5 fase de Direito
da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), fez questo de
aprender o idioma da civilizao
romana pela qual ele, alis, nutre grande interesse. Entrei no
Direito porque uma produo
dos romanos. Seu interesse pela
lngua comeou antes mesmo da
universidade. Estudando-a, ele
pretende, mais do que adquirir
um conhecimento, provocar uma
mudana. Eu pretendo utilizar o
latim para definir conceitos, para
conceituar melhor, e trabalhar
mais honestamente. No por
reles capricho intelectual, justifica.
No artigo
,
Pedro Incio da Silva tambm defende o ensino do latim. Segundo
romano. Por isso, acho que a formao em Direito tinha que exigir uma boa formao em latim,
defende.
Enquanto a sua falta no ensino provoca discusso entre educadores, o seu excesso no meio
jurdico levanta polmica, j que
pode gerar um grave problema: a
incompreenso. Por causa disso,
o Cdigo de Processo Civil de
1973 enxugou as expresses empregadas em demasia pelo Cdigo
anterior, de 1939, estabelecendo,
tambm, a obrigatoriedade do
uso da lngua portuguesa em todos os atos e termos processuais.
Na prtica
Membro da Comisso de
Ensino Jurdico da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) em
2007, Paulo Roney vila Fagundez acredita que a deciso
expressa pelo Cdigo remete ao
momento contemporneo do Direito. Seria uma necessidade do
estudo do latim, muito embora
tenha havido uma reduo dos
vocbulos. H alguns provrbios,
ditados e mximas que facilitam
algumas coisas no Direito, mas,
hoje, cada vez menos, se usa [o
latim].
Por j ter trabalhado na Comisso de Ensino, ele reconhece
que a questo do latim muito
pouco discutida justamente por
causa da reduo do seu uso. E
at mesmo quando h o emprego, as pessoas acham estranho,
admite. A estranheza surge, especialmente, daqueles que esto
fora do contexto jurdico. O uso,
alis, de inmeras expresses
complicadas teria dado origem a
uma lngua prpria, compreendida somente por aqueles que fazem parte do meio: o juridiqus.
O ex-presidente do Superior
Tribunal de Justia, Edson Vidigal, chegou a comparar o jargo